quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sem comentários!

Mais palavras para quê?! Como pertencem ao bando dos encarnados, foram absolvidos...!
 No Name Boys escapam à cadeia
Cinco líderes da claque do Benfica condenados por tráfico de droga, posse de arma ilegal ou ofensas à integridade física em liberdade.
O juiz Renato Barroso, da 5ª Vara Criminal de Lisboa, suspendeu ontem as penas de cadeia efectiva de cinco líderes da claque do Benfica No Name Boys, que por ele haviam sido condenados, em 2010, por crimes como tráfico de droga, posse de arma ilegal ou ofensas à integridade física.
Na leitura do acórdão da repetição de julgamento de sete arguidos, determinado pelo Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), o magistrado absolveu outro cabecilha (Fábio Santos) da claque, entregando ao TRL a tarefa de determinar o cúmulo jurídico de António Claro, único líder dos No Name Boys que se encontra detido.
O colectivo entendeu que face ao tempo decorrido da leitura do primeiro acórdão (28 de Maio de 2010), as penas a que condenara Hugo Caturna, Pite Ferreira, Pedro Taranta, Bruno Cardoso e Nuno Fernandes (entre 2 anos e 3 meses e 8 anos e meio de cadeia) deviam ser reduzidas para um cúmulo jurídico de 4 anos e meio, suspenso por igual período.
Aditamento ao post 
1 - Super Dragões a claque legal e reconhecida pela direcção do FC Porto
2 - Não tem antecedentes criminais
3 - Actua dentro dos moldes legais

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Os craques e as clausulas de rescisão

Com a venda do passe do Falcao um pouco abaixo da clausula de rescisão, o FC Porto abriu um precedente perigoso, pois no jornal OJogo d'hoje já vem um artigo a referir que o FC Porto prometeu não cortar as pernas ao Hulk  em caso de algum clube tentar comprar o passe dele! Segundo a imprensa inglesa o Chelsea de Abramovich pretende levar o Hulk muito abaixo da clausula de rescisão! Ora em meu entender os jogadores, mesmo as vedetas, devem estar preparados e mentalizados para saírem do FC Porto só no caso dos clubes interessados baterem as clausulas de rescisão. Pois a clausula de rescisão é estabelecida na revisão dos contratos, nos quais os jogadores vêm aumentado o seu vencimento, e além disso é estabelecida de comum acordo, portanto não há razão para fazerem cara feia, ou amuarem, se o FC Porto exigir o cumprimento do acordado. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Luís Filipe Vieira o incendiário

Após o jogo de basquetebol ganho pelo Benfica e depois do escandaloso, execrável e reprovável gesto do treinador do Benfica Carlos Lisboa, Luís Filipe Vieira veio ler um comunicado a incendiar ainda mais o ambiente! Esta atitude do presidente do Benfica classifica na perfeição o seu autor (as acções ficam com quem as pratica!).
Extracto do artigo do MST – Lisboa
Na quinta-feira, ao almoço, tendo como única fonte os jornais desportivos da Capital, dei os parabéns a um amigo benfiquista e acrescentei: “Parece que, ainda por cima, perdemos mal, perdemos à Benfica!”. Mas, ao fim do dia, tudo tinha mudado: só nos haviam contado uma parte da verdade, a verdade que lhes é conveniente.
Meus caros amigos: dêem as voltas ao texto que quiserem, as imagens que vimos não são como as do túnel da Luz, onde só os juizes do Benfica conseguiram enxergar graves agressões. Estas são claras e nítidas e não têm duas interpretações: Mal o árbitro acabou o jogo (basquetebol), os jogadores do Benfica juntaram-se no centro a festejar com o seu treinador – o que era mais que legítimo. Mas, entretanto, o roupeiro do Benfica atirava uma toalha aos adeptos do Porto (e não era uma camisola autografada nem um cumprimento) e o treinador do Benfica (Carlos Lisboa) fazia, várias vezes, um gesto que, não sendo motivado por uma súbita comichão na zona dos fundilhos das calças, só podia significar aquilo que todos percebemos: “Vão levar no cu”. A frio, cinco dias depois, digo que, em cinquenta anos a ver desporto e transmissões televisivas no mundo inteiro, nunca tinha visto coisa tão rasca, tão ordinária, tão reles, vinda (protagonizada por)dum treinador. Se fosse na NBA, Carlos Lisboa acabava já aqui a sua curta carreira de treinador. Aliás, e para quem acha que graves foram os incidentes causados pelos adeptos portistas, digo-vos que foi uma sorte que o público dum pavilhão onde os espectadores estão praticamente em cima do terreno de jogo tenha reagido tão brandamente a provocações daquelas. Dizem que houve cadeiras pelo ar, mas eu não as vi – pelo menos enquanto a equipa do Benfica ali estava. E li, sim, o capitão do Benfica dizer que o que tinha sido arremessado foram “moedas e garrafas de plástico” e que nunca se apercebeu que alguém tivesse tentado forçar a entrada na cabina do Benfica.
Depois, entrou em cena a polícia de choque, mas eu também não vi as imagens. Li comentários a dizer muito mal de Pinto da Costa, por estar de dedo em riste para os polícias, e ouvi o presidente do Benfica apoiar implicitamente a actuação da polícia, enquanto a Direcção do FC Porto falava em agressões gratuítas sobre espectadores indefesos, incluindo crianças.Não sei quem fala verdade, mas a experiência histórica diz-me que se há coisa que não mudou com a democracia foi a irresistível apetência da polícia de choque para carregar à bastonada sobre quem não a ameaça – como vários exemplos recentes o testemunham e que, quando atingiram jornalistas, muito indignou a respectiva classe.
E há outra coisa que sei: se um presidente dum clube acha que está a assistir a agressões gratuítas e desnecessárias da polícia sobre os adeptos do seu clube, compete-lhe fazer o que fez Pinto da Costa e a sua Direcção: saltar lá para dentro e tentar parar com a acção policial. Ou preferem, jogos sem espectadores e só com polícias?
E Benfica – Nesse mesmo dia à noite, assisti, estarrecido, a um depoimento escrito(?) e lido pelo presidente do Benfica – já depois de serem conhecidas as esclarecedoras imagens do comportamento da Carlos Lisboa no Dragão-Caixa e sem que nenhum ataque ao seu clube tivesse vindo da parte do FC Porto. Quero apenas dizer que jamais, também, tinha escutado uma tamanha declaração de injúrias, insultos e incitamento público ao ódio por parte dum dirigente desportivo. E é sintomático que, até hoje, não tenha lido um único comentário sobre isso na imprensa desportiva da capital.

Special one e Jackson Martínez

Vítima de várias lesões ao longo da última época Ángel di María (183 cm - 75 Kg) jogador do Real Madrid não esquece o apoio que sempre recebeu de Mourinho.
 «Acompanhou-me muito. Mourinho dá muito ânimo aos jogadores, também aos que estão lesionados. Perguntava-me todos os dias como me sentia», contou.
Record - Avanços do FC Porto por Jackson Martínez - Goleador colombiano do Jaguares de Chiapas
Os dragões já se encontram em conversações com o empresário do jogador, Luís Manuel Manso, sobre os valores salariais que poderão convencer o colombiano a mudar-se para a Invicta.

Equipa "B" confirmação e Addy

O FC Porto garantiu a aposta no projeto da equipa B com a oficialização da inscrição no último dia do prazo estabelecido. Depois duma primeira experiência de sete temporadas, entre 1999/2000 e 2005/06, parecem estar reunidos os ingredientes certos para que esta segunda experiência dê frutos. "A II Liga será bem mais competitiva do que a II Divisão B. Será melhor, e os jovens da formação estarão mais próximos daquilo que é o futebol profissional", garante quem jogou quatro épocas no FC Porto B.
O Barcelona e a sua política de formação desenvolvida em La Masia são apontados como um exemplo de sucesso a seguir, e que os clubes portugueses devem copiar, com uma aposta constante nas equipas B. "O Barcelona é um modelo. É só ver quantos jogadores eles acabam por aproveitar ou lançar no futebol"!
Uma aposta que poderá ajudar a contrariar números que são impressionantes: por exemplo, na 26ª jornada, os 16 clubes da I Liga utilizaram 223 jogadores, mas apenas 18 eram formados no respetivo clube - o FC Porto não usou nenhum -, o que representa uns meros 7,1 %.
David Addy revelou ontem que vai realizar a pré-temporada do FC Porto. O lateral-esquerdo deverá beneficiar da ausência de Alex Sandro, que nessa altura estará ao serviço da seleção olímpica do Brasil, mas também de uma eventual indefinição quanto ao futuro de Álvaro Pereira e receber uma nova oportunidade para se mostrar a Vítor Pereira.
David Addy foi contratado pelos dragões em janeiro de 2010, mas só realizou um jogo de azul e branco. Na época seguinte foi cedido à Académica e na última ao Panetolikos. A ligação aos portistas termina em junho de 2013.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Equipa B e entrevista do Janko

O FC Porto, na próxima época, vai ter uma equipa B a competir na Liga de Honra. 
Falta saber onde se vão realizar os jogos da equipa “B”. Se no Olival ou no Dragão.
Por mim dava-me muito mais jeito se os jogos fossem realizados no campo do Padroense (já lá actuam algumas das equipas de juniores do FC Porto).
 Os dragões vão formalizar hoje, data-limite, a inscrição da mesma junto da Liga de clubes, dispondo-se a pagar os 50 mil euros necessários à inscrição, valor que chegou a ser objeto de alguma contestação.
Termina assim um período de indefinições em torno de um projeto que o FC Porto abraçou desde o início, mas que esteve perto de abandonar devido aos constrangimentos de ordem financeira impostos pela Liga de Clubes: primeiro a propósito dos valores previstos para as transmissões televisivas, depois por causa da dita inscrição.
Com o regresso da equipa B assegurado - desde 2005/06 que o projeto estava abandonado -, os jovens portistas terão um espaço de integração facilitada no futebol profissional. Além disso, talentos como Kelvin ou Atsu dispensarão o empréstimo a que foram votados na época passada, pois estando na equipa secundária, ficam sempre à disposição de Vítor Pereira para qualquer eventualidade.
Além de alguns jovens contratados especificamente para o efeito, como o zambiano Mbola, esta equipa será constituída maioritariamente por ex-juniores. Foi isso que aconteceu no passado, e com sucesso reconhecido; afinal, jogadores como Ricardo Costa, Hélder Postiga, Bruno Alves, Hugo Almeida, Evaldo, Paulo Machado, Nuno André Coelho, Vieirinha ou Hélder Barbosa passaram por lá.
Janko reconhece a enorme categoria de "Falcao"
Janko tem consciência de que ainda está a uma distância considerável de poder ombrear com Falcao. "É enorme! É um dos maiores avançados do mundo, e só me resta trabalhar para entrar nesse círculo", confessou o austríaco ao sítio Laola1.at. Naturalmente contente pelos feitos alcançados em quatro meses, Janko sublinhou não estar ainda ao nível que pretende: "Sentimo-nos sempre orgulhosos quando chegamos a um clube e somos logo campeões. Depois, ainda há o facto de jogar num clube deste nível, onde não temos lugar garantido, mas ainda tenho três anos de contrato e até a mim quero provar que tenho qualidade para estar onde estou." Por isso diz-se completamente focado no FC Porto. "É claro que podem aparecer interessados, mas sinto-me muito bem. É um clube de topo, e quero festejar muitos títulos", confessou. O primeiro, nunca o esquecerá : "Aqui, as coisas são mais quentes. Os adeptos celebram cada título como se fosse o primeiro."

Entrevista de Vítor Pereira ao jornal OJogo

Porque me pareceu uma entrevista com muito conteúdo, decidi reproduzir na integra tal entrevista.
De notar que Vítor Pereira nesta entrevista foi suficientemente humilde para considerar que ainda está numa fase de aprendizagem! Alem disso, gostei das explicações que deu para justificar as opções dele, e, estou convencido, atendendo aos seus argumentos, que na próxima época vai ser melhor, ou seja, já vai dar uma resposta mais consentânea com os pergaminhos do clube azul e branco, com os êxitos que os adeptos almejam para o FC Porto.
1 - "Se entrasse de chicote durava dois meses" - Admite não ter a capacidade oratória de Villas-Boas, mas garante que o que diz no balneário é lei. Sem negar que teve dificuldades iniciais, explica que começou de mansinho para poder terminar melhor do que a concorrência ao sprint, mas reconhecendo que as principais adversidades até estiveram dentro de portas. No final, conclui agora, os resultados validaram a sua liderança.
Na sua apresentação como treinador, apelou à tranquilidade dos adeptos e prometeu "qualidade de jogo e resultados". Sente que cumpriu?
Em termos de qualidade de jogo, tivemos momentos em que a apresentamos, outros em que não. Mas procuramos sempre, no trabalho, comportamentos que nos pudessem dar um jogo circulado, de pressão. Por circunstâncias várias, houve alturas em que não fomos capazes de o apresentar, de ter essa intensidade.
Consegue especificar essas circunstâncias?
Tenho a noção clara. Primeiro, as expectativas elevadíssimas dos jogadores depois de uma época como a que tínhamos feito. Isso elevou as expectativas de toda a gente e o foco e a concentração dispersaram-se um bocadinho. Não foi fácil assentar e focar os jogadores no nosso jogo e nos nossos objetivos, o que é natural no ser humano. Depois de uma época brilhante, perspetivavam para a sua vida outros campeonatos, mais competitivos. Houve mais do que um momento em que isso, para mim, foi notório.
Dragaoatento: Este é um dos problemas que detecto no FC Porto: a falta duma cultura de identidade com o clube e orgulho em pertencer aos Dragões e à sua região que é o Norte do país! Como por exemplo existe na Catalunha e por conseguinte no Barça! Há uns tempos atrás houve um director desportivo dum clube rival , que curiosamente embora adepto desse clube, atingiu o auge da sua carreira como jogador profissional ao serviço dos azuis e brancos, e que afirmou o seguinte: nós não queremos cá profissionais de futebol que venham de antemão para cá já a pensar em utilizar o clube como rampa de lançamento para outros voos mais rentáveis, pretendemos jogadores predispostos a assumir uma carreira definitiva no clube e que sintam a camisola! Ora é precisamente este o espírito que eu gostaria de ver implantado também no FC Porto. Fazer sentir aos profissionais que trabalham no FC Porto, que eles devem sentir muita honra em trabalhar num clube com a grandeza (pelo menos em termos de futebol) dos Dragões!
De que momentos é que se está a lembrar?
Logo no início, que se foi prolongando, e na reabertura do mercado. São coisas que mexeram com a nossa época. Acrescente-se a isto uma perda fundamental na dinâmica de jogo, que foi a perda do Falcao, a nossa referência. Deixou-nos sem tempo e o Kléber, apesar da sua qualidade, precisava desse tempo. Faltou-nos a referência para o jogo interior, alguém com quem as coisas já saíam naturalmente, permitindo uma qualidade de jogo na área... Foram aspetos fundamentais, para mim, e que nos fizeram oscilar.
O presidente disse, já no final da temporada, que o Vítor Pereira teve de lidar com jogadores que se achavam os melhores do mundo. Porque é que essa revelação só foi assumida a posteriori e que trabalho teve o treinador durante a época na gestão destes egos?
Basta irmos ao passado para percebermos que esta questão é intrínseca ao ser humano. É naturalíssimo. Depois de grandes conquistas, os jogadores sentem-se valorizados, sentem que é a oportunidade deles. Eu não posso apontar rigorosamente nada em termos de profissionalismo aos meus jogadores, nada. Mas admito que, inconscientemente, perceberam que o mercado funciona e que, depois da saída do Falcao, houve uma certa dispersão. Nós vivemos com isso e lutámos contra esse problema. Procurámos resolvê-lo, acredito que houve momentos em que isso nos afetou, mas acabámos consistentes e, nos jogos em que foi preciso que aparecêssemos, as coisas acalmaram e provámos claramente a nossa competência.
Concorda que tem dificuldades em passar, mediaticamente, uma mensagem forte e cativante?
Percebo claramente essa crítica. Não sou um grande orador, sou uma pessoa reservada e gosto de estar sozinho, preservo a minha pacatez e não posso mudar a minha personalidade, não posso representar. O André [Villas-Boas] tem um discurso diferente, é uma pessoa diferente, até porque tem menos dez anos do que eu. Mas o André tem uma forma de comunicar forte e eu não sou um comunicador do nível dele. Se calhar, deixei-me influenciar e quis ser algo que não sou. Não estava à vontade naquele papel e falhei. Cometi erros de comunicação no início, eu próprio olhava para mim e dizia: 'Tu não és assim'. Admito que, inicialmente, não respeitei a minha natureza. Em relação a discurso forte, para dentro, se não o tivesse nem chegava ao FC Porto. Perguntem aos jogadores que eu liderei. Quando o barco navega em águas calmas, qualquer um é líder. O problema é ter liderança em contextos de adversidade. Se eu tivesse sido mais agressivo, tinha durado dois meses no FC Porto, não tinha passado disso. Tive de ser flexível até as peças do puzzle se juntarem.
Teve sempre esse controlo interno? Houve episódios com dimensão pública, nomeadamente algumas reações a substituições...
Mas no ano anterior não houve? Não foi uma, foram várias. Mas não se falou, porque se ganhava. Todos querem jogar e quem anda emocionalmente instável tem reações emocionais desproporcionadas. Asseguro que não estive perante uma situação muito grave. Trabalhamos nos limites da emoção, da pressão, da competitividade, os jogadores são animais competitivos, uma ou outra vez têm de extravasar. Vindo de uma II Liga, se chego ao FC Porto com uma liderança de chicote, tinha durado dois meses. Não tenho dúvidas nenhumas disso. Fui flexível.
"Cheguei a ler que até um macaco seria campeão"
Durante o ano foi muitas vezes anunciada a sua saída inevitável ou acordos com o presidente no sentido de só ficar se fosse campeão. Houve alguma conversa com Pinto da Costa sobre isso?
O presidente foi o primeiro a manifestar-me total confiança no nosso trabalho. Acho estranhíssimo que se pense que uma pessoa que se distingue pela inteligência e pela intuição, que tem ganho títulos uns atrás dos outros, fosse apostar em mim a pensar que eu ia falhar. Dá para acreditar nisto? Olho para o meu trajeto e não estranho que, de fora, me coloquem em dúvida, porque eu sei de onde vim, a última equipa que eu tinha treinado foi o Santa Clara, da II Liga. Eu presto provas todos os dias, sei que tenho de ganhar mais, sei que há muita gente que gostaria de treinar o FC Porto. Pôr em causa o treinador é uma forma de desestabilizar um clube que tem ganho tantos títulos, porque o ganhar desgasta, mas desgasta os outros e não se olha a meios para atingir fins. Sei que era eu que estava mais à mão, eu é que vim de adjunto... Às vezes entristece-me que se diga que na época passada se ganharam tantos títulos e parece que eu não estive cá. Vim de férias, vim de qualquer lado, caí de paraquedas... Falam como se não tivesse estado, mas estive e ajudei.
Sentiu-se um alvo fácil?
O que estava mais à mão, o mais fácil. Mas isso torna-me muito mais forte. Sem competência não há quem resista; a estrutura pode ser muito forte, mas sem competência não há hipótese... Eu cheguei a ler coisas... Não me dói por mim, porque sei bem no meio em que estou. Agora, os meus filhos... Os meus filhos e os amigos dos meus filhos também veem televisão, também leem jornais. Os meus filhos chegaram a casa a dizer: 'Ó pai vais sair, eu até chorei". Isso é que me custa. Eu cheguei a ler que até um macaco seria campeão. Isso é a maior falta de respeito pelos outros adversários todos. Isso pode-se pensar, mas não se pode dizer. É uma vergonha. Hoje estou mais preparado, mas houve momentos em que pensei que era de mais. Estive firme nas convicções, só assim conseguimos chegar ao fim e ganhar o campeonato. Com mérito. Não é só demérito dos outros. O Real Madrid não ganhou também com o demérito do Barcelona? Aqui o campeonato foi competitivo enquanto teve o Benfica na frente, continuou espetacular quando foi o Braga, depois passou o FC Porto para a liderança e lá se foi a qualidade num campeonato nivelado por baixo. Depois vejo que tivemos mais golos marcados, menos golos sofridos... É esta a equipa que foi martelada todo o ano porque jogava mal? Temos de ser coerentes e não nos deixar levar na onda. No final da época, tiveram de se engolir muitos sapos.
"Há dez anos já dizia que treinaria o FC Porto"
Há dias, o presidente disse que "os contratos não se rasgam, renovam-se". Vai renovar?
Estamos a trabalhar na próxima época, com tranquilidade. O futuro vai-se construindo. Nunca tive medo do futuro, eu sou treinador, treino em qualquer lado. A mim ninguém me tira este sonho. Tenho muito orgulho em ser treinador do FC Porto, sempre disse que aqui chegaria, perguntem aos meus jogadores de há dez anos. Eu disse-lhes que ia ser treinador do FC Porto, portanto eu estou onde quero estar. Enquanto me quiserem, aqui estarei.
Há a possibilidade de ir para o Olympiacos?
Estou num grande clube, mas é como para os jogadores. Fico satisfeito, nada mais do que isso. Quero conquistar muito mais títulos neste clube.
A noção de carreira está nas suas palavras. Vê-a chegar até onde?
Tenho 43 anos e estou em aprendizagem.
Até onde pensa treinar?
Até onde Deus me levar. Vou treinar enquanto o futebol for a minha paixão. Não consigo viver sem isto, se estiver um mês ou dois sem futebol começo-me a desequilibrar emocionalmente e a minha mulher já me começa a dizer 'vai que eu já não te aturo'. Chegamos cansados, mas não conseguimos viver sem isto.
Há dez anos dizia aos seus jogadores que ia treinar o FC Porto. Hoje, onde se vê daqui a dez anos?
A treinar, não sei que clube, mas a treinar, de certeza absoluta. É como respirar, se não treinar sinto que não estou a viver. Viver é treinar.
"O que disse sobre Jesus fez-me pior a mim"
Retratou-se de um discurso mais duro que teve, inicialmente, para com o treinador do Benfica. Porquê?
Não fui autêntico, provavelmente por defesa. Estava numa perspetiva defensiva, porque os pontos de interrogação começaram logo no início e eu fechei-me e fui reativo, reagia com agressividade. Um treinador amigo dizia-me que amigos dele lhe comentavam que eu me tinha tornado agressivo e arrogante e ele achou estranho. Acho que aconteceu inconscientemente, para me defender. Não estava preparado para ser atacado por toda a gente, quase que me senti humilhado, parece que tinha deixado de perceber de futebol. Aquele Vítor que muitos perspetivavam que pudesse ir longe, parecia que tinha deixado de existir. Depois percebi que as pessoas não me conhecem e passei a encarar as coisas com naturalidade. Quando disse o que disse sobre o Jorge Jesus, não fui eu próprio e aquilo fez-me mal. Provavelmente, fez-me pior a mim do que a ele. Nunca mais me senti bem comigo próprio, porque não posso avaliar as pessoas e eu avaliei o Jorge Jesus como pessoa. Não posso fazê-lo, porque não o conheço como pessoa. Não fui correto e por isso pedi desculpa e fiquei muito melhor comigo próprio. Vou continuar a cometer erros, mas a refletir sobre eles para que não voltem a acontecer.
"James não tem medo de assumir"
Face à ameaça de perder Hulk, Vítor Pereira recusa-se a atirar a pressão para cima de James, mas admite que o colombiano já tem bagagem para não minguar nos grandes jogos. O treinador perde-se em elogios...
Já percebeu onde é que o James se sente melhor?
Se eu pedir ao James para jogar num corredor, ele não consegue...
Mas não foi isso que lhe pediu na maior parte dos jogos?
É claro que sim, mas não quero que ele nos dê sempre banana ou maçã a comer. Eu quero é que ele nos dê aquilo que os outros não esperam. Quero que seja ele a procurar, sem desequilibrar a equipa... Quando a dinâmica na frente é grande, essa fatura paga-se no momento da perda de bola. É preciso rigor posicional, mas eu dizer-lhe 'James, tu vais jogar só num corredor'? Nunca na vida. Não posso é permitir que ele se lembre de se juntar ao Hulk na direita, porque, se o fizer, desequilibra a equipa na perda. Eu só tenho de organizar em função do que ele me dá, mas não pode ser a anarquia total nos três homens da frente. Nunca lhe disse para jogar sempre no corredor, mas também nunca lhe disse para jogar sempre dentro, porque essa alternância entre o dentro e o fora, o alto e o baixo, é que cria a diversidade, a qualidade de jogo. Tem é de ser ele a procurá-la, eu deixo que o seu talento seja exposto em prol da equipa, não o deixo é desequilibrar a equipa.
Isso explica que, muitas vezes, tenha preferido o Varela?
Motivou críticas, mas é preciso encontrar equilíbrios na equipa. A função de um treinador é aproveitar o talento sem colocar em causa a equipa. A própria equipa o exige, quando sente que o desequilíbrio está a surgir por incumprimento tático aqui ou acolá, a equipa não gosta disso, a equipa começa a perceber que alguém está a falhar e se alguém está a falhar tem de se chamar a atenção para isso.
O James vai ser o quê?
O James é um jogador de grande talento, que cresceu do ponto de vista defensivo, porque o seu grande problema era não ter essas preocupações. Retirava-nos qualidade do ponto de vista defensivo, mas percebeu que é preciso ser agressivo na perda de bola, é preciso jogo posicional defensivo, que não podia haver anarquia... Foi aprendendo, é inteligente; para mim não é um ala puro, mas tem que lá aparecer também, porque tem um cruzamento de grande nível, cria situações de rutura sem precisar de velocidade, de ir para cima, de rasgar. Tem uma capacidade de decisão enorme e uma capacidade técnica enorme, mas tem de pôr ao serviço do coletivo o jogo dele. Não o podemos amarrar, porque é entre o meio e a ala que ele se sente bem.
Já é produto tático acabado?
Vai continuar a evoluir, a ganhar peso e estatuto. Só espero que isso não lhe retire a humildade, porque com isso perderia tudo.
O James está preparado para pegar na equipa como o Hulk pegou esta época?
É diferente do Hulk, mas tem maturidade suficiente e já o provou. Chegou muito novo, mas não tem medo de assumir as coisas. Há uns meses sentíamos que ainda tinha dificuldades nos jogos grandes, mas neste momento acho que está preparado para jogar contra qualquer equipa.
"Tenho de estar preparado para a saída do Hulk"
Depois dos dois golos marcados por Hulk à Dinamarca, os seus primeiros pelo Brasil, é natural que a sua cotação no mercado dispare mais um pouco. Assim sendo, é inevitável que seja transferido? "O Hulk é super, é um jogador de um nível elevadíssimo. Neste momento é nosso jogador, trabalho a pensar que ele fica, mas tenho de estar preparado para a sua saída. Gostaria que continuasse, mas se não for possível teríamos de nos dinamizar de outra forma", desviou Vítor Pereira, que não consegue comparar uma eventual saída de Hulk à perda de Falcao no último verão: "São dois jogadores excecionais, um mais no espaço central, envolvido em toda a dinâmica, e o Hulk sobretudo no corredor, ainda que o tenha usado algumas vezes ao meio, sendo fortemente criticado por isso, mas ganhando o campeonato." O treinador não deixa de reconhecer, porém, que a saída do Incrível teria implicações na forma de definir os lances de ataque.
"Pensei que contaria com o Falcao e com o Kléber"
Pelo que disse anteriormente, deduz-se que a saída do Falcao foi uma surpresa...
O FC Porto forma jogadores, consegue adquiri-los quando não estão na plenitude das suas capacidades, forma-os, ganha títulos e sistematicamente tem sobre si os olhos de clubes de outros campeonatos... É natural que nunca se saiba bem que jogadores saem, depende das propostas e da procura.
Mas desde inícios de julho que parecia quase inevitável a saída do Falcao. Não trabalhava precavendo esse cenário?
Pensei que contaria com o Falcao e com o Kléber, com tempo, num processo de adaptação natural que lhe permitisse, depois, revelar o seu potencial.
Nesse sentido de evolução, o Kléber será uma opção diferente na próxima época?
O Kléber tem qualidade. É um jovem, precisa do seu tempo. Não pode ser imediatamente posto à prova, mas foi o que aconteceu porque houve necessidade de que isso acontecesse. Acredito num Kléber mais maduro, mais habituado a este tipo de pressão e que nos dará muito mais na próxima época.
É um dado adquirido que fica para a próxima temporada? Que salto perspetiva que ele possa dar na equipa?
Não o posso dizer com certeza absoluta. A este nível, não é possível, depende do mercado. Fundamentalmente, espero-o mais tranquilo.
Que papel desempenha o treinador para que um jogador consiga essa tranquilidade?
Há coisas que nós não podemos fazer pelos outros, por mais confiança que possamos transmitir. Há coisas que tem de ser o próprio a ir buscar. Isso é uma coisa que é dele, o nosso trabalho é dar-lhe ferramentas para que ele esteja mais forte. O resto é interior.
"Precisamos de um ponta de lança"
Sente necessidade de outro tipo de soluções para além de Kléber e Janko?
Julgo que é consensual que precisamos de uma alternativa, vamos procurá-la e trabalhar nesse sentido.
O Jackson Martínez pode ser esse jogador?
O Jackson Martínez ou outro jogador qualquer que o clube entenda que tem qualidades que acrescentem alguma coisa.
Mas conhece-o? Que opinião tem?
Como deve calcular, observo jogadores durante todo o ano. Mas só falo dos meus jogadores e o Jackson Martínez não é um dos meus jogadores.
Identificou carências no plantel?
Está equilibrado, mas precisamos de um ponta de lança sim, que tenha características diferentes, que não diminua os pontas de lança que já temos.
Que características são essas?
Quero um jogador que possa ir no espaço, mas que também possa vir em apoio. Um jogador que consiga ser explosivo, o que não é fácil encontrar, mas é isso que procuramos, um jogador que na área seja capaz de finalizar pelo ar e no chão.
"Jogadores dão-me muito mais do que sou capaz de imaginar"
O que o levou a insistir com Hulk a ponta de lança?
Porque senti que era ali que ele mais nos poderia ajudar. Às vezes ouço críticas e questiono-me... Eu toda a minha vida refleti futebol. Se quisermos falar sobre futebol, eu falo e argumento, seja com quem for. Porque experimento e reflito no terreno. Estranharia é se eu não conseguisse ver que o Hulk é muito mais forte à direita, naquele tipo de movimento em que ele é um desequilibrador. Seria estranho não ver isso, ainda para mais trabalhando todos os dias com ele. Mas se entendia que a equipa precisava mais dele ao meio, foi porque a dinâmica que faltava naquele momento o exigia ao meio, mesmo sabendo que ele rende mais à direita. Decidi em função das necessidades da equipa e o Hulk é humilde. No meio, deu-nos o que esperei, essencialmente nos jogos de decisão, que vencemos.
Perante as críticas de que falou, e que foram recorrentes e transversais, nunca vacilou nas suas convicções?
De outra forma não teria ganho o campeonato.
Mas não reconheceu validade em algumas críticas?
A utilização do Maicon à direita, por exemplo. Respondo da mesma forma. Então eu não sei que o Maicon é muito mais central do que lateral? Naquele momento, senti que não tinha uma solução que me transmitisse mais confiança do que ele, pela forma de trabalhar, por estar focado no nosso jogo e nos nossos objetivos... Senti que o Maicon, naquele momento, era a melhor solução, mesmo que não me desse, ofensivamente, aquilo que uma equipa como o FC Porto precisa. Eu não vejo menos do que os outros.
São questões de balneário, portanto...
São questões de trabalho. Quem me transmite confiança no trabalho, eu conto com ele. Naquele momento, os outros não me transmitiam confiança. E ponto final. Só isso. Eu é que tenho de decidir, e hoje decidiria exatamente da mesma forma.
Pensa que isso foi importante para o crescimento dele?
Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas. Deu-lhe a confiança que lhe faltava, para sentir que tinha espaço e que tinha qualidade.
O Maicon é o seu troféu pessoal mais emblemático? Os treinadores gostam de reclamar méritos no crescimento dos jogadores...
Há treinadores que gostam, mas eu não gosto.
Porquê? - Porque o mérito é do jogador. O treinador trabalha aquilo que é coletivo, depois há o talento e o mérito dos jogadores, integrados na nossa dinâmica de jogo e com as correções que temos de fazer.
Exclui-se desse salto?
O crescimento que eu tenho de promover é o crescimento coletivo. Eu não estou com o Maicon a fazer trabalho específico, o meu trabalho é coletivo e dentro dele há jogadores que crescem mais e que aproveitam as oportunidades.
Com 31 anos, fisicamente diferente do jogador que chegou à Europa em 2005, Lucho pode aguentar a próxima época a um nível alto?
Claramente. Fui criticado pelo triângulo do meio-campo, a questão do duplo pivô. O Moutinho será sempre um 8 que gosta de vir atrás, pegar no jogo a partir de trás. Nunca na vida será um pivô. A minha perspetiva de treino não é organizar o meu jogo. Se assim fosse, estaria limitado àquilo que sou capaz de imaginar, mas, na verdade, os jogadores conseguem dar-me muito mais. Eu só organizo aquilo que eles me podem dar. O Moutinho movimenta-se em função da qualidade que tem e eu não quero formatá-lo, não quero que ele jogue o meu jogo, não quero dizer-lhe que ele tem de fazer isto ou tem fazer aquilo. Só ajudo a organizar esse jogo. Com o Lucho é a mesma coisa. Quem sou eu para lhe dizer para não baixar, para não receber entrelinhas, para não jogar nas costas do adversário? Mas quem sou eu para dizer ao Fernando para aparecer na área a finalizar? Eu só vou modelando e, para mim, essa é a função do treinador. Só tenho de tirar partido do potencial de cada um. Se sentir que há desequilíbrios, vou equilibrando... Isto para mim é treinar.
"Lucho comunica mais sem falar" - Reforço de inverno, Lucho pareceu capaz de congelar a emotividade do balneário. Foi mesmo assim? "O Lucho não é de falar muito, comunica muito mais sem falar. O Lucho é sério, encara a sua profissão com seriedade, e trouxe-nos tranquilidade, experiência acumulada e qualidade", respondeu o treinador.
"Fomos o nosso principal adversário" - Nem Benfica, nem Braga, muito menos Sporting. Para ser campeão, Vítor Pereira teve de olhar para dentro e cerrar fileiras. Sabe, porém, que a concorrência quer dar o salto e que isso vai exigir mais de um dragão que também quer crescer na Europa.
O FC Porto não falhou nos jogos decisivos em Portugal. Tendo escorregado em outros, isso tem que ver com a tal descompressão que apontava?
Quando se sente que o desafio não é desafiante, temos um problema. Foi o nosso maior problema, aliás, dar uma dimensão desafiante aos jogos teoricamente menos complicados. Não tenho qualquer problema em admiti-lo e penso que os jogadores têm consciência disso.
Em que momento da época é que acha que a mensagem passou de forma definitiva?
Ganhámos em Coimbra 3-0 para o campeonato e as coisas aconteceram naturalmente nesse jogo, nem tivemos de acelerar muito. Isso foi um problema e quando lá fomos jogar para a Taça pensávamos que o jogo do campeonato iria repetir-se. Deixámos correr o tempo, fomos afastados e foi esse o momento em que tomámos consciência.
Mas mais à frente, em Barcelos, viu-se uma exibição muito parecida...
Basta situarmos o jogo no tempo. Foi a nossa única derrota, era mais bonito ser campeão invicto, mas não foi possível. Lembro-me de que foi a três dias do fecho do mercado; esse momento mexeu com os jogadores, percebi isso claramente. Mas isso é intrínseco ao ser humano. Por exemplo, até no jogo em Alvalade: foi um mau jogo, um jogo de transições constantes, com as equipas sempre partidas, sem sequências de quatro ou cinco passes que fosse. E quando foi esse jogo? No início de janeiro...
Houve jogadores que tremeram em janeiro?
É outra vez a questão das expectativas. Não mexe só com os jogadores do FC Porto, mexe com todos os jogadores, em todo o mundo.
Fazendo um balanço de tudo o que disse até agora, o FC Porto foi o seu maior adversário?
Acho que sim. Não tenham dúvidas nenhumas. Não foi o Benfica, não foi o Sporting, não foi o Braga, foi a própria equipa, fomos nós o nosso principal adversário. Por todos estes motivos. E temos consciência disso.
Eliminando o efeito novidade, de onde espera que venham as dificuldades na próxima época?
Espero uma época mais forte do que esta, mais tranquila também. Os jogadores do FC Porto são constantemente procurados por outros clubes, esse é um ciclo que se repete, mas pela experiência adquirida, pelo conhecimento que temos uns dos outros, acredito que faremos uma época mais forte e mais consistente.
Nessa linha evolutiva, de que jogadores espera mais na nova época?
De todos eles. E de mim próprio. Quero um jogo que nos permita ser mais fortes na Liga dos Campeões e na Taça de Portugal, naquelas competições onde queremos estar em melhor nível.
Foi uma desilusão a época europeia do FC Porto?
Se no jogo com o Zenit em casa tivéssemos concretizado metade das oportunidades que criámos, teríamos sido primeiros no grupo. Foram pormenores, decisões no último momento... Na Liga Europa, a eliminatória com o City foi disputada de igual para igual e conseguimos impor o nosso jogo em grande parte dos confrontos, mas cometemos erros em momentos cruciais que ditaram o nosso afastamento. Não posso negar que foi uma frustração para mim e para todos.
Os jogos europeus colocam desafios muito diferentes?
Na Liga, vivemos de dois momentos: a posse e a transição defensiva, a reação agressiva na perda de bola. Na Europa, temos de ser consistentes na organização defensiva e nas transições ofensivas, assim como nas bolas paradas. A Europa obriga-nos a ser uma equipa culta e adulta nos vários momentos do jogo.
Que desafios espera de Benfica, Braga e Sporting na próxima época?
O Benfica já não cometeu os mesmos erros do ano anterior; o Sporting já não ficou a trinta e tal pontos; o Braga aproximou-se. A época anterior foi uma época atípica, por mérito do FC Porto, mas muito demérito dos outros também. Este ano foi taco a taco, com grande desgaste, mas a tendência é para que as equipas que não ganharam já estejam a trabalhar no pormenor, no que falhou. Nós temos de fazer o mesmo.
"Se tivesse entrado com o André teria saído com ele"
A esta distância, compreende a decisão do André Villas-Boas há um ano?
O André é um portista, atenção... Daqueles portistas! Ganhou tudo, sair do clube do coração bem por cima deve ter pesado um bocadinho. Se fez bem ou mal, só ele o poderá dizer. Não faço ideia do que faria no lugar dele, ficava-me bem dizer que teria ficado, mas não posso dizer. Só quando confrontados com as situações é que percebemos. Eu decidi ficar consoante o que senti no momento, senti que devia cá estar. É preciso que se saiba que eu vim para o FC Porto convidado pelo FC Porto, não pelo André. Se fosse ao contrário, e isso digo-o com certeza absoluta, se fosse o André que me tivesse convidado, se eu tivesse entrado com ele, teria saído com ele, disso podem ter a certeza absoluta, porque só estou na vida desta forma, não estou para aproveitar as oportunidades que outros me criaram. Tenho uma relação de amizade com o André porque foi tudo feito com clareza.
Por que sentiu que devia ficar?
Porque esta era a equipa que eu queria treinar, sabendo que seria uma época muito difícil. Mas seria fácil para algum treinador do mundo? Não seria, de certeza. Apesar de os jogadores serem os mesmos, não eram os mesmos...
"Senti que os jogadores andavam a ver o que tinham"
Durante a entrevista, Vítor Pereira avaliou, expôs, argumentou. Ele próprio, porém, sabe que esteve também em análise, inclusive pelos próprios jogadores. "Acho perfeitamente normal. Tinha estado por dentro de todo o processo, mas como colaborador. Eu vim de treinar o Santa Clara na II Liga, é natural que a minha competência noutras funções tenha sido avaliada, como eu avalio os jogadores que chegam. Naturalmente, passamos por um período em que senti que eles andavam a ver o que é que tinham", diz quem também ia avaliando a sua própria equipa técnica, ao ponto de ter promovido alguns ajustes: "Levámos tempo a perceber a dinâmica entre nós e o que cada um poderia dar. Quanto ao Quinta, precisamos de uma perspetiva de fora, de uma perspetiva mais tranquila. Depois surgiu o aproveitamento do Filipe, que já tinha alguns anos comigo e estava habituado à minha dinâmica. Quanto ao Paulinho, a ideia foi que, tal como o Semedo, pudesse ser importante no balneário, junto dos jogadores, num relacionamento de amizade e cumplicidade que ele nos conseguiu dar.
"Se com 16 não se cumpre..." - Como vê o panorama competitivo em Portugal? Está em causa a sustentabilidade do futebol português depois de situações como a do Leiria, associada ao incumprimento salarial de outros clubes?
Há que tomar medidas que credibilizem o futebol, premiando quem cumpre e penalizando quem não cumpre.
Há margem para alargamento?
Eu vejo tantos incumpridores que não entendo como seria possível. Se com 16 não se cumpre, com mais vai-se cumprir ainda menos. Neste país tomam-se medidas rápidas, soluções rápidas e com consequências gravíssimas, porque adiam problemas e criam novos problemas. Está a ser tudo feito em cima do joelho e nada disso beneficia o futebol. Isto vai ter custos.
O autorretrato de quem tenta fugir da exposição
Tem 43 anos, nasceu, cresceu e vive em Espinho e sagrou-se campeão nacional na época de estreia na I Divisão. Vítor Pereira dá-se a conhecer no futebol, mas preserva a privacidade fora dele. A O JOGO, porém, garante que a sua vida não se prolonga muito para além do treino. "Tenho uma vida pacata, Olival-casa, casa-Olival. Vou ao cinema uma vez por outra", diz este pai de três filhos, todos rapazes (entre os 10 e os 15 anos), que não veem no futebol mais do que um hóbi. "Já chegam os custos que o futebol tem numa família, aquilo que eu lhes retiro já chega. Tenho pouco tempo para eles", queixa-se, apontando a família como o seu refúgio, o escape que lhe permite afastar-se do lado mediático da sua profissão e do qual prefere abstrair-se: "Estou bem em Espinho, junto aos pescadores, é o meu habitat natural. Não me sinto bem nos Globos do Ouro, não é a minha praia."
Vincada nos discursos dos momentos mais marcantes esteve sempre a sua religiosidade, que Vítor Pereira não renega nem esconde, mas que não gostou de ver exposta. "No percurso a Fátima, não fui respeitado. Aquilo não é futebol, são as minhas convicções, a minha fé", apontou, incomodado com a presença de fotógrafos no percurso que fez no final da época, na companhia da mulher. Deus entra na casa de Vítor Pereira, mas fica à porta do Olival e dos estádios onde os dragões jogam. "Sou católico, de muita fé, mas só fui a Fátima pedir saúde para os meus filhos e para a minha família. Não peço títulos a Deus, não misturo futebol com religião", remata quem prefere não deixar a sua sorte em mãos alheias. Por isso, as palavras trabalho e competência andam de mãos dadas no discurso de Vítor Pereira, um antigo professor de Educação Física, futebolista frustrado que se serviu da carreira de jogador unicamente para pagar os estudos e chegar onde sempre sonhou: ser treinador do FC Porto.
"Agradeço aos adeptos" - A relação de Vítor Pereira com os adeptos flutuou ao sabor dos resultados. Feitas as contas, o treinador não o esquece no balanço. "Quero deixar uma mensagem de agradecimento aos adeptos e às claques, que muito nos apoiaram neste percurso", vincou, revelando que as abordagens que tem tido são muito positivas.

domingo, 27 de maio de 2012

Aos anónimos que por aqui apareceram

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação.

Batoteiro, canalha por convicção, corrupto por vocação,(roubou o ex-sócio duma empresa de pneus que os dois detinham) são epítetos que assentam como uma luva no líder dos encarnados como tu ó anónimo…!
Mas mais, se quiseres ser informado das vigarices que o teu presidente tem andado a fazer, dá uma vista d’olhos pelo blog: www.dragaodoente.blogspot.com e já ficas devidamente informado com provas documentadas.
Pelo contrário, tu insultas gratuitamente sem exibires quaisquer provas, pelo que não passas dum nogento excremento de esgoto…

Entrevista de Eduardo Galeano RTP2

Eduardo Galeano livre pensador e um ser humano de eleição!

http://www.youtube.com/watch?v=dSCahR30mDA&feature=youtu.be

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Comunicado do FC Porto-A vergonha da Polícia

 23/05/2012 - O FC Porto requisita a polícia para garantir a segurança de todos os intervenientes e espectadores nos espectáculos desportivos que se disputam em nossa casa. Infelizmente, na noite desta quarta-feira, a polícia agrediu gratuitamente uma série de espectadores, entre os quais mulheres e crianças, que nenhum crime cometeram, apenas se deslocaram ao Dragão Caixa para assistir a um jogo de basquetebol.
 Incompreensível e inaceitável que a polícia se esqueça da sua primeira missão é proteger os cidadãos e prefira bater indiscriminadamente.
 Mas porque tudo tem uma origem, convém historiar. O treinador Carlos Lisboa, do Benfica, podia perfeitamente festejar a vitória de forma urbana e civilizada, mas preferiu fazê-lo provocando e insultando com palavrões os adeptos do FC Porto. Ao mesmo tempo, um roupeiro do mesmo clube arremessou objectos para a bancada, o que originou um clima de tensão que inviabilizou a entrega da Taça. Convém recordar que em momento algum houve invasão do terreno de jogo por um só adepto que fosse. A polícia de imediato deveria ter dado essa indicação, mas preferiu utilizar a força de forma despropositada e desproporcionada.
 O FC Porto exige que se apurem responsabilidades e se encontrem o responsável ou os responsáveis por se ordenar a agressão à bastonada de cidadãos anónimos, como um grupo de jovens raparigas barbaramente agredidas pela polícia.

Será que o FC Porto aceita vender o Hulk abaixo da cláusula de rescisão?!

Eu no lugar de Pinto da Costa não aceitaria, no FC Porto não se fazem saldos e as cláusulas de rescisão devem ser para cumprir/respeitar, mas infelizmente existe o precedente do Falcao, o qual forçou a saída. Veremos no futuro com o desenrolar dos acontecimentos se se confirma ou não os pressupostos.
Teodoro Fonseca admite já ter sido sondado pelo Chelsea. "Proposta não existe. Há interesse, mas nada além disso. Vou começar a tratar na próxima semana", adiantou, garantido que os 100 milhões da cláusula de rescisão não serão obrigatórios. "O que vai prevalecer é a vontade do jogador. Isso são palavras de dirigentes do FC Porto. Terá de haver negociações, mas o FC Porto não diz que só o vende por 100 milhões".
Creio que estas afirmações do empresário do Hulk não são verdadeiras, lembro-me de na época passada ou início da que acabou, o presidente do FC Porto ter afirmado que se o Chelsea o quisesse contratar teria de pagar a cláusula de rescisão.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Villas-Boas sabe o que quer e não tem pressa

André Villas-Boas pretende ponderar bem antes de tomar qualquer decisão. É que neste momento ele tem de preservar o prestígio granjeado no FC Porto, o qual d'outro modo seria desbaratado ingloriamente, depois do fracasso no Chelsea.
André : "vamos ver… acima de tudo é preciso ter muita ponderação a escolher o próximo desafio dando passos seguros, os quais terão de ser coerentes. Declarações produzidas aquando da gala dos Globos de Ouro.
Enquanto o treinador se mostra cauteloso, o seu empresário Carlos Gonçalves já terá prestado declarações ao site romagiallorossa.com, revelando que o ex-técnico do Chelsea tem bem definido o tipo de clube que deseja. "Desejamos um projecto sólido, a longo prazo, que dê garantias". É nestas condições que Villas-Boas pretende voltar ao trabalho.
No mesmo site, Carlos Gonçalves nega a existência de contatos e conversas com qualquer clube, recusando-se, por isso, a comentar os nomes de Liverpool e Roma.

FC Porto contrata o guarda-redes Fabiano


Fabiano assinou com o FC Porto um contrato válido por quatro épocas. A ligação do guarda-redes, que a época passada alinhou no Olhanense .
O guarda-redes, de 24 anos, destacou-se na equipa algarvia, cotando-se como uma das melhores unidades numa época em que o Olhanense obteve a sua melhor classificação de sempre na I Liga.
Na primeira volta, na recepção ao FC Porto, Fabiano foi o principal responsável pelo nulo final, tendo até defendido um penálti batido por Hulk.
PS - É que o Helton já vai em 34 anos e é preciso prevenir o futuro

Um poltrão, Abdoulaye, Rolando de novo...

Este presidente da Liga de clubes nunca me enganou, é um lampeão disfarçado de regenerador! Finalmente desmascarou-se. E logo a quem ele se foi juntar. Se dúvidas houvesse, bastava o facto de se rever na personalidade do actual presidente da Câmara do Porto para ficarmos a saber a jaez do individuo. É mais um poltrão disfarçado de defensor da ética desportiva.
Mário Figueiredo, abordou o assunto à margem duma visita à Câmara do Porto, onde apresentou cumprimentos ao presidente da autarquia, Rui Rio. "É alguém que, a determinada altura, personificou a mudança face ao passado, tal como eu, agora, na Liga" referiu o dirigente.
Abdoulaye: - "Tenho contrato com o FC Porto mas não sei onde vou jogar, principalmente porque não conheço a decisão do FC Porto. Tenho de esperar" "Tenho uma questão clara: necessito jogar. É importante para mim ter continuidade porque a minha ideia é representar a seleção do Senegal. Por esse motivo, o que pretendo para o próximo ano é jogar. Se o FC Porto me der a oportunidade vou aproveitar".
Rolando quer sair, mas, o FC Porto não está em saldo: - Peppino Tirri, agente de Rolando em Itália, confirmou, em declarações à Teleradiostereo, que a Roma está a tentar contratar Rolando e garantiu que o central vê com bons olhos uma mudança para a capital italiana. “A Roma está a trabalhar o Rolando, está interessada na sua compra. Ele, depois de tantos anos no Dragão, também gostaria de competir num ambiente diferente. Mas o principal problema é causado pelas exigências do FC Porto que pede pelo seu passe 15 milhões de euros, e não tem intenção de baixar esse valor“, referiu.
Rolando, recorde-se, cumpriu a quarta temporada consecutiva no Dragão, depois de ter deixado o Belenenses para ingressar no FC Porto. Participou em 26 jogos do último campeonato e apontou um golo.
Goleador: - Rodrigo Palacio vai transferir-se do Génova para o Inter de Milão. Palacio foi o melhor marcador do Génova na Liga Italiana, tendo apontado 19 golos.
PS - Exemplos do andebol válidos para o Futebol
O jogo é o espelho do treino e se se treina bem, joga-se bem; se se treina mal... é impossível. Mas há que estar sempre em cima dos jogadores, os meus treinadores têm de estar por cima dos atletas, eles têm de saber respeitar o treinador e crescer.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Parabéns aos sub-17e ao seu treinador Capucho

Futebol: FC Porto campeão nacional de juvenis
20/05/2012 - O FC Porto sagrou-se campeão nacional de Sub 17 ao vencer o Guimarães por 5-2, na última jornada da fase final do campeonato nacional de juvenis.
 Para não depender de terceiros o FC Porto tinha de vencer, mas o jogo foi madrasto para os jovens Dragões, que ainda antes dos 20 minutos sofreram dois golos e viram a equipa de arbitragem anular um legal, quando o resultado ainda estava em branco.
 Só que esta equipa de Sub 17 além de muito talento também tem força de vontade e nem a falta de sorte – a equipa atirou por cinco vezes aos ferros – impediu uma reviravolta fantástica, com uma segunda parte demolidora e que valeu uma goleada e o título nacional.
 O jogo começou com o FC Porto ao ataque, com um futebol de posse, circulando a bola e encurralando o Guimarães atrás. Contra a corrente do jogo, primeiro num contra-ataque e depois beneficiando de um erro da defesa portista, Miguel bisou para os vitorianos aos 18 e 19 minutos, deixando a tarefa muito difícil para os jovens Dragões.
 A equipa abanou naturalmente com a desvantagem, mas depois de uns minutos de desorientação voltou a pegar no jogo e nem os sucessivos azares na finalização ou os fora-de-jogo mal tirados impediram a equipa de lutar.
 Um grande golo de Graça, com um remate de fora da área, a três minutos do intervalo, foi o mote para uma segunda parte heróica. Quatro minutos depois do descanso, Francisco Ramos fez o empate num desvio de cabeça, com a reviravolta a ser concluída em cima da hora de jogo, com um golo de Belinha.
 Grande festa no Olival, mas a equipa não parou e, aos 78 m, Ivo transformou à Panenka um penalti sofrido pelo próprio. Para terminar, num argumento quase de Hollywood, João Oliveira tinha entrado minutos antes depois de ano e meio de ausência devido a duas prolongadas lesões, fechou o marcador, com um belo golo pela direita.
 Grande festa no relvado e nas bancadas, onde não faltou o presidente Pinto da Costa, de uma equipa constituída por uma série de promessas, de jogadores evoluídos tecnicamente e que FC Porto irá com certeza potenciar no futuro.
O treinador Nuno Capucho deu os parabéns aos seus jogadores, salientando a capacidade de reacção da equipa: “Quero destacar a personalidade dos meus jogadores, eles merecem. São premiados com esta segunda parte, a alegria que demonstram é a alegria que demonstraram no jogo e durante a época. Somos justos campeões. A minha alegria é que eles joguem e sejam felizes. A formação do FC Porto está de parabéns, esta equipa começou a ser formada há quatro cinco anos. Vamos ver se os jovens portugueses começam a ter mais espaço, agora com as equipas B”.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

FC Porto oficializa venda de Guarín ao Inter por 11 milhões


1 - O FC Porto, através de uma notícia inserida esta tarde no seu sítio (www.fcporto.pt), confirmou, oficialmente, a cedência, a título definitivo, de Fredy Guarín ao Inter de Milão, assinalando que o valor da transferência é de 11 milhões de euros. “A formalização final deste acordo fica agora dependente da assinatura de contrato do jogador com o Inter de Milão”, refere a nota emitida pelos dragões.
2 - Segundo consta Jackson Martínez na rota do Dragão já para a próxima época.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Kelvin e Atsu, época 2012/13, Kléber e FCP


Kelvin e Atsu realizaram uma boa temporada em Vila do Conde e já sabem que vão ter direito a realizar a pré-temporada com o plantel do FC Porto.
Christian Atsu, que tem uma cláusula de rescisão de 10 milhões de euros, foi o que conseguiu melhor rendimento. Atuando preferencialmente sobre o lado esquerdo do ataque, o ganês chegou ao fim do campeonato com seis golos marcados - o terceiro melhor do Rio Ave - e a participação em 27 dos 30 jogos da equipa, tendo em alguns deles sido o melhor em campo.
É poca 2012/13 - os treinos arrancam a 2 de julho, no Olival. Uns dias depois, a equipa partirá para o habitual estágio, que não será de novo em Marienfeld, na Alemanha. Isto apesar de uma vez mais esse local ter sido talismã para a equipa: sempre que lá trabalhou, o FC Porto foi campeão nacional.
Kléber foi de férias de consciência tranquila depois do hat trick apontado em Vila do Conde, encerrando com chave de ouro uma temporada difícil. "Fiquei feliz por voltar a marcar , a ser importante para a equipa, e isso traz muita confiança. Comecei muito bem, tive alguns momentos de altos e baixos, mas tive sempre a cabeça no lugar. Soube superar isso e volto para o Brasil mais tranquilo"disse. Com os três golos ao Rio Ave Kléber termina a época 2011/12 com dez golos - nove no campeonato e um na Champions -, prometendo tentar conseguir mais na época seguinte: "Espero poder fazer um ano ainda melhor, continuar a evoluir e a aprender com todos no FC Porto. Todos nós queremos voltar a ser protagonistas na Champions, e espero poder contribuir. Além disso, há também o campeonato, que queremos voltar a conquistar."
O FC Porto tem à experiência o médio zambiano Bruce Musakanya, cedido pelo Red Arrows e que pode integrar o projeto da segunda equipa que os dragões vão ter em 2012/13. O jovem de 18 anos já está em Portugal, onde tem trabalhado com os juniores, e esteve mesmo em Vila do Conde para assistir ao último jogo da equipa principal. Recorde-se que também Emmanuel Mbola, lateral-esquerdo, treina com vista à próxima temporada.

Vítor Pereira para a próxima época

Vítor Pereira, dadas as circunstâncias sobejamente conhecidas a tarefa do treinador, na época 2011/12 não foi fácil.
Além disso, Vítor Pereira tem um discurso que não convence, não mobiliza e não transmite confiança aos adeptos...! Por isso é  um dos capítulos em que Vítor Pereira precisa de evoluir.
Neste momento a minha posição é de expectativa, se bem que saiba de antemão que é um bom técnico de campo, precisa de confirmar no entanto, se tem estofo para ser Líder do plantel do FC Porto, pelo que veremos no futuro, se tem aptidões (qualidade) para tal.

domingo, 13 de maio de 2012

Liga portuguesa - Rio Ave 2 FC Porto 5

Os números estão fechados: 30 jogos, com 23 vitórias, seis empates e apenas uma derrota. 68 golos marcados e 19 sofridos, o que corresponde às melhores defesas e ataque da Liga. O FC Porto terminou este sábado a prova com uma goleada no terreno do Rio Ave, por 2-5. Foi o quinto triunfo consecutivo, no melhor ciclo da época. Kléber, com um “hat-trick” em 45 minutos, foi a estrela da tarde.
Com um “onze” diferente do habitual, em que se destacou Bracali (o guarda-redes tornou-se também campeão), o FC Porto não deixou de ter uma entrada determinada em campo. Tal facto pode ser exemplificado logo pelo lance inaugural: Djalma procurou assistir Kléber, mas o brasileiro chegou ligeiramente atrasado ao lance. Aos 13 minutos, foi Djalma a receber um passe primoroso de James, e aí o angolano não perdoou. O remate rasteiro passou por baixo das pernas de Huanderson e valeu o 0-1.
Apenas quatro minutos depois, chegou o segundo golo: trabalho de Varela na esquerda e assistência com a parte de fora do pé para James, que encostou para a baliza forasteira. Djalma revelava-se particularmente interventivo e, aos 34 minutos, serviu Kléber, que atirou contra o guarda-redes vila-condense.
Quando pouco o fazia prever, ainda antes do intervalo, o Rio Ave reduziu, através de um penálti convertido por João Tomás, após suposta falta de Djalma. O toque do extremo portista é difícil de descortinar, mas há um fora de jogo claríssimo que permitiu ao português surgir em posição perigosa. Portanto, a grande penalidade nunca deveria ter sido assinalada.
O arranque do segundo tempo é marcado pelas actuações de Varela e Kléber, que construíram, quase a meias, o 1-3, aos 50 minutos. O português ganhou a bola a meio campo e serviu Kléber, que se desembaraçou de um adversário e atirou a contar para a baliza do Rio Ave. Minutos antes, Kléber já tinha acertado em Huanderson, na posição de isoladdo.
Hulk entrou em campo aos 65 minutos, para o lugar de Varela, um minuto antes de Christian fazer o 2-3, na sequência de um contra-ataque que apanhou a defesa portista desprevenida. O tento nunca pareceu pôr em perigo a vitória azul e branca, até porque, apenas 10 minutos depois, Kléber fez o 2-4. Depois de um livre marcado na esquerda, a bola parecia perdida mas Rolando insistiu e não a deixou cruzar a linha de fundo. Kléber aproveitou, dominou a bola e “encheu” o pé.
Para final de festa, faltava a entrada do jovem Kadú, mais um campeão, e um “toque” de Hulk. O “Incrível” assistiu Kléber para um remate cruzado que valeu o 2-5 e o “hat-trick” de um atacante que passou por dificuldades ao longo da época, mas cujo futuro é promissor.
 FICHA DE JOGO - Liga portuguesa, 30.ª jornada
12 de Maio de 2012 - Estádio dos Arcos, em Vila do Conde
 Árbitro: Jorge Ferreira (Braga)
Assistentes: Pedro Ferreira e Nélson Moniz
Quarto árbitro: Jorge Tavares
RIO AVE: Huanderson; Sony, Gaspar, Jeferson e André Dias; Bruno China, Vítor Gomes e Tarantini; Christian, João Tomás e Kelvin
Substituições: Vítor Gomes por Braga (41m), Bruno China por André Vilas Boas (65m) e João Tomás por Yazalde (81m)
Não utilizados: Paulo Santos, Jorginho, Éder e Mendes
Treinador: Carlos Brito
FC PORTO: Bracali; Danilo, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Defour, Moutinho e James; Djalma, Kléber e Varela
Substituições: James por Iturbe (46m), Varela por Hulk (65m) e Bracali por Kadú (82m)
Não utilizados: Maicon, Alex Sandro, Lucho e Janko
Treinador: Vítor Pereira
 Ao intervalo: 1-2
Marcadores: Djalma (13m), James (17m), João Tomás (42m, pen.), Kléber (50m, 75m e 90m+1) e Christian (66m)
Cartões amarelos: Djalma (41m), João Tomás (42m) e Christian (74m)

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Vítor Pereira promove quatro alterações para o Rio Ave


11/05/2012 - Vítor Pereira promoveu quatro alterações na convocatória para o último jogo do campeonato, fazendo entrar Kadú, Alvaro Pereira, Mangala e Iturbe para os lugares de Helton, Sapunaru, Fernando e Otamendi. O FC Porto defronta o Rio Ave já este sábado, às 18h30, em Vila do Conde.
Os Dragões, que, após a renovação do título, procuram agora firmar a condição de melhor ataque e defesa da prova, finalizaram a preparação deste encontro da 30.ª jornada esta sexta-feira, no Olival, sem ocorrências a registar.

Lista de convocados:
Danilo, Lucho, Maicon, Alvaro Pereira, João Moutinho, Kléber, Hulk, Rolando, Varela, James, Djalma, Mangala, Alex Sandro, Iturbe, Janko, Bracali, Defour e Kadú.

Equipa B, Falcao por pagar, Castro, Kelvin e PC


Trofense toma lugar da equipa B do FC Porto - Caiu por terra a hipótese do FC Porto voltar a ter uma equipa B para jogar na Liga Orangina.
Os dragões fizeram as contas, avaliaram o interesse e concluíram ser mais interessante assinar um protocolo com o Trofense, que na nova temporada assume o papel de satélite dos bicampeões nacionais.
O projeto da equipa B não chegou a sair do papel, nem vai sair, porque os portistas optaram por outra solução para colocar os jovens jogadores formados no clube ou os que são contratados mas necessitam de algum tempo para adquirirem o andamento exigido na equipa principal.
Atlético de Madrid ainda liquidou- É bem provável que o Atlético Madrid tenha de vender Radamel Falcao já neste defeso, uma vez que, pelos vistos, o clube espanhol ainda deve 20 milhões de euros ao FC Porto pela contratação de El Tigre, que foi acordada no início da presente temporada. Quer isto dizer que os colchoneros ainda só pagaram metade do valor que ficou estipulado com o FC Porto, e, além disso, vão ter ainda de avançar com mais algum dinheiro, fruto dos objetivos atingidos pelo internacional colombiano.
A esse respeito e conforme já é seguro que a conquista da Liga Europa, pelo Atlético Madrid, vai render mais 250 mil euros aos cofres da SAD portista. Contudo, há ainda outros objectivos alcançados que devem aumentar mais o valor que os colchoneros terão de pagar aos dragões. Entretanto resta saber se o Atlético de Madrid terá liquidez para fazê-lo. Segundo ontem adiantou o director-geral do Atl. Madrid, Miguel Angel Gil Marín, “é difícil que Falcão permaneça no clube, caso este não se apure para a próxima edição da Champions”.
Castro - A concluir o período de empréstimo ao Sp. Gijón, André Castro só equaciona duas possibilidades para a próxima época: fixar-se definitivamente no plantel do FC Porto ou continuar a jogar na liga espanhola, embora noutro clube. O Betis já manifestou interesse no seu concurso e a possibilidade agrada-lhe, isto se não puder ficar no Dragão.
Kelvin - Apesar de estar no Rio Ave, Kelvin, tal como Atsu, teve influência na conquista do campeonato por parte dos azuis e brancos. Na receção ao Benfica, o avançado brilhou ao fazer a assistência para o golo do empate, marcado por Yazalde. Frente ao clube do coração, Kelvin também quer ser decisivo, mas deixa a promessa de que se marcar não irá haver festa. “O jogo é com o FC Porto, mas vou dar o meu melhor pelo Rio Ave e se surgir a oportunidade de fazer o golo vou querer aproveitar”, assegurou, acrescentando: “Se marcar vou ficar feliz, mas não vou festejar”.
Pinto da Costa: "A estratégia do FC Porto passa por uma coisa muito importante, não responder quando as pessoas querem, mas quando nós acharmos que é a hora", disse o presidente portista.
Quanto às criticas do Benfica às arbitragens Pinto da Costa comentou assim: "Isso faz parte de uma estratégia, arquitectada num almoço num hotel, antes de saírem no jornal A Bola uma série de entrevistas, em que ficou combinado que o treinador Jorge Jesus daria uma entrevista a dizer aquilo que disseram por ele, que o responsável pela comunicação daria uma outra entrevista e que o responsável desportivo falaria na TV Benfica", disse.

E acrescentou. "Espero que essa estratégia tenha sido importante para eles, porque foi muito importante para o nosso sucesso".

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Fernando, Vítor Pereira e curiosidades


1 - Fernando: Não é fácil gerir jogadores que, no ano anterior, tinham ganho tudo o que havia para ganhar. Por vezes, os jogadores deixam a humildade um pouco de lado e cada um começa a olhar para o seu umbigo. Para o Vítor Pereira foi muito complicado, mas a verdade é que ele conseguiu dar a volta à situação da melhor forma; conseguiu manter o grupo unido e ainda conquistámos o campeonato.
2 - Curiosidades - Os dragões são a única equipa que no campeonato português conseguiu ganhar a todos os adversários. E mais! Se a Liga fosse uma prova a eliminar, só o Gil Vicente conseguiria ir a prolongamento, uma vez que em Barcelos venceu por 3-1, resultado igual ao da vitória portista no Dragão. O Benfica seria eliminado pelo Guimarães. O Braga por Benfica e Leiria e o Sporting por Marítimo e Olhanense. E todos, pelo FC Porto.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Antero Henrique absolvido do castigo


O Conselho de Disciplina (CD) absolveu Antero Henrique do castigo que o afastou durante um mês, na sequência dos desentendimentos com Rodolfo Vaz, director desportivo do Leiria - e também ele castigado com um mês de suspensão - no final do jogo que juntou as duas equipas no Dragão, a 12 de fevereiro. Ainda que tenha cumprido o castigo, Antero Henrique reclamou junto do CD, que argumentou não ter competência para avaliar matéria de facto. Mediante esta resposta, o diretor-geral do FC Porto recorreu para o Conselho de Justiça (CJ), que decidiu que o CD deveria mesmo reavaliar o caso e que tinha competência para tal. Na reavaliação que fez, o CD anulou o castigo e absolveu Antero Henrique, ainda que, como se sabe, o castigo ter sido cumprido na íntegra.