quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Palmas para quém?!

10-02-2009 LABAREDAS

Acham normal um presidente de uma autarquia defender uma ilegalidade? É com estes discursos que incentiva os jovens de Sintra para os princípios do desporto? E a mentira? Como pode dar eco televisivo a algo que lhe sopraram ao ouvido com intenções manipuladoras? O Labaredas deitou-se tarde para escutar mais um debate futebolístico, mas valeu a pena.

«Aplaudo as claques do Benfica, comportaram-se exemplarmente». Importa-se de repetir, Dr. Fernando Seara? Onde estava quando foram lançadas várias tochas no sector visitante? Como pode bater palmas a algo que não existe? Como jurista e presidente de câmara devia saber que, ao contrário do F.C. Porto, o seu clube não tem associações de adeptos oficiais. Não quiseram legalizar-se, lembra-se? Como pode defender publicamente uma ilegalidade?

O desplante já se arrasta desde a semana passada. «Aquela explosão nos No Name e na bancada central (…) da claque do Benfica e da sua adesão permanente, mesmo nos momentos difíceis e nos locais difíceis (…)». Como na Trofa, quando lançaram uma tocha ao guarda-redes da equipa da casa? Os jovens de Sintra estão orgulhosos dos gostos pirotécnicos do seu presidente. O futebol com chama fica muito mais interessante, mas não é este fogo que o dinamiza.

Gostos não se discutem, mas mentiras não podem passar em claro. Para defender as claques ilegais do seu clube, o Dr. Fernando Seara referiu que estavam apenas cinco stewards no momento da revista aos adeptos. Na realidade eram 18, número considerado suficiente face à experiência do F.C. Porto decorrente da organização de eventos internacionais, entre os quais meias-finais da UEFA Champions League, merecedores de rasgados elogios por parte da UEFA.

Claro que o seu clube não sabe o que isso é. E, por isso, fica mal lançar um papagaio verde de bico encarnado para dar lições de uma moral que não conhece. Mas ao louro perdoa-se a ignorância. A um homem das leis é mais complicado.

PS - Enfim, o costume. Acicatado pelos sucessos do F.C. Porto e exacerbado pela pobreza de espírito.

PS 1 - Jornalistas incapazes de despir a camisola do seu clube

Para um dos lados houve olho de lince; para o outro uma espécie de cegueira momentânea. Até a realização foi contaminada pela péssima decisão da arbitragem, uma vez que não houve direito a repetição para reapreciação do lance. Não deixa de ser estranho. Ou talvez não…
 
O desatino parece estar a propagar-se do relvado para os pavilhões, como um vírus que se dissemina ao ritmo da falta de decoro. A tendência e os factos não deixam margem para dúvidas. É a contaminação generalizada. Os Portistas, todavia, estão vacinados. E atentos. A vacina do sucesso deixa-os imunes ao ridículo.

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

E, por isso, fica mal lançar um papagaio verde de bico encarnado para dar lições de uma moral que não conhece.

Esta parte do Labaredas está o máximo!

Quanto à C.Social, subscrevo tudo o que dizes.

Um abraço