O FC Porto é uma das 16 melhores equipas da Europa e ontem voltou a demonstrá-lo. Goleou o Benfica por 5-0, deixou mais dois ou três golos por marcar e provou que a atual classificação do campeonato não espelha o valor real das equipas. Dez dias depois da vitória sobre o Arsenal, o Estádio do Dragão foi palco de mais uma noite inesquecível.
Os momentos que mais fizeram vibrar os 49.013 adeptos presentes nas bancadas foram assinados por Galeno (que bisou), Wendell, Pepê e Namaso. O extremo luso-brasileiro juntou ao bis uma assistência e foi eleito o jogador mais valioso em campo, enquanto Francisco Conceição se destacou pelos desequilíbrios que criou e arrecadou o prémio Mérito e Valores Porto.
O “grandíssimo jogo” azul e branco, como o descreveu Sérgio Conceição, “não teve história”, no sentido em que só uma equipa foi capaz de se superiorizar à outra. O treinador quis “dar mérito aos jogadores” por terem interpretado “em pleno o que foi preparado” e terem dado corpo a uma forte “mentalidade vencedora e de campeão”.
O técnico reconheceu “algum dissabor por saber que não há, em termos de qualidade, uma distância assim tão grande” entre o FC Porto e as equipas da frente do campeonato, e sublinhou que é importante “fazer mais vezes exibições destas”, seja contra quem for. Há que apostar na “consistência que tem faltado” e tem de haver “muita resiliência”. “No final fazemos as contas”, concluiu.
E uma coisa é certa, garantiu o jogador MVP: “Vamos dar luta até ao final”. Galeno afirmou que a equipa sabia que podia “tornar o jogo fácil” e fê-lo, em grande medida, graças a Sérgio Conceição: “Prepara-nos sempre bem”. Wendell reforçou que “o trabalho do mister e de todo o staff foi incrível”, enquanto Namaso dedicou o triunfo “a todos os portistas”.
Esta goleada foi o terceiro 5-0 que o FC Porto infligiu ao Benfica nas últimas décadas. Em 1996, o palco foi o antigo Estádio da Luz. 14 anos depois o triunfo registou-se no Estádio do Dragão. De novo 14 anos mais tarde, o cenário repete-se. Apenas um jogador participou nestes dois últimos encontros, Nicolás Otamendi, que curiosamente também é o elemento comum às duas vezes em que o FC Porto foi campeão na Luz.
Ainda na linha dos registos históricos, como assinalou o Playmaker, Sérgio Conceição alargou a vantagem sobre Artur Jorge enquanto treinador do FC Porto com mais vitórias em clássicos frente ao Benfica: a de ontem foi a décima-primeira, enquanto o “Rei Artur” alcançou nove. Há 28 anos também celebrou no campo a vitória por 5-0 na Luz, dessa vez na condição de jogador.
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