03/03/2013 - Do
tempo em que Jesualdo Ferreira passou à frente da equipa do FC Porto, vi-o sempre
como uma pessoa equilibrada, pelo que desconhecia-lhe a actual faceta de facciosismo
exorbitante!
Se calhar o
facto do Severino candidato à presidência do Sporting ter afirmado que o
Jesualdo era um infiltrado do FC Porto, pode ter-lhe causado algum trauma que
lhe retirou parte do seu habitual discernimento e lucidês.
É que aquando da
expulsão de Marcos Rojo, Jackson foi nitidamente ceifado por dois
sportinguistas: Rojo e Rinaudo. Ora não me parece ter havido um lance identico
(como referiu Jesualdo, talvez esteja
a precisar de usar óculos) na área dos portistas. Pode ter havido algumas
pequenas faltas do Otamendi, ou de outro portista qualquer, mas nada que se compare ao lance da expulsão do jogador do sporting, cujos protagonistas foram o Rojo e o Rinaudo! Mais, na minha óptica
houve mais faltas dos sportinguistas a roçar a violência que passaram sem a respectiva
sanção disciplinar. Porem nada de anormal para os leões habituados que estão desde
tempos antigos, ou seja, de épocas anteriores, a distribuir lenha sempre que
defrontam os Dragões em Alvalade. É aliás, sistema corrente para os lados de
Alvalade, sempre que são inferiores futebolisticamente, tentam suprir essa
dificuldade intimidando o adversário, procurar impor-se por processos subterrâneos.
02/03/2013 –Faltou
engenho aos Dragões no último terço do campo
FC Porto e Sporting empataram este sábado (0-0), em Alvalade, num encontro
totalmente dominado pelos Dragões, que foram no entanto incapazes de marcar um
único golo. A equipa de Alvalade defendeu-se com unhas e dentes, faltando inspiração
aos portistas nos últimos 20 metros.
Foi um “clássico” estranho este, como o FC Porto nunca terá sentido, com tanto
domínio portista no terreno leonino (64 por cento de posse de bola). E com um Sporting
a jogar tal e qual uma equipa inferior, com um autocarro em frente da sua baliza e
a tentar a aceitar de forma tão vincada a sua menoridade. Então o júbilo com que
os adeptos do Sporting celebraram o nulo caseiro ilustra bem a situação, e foi além disso, uma confissão de alívio por terem resistido à passagem do bicampeão
nacional por Alvalade.
A primeira parte foi a mais forte dos portistas, com várias ocasiões de perigo:
dois remates de Jackson e um livre de Danilo foram o cartão de visita
portista nos primeiros 15 minutos. A melhor oportunidade para quebrar o nulo
terá sido de Defour, aos 21, mas Rui Patrício opôs-se bem ao remate do belga.
Houve ainda mais algumas oportunidades na primeira parte: um cabeceamento de Fernando
na sequência dum pontapé de canto e um remate por cima da trave de Jackson, que
foi um dos melhores jogadores do FC Porto em campo. Não obstante, o Sporting também poderia ter marcado num lance fortuíto
de contra ataque por Van Wolfswinkel, mas Helton esteve à altura
correspondendo com uma grande defesa.
No segundo tempo, o jogo portista já não foi tão esclarecido, e por via disso, ficou
mais atabalhoado com o passar do tempo, face à necessidade de chegar ao golo.
James, arma secreta portista lançada aos dez minutos do segundo tempo, não
conseguiu entrar no ritmo da partida e romper a “guarda” que lhe foi montada
porque esteve lesionado e ainda não está com os normais indices de confiança.
Para concluir,
os Dragãoes deram tudo por tudo nos minutos finais para ganharem o jogo,
especialmente depois da expulsão de Marcos Rojo, aos 78 minutos, por acumulação
de cartões amarelos. Atsu ainda dispôs duma boa ocasião aos 81 minutos para finalizar
com êxito, mas Rui Patrício voltou a intrometer-se no caminho do seu remate
cruzado. Liedson ainda entrou em campo nos minutos finais, mas não teve
qualquer oportunidade para mostrar serviço, porque a bola não lhe chegou com a
precisão indispensável, nem ele já com 35 anos terá porventura reflexos, velocidade
e agressividade para causar problemas ao autocarro que os leões tinham montado em
frente da sua baliza.
Mesmo nos minutos finais em que o jogo esteve partido e as duas equipas praticamente
deixaram de ter meio-campo, a esforçada equipa do Sporting tapou todos os caminhos
para a sua baliza, resistindo aos derradeiros ataques portistas. Pelo que se mantêm
os 30 pontos de diferença entre as duas equipas e os respectivos objectivos: o
FC Porto continua a lutar pelo título, o Sporting para se chegar aos lugares da
classificação geral que lhe permitam aceder à Liga Europa.
Como jogaram os portistas
Helton
100% eficaz! Danilo cumpriu sem
brilhantismo. Maicon idem aspas. Otamendi safou-se num ambiente em que
chegou a ser agredido por uma cotovelada de Van Wolfswinkel, sem
este ter sido advertido! Alex Sandro sem
ter jogado mal não foi contudo tão influente no ataque como de costume.
No meio-campo notou-se a falta dum
Moutinho dinamisador e esclarecido. Fernando
como é seu costume: bem a defender, mas sem infuência no ataque. Defour esforçado cumpriu sem grandes
rasgos. Lucho não sabe jogar mal mas
apercebe-se que já lhe falta velocidade para conseguir fazer a diferença. Varela bem tentou furar a muralha
leonina, continua a faltar-lhe porem a capacidade de explosão que evidenciava
uns tempos atrás. Izmaylov apesar de
todo o seu esforço e de ter sido muito vigiado pelos ex-colegas, o seu
rendimento não foi de molde a justificar a fama que o precedeu. Jackson não obstante não ter conseguido
marcar, foi a meu ver, o melhor portista em campo. Pelo que estou convencido
que dada a marcação feroz que lhe foi movida seria muito difícil fazer melhor. James notou-se que está sem o ritmo que
o notabilizou uns tempos a trás! Atsu
é um avançado rápido mas que precisa de espaço, que ontem não teve, para evoluir
e ser eficaz. Liedson nem aqueceu
nem arrefeceu!
FICHA DE JOGO - Liga portuguesa,
21.ª jornada
Estádio José Alvalade, em Lisboa - Assistência: 27.436 espectadores
Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter
Rufo
Quarto árbitro: Luís Reforço
SPORTING: Rui Patrício; Miguel
Lopes, Tiago Ilori, Marcos Rojo e Joãozinho; Rinaudo (cap.), Eric Dier e
Adrien; Labyad, Van Wolfswinkel e Capel
Substituições: Labyad por Bruma
(60m), Adrien por Carrillo (75m) e Capel por Fakobo (80m)
Não utilizados: Marcelo, Cédric, Zezinho e Etock
Treinador: Jesualdo Ferreira
FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour e
Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por James
(56m), Varela por Atsu (67m) e Defour por Liedson (81m)
Não utilizados: Fabiano, Castro,
Abdoulaye e Sebá
Treinador: Vítor Pereira
Cartões amarelos: Izmaylov (38m), Marcos Rojo (44m e 78m), Maicon (70m),
Fernando (86m) e Miguel Lopes (89m) e Bruma (90m+1)
Cartões vermelhos: Marcos Rojo (78m, por acumulação de cartões amarelos)
O Mr. Vítor Pereira
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02/03/2013 - A ansiedade, a resposta que Vítor Pereira não queria detectar na equipa, é precisamente a primeira explicação para o empate em Alvalade, segundo o treinador, que reconheceu nos jogadores falta de esclarecimento e paciência, em especial na segunda parte. Lucho reforça a opinião do técnico, acrescentando quebras de tranquilidade, antes de desejar um regresso rápido a João Moutinho.
“Vamos à luta”, diz o treinador
“Defrontámos uma equipa que se bateu sempre bem, que esteve organizada. Entrámos muito bem no jogo, fomos iguais a nós próprios, com boa circulação de bola e bons momentos de entrada no último terço do terreno, o que nos permitiu construir algumas oportunidades de golo. Na segunda parte, a ansiedade apoderou-se da equipa, que quis fazer tudo muito depressa e acumulámos uma série de erros em termos de circulação que permitiu ao Sporting algumas transições rápidas perigosas. Deixámos o jogo partir-se um pouco e esse não é o nosso estilo. Foi pena, não posso apontar nada aos jogadores, mas, na segunda parte, faltou-nos ser mais esclarecidos e pacientes. O jogo terminou desorganizado e partido, como eu não gosto. Não foi possível sairmos daqui com uma vitória, mas o campeonato está completamente em aberto. Vamos à luta. Preferia ter ganho o jogo e continuar na frente, mas o nosso adversário directo ainda vai a nossa casa e ainda temos muito tempo para virar o campeonato a nosso favor, caso ganhe amanhã.”
“Sabor amargo” para Lucho
“Obviamente, não é um resultado positivo para nós, mas ainda falta muito campeonato para jogar. É pena não termos vencido. Faltou-nos um pouco mais de tranquilidade na hora de definir os lances, de fazer a melhor opção e que a bola entrasse, que é o mais importante no futebol. Podemos ter muita posse de bola, mas, se não marcarmos, não ganhamos. O João Moutinho é um jogador muito importante para nós, mas acredito que neste plantel há jogadores para substituir quem quer que seja. Infelizmente, não pode estar connosco, mas oxalá recupere depressa, porque precisamos dele. Vamos com um sabor amargo, porque queríamos vencer.”