terça-feira, 21 de agosto de 2012

Em que acredito e Miguel Sousa Tavares

Sim há muitas sentenças no texto do Miguel que coincidem com as minhas opiniões já expressas aqui no dragão atento. Daí este extracto em que dei relevo às que, na minha opinião, são mais importantes...!
Extracto do artigo do Miguel Sousa Tavares – parágrafos interessantes
É verdade que a forma como o Benfica e a sua Imprensa têm tentado limpar o acontecimento, quase fazendo crer que o árbitro agrediu Luisão, é dum ridículo e dum despudor absolutos. Mas não é assunto que preocupe os portistas e que deva mobilizar o seu Presidente. Seguiu-se Luís Filipe Vieira, com as ofensas do costume e a mentira, eternamente repetida, de que o Porto e Pinto da Costa teriam sido condenados na “justiça desportiva” – como se não soubesse que a única “justiça desportiva” que o condenou foi esse tristemente célebre Conselho de Disciplina (DA: Ricardo Costa, o pavão vermelho) que era apenas uma extensão dum orgão social do Benfica, e cuja condenação foi anulada pelo Conselho de Justiça da Federação e descartada e ridicularizada em todas as instâncias da justiça civil onde o Ministério Público, atacado de benfiquite aguda, quis prolongar essa fantochada conhecida como Apito Dourado. E às ofensas de Vieira, respondeu Pinto da Costa, desenterrando, uma vez mais, o passado do presidente benfiquista.
…Nos relvados, o campeonato começou muito fraquinho para os quatro grandes (Braga incluído). Nada que não fosse de esperar atendendo às prestações de pré-época de cada um deles.
…Na Luz, perante um Braga com a sua imutável estratégia de apostar no erro alheio, o Benfica demonstrou uma confusão total de ideias, além dum plantel desequilibrado. O empate acabou também por ser o resultado mais justo e lógico, muito embora isso tenha vindo a confirmar a “vergonha” do Benfica não ganhar nunca na primeira jornada, por culpa dum campeonato que “não é limpo e está armadilhado desde o início” como aqui escreveu profeticamente o dirigente-comentador benfiquista Sílvio Cervan (DA: mais conhecido como o senador pateta). Na verdade, o Benfica safou-se da derrota graças a um daqueles clássicos penalties de bola na mão- um critério que, a ser aplicado com o mesmo rigor, teria ditado a anulação do primeiro golo do Benfica, acontecido após assistência involuntária com a mão do Cardozo para o Salvio. Valeu ao Benfica que, apesar de terem confundido a mão dum preto com a mão dum branco, os árbitros não vacilaram na intenção criminosa daquela mãozinha caída do céu. Não foi possível, como escreveu Sílvio Cerdan, “refazer o destino que nos traçam” mas, enfim, podia ter sido pior…
Em Barcelos, a história foi outra e não quero saber dos penalties, que até existiram e até poderiam ter mudado o destino traçado ao FC Porto, mas a verdade é que ele estava traçado desde o início. Estranhamente, uma equipa com um ataque de luxo não consegue marcar golos nem sequer exibir uma filosofia atacante que estabeleça uma diferença clara contra equipas mais fracas. Estranhamente, um plantel (por enquanto) recheado de estrelas como há muito não se via, não consegue, ao fim de mês e meio de preparação, mostrar futebol que valha a pena ver. Tenho pena dos imigrantes portistas que encheram o Dragão para ver a apresentação contra o Lyon e não viram nada; que acorreram em massa a Aveiro e tiveram de esperar até ao minuto 90 para verem um golo e uma Supertaça ganha contra a modestíssima Académica; que voltaram a comparecer em força em Barcelos, já com Hulk e tudo, e tiveram de esperar até vinte minutos do fim para verem o seu clube finalmente incomodar-se com o nulo, mas tarde de mais. É uma vergonha que, jogando contra uma equipa que, de tantas baixas, só tinha 17 jogadores convocados, em que todo o plantel deve ganhar o mesmo que o Hulk sózinho, o FC Porto, campeão nacional, não seja capaz de vencer o jogo. A relva era alta, o campo é curto, não marcaram dois “penalties”, tudo o que se quiser, mas a vergonha mantém-se. É uma vergonha que, depois duma primeira parte jogada a passo, a equipa tenha regressado das cabinas e de supostamente quinze minutos de palestra, de puxar de orelhas e de motivação do treinador, persista na mesma atitude de leão indolente, à espera que lhe tragam a comidinha à boca. Houve momentos do jogo e jogadores da equipa que roçaram a diletância e o desinteresse total. Houve uma atitude que não se pode aceitar, que passou do banco para o campo e vice-versa.
Para esta época, eu gostaria de ter visto o FC Porto reforçado com mais um médio de ataque, até porque acharam que o Belluschi já não presta e o Defour, Deus me valha, é tão banal como a chuva de Novembro; gostaria de ter visto um novo central, porque não só o Rolando mostrou estar em fim de ciclo, como também o Otamendi acumula asneiras, precipitações e falta de classe. Mas infelizmente, o que mais gostaria de ter visto não vi: um novo treinador. Em Barcelos, os dois pontos entregues são obra de Vítor Pereira. Quem, com aquele plantel de luxo, não é capaz de vencer o Gil Vicente, não é capaz de mostrar um fio de jogo, uma jogada estudada, não é capaz de motivar a equipa, deixando-a a pasmaçar sem reagir, não vai ser capaz de tudo o mais. Aqui fica, e já desde início, a minha opinião.
É sempre bonito ver um pai reconciliar-se com um filho. Só não percebo é o que tem o FC Porto a ver com isso. O regresso de Alexandre Pinto da Costa à qualidade de “empresário” e a negociar com o FC Porto (aparentemente o seu único cliente da vida empresarial) é uma notícia estranha. Por muito menos que isso lixou-se a mulher de César. Pior ainda é lembrar-me que o seu mais célebre negócio de antanho com o FC Porto foi vender-lhe um astro chamado exactamente Paulinho César – o cujo se revelaria o mais inacreditávelmente mau jogador que alguma vez vestiu aquela camisola.

Dragão atento: PS - No caso do Alexandre Pinto da Costa não é daqui que vem o mal ao mundo, porque é lógico e humano os Pais ajudarem os filhos e até os amigos, se for o caso. Entre estranhos e amigos é lógico que se dê preferência a amigos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá amigo Armando como vai?
Mais uma vez venho aqui dar uma vista de olhos no cantinho do meu amigo e após ler o seu post deixe que lhe diga, então o lance do Benfica não é penaltie?
Oh, amigo Armando todos gostamos dos nossos clubes mas não podemos sofrer de clubite extrema, temos de ter capacidade para analisar as coisas com um certo rigor e isenção.
Eu não sou Portista, mas vejo que o FCP foi roubado pelo menos num penaltie, admitindo mesmo que possam ser dois, e o meu amigo se logo se prestou a afirmar que aquilo não é penaltie, esqueceu-se por ventura que foi anulado um golo limpo ao Benfica.Ainda lhe pergunto se está recordado quantos penalties iguais foram marcados a época passada a favor do FCP? Contra a Académica,entre outros, lembra-se?Esses já eram? E aqueles que o Rolando jogava a bola com a mão, lembra-se? pois esses já não eram.
Como disse e muito bem, o jogador do Braga é mal expulso,mas porventura o jogador Alan um bom bocado antes não devia ter visto o segundo amarelo?
Amigo Armando eu prezo muito o meu amigo e a sua boa educação e também a sua capacidade de análise, mas por amor de Deus não se deixe levar pelo efeito da clubite nem pelo triste espectáculo das palavras com que o meu presidente e o seu já nos começaram a brindar.
Temo que mais uma época triste e polémica se avizinha, é o país e o futebol que temos.
Saudações Desportivas.
Um abraço.
Francisco Marques

Dragaoatento disse...

Francisco Marques, eu não afirmei nada, limitei-me a transcrever a opinião do MST e a concordar com a teoria dele (seguinte):
Na verdade, o Benfica safou-se da derrota graças a um daqueles clássicos penalties de bola na mão- um critério que, a ser aplicado com o mesmo rigor, teria ditado a anulação do primeiro golo do Benfica, acontecido após "assistência involuntária com a mão" do Cardozo para o Salvio.

"E saliento": um critério a que ser aplicado com o mesmo rigor, teria ditado a anulação do primeiro golo do Benfica, acontecido após assistência involuntária com a mão do Cardozo para o Salvio.

Mais! Enquanto que na sua opinião o Rolando atacava sempre deliberadamente a bola com a mão, na minha opinião as mãos que ele deu foram sempre casuais, ou seja, "bola na mão" e não mão na bola. E quer queira quer não, na sua opinião também as mãos na bola dos jogadores benfiquistas são sempre casuais...
Pelo que não me interessa discutir consigo este tipo de assuntos.

Faça o esforço de tentar ler e interpretar os meus textos sem colocar os óculos da paixão clubista, d'outra maneira sou obrigado contra a minha vontade a ignorar os seus comentários.

Ah! Já me passava : concede-me o favor de aceitar que o FC Porto foi roubado pelo menos num penalti...! Se pensa assim faça-me o favor de não comentar no meu Blog, porque para mim, os portistas foram espoliados de dois penalties indiscutíveis, ponto.

Um abraço,
ArMonteiro

Anónimo disse...

Amigo Armando eu até concordo consigo, e digo-lhe que isto não é discutir, é apenas no meu ponto de vista analisar, mas analisar sem a dita paixão clubista que o meu amigo refere.
Mas vou ficar curioso quando acontecerem lances iguais nos jogos do FCP e ver se o meu amigo diz que é penaltie clássico de bola na mão, eu até posso admitir que seja mesmo isso, mas verifico que os árbitros nem sempre analisam da mesma forma, e foi por isso que referi o Rolando, também vou admitir como diz o meu amigo que foram sempre casuais esses lances, mas agora pergunto eu, e então o ano passado em Braga o Emerson está de costas, com o braço encostado ao corpo, a bola foi ao braço, o árbitro marcou penaltie, foi esta uma decisão correcta?
Foi nesta perspectiva que eu referi o caso do Rolando, para lhe demonstrar que os árbitros muitas vezes punem lances iguais de forma diferente.
Quanto ao post do senhor Miguel Sousa Tavares não faço comentário algum sobre esse senhor, porque esse senhor nem merece que se lhe dê algum tipo de crédito, aliás se houvesse decência seria proibido de escrever em todos jornais e revistas, mas isto é uma opinião muito minha, e que nada tem a ver com o futebol, até porque ele não escreve só sobre futebol, mas uma pessoa que que é mau a fazer análises é mau em todas as matérias.
Tenha um bom fim de semana.
Um abraço.
Francisco Marques.

Dragaoatento disse...

Francisco Marques, não é preciso ir mais longe hoje no Dragão aconteceram duas jogadas defendidas com os braços pelos jogadores do Vitória que o árbitro do jogo considerou casuais, portanto mais uma vez lhe digo: como casos deste tipo estarão sempre no critério do Juiz do apito que estiver a actuar não me interessa debater, porque é chover no molhado. Quanto ao facto de não gostar dos textos do Miguel Sousa Tavares, também eu detesto um jornalista que possivelmente lhe agrada muito e que é o Álvaro Guerra e não só. Pelo que estamos quites, e não vá por aí.
Tenha uma boa semana,
Armando Monteiro