FC Porto - Crítica

 Depois de uma semana marcada por um ambiente mediático que fazia de uma derrota do FC Porto um imperativo nacional e apesar de muito desfalcados por lesões, os campeões de tudo o que há para ganhar em Portugal foram a Lisboa vencer o Sporting e repetir o desfecho dos quatro jogos anteriores entre as duas equipas. Desta vez, a vitória foi por 2-1 e desenhada com golos de Uribe e Pepê.

O primeiro lugar da liga e o Benfica estão agora à distância de cinco pontos. Há menos de duas semanas, recorde-se, o FC Porto entrou em campo na Madeira no terceiro lugar do campeonato e a 11 pontos da liderança. “Uma atitude competitiva acima da média”, como Sérgio Conceição diz que houve ontem, será essencial para continuar a luta pelo título.

O treinador elogiou os jogadores por terem interpretado “muito bem o plano definido”. Os campeões nacionais conseguiram manter “o maior equilíbrio possível” e construir dois golos que surgiram “de uma forma natural” numa “segunda parte melhor do que a primeira”. Além disso, a “entreajuda nos momentos difíceis” fez a diferença.

Depois de uma semana de altíssima pressão mediática (e não só) sobre a arbitragem, com a difusão até à náusea de uma narrativa falsa que aponta supostos benefícios ao FC Porto e prejuízos aos clubes de Lisboa, impõe-se assinalar que os especialistas que se debruçaram sobre o jogo de ontem identificaram um erro grave do videoárbitro Luís Godinho: ao minuto 17, ficou por exibir um cartão vermelho a Gonçalo Inácio.

Felizmente, esta falha não teve impacto no desfecho do jogo, mas confirmou o que já se tinha podido constatar noutras ocasiões em que o alentejano dirigiu o FC Porto: Luís Godinho só serve para gastar dinheiro à Liga, porque faz figura de corpo de presente e não atua quando tem a obrigação de o fazer.

A próxima etapa na luta pelo título acontece no sábado, no Estádio do Dragão, frente ao Rio Ave. Começar o jogo com as bancadas cheias, como a equipa merece, será um bom princípio.