quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Extracto da entrevista de Jorge Maia a Jesualdo Ferreira em OJOGO

"Equipa? Para já ganhei alguns jogadores"

Houve uma fase da temporada em que o FC Porto foi uma equipa muito criticada. Já houve alguma crítica que o tivesse tirado do sério?

Este ano as críticas foram de facto muitas, foram muito fortes e não pouparam ninguém. Atingiram os jogadores que já cá estavam, os que chegaram de novo e, como é costume, também atingiram o treinador. Quem perceber o que é o FC Porto, e é importante que pelo menos os adeptos do FC Porto percebam isso, porque os críticos têm as suas próprias agendas, mas a família, a nação portista deve perceber o que é o FC Porto e que o FC Porto é isto, é a formação constante. Quando os assobios e a instabilidade se manifestam devem ter uma base pedagógica diferente, porque são jogadores novos que se querem afirmar e que precisam de ambiente para o fazer. O ambiente de exigência competitiva neste clube já é alto, se lhe juntarmos um ambiente hostil social e emocionalmente, não vamos conseguir ter jogadores. E a nação portista precisa de perceber isso.

Mas ainda assim conseguiu ganhar uma equipa...

Ainda não. Para já ganhei alguns jogadores. A equipa estamos a construí-la com esses jogadores, capazes de jogar a qualquer momento.

 “Não vou tirar o Lucho só para agradar à crítica”

Lucho está no centro de algumas críticas e tem sido mais discreto do que é habitual. Disse que ele mudou de funções. Quais?

No ano passado o Lucho jogava por trás de uma linha de três avançados e, a dada altura da época, em Novembro, passou a ser um jogador de entrelinha, entre o meio-campo e o ataque. Como é um jogador muito inteligente, que percebe o jogo muito bem e que faz tudo o que lhe pedem - e não conheci muitos jogadores deste nível com essa humildade - ganhou uma série de rotinas que a própria equipa lhe permitiu ter. Ora, este ano, o Lucho nunca teve uma equipa estável e essa intranquilidade da equipa transmitiu-se a ele, sendo acentuada depois pela necessidade de uma reorganização táctica. E ele passou a jogar mais como médio interior, com um futebol muito vertical, mais parecido com o que tinha feito no meu primeiro ano de FC Porto. Uma readaptação que lhe custou e que ainda se ressentiu dos maus momentos da equipa, porque ele é um jogador muito sério, que não gosta de perder e que se fortalece com os bons momentos da equipa e enfraquece com os maus. Admito que com o crescimento da equipa registado nos últimos tempos, ele volte ao seu melhor rendimento.

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Vou ler com atenção a entrevista, que à priori, me parece muito interessante.
Bom ano e um abraço

dragao vila pouca disse...

Já li a entrevista e parece-me uma bela análise se bem que no diz que diz respeito à formação, no F.C.Porto tem de se fazer a ganhar, pois no nosso clube não há tempo para ter tempo.
Um abraço