sábado, 6 de dezembro de 2008

Futebol - Liga Sagres - FC Porto ganha em Setúbal

O FC Porto goleou esta noite o Setúbal por 3 a 0, no Bonfim, onde não perde há 25 anos, num jogo em que essencialmente defendeu na primeira parte, conseguindo o triunfo somente na segunda parte. Um golo de Bruno Alves, aos 66’, outro de Guarín, aos 68’, e um terceiro de Lucho, aos 80’, resolveram a partida.
Talvez devido à falta de Raul Meireles, a equipa pouco perigo causou a Pedro Alves nos primeiros 45 minutos. Hulk foi o único a revelar algum inconformismo, salvo a incrível perdida de Lisandro que, aos 23’, após um remate de Rodriguez, e estando praticamente em cima da linha de golo, deu um toque para… trás. O Setúbal, aproveitando a pouca pressão a que era submetido, acercou-se da baliza de Helton, e Ricardo Chaves e Leandro Lima deram que fazer ao guarda-redes do FC Porto. O início do segundo tempo não foi muito diferente. A equipa do FC Porto avançou no terreno, mas sem grandes resultados. Aos 57’, saiu Tomás Costa e entrou Guarín, que haveria de ser decisivo no encontro. Até que, aos 66’, Lucho marcou um canto da esquerda e Bruno Alves, num belo cabeceamento, inaugurou o marcador. Dois minutos depois, Hulk aplicou a sua sensacional velocidade para se acercar da baliza de Pedro Alves e dar para Guarín que rematou, Janício evitou o golo à primeira mas já o não conseguiu fazer à segunda investida do colombiano. A partir daqui o Setúbal baixou nitidamente. O FC Porto continuou a dominar e, aos 80’, Lucho fixou o resultado final. Fucile cruzou da direita, Mariano, ao segundo poste, deu para trás para Lucho disparar sem hipótese para o guardião sadino. Se a partida estava decidida desde o 68º minuto, aos 80º encerrou de vez. O Setúbal ainda atirou uma bola ao poste, quase a acabar o jogo.

Ficha de Jogo:
Liga Portuguesa 2008/09 - 11ª jornada 6 de Dezembro de 2008Estádio do Bonfim, em Setúbal
Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto)bAssistentes: José Ramalho e António Vilaça 4º Árbitro: Nuno Roque

V. SETÚBAL: Pedro Alves; Janício, Anderson, Robson e Cissokho; Hugo, Ricardo Chaves «cap.», Leandro Lima e Mateus; Bruno Gama e LaionelSubstituições: Bruno Gama por Leandro Branco (57 min), Laionel por Leandro Carrijo (69 min) e Hugo por Elias (69 min)Não utilizados: Bruno Vale, Bruno Ribeiro, Auri e RegulaTreinador: Daúto Faquirá

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Lino; Fernando, Tomás Costa e Lucho «cap.»; Lisandro, Hulk e RodríguezSubstituições: Tomás Costa por Guarin (57 min), Rodríguez por Mariano (68 min) e Hulk por Sektioui (82 min)Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Benítez e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0Disciplina: Cartão amarelo a Laionel (30 min), Tomás Costa (35 min), Cissokho (71 min), Mateus (85 min), Fucile (87 min)Marcadores: Bruno Alves (66 min), Guarin (68 min) e Lucho (80 min)

Conclusão - A equipa do FC Porto quase se limitou a defender na primeira parte.
Na segunda parte já foi diferente. A equipa, principalmente depois do golo de belo efeito do Bruno Alves, conseguiu pôr em prática um futebol de fino recorte técnico n'algumas jogadas, justificando plenamente os três golos marcados que poderiam ter sido mais se o aproveitamento tivesse sido de 100%.
A táctica que Jesualdo engendrou para este jogo no Bonfim não me agradou totalmente. Na minha opinião a equipa do FC Porto é demasiado permeável pelas alas laterais ( fecha mal) porque deixa os adversários jogar à vontade nessas zonas do terreno (faixas laterais). E sabendo-se como a equipa do Arsenal gosta de explorar/jogar pelas faixas laterais, o que faz com grande eficácia, pode ser perigoso para a equipa do FC Porto na próxima quarta-feira, se a equipa não acautelar este aspecto do jogo.

2 comentários:

Dragaoatento disse...

Na minha opinião a equipa do FC Porto procurou aguentar a avalanche dos ataques vitorianos na 1ª parte(com êxito)para depois na 2ª tentar e conseguir com alguma sorte à mistura, desferir o golpe mortal no Setúbal.
Actualmente há dois sectores na equipa do FCP que me preocupam: as faixas laterais.Noto que nestas zonas do terreno a equipa é muito permeável,ou por outra,concede muita liberdade aos adversários para atacarem.E nós sabemos que por exemplo a equipa do Arsenal tém bons desequilibradores a jogar pelas faixas,onde pontificam o Van Persie,o Theo Walcott,o Vela e no centro do ataque o matador Adebayor.

Acho que nos falta um trinco da estirpe do Costinha,bom no futebol aéreo e no desarme com a bola à flor da relva.
Para mim o Fernando é melhor a jogar a lateral direito do que a trinco.
Tem velocidade,desarma bem, mas distribui mal quando passa para o ataque.
E com o Fucile na esquerda ficavam resolvidos os problemas dos laterais.
Esta equipa do FCP enquanto não encontrar um "trinco" de real categoria,em certos jogos,como por exemplo contra o Arsenal,devia jogar com dois trincos,como faz o Sporting por vezes com o Rochemback e o Veloso.Ou como joga a selecção Argentina,sempre com dois trincos.

Abraço

PS - Penso que será suicídio tentarmos jogar em 4x3x3 contra o Arsenal.

dragao vila pouca disse...

Começando pelo fim: vitória justa, com um resultado exagerado e uma exibição fraca do F.C.Porto.
Na 1ªparte foi um Tricampeão macio, abúlico, incapaz de pressionar, de dar intensidade ao jogo, de ter bola, de se organizar e que pode dar-se por satisfeito, de ter chegado ao intervalo empatado.
Na segunda metade houve uma melhoria, pequena, muito pequena e até ao golo o F.C.Porto tinha feito pouco para justificar a vantagem. Depois do um a zero e como o dois a zero surgiu logo a seguir, as coisas tornaram-se fáceis e ainda deu para ampliar a vantagem e dar uma ideia de facilidades que nunca aconteceram.
Para mim não está tudo bem quando acaba bem. Ganhamos e normalmente tendemos a esquecer o resto. Eu não esqueço, porque foi por jogarmos assim que já tivemos alguns dissabores que não estavam nos nossos planos. Temos gente para jogar melhor, mas principalmente, devemos encarar estes jogos com outro espírito, sob pena de voltarmos a ter mais desilusões.
Tomás Costa mostrou que não é jogador para jogos em que é preciso ter bola, organizar e criar. O argentino é mais um jogador de luta, de marcar e fechar bem, que como já se viu, pode ser muito importante em jogos com outras características.
Guarín, foi o único que se deu ao trabalho de fazer um sprint de 50 metros para dar uma linha de passe a Hulk no lance do segundo golo.
Onde estava Lisandro?
Hulk, tiremos o chapéu a Pinto da Costa quando disse que iriamos ter uma surpresa que nos ia alegrar muito.
Cada jogo é mais importante e ontem foi o único capaz, no pior período do F.C.Porto, de levar algum perigo ao último reduto sadino.
Embora o Fernando ainda não seja um trinco de grande qualidade, não penso que o problema de ontem, tenha estado no trinco, mas sim em T.Costa.
Um abraço