O presidente dos dragões enumerou as três lições que aprendeu ao longo da sua experiência à frente do FC Porto e reservou a terceira para se pronunciar sobre o caso.
"Terceira lição: somos muito mais fortes quando os nossos inimigos
são só externos. É evidente que uma das formas de tentar
derrubar-nos passa por procurar dividir-nos. É a isso que se dedicam muitos
paineleiros, vários deles repetentes nessa tarefa quase sempre inglória.
Mas não nos podemos limitar a resistir perante eles. Acima de tudo, não lhes
podemos dar nenhuma razão para nos atacarem. E temos de ser
absolutamente intolerantes em relação a atitudes de supostos portistas que se
comportam como inimigos do clube. O que se passou com o
apedrejamento do carro da família do Sérgio Conceição depois de um jogo foi um
acontecimento abjeto que merece o nosso repúdio. Quem o praticou, se for sócio
do FC Porto e estiver, por isso, sob a alçada disciplinar do clube, terá de ser
severamente penalizado", escreveu.
A primeira lição diz respeito ao campeonato nacional, onde
Pinto da Costa procurou acalmar as hostes portistas, perante este arranque
complicado.
"Nenhum campeonato está ganho ou perdido a 27 jornadas
do fim. Na última época, por esta altura, tínhamos 17 pontos (mais
um do que agora) e estávamos a quatro do líder (menos um do que hoje). Acabámos
a época campeões e a bater o recorde de pontos da liga. Claro que estar à
frente é sempre melhor do que atrás. Mas a nossa posição atual, não sendo a
desejável, não é sentença nenhuma", escreveu.
O presidente azul e branco pronunciou-se ainda sobre Mehdi
Taremi.
"Quando ganhamos, os nossos inimigos reagem e
intensificam os combates contra nós. Podia recuar mais de 40 anos e
relembrar como é que nos tiraram o tricampeonato em 1980, depois do bi que
quebrou 19 anos de jejum. Mas não preciso de ir tão longe. Todos se
lembram do que nos impediu de ganhar em 2019, um ano depois de termos travado
um penta que era dado como adquirido à partida. Nos últimos quatro meses
ganhámos as três principais competições nacionais. Somos, por isso, um
alvo a abater pelos mesmos de sempre. A campanha infame da comunicação social
de Lisboa contra o Taremi é uma manifestação disso mesmo", escreveu.
Pinto da Costa termina apelando à união da nação portista.
"Estas três lições convergem numa ideia: quanto mais
unidos, mais possibilidades temos de combater quem nos quer mal e de contribuir
para os sucessos das nossas equipas. Com menos adeptos, menos recursos e
longe do centro do poder, temos ganho muito mais do que os outros. E temos
todas as condições para continuar a fazê-lo. Juntos".
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