domingo, 13 de junho de 2010

Rui Silva continua como observador de adversários

O gabinete de observação de adversários do FC Porto vai ser liderado por Rui Silva. Depois da definição da equipa técnica, André Villas-Boas concordou com a continuidade deste elemento, que chegou ao FC Porto por indicação de Jesualdo Ferreira no início da época de 2006/07. No fundo, Rui Silva vai fazer aquilo que Villas-Boas fez durante muitos anos para José Mourinho, tanto no FC Porto, como no Chelsea a Inter de Milão. Rui Barros, adjunto da equipa técnica nos últimos anos, também vai integrar o gabinete de observação, que não se limitará a estudar os adversários. Analisar jogadores potencialmente interessantes, no mercado nacional ou internacional, e acompanhar jogadores emprestados pelo FC Porto são algumas das funções.
Cada vez mais, a observação dos adversários assume um papel de destaque no futebol moderno. Todos os pormenores contam e o conhecimento profundo de uma equipa possibilita ter alguma vantagem em determinadas fases do jogo. O papel do gabinete liderado por Rui Silva tem duas vertentes: o estudo dos adversários e o estudo da própria equipa do FC Porto (ver peça à parte). Na primeira vertente, tanto se observa adversários nacionais como estrangeiros, tendo como referência a agenda competitiva do FC Porto, elaborando-se relatórios que depois chegam às mãos do treinador. Dado o conhecimento da matéria de André Villas-Boas, é de crer que o gabinete de observação assuma um papel ainda mais importante.
O estudo dos adversários implica, antes de mais, um conhecimento profundo da própria equipa do FC Porto, especialmente dos processos utilizados. Porquê? Porque a observação das outras equipas é sempre feita em função da maneira de jogar do FC Porto. Quer isto dizer que um relatório elaborado por Rui Silva só serviria para o FC Porto e não para outra equipa qualquer. Recorrendo ao método de observação que esteve em vigor durante as últimas épocas, e que poderá ser retocado num ou noutro ponto, dependendo da tal colaboração com André Villas-Boas, o estudo dos adversários obedece a três fases: o primeiro jogo é visto por um elemento do gabinete; o segundo é visto por Rui Silva; o terceiro é observado por um adjunto. Para além disto, há ainda o recurso ao vídeo.
Elaborado o relatório final, a informação chega aos jogadores através do vídeo, para uma melhor assimilação por parte dos receptores, mais real do que por intermédio da escrita.
Tomaz Andrade n'OJOGO
Engenheiro informático de formação, a paixão de Rui Silva pelo futebol levou-o a tentar uma experiência no Leixões, na época de 2004/05, quando José Gomes era o treinador da equipa. Percebendo as lacunas e necessidades de uma área muito específica, desenvolveu um software de análise dos jogadores, socorrendo-se da formação informática. José Gomes gostou e Jesualdo Ferreira, ainda no Braga, também. Daí nasceu a ligação entre ambos e a entrada de Rui Silva no FC Porto na época de 2006/07. De trato simples, Rui Silva aprecia a discrição e dela se vale para passar despercebido em diversos palcos mundiais. Tal como aconteceu com André Villas-Boas. Analisar o CSKA foi o trabalho que mais prazer lhe deu. O FC Porto ganhou, claro.
...O método mais utilizado consiste na gravação dos jogos, com diversas câmaras, e na utilização de um software elaborado pelo próprio Rui Silva, que segue os jogadores em todos os aspectos do jogo, como distâncias e velocidades percorridas, passe, análise qualitativa e quantitativa. Os dados são posteriormente analisados e chegam ao treinador, que pode assim corrigir posicionamentos e outros aspectos do jogo junto dos atletas ao longo da semana.
Outra vertente da análise da própria equipa tem que ver com a colocação de Rui Silva nos jogos, sempre numa posição superior, na bancada. Ao intervalo, por exemplo, há conversas entre ele e o treinador destinadas a corrigir alguns aspectos de jogo.
Ciência - O trabalho do engenheiro informático Rui Silva consiste na análise dos adversários e no estudo da própria equipa com o recurso a um software que o próprio criou.
PS - A opinião do Zidane sobre o França x Uruguay
Em relação ao jogo com o Uruguai, que terminou empatado sem golos: “Não houve jogo de equipa. Todas as jogadas nasceram de iniciativas individuais. Cada um procurou fazer a diferença sozinho. Devem pôr o ego de parte e jogar pelo colectivo”. 

14 comentários:

Jovem Treinador disse...

Não é a lei do menor esforço, apenas constatei factos, para ser um bom treinador não é preciso curso de desporto.

Dragaoatento disse...

Caro jovem treinador!

Será que percebi bem?! Para ser um bom treinador não é preciso cursos?!
Pode-se dizer que no panorama nacional talvez hajam alguns treinadores nascidos da prática, entenda-se que foram jogadores, mas até esses tiveram de cultivar-se. Aliás da minha experiência de 50 anos a viver o futebol nunca conheci nenhum técnico de nível aceitável a não ser os tais evoluídos, os que são licenciados. Até porque como as coisas estão a evoluir a exigência em termos de competência cada vez é maior.
O tempo dos práticos acabou.

Jovem Treinador disse...

"para ser um bom treinador não é preciso curso de desporto"

foi isto que eu disse meu caro, claro que o nível intelectual é necessario,mas para ser um bom treinador não é necessario ter especificamente o curso de desporto

Dragaoatento disse...

Caro jovem treinador,

O que eu procurei salientar é que um curso, seja de Educação Física, da Faculdade do Desporto, ou até de Estatística como é o do Villas-Boas seria vantajoso como credencial para se impor no mundo do futebol, para começar, como cartão de visita para impressionar os dirigentes dos clubes, os quais procuram contratar sempre os melhores. Até porque para justificar um pedido de estágio num qualquer clube de futebol com prestígio tem de ter um curso, agora se acha que não, é consigo.
Uma coisa lhe garanto, atendendo à evolução das coisas, até no futebol quem não tiver um curso superior nunca passará da mediocridade, ou seja, de nível inferior, mas se é isso que quer tudo bem. Tudo depende da sua ambição, do patamar até onde pretende chegar. Se fosse eu faria sempre pontaria para o melhor, mas como referi acima tudo depende do que se propõe fazer.

Jovem Treinador disse...

Posso informar que irei seguir psicologia.

Dragaoatento disse...

Um curso de psicologia! Muito bem. A psicologia é actualmente muito útil no futebol para ajudar no aspecto de motivar os jogadores. Depois quando for licenciado em psicologia pode sempre começar por ser colaborador numa equipa técnica de futebol importante e entretanto ganhar o prestígio necessário para poder impor-se então como técnico principal.

Jovem Treinador disse...

Mas como lhe disse para ser um bom treinador n é necessario um curso de desporto, pode ser outro qualquer

Jovem Treinador disse...

Mas como lhe disse para ser um bom treinador n é necessario um curso de desporto, pode ser outro qualquer

Dragaoatento disse...

...para ser um bom treinador n é necessario um curso de desporto, pode ser outro qualquer!!!

Jovem treinador, a partir deste momento não me parece profícuo estarmos aqui a alimentar uma discussão sobre o que é o melhor para o que se propõe fazer.
É como se costuma dizer: "chover no molhado".
E segundo diz já tomou a sua decisão.
Todas as opções são boas desde que trabalhadas com empenho.

Agora a distância mais curta entre dois pontos continua a ser a linha recta. Mas se quer seguir outros caminhos, ou seja, contornar o obstáculo, isso é consigo como já lhe disse.
É ou não verdade que os cursos específicos para determinado objectivo são meio caminho andado?!
Até porque cada vez mais, actualmente, vivemos num mundo que caminha para (é exigida) a especialização.

Depois eu já referi que o curso de psicologia também tem a sua aplicação do futebol...tb pode atingir o seu objectivo através desse, só que o processo será mais lento, isto na minha opinião.
Mas é evidente que cada um faz o que entende: "cada cabeça sua sentença".
Não pretendo de maneira nenhuma convencê-lo seja do que for.
A minha intenção foi unicamente transmitir-lhe a minha opinião...

PS - pf a partir daqui não vale a pena continuar, se quiser mudar de tema tudo bem, ao dispor...

Jovem Treinador disse...

Agradeço a sua opiniao e ja sabe o que vou seguir, para mim a area psicologia é a mais importante no desporto. Não tenho muito tempo porque ando em exames

Dragaoatento disse...

...para mim a area psicologia é a mais importante no desporto...!

Não é não! Pode ser para si, mas está errado se pensa assim. Disso tenho a certeza absoluta. E ponto final.
A psicologia é muito importante,mas está em segundo ou terceiro lugar logo a seguir à aptidão física ( talento natural) para a prática do futebol e ao desenvolvimento dos músculos.
A mais importante é a condição física, qualquer que seja o desporto a seguir.
Senão bastava trabalhar a mente e tínhamos o problema resolvido. A psicologia é importante na motivação, no incentivo ao trabalho para o desenvolvimento dos músculos. Para convencer os atletas a darem o máximo rendimento nos jogos, etc...
A vocação, a aptidão física, o talento natural para a prática de determinado desporto são fundamentais, depois vem o "trabalho dos músculos que é preponderante".
E é o que se faz nos treinos. As palestras têm muito significado, mas um tempo muito reduzido na preparação dos jogadores.

Senão repare: antes dos clubes contratarem um determinado atleta o que é que exigem? Exames médicos a fim de atestarem a forma física desse atleta. E só a seguir, mas só depois eventualmente, se preocupam com o carácter, ou em avaliar o profissionalismo do jogador em causa.

Se fosse verdade o que pensa poderíamos ter jogadores franzinos mas com grande capacidade intelectual. Eles existem, mas estão em desvantagem em relação aos mais dotados fisicamente.

Note! Os melhores (que são ou foram os expoentes máximos do futebol): Patrick Vieira, Luísão, Bruno Alves, Bentdner (excepcional goleador dinamarquês), Drogba,Fernando Torres (espanhol) Gerrard (inglês), todos eles autenticas "torres". Assim como os jogadores da selecção do Brasil todos eles medem para cima do 1,80...!

PS- PF sobre este assunto escusa de argumentar mais, porque já vi que é teimoso, e eu tb não pretendo convencê-lo de nada.É como esgrimir contra uma parede

Jovem Treinador disse...

Caro dragãoatento, em primeiro lugar e se a idade que vem no seu perfil for verdadeira, respeite a minha opinião como respeito a sua pois você não é meu pai para falar como o está a fazer. Em segundo lugar, você pretende ter as suas "torres" a jogar desmotivados, como o porto este ano, ou pretende ter "franzinos" a jogar motivados como o braga?

Abraço

Jovem Treinador disse...

Não é não! Pode ser para si, mas está errado se pensa assim. Disso tenho a certeza absoluta. E ponto final.


Você disse isto, e quero saber saber como tem a certeza absoluta.
Foi algum professor de educação física, foi algum treinador?

Dragaoatento disse...

Candidato a jovem treinador!

1) Não sei em que medida é que não respeitei as suas ideias?! Tenho as cópias de todos os meus comentários e em nenhum consigo vislumbrar o desrespeito às suas ideias.

2)As minhas afirmações (teorias) resultam da minha experiência de ver jogar futebol, da constatação dos factos a que já assisti ao longo da minha vida. 50 anos de experiência chegam-lhe? Ou para si não querem dizer nada?! Sim eu sei! Como parte do princípio que sou estúpido, os 50 anos a viver o futebol não significam nada.

3) Quanto ao Braga.
Jovem quem lhe disse a si que os jogadores do Braga são franzinos, que põem a condição física em segundo plano, e que a motivação deles é o factor mais importante para as vitórias alcançadas?!
A motivação deles a partir de certa altura foi automática, desde que conseguiram chegar aos lugares cimeiros da classificação. O lugar cimeiro que ocuparam na classificação geral serviu-lhes de estímulo, de incentivo para continuarem a lutar pela melhor classificação de sempre.

4) Já que falou no Sporting de Braga garanto-lhe que eles são liderados por uma equipa técnica competentíssima, tanto no capítulo do futebol cujo expoente máximo é o Domingos coadjuvado pelo Fernando Couto e por um competente preparador físico.
Que me conste não faz parte da equipa técnica nenhum mestre de psicologia...!

E não digo mais nada, fique na sua que eu fico na minha.