domingo, 30 de agosto de 2009

Naval 1º de Maio 1 FC Porto 3


Esta equipa do FC Porto precisa de melhorar no capítulo defensivo, pois deixa passar muito jogo ofensivo dos adversários. Contra adversários de melhor qualidade, mais eficazes na finalização podemos vir a passar maus bocados...! Os médios e os avançados azuis e brancos têm de aprender a defender e a preocupar-se mais em pressionar os defesas contrários a fim de começarem logo à partida a filtrar o jogo ofensivo dos adversários.
Jesualdo Ferreira vai ter de incentivar os médios e avançados da equipa, de modo a começarem por constituir um primeiro filtro ao jogo ofensivo dos adversários. Neste momento a equipa é permeável pelas faixas laterais porque não dispõe de "asas". Em cada faixa lateral deve funcionar um grupo de trabalho constituído por (pelo menos) dois elementos: o defesa lateral e um médio ou avançado. Para quando a equipa defrontar conjuntos de maior qualidade na finalização, conseguir anular (impedir os cruzamentos) o jogo ofensivo dessas equipas.

Uma jogada de Varela, seguida da assistência de Mariano, permitiu a Falcao marcar um excelente golo logo aos oito minutos.
O Dragão arrancou autoritário, precisamente onde tinha perdido pela última vez para o campeonato.
Faltava aumentar o marcador a fim de controlar os esforços. Varela haveria de consegui-lo, numa jogada em que ficou provado que Falcao não é egoísta e sabe assistir como poucos. O extremo «só» teve de contornar o guarda-redes com um toque de pé direito e dirigir a bola para a rede com o esquerdo. Até parece fácil.
A 15 minutos do fim, no entanto, e quando o Rolando procurava desviar um cruzamento apertado, acabou por colocar a bola na própria baliza. A Naval podia ter ganho moral com a infelicidade do jogador azul e branco, porém no minuto seguinte, novo golo, e acabada a resistência da Naval. Sem cerimónia Rodríguez discutiu o lance no espaço aéreo, e a bola sobrou para Farías que rematou a contar. Mesmo sofrendo grande penalidade cometida por Peiser.

FICHA DO JOGO
Liga 2009/10 (3ª jornada, 29 de Agosto de 2009)
Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz
Árbitro: Elmano Santos
Assistentes: Sérgio Serrão e Valter Oliveira
4º árbitro: João Capela


NAVAL: Peiser; Tiago Ranow, Gomes, Diego Ângelo e Camora; Bruno Lazaroni, Alex Hauw e Godemèche; Simplício, Bolívia e Davide
Substituições: Tiago Ranow por Marinho (62m), Davide por Ouattara (63m) e Simplício por Tandia (81m)
Não utilizados: Jorge Batista, Lupede, Nkake e José Mário
Treinador: Ulisses Morais


FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Álvaro Pereira; Fernando, Belluschi e Raul Meireles; Mariano, Falcao e Varela
Substituições: Mariano por Rodríguez (59m), Falcao por Farías (71m) e Álvaro Pereira por Sapunaru (79m)
Não utilizados: Beto, Guarín, Valeri e Maicon
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Falcao (8m), Varela (61m), Rolando (76m, na p.b.) e Farías (77m)
Disciplina: Cartão amarelo a Álvaro Pereira (58m) e Ouattara (66m)

DECLARAÇÕES JESUALDO FERREIRA

Jogo com três partes, intranquilidade por confirmar, vitória justa. Eis a síntese de Jesualdo Ferreira acerca do jogo da Figueira da Foz.
«Este jogo teve três partes. Tivemos 20 ou 25 minutos muito bons. Na parte final da primeira parte a Naval teve uma atitude positiva. Permitimos que criassem perigo. Na segunda parte fomos melhores e mais constantes. Tivemos mais domínio. O golo, que é de alguma confusão, podia gerar alguma intranquilidade, mas o do Farías, na jogada seguinte, terminou essa eventual intranquilidade. Vitória perfeitamente justa. Fomos superiores e ganhámos com mérito, num campo difícil. Agora vamos ter mais tempo para trabalhar. A nossa vida é assim. Vamos interromper o trabalho colectivo por causa das selecções.»

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Convocados para o jogo Naval 1ºMaio x FC Porto

28/08/2009

Já é conhecida a convocatória do FC Porto para a vista à Naval, referente à 3ª jornada da Liga. Jesualdo Ferreira elegeu os mesmos 18 jogadores que estiveram na recepção ao Nacional para disputar o próximo jogo do campeonato, que se realiza já este sábado, às 21h15, no Estádio Municipal José Bento Pessoa.

A preparação do encontro frente à equipa da Figueira da Foz ficou concluída esta sexta-feira de manhã, no Olival, onde os Dragões realizaram mais um ensaio, assinalado pela presença de Yero, avançado dos sub-19 que vem trabalhando com o plantel principal.

Orlando Sá voltou a fazer ginásio e treino condicionado.

Lista de convocados: Helton, Bruno Alves, Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Valeri, Falcao, Rodríguez, Mariano, Fucile, Rolando, Alvaro Pereira, Maicon, Varela, Farías, Sapunaru, Beto e Fernando.FC Porto

PS - 27/08/2009 - JESUALDO FERREIRA: «GRUPO DIFÍCIL»

Na sua 15ª participação na UEFA Champions League (o clube é recordista), o FC Porto ficou integrado no Grupo D e terá de medir forças com Chelsea, Atlético de Madrid e APOEL. O www.fcporto.pt recolheu as primeiras reacções do treinador Jesualdo Ferreira ao sorteio realizado esta tarde, no Mónaco.

Chelsea
«Apanhar o Chelsea, que, na minha opinião e pelo que se viu até agora, é a equipa mais forte actualmente no futebol inglês, nunca é fácil. Têm muita experiência e manteve todos os jogadores, por isso está mais forte e não se notará a mudança de treinador»

Atlético de Madrid
«Eliminámos o Atlético de Madrid na temporada passada. É um adversário que tem a mesma estrutura e o mesmo treinador do último ano, realidade que o torna mais forte. O facto de jogarmos o último jogo deste grupo em casa deles pode, em função do que será a luta pelos dois primeiros lugares, ser decisivo»

APOEL
«O APOEL é, teoricamente e para toda a gente, a equipa menos forte do grupo, mas será sempre uma incógnita. Tem muitos jogadores estrangeiros, por isso não é o futebol cipriota. É uma equipa que joga em Chipre. Temos de ter o máximo cuidado. Todas as equipas vão tentar jogar os seis pontos com o APEOL e não pode haver qualquer surpresa»

Trabalhar e lutar
«O sorteio e o calendário são o que são, embora tenha a consciência de que é um grupo difícil, porque no pote três havia equipas menos difíceis que o Atlético de Madrid. Estamos cá para trabalhar e lutar pelos nossos objectivos e é bom recordar que, em três anos, fomos duas vezes primeiros do nosso grupo, superando Liverpool e Arsenal».

PS - 1 Champions League Grupo "D"...!
O único "papão" é o Chelsea, porque as outras equipas estão ao alcance do FC Porto. Por conseguinte não há justificação para o Jesualdo ficar já a tremer...!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Champions: Adversários do FC Porto

27/08/2009
CHELSEA, ATLÉTICO MADRID E APOEL NO CAMINHO EUROPEU DOS DRAGÕES

Chelsea, de Inglaterra, Atlético de Madrid, de Espanha, e APOEL, do Chipre, são os adversários do FC Porto na UEFA Champions League. O sorteio da competição, realizado ao final da tarde de quinta-feira, no Fórum Grimaldi, no Mónaco, colocou os Dragões no Grupo D.

A inclusão dos Dragões no Grupo D potencia o reencontro com ex-jogadores do FC Porto, em especial por ocasião dos jogos com o Chelsea, terceiro classificado da liga inglesa, equipa em que actuam Hilário, Paulo Ferreira, Bosingwa, Ricardo Carvalho e Deco.

O cruzamento com jogadores portugueses sucederá também nos encontros com o APOEL, campeão do Chipre, que conta com Nuno Morais, Hélio Pinto e Paulo Jorge no seu plantel.

As partidas com o Atlético de Madrid recuperarão as memórias da mais recente caminhada do FC Porto na UCL e, em particular, nos oitavos-de-final da época passada, fase em que os azuis e brancos afastaram a equipa do também português Simão, silenciando o Vicente Calderón na primeira mão e confirmado a passagem aos «quartos» no Dragão.

A ordem dos jogos é a seguinte:

15 Setembro: Chelsea-FC Porto

30 Setembro: FC Porto-Atlético Madrid

21 Outubro: FC Porto-APOEL

3 Novembro: APOEL-FC Porto

25 Novembro: FC Porto-Chelsea

8 Dezembro: Atlético Madrid-FC Porto

Diz-nos a experiência que à partida, ou seja, teòricamente falando, a equipa do FC Porto tem possibilidades de se classificar para a fase seguinte.
Pela seguinte ordem: Chelsea, FC Porto, Atlético de Madrid e Apoel.

Repetir até acertar para afinar e ganhar tempo

Jesualdo Ferreira te provado ser um treinador competente.
Porém a argumentar é competeníssimo! Sugestão: atendendo a que é preciso que a equipa evolua, que tal treinar mais horas de início até atingir o ponto ideal? Não é aumentar as cargas de esforço, só repetir mais vezes...as suficientes...

Jesualdo Ferreira: Jogo de elevado grau de dificuldade

27/08/2009

Antevendo uma deslocação difícil à Figueira da Foz, Jesualdo Ferreira assegura ter consciência clara face ao que tem pela frente ao longo da época. O técnico portista não quer perder de vista o caminho de sucesso dos Dragões e vê nos seus jogadores a capacidade para ultrapassarem os desafios com que irão lidar. Jesualdo Ferreira perspectivou esta quinta-feira, no CTFD PortoGaia, o encontro com a Naval, relativo à terceira jornada da Liga, que está agendado para sábado, a partir das 21h15.

Dificuldade elevada

«Vai ser uma deslocação difícil, porque a Naval é uma boa equipa, joga num estádio pequeno e que, por ter perdido o último jogo, vai apresentar uma motivação acrescida ao defrontar o FC Porto. Teremos pela frente, como temos sempre nos jogos fora de casa, um jogo de grau de dificuldade elevado».

Estabilidade do adversário

«A Naval mantém praticamente os mesmos jogadores que tinha na época passada, tem um plantel que já se conhece e um treinador que conhece bem os seus jogadores. Por estes motivos todos, será sempre um jogo de grande dificuldade para nós».

Rotina e segurança

«Só no final da semana de trabalho é que irei debruçar-me sobre a equipa a escolher. Certamente que as estruturas da equipa que apresentam mais rotinas de jogo são aquelas que nos dão mais segurança para esta partida».

Muito trabalho pela frente

«O facto de a nossa equipa ter estado bem no jogo com o Nacional não retira nada ao nosso momento, à nossa realidade. Temos muito trabalho pela frente, muita margem para crescer e estamos ainda longe daquilo que pretendemos para a equipa. Acima de tudo, temos a consciência clara do que temos pela frente. O jogo com o Nacional não alterou nada neste contexto, foi um bom teste, mas a nossa realidade é a de que temos de trabalhar muito».

Falcao e Lisandro

«O Falcao e o Lisandro são jogadores completamente diferentes. A análise que devemos fazer é a comparação do Falcao que acabou de chegar e do Lisandro quando chegou ao FC Porto. O Lisandro de hoje é diferente daquele que chegou ao FC Porto. Fico sempre satisfeito que um ex-jogador do FC Porto marque golos e esteja bem, desde que não os faça a nós. O que considero é que o Falcao, no momento actual e nas suas características, é um jogador acima do que era o Lisandro na altura em que o encontrei no FC Porto».

Preparar jogadores para a equipa

«Até ao dia 31 [de Agosto] o plantel não está fechado, mas reforço o que já disse antes: em função dos jogadores que temos no plantel, são esses jogadores que temos de preparar para a equipa. Temos uma base que venceu o Tetra e que já trabalha connosco há algum tempo e um conjunto de jogadores que chegaram agora e que tem de fazer o seu percurso. Temos, por isso, muito trabalho pela frente. Não perdemos de vista os caminhos que queremos seguir e queremos ter sempre um quadro de jogadores apto a estar presente em todas as competições que o FC Porto enfrenta».

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Uma questão de exigência

Os adeptos do FC Porto não são como os demais adeptos d'outros clubes. Duvidam dos jogadores, questionam os técnicos e criticam os dirigentes. Porquê? Porque não se satisfazem (contentam) com as migalhas que enchem a barriga aos adeptos dos outros clubes da concorrência.

Kléber do Cruzeiro

À atenção da FC Porto-Futebol,SAD. Houve uma ronda negocial na última semana, quando António Araújo se deslocou ao Brasil, mas a proposta do representante portista foi rejeitada, aparentemente por não ter chegado aos valores pretendidos pelo clube: dez milhões de euros. Na minha opinião a equipa de futebol do FC Porto já tem muitos avançados do tipo "brinca na areia"...!
O que o FC Porto precisa é dum goleador possante tipo: Ibrahimovic, Drogba ou até o Mário Jardel dos bons velhos tempos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pedro Proença deu os 3 pontos às águias

Viória de Guimarães 0 S L Benfica 1
Isto está a ser deliberado! Não foi por acaso que Vítor Pereira o patrão dos árbitros nomeou para apitar este jogo Pedro Proença: benfiquista desde pequeno. Este manobrou, manipulou até o clube do seu coração ganhar o jogo.
É uma escandaleira! Os árbitros com conotação a clubes deviam ser impedidos de apitar jogos dos seus clubes do coração...!

PS - Veja-se as declarações de Nelo Vingada, de Nilson e de Nuno Assis sobre a arbitragem

domingo, 23 de agosto de 2009

FC Porto 3 Nacional da Madeira 0


Mariano e Varela, com contribuições generosas, e primorosas, de Belluschi, viram o remate certeiro fugir-lhes dos pés num par de ocasiões, numa ineficácia que apenas o capricho da sorte (e do azar) consegue explicar.

O reatamento devolveu a imagem da primeira metade e repetiu a aversão da bola às redes defendidas por Bracalli. Só para citar os exemplos mais evidentes, Falcao, Álvaro Pereira e Fucile dispuseram de oportunidades claríssimas, novamente frustradas, e reforçaram a noção de quase inverosimilhança perante tal teimosia do esférico.

O minuto 63 marcou, por diversos motivos, a mudança de padrão no encontro. Um lance de perigo portista, travado em falta na área madeirense, redundou numa grande penalidade convertida em golo por Falcao, o segundo que assina em outros tantos jogos na Liga.

Rompida a barreira, e em vantagem numérica, o Dragão chamou a si a responsabilidade de confirmar com espectáculo um domínio que nunca escondera até então. Como que por ironia, sucederam-se os golos que antes haviam escasseado, com Rolando, primeiro, e Rodríguez, pouco depois, a confirmarem o triunfo da equipa que fez por merecê-lo, ajustando, simultaneamente, os números do marcador aos contornos do futebol praticado em campo.

Triunfo justo, claro e implacável do FC Porto, na promessa evidente de muitas outras noites de apoteose que, à semelhança das últimas épocas, voltarão a ter no Estádio do Dragão um cenário verd
adeiramente privilegiado.


FICHA DE JOGO

Liga Portuguesa 2009/10 – 2ª jornada

23 de Agosto de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 40.309 espectadores

Árbitro: João Ferreira (AF Setúbal)
Árbitros Assistentes: Luís Ramos e Pais António
4º Árbitro: Bruno Esteves

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Álvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Varela, Falcao e Mariano
Substituições: Varela por Rodríguez (67 min), Raul Meireles por Valeri (75 min) e Fernando por Farias (78 min)
Não utilizados: Beto, Guarin, Maicon e Sapunaru
Treinador: Jesualdo Ferreira

NACIONAL: Bracalli; Patacas «cap.», Felipe Lopes, Clebão e Tomasevic; Cléber, Leandro Salino, Luís Alberto e Ruben Micael; João Aurélio e Amuneke
Substituições: Tomasevic por Wellington (32 min), Ruben Micael por Pecnik (59 min) e João Aurélio por Halliche (67 min)
Não utilizados: Douglas, Abdou, Rodrigo Silva e Nuno Pinto
Treinador: Manuel Machado


Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Falcao (66 min), Rolando (72 min) e Rodríguez (86 min)
Disciplina: cartão amarelo a Raul Meireles (20 min), Clebão (40 e 63 min) e Patacas (63 min); Cartão vermelho a Cléber (63 min) e Clebão (63 min)

Este jogo teve duas partes distintas. A primeira em que a equipa azul e branca produziu muito (criou muitas situações de golo eminente) mas concretizou zero, devido ao nervosismo e até a alguma inépcia na finalização por parte dos seus avançados.
A segunda parte foi diferente principalmente depois do lance da grande penalidade indiscutível. De salientar a impecável execução da grande penalidade pelo Falcão, marcando o 1 a zero. Depois seguiram-se as experiências e a tentativa de dar minutos de jogo a alguns jogadores que não têm sido utilizados.

A principal conclusão que tiro da exibição da equipa do FC Porto é a de que continua a faltar à equipa presença física na área adversária, altura, capacidade de choque para acorrer aos cruzamentos e capacidade de remate (potência).
Criam-se muitas oportunidades totalmente desperdiçadas pelos avançados, facto este que contribui imenso para o clima de instabilidade que a determinada altura do jogo se apodera da equipa, com os reflexos negativos como resultado desse nervosismo.

23/08/2009
Jesualdo Ferreira: Declarações

Jesualdo Ferreira fala em justiça da vitória e Rodríguez sublinha o bom jogo colectivo. Eis as suas declarações após o FC Porto-Nacional.

Jesualdo Ferreira: «Fomos pacientes e conhecedores das dificuldades. O FC Porto foi intenso na primeira parte e criou oportunidades. Podíamos ter chegado a vencer ao intervalo. Alterámos algumas coisas para a segunda metade e chegámos naturalmente ao golo. Éramos mais fortes nessa altura e ficámos ainda mais. Depois a motivação baixou naturalmente. A entrada do Rodríguez e o seu golo foi um tónico importante. A nossa vitória foi clara. Se não fosse a grande exibição do Bracalli podíamos ter atingido estes números mais cedo»

Rodríguez: «Estou contente pelo golo e pela recuperação. E ainda mais pela equipa, que fez um bom jogo. Agora vamos continuar a trabalhar para crescer»

FALCAO ELEITO MELHOR EM CAMPO

Falcao, autor do primeiro golo do FC Porto na vitória por 3-0 sobre o Nacional, foi o eleito o melhor em campo no jogo desta noite, realizado no Estádio do Dragão. O colombiano esteve sempre muito activo na frente de ataque e mereceu os votos
favoráveis dos espectadores presentes no palco azul e branco.

PS - Confirmação
Mais dominador, como já se disse, e mais rematador, o FC Porto errava era muito na pontaria. Do outro lado, o Nacional ameaçava, arrancava alguns ataques bem desenhados, pecando também numa finalização pouco convincente que só fazia cócegas a Helton. O empate ao intervalo castigava a ineficácia portista e surgia como sentença lógica. Extracto de OJOGO

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Xistra anti-Dragões

...E os adversários cometem faltas porque sabem que o Hulk vai ultrapassá-los. É normal que isso aconteça e ele sente-se impotente com as faltas e reage"...

Conheci jogadores como o António Oliveira que conseguiam saltar com a bola por cima pernas dos adversários e deste modo fugirem à pancada dos adversários. O Hulk tem é de aprender a jogar duro dentro da legalidade. Pelos vistos se os adversários entram a matar e os árbitros não marcam é porque ou estão a jogar dentro da legalidade, ou são especialistas em dar pancada sem dar nas vistas. Ou será que certos árbitros como o Carlos Xistra são vesgos e precisam de óculos,pois não conseguem ver determinadas faltas. É curioso, como não conseguem as ver faltas cometidas sobre os jogadores do FC Porto e têm olhos de lince para vislumbrar as faltas sobre os adversários que os jogadores azuis e brancos eventualmente cometam.
Uma coisa é certa, Carlos Xistra está muito longe de ser um árbitro de futebol isento...!

PS - Redondo elogia Bolatti e aconselha-o ao Barça

Numa entrevista ao "Olé", Redondo, ex-jogador do Real Madrid e Milan, teceu rasgados elogios a Bolatti. "Como ele há poucos. É o destaque no futebol argentino e seria-o também no Barcelona. Não é preciso ser-se dotado fisicamente. É uma questão de inteligência."

Uma coisa é certa. Trata-se dum jogador possante e com boa técnica .A questão é saber aproveitar as capacidades dele.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cruz dos Santos: "Benfica sem razão de queixa"

Depois da crónica «estilo site oficial» do seu director, A Bola volta a insistir nas críticas ao Marítimo e ao árbitro e chega até a afirmar que a classificação já está desvirtuada. É a «verdade» que alimentam e que mais lhes convém. Mas está muito distante da realidade.

No jogo real, foram perdoadas três expulsões ao Benfica; na mentira de dois dias de análise não cabe uma linha sobre esses casos. E sobram as insinuações. «Involuntariamente, por certo» e «inadvertidamente, por certo», foram lances que lhes passaram ao lado. É o critério Delgado e a Guerra habitual. Curiosamente, o especialista em arbitragem que escreve sobre o tema (na mesma página de mais um desanimado) sentencia: «Benfica sem razão de queixa». Pois, mas a corja tem toda…


Labaredas

Farias, um caso intrigante ou talvez não...

...Estudiantes, clube do coração e pelo qual marcou quase uma centena de golos. Aliás, Farías continua a ser um dos melhores marcadores de sempre do futebol argentino.

E agora pregunto eu?! Como é que um jogador que marcava tantos golos no futebol argentino demonstra tão limitadas capacidades para singrar no futebol português?!
Poderão existir várias razões para explicar este facto. O jogador estar psicologicamente em baixo, dificuldades de adaptação ao nosso futebol, estar em baixo de forma devido ao facto de não ser utilizado normalmente...etc...etc.
Na minha opinião, para explicar o êxito no futebol argentino, saliento: El Tecla tem facilidade de remate, tanto com os pés como de cabeça, e, tem bom domínio de bola, porém dado que não é muito possante para suportar o choque com os defesas centrais adversários, nem muito rápido, precisa que a equipa jogue para ele lhe abra espaços para ele finalizar sem estar a ser pressionado.
Depois há goleadores como Samuel Etoo, Ibrahimovic, Drogba, Alberto Gilardino...etc, os quais não precisam de muito espaço para finalizarem, e, que conseguem mesmo rematar sob pressão. Agora não me parece que seja esse o caso de El Tecla, expontaneidade de remate mesmo estando a ser pressionado. Para já o maior defeito que lhe noto é a falta de velocidade de execução e a lentidão de pernas...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ainda a actuação do execrável Xistra

A actuação do execrável Xistra nos jogos em que apita o FC Porto.
Não está em causa a competência técnica do árbitro, mas a sua falta de isenção, de personalidade e de carácter para apitar jogos de futebol.
É um sujeito que não consegue usar um critério uniforme nos seus julgamentos sobre os lances de futebol. Exemplo: permitiu sempre que os jogadores do Paços reclamassem,discutissem as suas decisões sempre que marcava faltas contra o Paços. Em contra partida foi célere a mostrar o cartão amarelo ao Hulk quando este reclamou de estar constantemente a levar pancada. Não é preciso marcar grandes penalidades para se influenciar o resultado dum jogo, basta intimidar com a amostragem de cartões amarelos só os jogadores duma das equipas do jogo.
Depois não consegue esconder o seu ódio ao Clube azul e branco. Xistra é da mesma jaez do Lucílio outro mafioso, que deviam ser banidos da arbitragem.
Os adeptos do FC Porto não querem ser beneficiados, unicamente pretendemos a nomeação de árbitros isentos, que adoptem um critério uniforme e que se errarem não o façam sempre para o mesmo lado.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sarrafeiros existem em todo o lado, mas uns menos do que outros

Sr. X (Indiscutível) ! O seu discurso é demagógico pois em todas as equipas existem serrafeiros. Exemplos:

Defesa do Sporting,Abel, Polga, Caneira,Rochemback,Miguel Veloso, são do tipo passa a bola mas não passa o homem, e até o Levezinho o Liedson faz muitas faltas atacantes,este é um mafioso de primeira apanha.

No Benfica sarrafeiro-mor: "Eduardo Luís"(parece um touro bravo a jogar), a seguir menos um pouco, Luisão, Yebda, Maxi Perreira, Sidnei, Miguel Vítor, Javi Garcia,e, até o Ruben Amorim.

FC Porto, os mais bravos: Bruno Alves, Fucile e Fernando.
O Rolando joga macio, e todos os restantes jogam dentro das normas.

Outro assunto:
...Para lá da expulsão, na Mata Real viu-se "um jogo completamente diferente" do da Supertaça, em que houve mais "luta" do que qualidade e no qual o FC Porto sentiu "dificuldade em colocar em campo o jogo normal", acabando por se ver em desvantagem no marcador num lance de bola parada. "Não admitimos golos daqueles", reconheceu o treinador, que voltou a elogiar muito a qualidade do Paços de Ferreira...
Mas afinal em que ficamos Professor Jesualdo? No Paços Ferreira luta-se mais do que se joga, ou há qualidade para elogiar...?!
Uma nota sobre o Xistra. Já há muito se sabe que este árbitro é anti-FC Porto. Nos jogos em que apita o FC Porto utiliza sempre dois critérios: um permissivo para os adversários do FC Porto e outro extremamente rigoroso com os jogadores azuis e bracos. No jogo com o Paços Ferreira permitiu que os jogadores do Paços contestassem permanentemente as suas decisões e no caso do Hulk foi célere a exibir-lhe as duas cartolinas. O primeiro cartão aplicado ao Hulk foi por protestar, e o segundo muito forçado pois deixou-se levar pela fita que o defesa do Paços fez...! Entradas daquelas pelos jogadores do Paços aos jogadores do FC Porto foram constantes, sem direito à exibição da respectiva cartolina amarela.

É uma situação que custa um pouco aceitar mas compreende-se, pois o Paços Ferreira tem um representante seu na direcção da Liga e daí a estrelinha da equipa de futebol.

PS - Extracto da análise de João Vieira Pinto

7 - Grande golo de Falcao e qualidade de Cristiano.

Num jogo em que ninguém se destacou por aí fora, gostei da exibição de Cristiano do lado do Paços Ferreira. Pauta o jogo da equipa e trata-se de um jogador de qualidade!

No FC Porto gostei da entrada de Falcao. Não só pelo grande golo que marcou mas também pela luta que deu numa altura difícil para a sua equipa. Foi uma agradável surpresa e, tal como Matías Fernández no Sporting, mostrou ser uma boa opção tanto para titular como para entrar vindo do banco, embora numa posição diferente.

domingo, 16 de agosto de 2009

FC Paços de Ferreira 1 FC Porto 1

16/08/2009
A minha opinão
Os meus 50 anos a ver jogar futebol permitem-me ter uma opinião avalizada sobre a prestação da equipa em Paços de Ferreira.
Aspectos negativos da equipa do FC Porto: No golo do Paços o Helton pareceu-me estar a dormir. Os internacionais portugueses pareceram-me acusar os efeitos do jogo a meio da semana pela selecção. Farias! É um jogador com técnica, mas a quem falta velocidade (agressividade) e presença física na área adversária para competir com os cavalões adversários. Melhor do que ele, o Postiga, deixou o FC Porto ir para o Sporting. Tal como o Farias falta-lhe presença física para poder ser goleador. Qualidade técnica tém ele. Aspectos positivos: Falcão melhor que o Farias: mais mexido e com bom poder de elevação. Excelente o golo que marcou...! Arbitragem: já se sabia que o Xistra na dúvida decidia sempre contra o FC Porto. Hoje mais uma vez, utilizou uma dualidade de critérios gritante na avaliação dos lances. Sempre muito permissivo com os jogadores do Paços, inclusive deixando-os discutir as suas decisões, e, excessivamente rigorosos os dois cartões mostrados ao Hulk.

Equilibrio desigual

Com dez, tal como com onze jogadores, o Dragão iniciou a defesa do título fazendo uso de uma incontestável determinação e de superior qualidade, mesmo quando confrontado com inesperados contratempos. O desfecho do primeiro embate da época não corresponde às expectativas azuis e brancas, mas espelha em pleno uma crença que não se deixou anular por decisões contestáveis, expulsões forçadas ou a inconstância de ritmo natural do arranque da competição.

O segundo duelo com a equipa de Paços de Ferreira no espaço de uma semana voltou a patentear um FC Porto dominador, sempre mais pujante e mais esclarecido, perante um adversário fechado nos seus espaços, à espreita apenas de um qualquer deslize azul e branco.

Cedo se percebeu, no entanto, que não bastaria aos comandados de Jesualdo Ferreira aplicar em campo os pergaminhos de sucesso que garantiram a conquista da Supertaça uma semana antes. Seria necessária convicção adicional, uma vontade ainda mais arreigada para fazer frente aos obstáculos colocados pelo oponente, mas também pelas instáveis decisões da equipa de arbitragem, que mais não fizeram do que acrescentar complicações à contenda.

A resposta portista ao golo madrugador dos da casa, apontado por Ricardo aos 11 minutos, surgiu pelos pés de Belluschi, numa ocasião soberana que apenas a trave da baliza defendida por Cáss
io conseguiu evitar. O médio argentino voltou a estar em evidência pouco depois, quando após um bom entendimento com Álvaro Pereira disparou em arco para uma enorme intervenção do guarda-redes pacense, que sem saber bem como viu as suas redes permanecerem invioláveis até ao intervalo, depois de Hulk e Farias, no mesmo lance, terem tido o golo azul e branco nos pés.

A segunda metade trouxe de novo contratempos de monta para os Dragões, desta feita reduzindo a formação portista a dez unidades. Depois de insistentemente castigado e provocado pelos seus marcadores directos, Hulk acabou por ver o segundo cartão amarelo na partida, aos 55 minutos, após um lance confuso junto da área anfitriã.

O excesso de rigor do árbitro acabou por servir de elemento perturbador no duelo, dando nova vida ao Paços, que timidamente aproveitou a deixa para sair da redoma em que se havia encerrado, e desafiando ainda mais os jogadores do FC Porto, que se viram obrigados a invocarem a força azul e branca na sua plenitude para, no mínimo, conseguirem levar um ponto da deslocação à «Capital do Móvel».

A determinação portista teve efeitos práticos aos 78 minutos, quando após um cruzamento perfeito de Fucile na direita, Falcao respondeu com um cabeceamento igualmente perfeito, literalmente «à ponta de lança», que deixou o indefeso Cássio pregado ao
relvado.

A igualdade não satisfazia os pupilos de Jesualdo Ferreira e tão-pouco se ajustava ao desenrolar da discussão da Mata Real, mas acabou por se impor e premiar as cautelas em vez da ousadia e a passividade perante a perseverança.

FICHA DE JOGO

Liga Portuguesa 2009/10 – 1ª jornada
16 de Agosto de 2009
Estádio do CD Trofense, na Trofa

Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco)
Árbitros Assistentes: Luís Marcelino e Celso Pereira
4º Árbitro: André Gralha

FC PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Danielson, Kelly e Jorginho; Ricardo, Leonel Olímpio e Pedrinha «cap.»; Baiano, William e Cristiano
Substituições: William por Carlitos (63 min), Baiano por Romeu Torres (77 min) e Pedrinha por Ciel (82 min)
Não utilizados: Coelho, Maykon, J. Coelho e Manuel José
Treinador: Paulo Sérgio

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Álvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Mariano, Farias e Hulk
Substituições: Raul Meireles por Falcao (46 min), Farias por Varela (60 min) e Belluschi por Tomás Costa (77 min)
Não utilizados: Beto, Guarin, Valeri e Nuno André Coelho
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Ricardo (11 min), Falcao (78 min),
Disciplina: Cartão amarelo a Hulk (18 e 55 min), William (57 min), Mariano (90 min). Cartão vermelho a Hulk (55 min)

sábado, 15 de agosto de 2009

Três alterações para o arranque da Liga 2009_10

15/08/2009

As entradas de Beto, Falcao e Nuno André Coelho são as principais novidades da convocatória do FC Porto para o desafio da 1ª jornada da Liga 2009/10. Os Tetracampeões Nacionais defrontam o Paços de Ferreira já este domingo, no Estádio da Mata Real. A partida está marcada para a 18h00.

Em relação à última lista de seleccionados (Supertaça Cândido de Oliveira), saem Maicon, a cumprir castigo, Miguel Lopes e Nuno.

Os azuis e brancos concluíram este sábado a preparação do encontro frente à equipa de Paulo Sérgio.

Bruno Alves e Mariano já treinaram sem limitações; Falcao e Guarín já estiveram às ordens de Jesualdo Ferreira; Rodríguez e Orlando Sá voltaram a desenvolver os respectivos planos de recuperação (treino integrado condicionado e trabalho específico para o primeiro; ginásio e treino condicionado para o segundo).

A comitiva reúne-se ao final da tarde no Estádio do Dragão, de onde segue para estágio.

Lista de convocados: Helton, Bruno Alves, Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Valeri, Falcao, Mariano, Hulk, Fucile, Rolando, Alvaro Pereira, Varela, Nuno André Coelho, Farías, Tomás Costa, Beto e Fernando.

Tentativa de fazer do Hulk um goleador

...Jogar no meio, explicou, faz parte do processo de aprendizagem de Hulk. "Tinha dito que ele era uma obra inacabada", lembrou. "Não fazia muito sentido que um jogador como o Hulk, com as capacidades que tem, fosse limitado a zonas laterais, onde jamais poderia ser um goleador, e eu acho que ele pode vir a ser um grande goleador. Qual é o problema? Todos os jogadores, quando jogam de frente, têm vantagem, mas, quando jogam de costas, precisam de aprender alguns movimentos. O que ele está a fazer é aquilo que qualquer avançado de top tem de saber fazer, isto é: conhecer os espaços frontais do seu jogo ofensivo e, neles, adequar os recursos técnicos que tem", disse, sublinhando que Lisandro passou por um processo semelhante, que o tornou, depois, mais completo.

Jesualdo radiografou as zonas onde, neste momento, Hulk rende mais e menos no ataque, conforme se pode ver na infografia ao lado. As características dos jogadores que tem agora, acrescentou, permitem-lhe montar um ataque sem as amarras que os extremos clássicos, como Quaresma, determinavam. "Uma equipa mais forte, mais poderosa, mais agressiva tem três avançados e não um ponta-de-lança de dois alas como muitas vezes se fala", rematou.

Jesualdo Ferreira

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Bolatti na selecção argentina

A Imprensa Argentina e Maradona agradados com a prestação de Bolatti na selecção

Bolatti estreou-se pela Argentina e, ontem, mereceu elogios nos jornais. O "Olé" escreve mesmo um artigo a garantir que Maradona encontrou um jogador de selecção. Bolatti foi cauteloso na reacção. "Estive algo impreciso no início, porque custou a adaptar-me a uma posição em que não jogava". Bolatti dividiu tarefas defensivas com Mascherano e teve uma participação efectiva no ataque que surpreendeu a Imprensa argentina e o próprio seleccionador. "Gostei do que vi. Perdeu-se nalguns lances porque quis fazer mais do que devia. Mas isso é típico desta camisola, que nos leva a fazer coisas que os treinadores nem sequer nos pedem", disse Maradona. O enviado do jornal argentino remata o texto de uma forma taxativa: Bolatti merece estar na convocatória para o próximo jogo, que é com o Brasil.

Jesualdo Ferreira: "Este grupo merece o meu aplauso"

14/08/2009

Com o arranque da Liga 2009/10 no horizonte, Jesualdo Ferreira considera que o grau de dificuldade dum novo duelo com o FC Paços de Ferreira aumentou, mas assegura que os Dragões estão prontos para o desafio. O técnico portista quer preparar os jogadores para as exigências do futuro e ambiciona entrar para a história do futebol nacional com a conquista do Pentacampeonato.

Equipa preparada
«Temos mais uma semana de trabalho e sinto que, neste momento, estamos preparados para enfrentar o arranque do campeonato. Estamos preparados, em função do que pudemos fazer em cinco semanas de trabalho».

Dificuldade acrescida
«Este vai ser, seguramente, um jogo mais difícil do que o da Supertaça. No final do jogo de Aveiro, tive o cuidado de dizer que o jogo tinha sido muito difícil e que seria ainda mais difícil o mesmo jogo passado uma semana. Para ganhar domingo teremos de ser muito melhores do que na Supertaça».

Mais fortes e agressivos
«Espero um jogo difícil, perante uma equipa forte, que joga um futebol positivo. O Paços fez uma boa prova na Taça da época passada, conseguiu com mérito a presença nas provas europeias. Realizou quatro jogos e acabou eliminado, mas na minha opinião poderia até ter passado. Estou certo de que este jogo vai obrigar-nos a ser mais fortes e mais agressivos».

Lição estudada
«A vitória na Supertaça serviu, antes de mais, para conquistarmos um título, que é o objectivo fundamental para nós. O jogo e as suas incidências serviram para percebermos melhor o que temos de fazer para ganhar no domingo e
como alerta sobre o que temos de fazer melhor. Teremos de ser mais equilibrados e não descurar o conjunto de factores que podem ser decisivos no jogo».

Bruno Alves ok, Rodríguez ko
«Só amanhã terei comigo todos os jogadores da equipa. Posso afirmar já que o Bruno Alves vai jogar e que o Rodríguez estará de fora».

Pressão mantém-se
«No FC Porto temos a nossa área de trabalho, as nossas vitórias e os nossos objectivos. Independentemente do que se passa à nossa volta, no exterior, só quando começar a competição é que poderemos saber se os nossos adversários são melhores ou piores do que nós. Aquilo que nos interessa é a nossa equipa e, depois disso, o adversário que vem a seguir no nosso caminho. A pressão deste início de época é igual à de qualquer outro».

Grupo motivado
«O FC Porto é o campeão, tem quatro títulos consecutivos e é a única equipa que pode conseguir o Penta. Nesta perspectiva, o que para nós é importante é o que a nossa equipa produz e aquilo que pode vir a produzir. O que estamos a fazer é preparar os jogadores para a equipa. É evidente que a possibilidade de ganhar quatro títulos consecutivos, e dessa forma entrar para a história do futebol português, é uma motivação adicional para mim. No grupo, estamos todos motivados e todos com o mesmo espírito».

Base de trabalho
«Nenhum treinador tem, neste momento, capacidade de saber se a sua equipa renderá mais ou menos do que na época anterior. Aquilo que temos é uma base de trabalho e queremos preparar os jogadores para que estejam prontos a revelar as suas capacidades».

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Yero goleador, uma promessa a curto prazo

Yero: um gigante na área! Coulibaly Yero marcou dois golos no jogo-treino que o FC Porto disputou ontem com o Padroense. Antes disso, e para ajudar quem não sabe nada sobre Coulibaly Yero, o melhor mesmo será começar pelo básico: é um avançado senegalês de quase dois metros (1,95 m, para ser exacto), completa 18 anos na próxima quarta-feira e chegou este ano aos juniores do FC Porto, proveniente do Istres. Foi precisamente no Istres que O JOGO recolheu mais alguns detalhes para juntar à primeira apresentação.

"Tem um enorme potencial e evoluirá muito se o FC Porto o integrar nos treinos com os profissionais", defende. "Não tem medo do choque com os defesas, sabe proteger a bola e, apesar da altura, é um jogador veloz." Também há defeitos, claro. "É inexperiente e, a nível técnico, terá de trabalhar muito. Sobretudo em pequenos gestos na área, importantes para quem joga de frente para a baliza", completa. E diz mais, com um entusiasmo indisfarçável: "Se conseguir evoluir no que apontei, poderá transformar-se num fenómeno.

Desviado para os juniores portistas depois de ter sido inicialmente apontado à Naval, por empréstimo, Yero estreou-se a marcar no Estádio do Dragão, porque foi no palco principal que FC Porto e Padroense mediram forças. Os dois golos permitem, pelo menos, despertar a curiosidade e apontar-lhe os holofotes. Henri Stambouli, que o conhece bem, acredita que isso não o atrapalhará. "É um jovem mentalmente muito forte e equilibrado. Esteve cerca de um ano e meio no Istres, longe da família. Ouve sempre os conselhos que lhe dão", garante, lamentando não o ter no plantel. "Não tínhamos nada para lhe oferecer; é um jovem muito interessante, mas, em França, por enquanto, só podia ter o estatuto de amador." Em todo o caso, já carrega nos ombros o peso de comparações muito profissionais...

Já houve quem o apelidasse de novo Drogba ou futuro Adebayor, e ele não se importa...

Ainda antes de aterrar em Portugal, Coulibaly Yero contou a um sítio francês que os dirigentes portistas lhe tinham causado "óptima impressão". E disse mais: "Ofereceram-me uma camisola número 9; serei o Drogba deles." Pelo menos, a declaração é-lhe atribuída. As comparações com Drogba foram feitas por muitos observadores. Mas há quem prefira usar o gigante Adebayor, agora no Manchester City, como exemplo de comparação, o que Yero não rejeita. Certo é que, seja um ou outro, o molde impressiona...

ANTÓNIO SOARES/HUGO SOUSA (ojogo)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Supertaça - FC Porto 2 Passos de Ferreira 0

09/08/2009

Um lance invulgar de Farias e um cabeceamento magistral de Bruno Alves deram expressão a uma incansável busca da felicidade protagonizada pelo FC Porto na conquista da 16ª Supertaça do seu palmarés. Imperou a determinação e o brio onde, a espaços, espreitou a falta de ritmo e a dureza excessiva. E ganhou quem mais fez por merecê-lo.

Em cima da hora de jogo da noite de Aveiro, Farias foi protagonista de um lance pouco usual no futebol, mas que espelha em pleno a receita do sucesso aplicada pelos Dragões no duelo com o Paços de Ferreira: o avançado argentino nunca deu por perdida uma jogada que parecia morrer nas mãos de Cássio e aproveitou um deslize do guarda-redes adversário para apontar o golo inaugural da partida.

Foi de determinação constante e de atitude irrepreensível que se fez o triunfo azul e branco, num encontro típico de arranque de temporada, com ritmo inconstante, animação variável e fulgor físico limitado. O êxito esteve sempre na mente do Dragão e nunca as fugazes tentativas pacenses colocaram em causa a permanente superação azul e branca.

Três ocasiões, no espaço de três minutos, abriram as hostilidades do ataque portista na primeira parte, com Varela e Belluschi a assumirem o papel de pr
imeiros artífices da avidez azul e branca. O golo não surgiu então, mas ficaram desenhados os contornos de um domínio que conheceria outros desenvolvimentos já após o descanso.

Sem se perturbar com a entrada enérgica, mas infrutífera, do Paços na segunda metade, a formação de Jesualdo Ferreira construiu com astúcia uma resposta condizente com o desafio colocado. A persistência de Farias sobressaiu no lance que abriria o marcador e lançaria os Dragões, definitivamente, rumo ao desejado triunfo.

E o que veio depois foi domínio evidente e controlo total por parte do FC Porto, espelhado em diversas ocasiões soberanas para o avolumar do resultado, não tendo então Hulk, Mariano ou Farias aplicado a mesma eficaz receita protagonizada por Bruno Alves já a caminho do apito final. Aos 89 minutos, o capitão portista subiu às alturas em plena área contrária e cabeceou, perante o desamparado Cássio, para o golo que sentenciou em definitivo a partida.

Estava encontrado o desfecho ajustado à discussão do Estádio Municipal de Aveiro e premiada a consistência de um Dragão ainda em processo de crescimento, mas já sem pudor em mostrar voracidade, elegância e um enorme potencial, que o presente reconhece com títulos e que o
futuro, uma vez mais, confirmará.

FICHA DE JOGO

Supertaça «Cândido de Oliveira»
9 de Agosto de 2009
Estádio Municipal de Aveiro, em Aveiro
Assistência: 15.722 espectadores

Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto)
Árbitros Assistentes: José Cardinal e Tiago Trigo
4º Árbitro: Vasco Santos

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Álvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Mariano, Hulk e Varela
Substituições: Belluschi por Farias (46 min), Varela por Tomás Costa (74 min) e Raul Meireles por Guarin (89 min)
Não utilizados: Nuno, Valeri, Maicon e Miguel Lopes
Treinador: Jesualdo Ferreira

FC PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Ozeia, Kelly e Jorginho; Ricardo, Olímpio e Pedrinha «cap.»; Romeu Torres, Baiano e Cristiano
Substituições: Filipe Anunciação por Carlitos (65 min), Pedrinha por William (68 min) e Ozeia por J. Coelho (82 min)
Não utilizados: Coelho, Maikon, Leandrinho e Fábio Pacheco
Treinador: Paulo Sérgio

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Farias (59 min) e Bruno Alves (89 min)
Disciplina: Cartão amarelo a Jorginho (37 min), Álvaro Pereira (43 min), Filipe Anunciação (47 min), Bruno Alves (48 min), Romeu Torres (48 min), Olímpio (55 min), Ozeia (71 min)

09/08/2009
Jesualdo Ferreira: "abrir a época a ganhar é sempre importante"
Num regime de conquistas sucessivas, Jesualdo Ferreira acrescentou a Supertaça ao seu currículo. Feliz com o triunfo sobre o Paços de Ferreira, o treinador do FC Porto lançou o jogo de estreia na Liga, a propósito do qual lançou um alerta, ainda no rescaldo de nova vitória.

«O registo desta vitória é relevante, porque abrir a época a ganhar é sempre importante. É uma taça que me faltava e é mais um título. Nós jogamos para ganhar títulos. Este jogo lança aquele que vem a seguir. Não vou falar dele, é claro, mas fica o alerta. A minha equipa percebeu que teremos de jogar bem, mais do que jogámos hoje e num ambiente diferente, no campo do adversário. É aí que iniciaremos o campeonato, que temos grandes aspirações de ganhar. Parabéns à massa associativa do FC Porto, que esteve presente em grande número. Recordo que faz sensivelmente um mês que começámos a treinar e a resposta dos jogadores foi boa.»

...Jesualdo tentou quebrar o impasse ao intervalo: tirou o médio Belluschi, incapaz de soluções para os problemas causados pela organização defensiva do Paços de Ferreira, recuou Mariano para o meio-campo e acrescentou Farías ao ataque, deslocando Hulk para o lado esquerdo, onde a velocidade do brasileiro podia fazer mais estragos nos duelos com Filipe Anunciação. Na verdade, não foi preciso nada disso para chegar ao golo: bastou Farías forçar Cássio a cometer um erro enorme para o FC Porto chegar à vantagem, reduzindo a estratégia pacense a pó.
O segundo golo acabou por surgir com naturalidade, embora o voo de Bruno Alves sobre a defesa pacense para cabecear o canto cobrado por Raul Meireles tenha tido qualquer coisa de sensacional, fantástico. Um supergolo a encerrar a Supertaça.
... "O Paços tem uma belíssima equipa, com muito mais tempo de trabalho e mais jogos do que nós, jogos em que também teve de sofrer, de jogar com equipas de outros campeonatos; esses factores, associados, impediram que o FC Porto tivesse jogado ao nível que eu estava à espera, que os meus jogadores estavam à espera, daquilo que temos trabalhado e de alguns momentos que já tivemos anteriormente."

domingo, 9 de agosto de 2009

Elemento que deve ser objecto de estudo

Por parte dos responsáveis do FC Porto:

Com Douglas em campo o sucesso é garantido (Guimarães)!

O tempo passa e não pára de crescer a dependência. Um problema mais agradável do que patológico, porque ter o avançado em campo é quase sempre meio caminho andado para os golos. Um disparo de cabeça notável abriu caminho para uma vitória inesperada... para os visitantes.

domingo, 2 de agosto de 2009

FC Porto é muito mais do que Hulk

Jorge Maia / Carlos Gouveia enviados especiais Isla Canela

A derrota com o Aston Villa não apagou o que ficou para trás: cinco vitórias e um empate numa pré-temporada cheia de novidades e com uma confirmação: Hulk. Jesualdo Ferreira fez a O JOGO um balanço completo do arranque, a uma semana do primeiro desafio oficial.

Directo ao assunto. Fala-se muito numa certa dependência em relação ao Hulk, o único jogador do FC Porto que marcou na Peace Cup. Ela existe mesmo? Não existe dependência nenhuma do FC Porto em relação a Hulk. O FC Porto é muito mais do que o Hulk. O fundamental é que ele perceba que a equipa joga para ele e que ele tem de jogar para a equipa. Nenhum jogador consegue fugir a esta condicionante. O Hulk joga na última linha, como jogava o Lisandro ou o Quaresma, e, como o jogo tem uma lógica, é evidente que as características do Hulk só podem ser potenciadas com a equipa. As suas capacidades só podem ser úteis quando ele for capaz de as pôr ao serviço da equipa. Gostava que se recordassem do que foi escrito sobre ele há um ano, quando ele chegou. Nessa comparação, entre o Hulk actual e aquele que chegou mais ou menos por esta altura, percebe-se que aquilo que separa um e outro é a evolução que ele fez no entendimento com a equipa. Por isso mesmo, rejeito qualquer dependência em relação ao Hulk, como rejeitei a dependência em relação ao Quaresma ou em relação ao Lucho. E o facto é que a equipa conseguiu sobreviver sempre à ausência de qualquer um deles. De resto, posso dizer-lhe que os jogadores com as características que tem o Hulk impressionam quase sempre mais o público e a crítica do que os treinadores.

Mas sobra a ideia de que não há muitas alternativas a Hulk no plantel… Não faltam alternativas ao FC Porto, faltam alternativas ao Hulk. Ou seja, o FC Porto tem outros jogadores para utilizar no ataque com características diferentes, o que não tem é outro Hulk, com a mesma velocidade e a mesma capacidade de explosão. Aliás, nem sei se existe algum por aí, até porque a clonagem não está assim tão evoluída. Claro que o plantel tem alternativas para quando ele não jogar.

Falcao, por exemplo, pode render mais? Não será um jogador demasiado parecido com o Farías? O Falcao corre o mesmo perigo de qualquer jogador que chega ao FC Porto e ao fim de cinco treinos joga: tem de comer a bola. Não é justo fazer essa avaliação e muito menos comparar o Hulk com o Falcao. Primeiro, o Hulk não é um ponta-de-lança, é um avançado. No FC Porto, não jogamos com dois extremos e um ponta-de-lança, jogamos com três avançados e creio que, com alguma calma, o Falcao pode fazer parte desse esquema e nós vamos ter esses três avançados, tal como tivemos no ano passado.

Isso quer dizer que, para já, não tem? Quer dizer que o Rodríguez está lesionado, quer dizer que o Hulk não tem jogado exactamente na posição onde penso que poderá jogar no futuro e quer dizer que o terceiro jogador desse trio ainda não entende completamente o jogo da equipa, mas vai entender. Agora, é verdade que o Falcao não é uma alternativa ao Hulk, porque têm características diferentes.

E isso significa que lhe chegam os jogadores que tem? Neste momento, temos seis avançados, o que é o ideal para a estrutura da equipa, todos eles têm características diferentes que são complementares e que, com tempo e com trabalho, podem proporcionar todas as soluções de que a equipa precisa. De resto, as conversas sobre os nossos planos ao nível das entradas e saídas não são públicas.

Este Plantel é tão potente como o do ano passado

Algum reforço o tem impressionado em particular? O problema de uma análise desse tipo é que alguns dos reforços ainda não tiveram nem tempo, nem espaço para os podermos analisar com algum critério e rigor. Quando referia que nos preocupamos com a forma como avaliamos os jogadores, e também com a forma como os expomos à avaliação exterior, não posso fazer uma análise com segurança. Sinto que todos os reforços que chegaram têm condições para virem a ser aquilo que espero deles. Isso é seguro.

Há um ano, ainda muito cedo na temporada, disse que a equipa seria mais forte que a anterior. Pode dizer o mesmo desta? Na altura, disse que a equipa seria diferente, que seria mais forte por ser mais potente do que a anterior e acredito que isso mesmo ficou confirmado ao longo da temporada. Creio que essa potência existe neste plantel, na mesma, mas é preciso encontrar alinhamentos tácticos que aproveitem as qualidades dos jogadores que estão cá. O FC Porto perdeu o Cissokho, o Lucho e o Lisandro, que foram fundamentais na última época, mas há um ano também tínhamos perdido o Bosingwa, o Quaresma e o Paulo Assunção. E agora, tal como aconteceu há um ano, teremos de encontrar as melhores soluções tácticas para podermos ser ainda mais fortes.

A Peace Cup não foi uma exigência excessiva quando falta uma semana para a Supertaça? Seria se não tivéssemos tido o cuidado de fazer um grande trabalho de rotação. De resto, é importante perceber porque é que alguns jogadores jogaram mais do que os outros - porque foram os que mais trabalharam desde o arranque. Depois, as entradas progressivas do Raul Meireles, do Bruno Alves, do Rodríguez, do Fucile e do Guarín ajudaram a equipa a crescer, porque estes elementos conhecem o nosso processo, o nosso modelo de jogo e foram muito úteis para acelerar a integração dos restantes. É assim que se consegue que o Álvaro Pereira esteja a jogar, que o Maicon esteja a jogar e que o Belluschi e o Varela estejam a jogar. De resto, nessa fase inicial do trabalho, houve muitas alturas em que a menor capacidade física foi compensada pela maior identificação de alguns jogadores com aquilo que é o processo do FC Porto. Este não foi um trabalho fácil, mas o facto é que, considerando os jogadores que chegaram lesionados, conseguimos excelentes resultados com um grupo relativamente reduzido.

Foi uma decepção falhar a final? Queríamos ir à final, fizemos tudo para lá chegar, mas também reconheço que iria colocar uma carga pesada na semana que antecede a Supertaça. Por outro lado, também é verdade que um bom resultado, na final, poderia ter efeitos ao nível anímico que compensassem o desgaste provocado pelo prolongamento da estadia aqui. Compete-nos agora reequilibrar os processos desgastantes que existiram e potenciar o conjunto de jogadores que estão numa fase mais atrasada do processo de integração.

Já experimentou jogar em 4x4x2 algumas vezes. É uma experiência para levar mais longe?

Não é uma experiência, é uma alternativa que o FC Porto precisa de ter. Sempre disse que o FC Porto tinha um sistema base, e tem, tem um modelo estabelecido que passa por um conjunto de princípios que regem a organização táctica da equipa, e a configuração dos jogos e dos jogadores vai obrigar-nos algumas vezes a reposicionar os jogadores de tal forma que pareçam enquadrar outro sistema, mas o importante é que o modelo não mude, ou que seja cada vez mais forte e estável. E, independentemente do sistema, o importante é que os jogadores actuem de acordo com aqueles que são os nossos princípios, quer a defender, quer a atacar.

Construir uma equipa no ataque ao Penta será um grande desafio. Reconstruir é uma palavra a que Jesualdo Ferreira já se habituou. Esta pré-temporada serviu para lançar as bases de um novo FC Porto.

Está a ser aliciante construir mais um puzzle? Saíram três jogadores importantes, entraram outros. Está a dar-lhe o mesmo gozo que confessou sentir no ano passado? Já usei essa expressão uma vez e se a repetir vão acusar-me de falta de originalidade. Vou dizer que é um grande desafio. Depois do tetra, atacar o penta com jogadores novos e com a necessidade de construir uma equipa nova será certamente um grande desafio para mim, para os jogadores, mas também para o público que nos apoia e que espera sempre os melhores resultados e as melhores exibições. Também eles vão ter de participar neste desafio de sermos penta.

O FC Porto está pronto para entrar na competição a doer? Claro que sim. Tem de estar, como estarão todas as outras equipas, ainda que mantendo a consciência perfeita de que temos ainda pouco trabalho para podermos render o máximo. A avaliação que se pode fazer ao FC Porto, neste momento, é sempre incompleta, atendendo àquilo que são as realidades de uma pré-temporada que começou há apenas quatro semanas.

Arrancou mais tarde do que os rivais para a preparação. Alguma razão para isso? Várias. Começámos a época a 7 de Julho, a quatro semanas do início da época oficial, concretamente a um mês da disputa da Supertaça e fizemo-lo por duas razões. Primeiro, porque depois do desgaste de 52 jogos numa época de alta intensidade, os jogadores deveriam ter, no mínimo, um mês de férias. Tínhamos também a perspectiva de que poderiam acontecer algumas alterações na equipa, considerando aquilo que eram as estimativas do mercado de transferências; tínhamos um conjunto de jogadores internacionais que apenas estariam libertos dos compromissos da selecções a 10 de Junho e tínhamos de pensar sobre as aquisições que viessem a ser feitas. A data foi escolhida para permitir as férias, sabíamos que a maior parte dos jogadores já teria uma base de trabalho sobre os processos de jogo da equipa, mas também para encurtar as diferenças de tempo entre o trabalho feito pelo primeiro grupo e os que chegavam mais tarde. Se tivéssemos começado a 29 ou a 30 de Junho teríamos quase duas semanas de trabalho feito pelo primeiro grupo que seriam praticamente irrecuperáveis pelos jogadores que foram chegando mais tarde. Foi um risco que corremos, encurtando o período de preparação para ganharmos em rapidez de integração.

Com bons resultados? O que se passou nos jogos prova o acerto desta opção, mas a verdade é que as diferente integrações que foram feitas são ainda perceptíveis, nomeadamente ao nível de cargas de trabalho e ritmo. Por isso, falei num plantel dividido em três patamares distintos e por isso avisei em relação à especificidade de uma competição como a Peace Cup, cujo calendário previa a realização de jogos com intervalos de 48 horas, o que, em termos de preparação, não é o melhor, especialmente no caso do FC Porto, que, para além da construção da equipa, quando entra numa competição destas fá-lo para ganhar. E esse tipo de exigência não favorece uma observação mais detalhada dos jogadores nem a integração progressiva dos jogadores mais novos.

Bruno Alves? Ninguém está preparado para perder quem gosta. Está preocupado com a possibilidade de o Bruno Alves ainda poder sair? Essa possibilidade coloca-se não só em relação ao Bruno Alves… Mas em relação a ele em particular, está preocupado? Até ao dia 31 de Agosto, tudo pode acontecer. Como treinador, sempre disse que não estava preparado para perder nenhum jogador e, em termos mais genéricos, posso dizer-lhe que ninguém está preparado para perder quem gosta. Agora, compete-nos estarmos atentos e preparados para aquilo que pode acontecer na vida de uma equipa ou na vida de um jogador. E podem acontecer muitas coisas. Pode haver uma transferência, mas também pode haver uma lesão grave e temos de estar preparados. De que forma? Neste momento, para além do Bruno e do Rolando, que formam a dupla de centrais do FC Porto, temos o Maicon e o Nuno André Coelho a treinar com os mesmos princípios, com as mesmas ideias e dentro do mesmo modelo, e que vão fazendo o seu trabalho de integração progressiva. E aquilo que posso dizer que desejo, em relação ao tema Bruno Alves, é que as coisas corram da melhor maneira possível para o FC Porto.

Acha que o Álvaro Pereira já fez esquecer o Cissokho? Acho que são jogadores tão diferentes que dizer que um fez esquecer o outro acaba por ter graça. Têm algumas semelhanças, mas são, na essência, dois jogadores diferentes. São dois bons jogadores, tivemos uma experiência muito positiva com o Cissokho durante quatro meses, mas o Álvaro só está cá há meia dúzia de dias e não faz sentido estar a fazer comparações. Mas está satisfeito com a troca? Estou satisfeito com o Álvaro Pereira.

Generalizando um pouco, o balanço que faz do trabalho é positivo? Bem, chegamos a este momento sem lesões, com alguns jogadores com ritmo muito aceitável, com uma equipa praticamente formatada, que já ganhou jogos de grande intensidade e apresentou performances muito boas, mas com alguns jogadores ainda em graus intermédios da sua integração. Por outras palavras, o FC Porto já é uma equipa, mas pode e vai ser uma equipa muito melhor do que é agora. Neste contexto, a prioridade vai para a necessidade de proceder ao reequilíbrio entre os diversos momentos de preparação do plantel. O balanço nesta fase tem de ser positivo, não só pelos jogos que fizemos, não só pela forma como fomos vendo a evolução dos jogadores, mas também pela forma como os novos se integraram, e refiro-me ao Maicon, ao Belluschi, ao Varela e ao Álvaro Pereira, jogadores que rapidamente perceberam o que pretendemos e a forma como jogamos.

Belluschi é jogador muito diferente de Lucho. Pode cumprir as mesmas funções? O Belluschi é um jogador de menos espaços que o Lucho. É um jogador de menores penetrações, mas acaba por ocupar tanto espaço intermédio como ocupava o Lucho. Tem uma excelente capacidade de passe, é um grande finalizador ao nível do jogo exterior, tal como acontecia com o Lucho, mas não vamos esperar que o Belluschi faça de Lucho, que faça as mesmas coisas que ele fazia; com a certeza de que fará outras que Lucho não fazia.

Há dois jogadores que as pessoas não viram muito. Valeri jogou pouco, Prediger nada. Pode acrescentar alguma coisa sobre os jogadores que são? Entraram ambos tarde na equipa, mas conhecemo-los bem, aquilo que é a sua vida desportiva anterior e, mesmo sem me querer debruçar muito sobre isso, posso dizer que se chegaram cá, foi porque deram provas de qualidade nos clubes onde estavam. Vamos deixá-los evoluir, vamos integrá-los no nosso processo de jogo, no nosso modelo, e, depois, poderemos avaliá-los de forma mais concreta.

Há dias, durante um treino, foi particularmente interventivo. Sente essa necessidade nesta fase? O problema desse tipo de situações é que os jornalistas só assistem a 15 minutos de treino ao longo da temporada e depois surpreendem-se quando estão uma hora connosco. Eu sempre fui assim, e vou continuar a ser assim. Acredito que há momentos próprios para o treinador intervir, outros em que se deve afastar e nada disto tem a ver com o facto de estarmos no início da época, ou com a entrada de muitos jogadores novos na equipa. Tem a ver com aquilo que em determinados momentos consideramos importante salientar, sublinhar, corrigir ou até elogiar, e essa é uma avaliação pessoal, que cada treinador faz, e cuja expressão não pode ficar condicionada pela presença dos jornalistas nos treinos sob pena de prejudicar a equipa.

Resguardar os reforços de análises precipitadas. Costuma demorar a integrar os jogadores novos. Este ano, já há alguns que se afirmaram, como Belluschi e Álvaro Pereira. Estão prontos para jogar? Prontos têm de estar, o que não quer dizer que o processo esteja concluído, longe disso. Sabemos que não há jogadores que possam cá chegar e dizer que têm a titularidade garantida e se há, o FC Porto não tem a capacidade financeira para os garantir. Compete-nos fazer a integração gradual dos jogadores novos, resguardando-os das análises precipitadas que muitas vezes são feitas pela Crítica. Sabemos o que vale a crítica, o que valem as primeiras imagens e sabemos que efeitos podem ter na carreira de cada jogador. E é por sabermos isso que tentamos saber também exactamente qual é o melhor momento para esses jogadores se exporem com segurança, acreditando também eles naquilo que valem. Não faltam jogadores de grande qualidade que chegam ao futebol português e são arrasados por análises precipitadas, baseadas nas primeiras impressões. Não queremos dar passos em falso. Mas, como é preciso constituir um onze para jogar, os que entram mais cedo são os que nos dão garantias de que podem ultrapassar estas questões com mais facilidade.

Tenho os três melhores guarda-redes de Portugal. Está aceso o duelo pela titularidade da baliza. É uma competição positiva? É uma boa dor de cabeça para o treinador? Atrevo-me a dizer que, neste momento, o FC Porto tem os três melhores guarda-redes do futebol português. E faço-o com alguma segurança. O Helton é titular do FC Porto há cinco épocas, o Beto é jogador da Selecção Nacional, o Nuno tem um vivência e uma experiência e uma qualidade acima da média e, por isso, dispor dos três é, antes de mais, uma garantia para qualquer treinador. Temos, provavelmente, 50 jogos para fazer, mais um menos outro, aos quais teremos de juntar os jogos da Selecção e todos eles terão de estar preparados para jogar a qualquer momento.

Disse que o Helton é titular há cinco épocas. Significa que vai continuar? Fiz uma análise retrospectiva e penso que fui claro. Acho que o que referi sobre a qualidade dos três melhores guarda-redes do futebol português e sobre a tranquilidade que isso me dá, dispensa-me de avançar muito mais sobre essa matéria. A competição entre eles é grande, toda a gente sabe isso, mas também é assim em relação a todas as posições do plantel e essa vai ser uma característica definidora do FC Porto ao longo da próxima temporada: competitividade.

Uma relação especial à base de diálogo Evitar que os elogios frequentes possam condicionar a evolução de Hulk tem sido uma preocupação constante de Jesualdo Ferreira, que vai doseando aplausos ao brasileiro com algumas conversas para garantir um jogador mais completo

Uma certeza à esquerda Os primeiros jogos do FC Porto durante a pré-temporada já tornaram evidente a existência de uma estrutura base, um esqueleto que deverá sustentar a equipa durante a temporada de assalto ao segundo penta da história do clube. Se na baliza a luta pela titularidade se mantém acesa, embora Helton parta com vantagem em relação a Beto, na defesa está praticamente tudo definido. Álvaro Pereira chegou, viu e venceu a corrida pela vaga deixada em aberto pela saída de Cissokho. Seguro a defender, tacticamente integrado nos processos da equipa, fisicamente disponível e ofensivamente interventivo, o uruguaio parece ser o primeiro reforço a garantir um lugar no onze titular de Jesualdo Ferreira para a próxima temporada, até porque Benítez está longe de lhe servir de alternativa.

Se ninguém se chegar à frente com os 30 milhões de euros previstos na cláusula de rescisão de Bruno Alves, o eixo da defesa deverá continuar a ser partilhado por ele e por Rolando. A primeira dúvida surge à direita. Com Sapunaru ainda em fase de reintegração nos trabalhos depois da lesão que o afastou do arranque da pré-temporada, Fucile continua longe da sua melhor forma, mas a estreia de Miguel Lopes frente ao Besiktas não foi auspiciosa. No meio-campo, Fernando e Raul Meireles são certezas absolutas, enquanto Belluschi vai aproveitando a vantagem de ter chegado mais cedo. Ainda assim, Valeri, Guarín e até Tomás Costa são alternativas a considerar para o lugar que foi de Lucho. No ataque, Hulk e Mariano são as certezas até agora. Varela tem feito por mostrar serviço, mas parece evidente que não estará em vantagem no confronto com Cristian Rodríguez. Feitas as contas, descontando o guarda-redes, há sete certezas e três dúvidas. Um balanço razoável a uma semana do início oficial da temporada.

Rodagem dos novos já bem integrados Álvaro Pereira 450' .Descontando o amigável com o Tourizense, que foi à porta fechada, sobram ainda seis jogos para constatar um dado comprovado pelos minutos de utilização: já há reforços a mostrar serviço. E ainda há dois que estão por estrear: Prediger, o último, e Orlando Sá.

Belluschi 377'. Chega com a missão de fazer esquecer Lucho, ou atenuar essa saída. Já marcou e deu sinais de criatividade . Varela 370' . Uma das agradáveis surpresas, mesmo sendo um jogador bem conhecido do futebol português. Maicon 270' Procura intrometer-se na dupla que parece certa: Rolando e Bruno Alves, ganhando rotinas com os dois. Beto 175' Excelentes defesas e concorrência séria para Helton, que também parece espicaçado pela novidade.