terça-feira, 27 de abril de 2010

Carlos Azenha: "Há um cunho pessoal na forma de falar à equipa"


"Não é a mesma coisa sem Jesualdo"

A provável ausência no banco de Jesualdo Ferreira no clássico com o Benfica pode ter implicações na equipa. Quem o diz é Carlos Azenha, ex-adjunto do FC Porto, e por uma razão muito simples: "Claro que há uma diferença, porque o treinador principal é o treinador principal. Não é igual um treinador estar no banco ou na bancada. Não é a mesma coisa". As razões têm muito que ver com o plano psicológico, ou seja, a forma como os jogadores recebem a informação. "Há sempre um cunho pessoal na maneira como o treinador principal fala com a equipa, quando transmite as ideias para dentro do campo no decorrer de um jogo", adverte Carlos Azenha. A confirmar-se o castigo de Jesualdo Ferreira - "é de lamentar que chegue a esta fase da carreira e seja expulso" - outra questão que se levanta é a da autonomia do técnico-adjunto durante o clássico. Qualquer decisão terá de partir de Jesualdo Ferreira via telefone (ver peça em baixo) ou José Gomes pode agir sem consulta prévia? Para Carlos Azenha, "isso depende do tipo de relacão que existe entre o treinador principal e o adjunto. Mas é óbvio que em situações momentâneas, como alguma correcção de posicionamento, o adjunto pode agir sozinho". Se a planificação do clássico durante a semana não leva em linha de conta a ausência do treinador no banco - "é a mesma coisa, não muda nada, a não ser a planificação de um método de comunicação" -, é verdade que um jogo com o Benfica merece sempre outro tipo de análise. "Quem disser que preparar um clássico é igual a preparar outro jogo qualquer, está a mentir. Há sempre detalhes que merecem atenção e, em jogos destes, há mais detalhes, simplesmente porque o valor dos jogadores é mais elevado". O antigo adjunto do FC Porto diz ainda que, no Olival, devem ser destacados dois aspectos na abordagem ao clássico com o Benfica. "Há a questão motivacional e há a questão de saber o peso que o jogo tem. Ora, como se sabe, o jogo tem mais peso para o Benfica e isso pode funcionar a favor do FC Porto. O desejo de vencer um clássico é sempre muito elevado".

n'OJOGO


PS - Notícia de última hora (telejornal d'hoje) 
Jesualdo Ferreira foi advertido e multado, pelo que vai poder sentar-se no banco no jogo com o SLB.


PS1 - Raiva não, mas brio profissional sim
"Mal estaria o Hulk se encarasse este jogo com um sentimento de vingança ou de raiva pelo que sucedeu. Isso não vai acontecer. A raiva do Hulk tem de ser contra o castigo que lhe aplicaram", recordou Carlos Azenha. Aliás, o antigo adjunto de Jesualdo Ferreira aproveitou para defender o avançado brasileiro. "É normal reagir quando se é provocado".


PS2 - Bruno Ribeiro diz que Falcao devia ser ilibado



Directamente envolvido no lance do qual resultou o cartão amarelo que afasta Falcao do clássico, o setubalense Bruno Ribeiro contestou ontem a decisão do árbitro, defendendo que a punição deveria ser revista. "Se fosse eu a mandar, retirava-lhe o castigo, porque não considero que tenha havido qualquer agressão. O Falcao ia a cair e atingiu-me involuntariamente com a mão; foi isso que pude confirmar pelas imagens. É verdade que ele me toca, mas longe de ser uma agressão. Se o árbitro considerasse agressão, então, em vez do amarelo, deveria ter mostrado vermelho", disse. Bruno Ribeiro acrescentou ter falado com Falcao. "Disse-me que foi sem intenção e acredito nele". Por isso, sublinha, seria justo que jogasse o clássico. "Gostava que defrontasse o Benfica. Os grandes jogadores são para os grandes jogos". N' OJOGO

PS3 - Lei Marcial (Jorge Maia em OJOGO)
Há quem diga que Pedro Henriques apita à inglesa, mas há outras versões menos lisonjeiras. Uma é a de que apita ao avesso, fechando os olhos a faltas claras e escancarando-os para outras que não existem. Em Setúbal, por exemplo, não devia ter apitado, mas apitou o lance entre Falcao e Bruno Ribeiro. E apitou mal, seja qual for o ponto de vista. Porque, ou, como diz o próprio Bruno Ribeiro, Falcao não teve intenção de o atingir e não há razão para a amostragem de qualquer cartão; ou teve a intenção de o agredir e devia ter visto o vermelho. O amarelo foi apenas mais um numa longa lista de disparates de Pedro Henriques, que já no jogo da primeira volta entre as mesmas equipas tinha apitado ao avesso. Na altura, Hulk sofreu uma falta clara na área do Setúbal, uma grande penalidade que toda a gente viu, menos Pedro Henriques. Ora, às vezes, os disparates de Pedro Henriques são inconsequentes. Afinal, o FC Porto ganhou as duas partidas ao Setúbal, apesar dele. O problema é que desta vez o árbitro de Lisboa excedeu-se e conseguiu estragar dois jogos: o que apitou, esta semana, e o que influenciou, da próxima, de onde afastou injustamente dois dos protagonistas.(soube-se agora que só dos dois).

PS4 - Confirmação das minhas teorias
Paulo Sérgio gosta que os seus centrais tenham não só envergadura, como força e aptidões técnicas mínimas e agilidade/capacidade atlética. No actual plantel sportinguista, curiosamente só um jogador corresponde aos requisitos pretendidos pelo técnico: Tonel - com 1,85 metros e 77 quilos - é unanimemente reconhecido como o único defesa leonino capaz de dominar o jogo aéreo, quer defensiva quer ofensivamente. Carriço (1,81 metros), apesar do bom momento e de ser uma grande esperança para o futuro, não alcança a espécie de medida mínima exigida por Paulo Sérgio, que se cifra nos 1,85 metros. Polga (1,83) e Caneira (1,78), as outras opções menos utilizadas de momento, também ficam aquém...
A referida medida, no entanto, é apenas uma referência a seguir, e não um limite inultrapassável. Existe flexibilidade na avaliação, até porque há outros factores como o tempo de salto, a impulsão e o posicionamento que têm influência na eficácia da disputa de lances pelo ar. Como se pode comprovar no quadro anexo, Paulo Sérgio dá prioridade sempre aos centrais altos e fortes e os que mais utilizou na Liga Sagres, ao serviço de Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães, correspondem às suas exigências.
Tendo em conta que as bolas paradas são uma obsessão estratégica do técnico, ganha relevância o cumprimento dos requisitos desejados.

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