Vítor Pereira antecipou esta quinta-feira a visita ao Rio Ave, onde diz ser preciso mostrar "qualidade" e "concentração" e mostrar que o FC Porto é mais forte, porque "é bom estar na frente", mas o objectivo é "aumentar a vantagem para os rivais".
Há a ideia generalizada que esta equipa pode ser melhor do que no ano passado, o que acha?
As épocas têm características diferentes, um grupo diferente, mais jovem, com mais irreverência, alegria, mas eu também pretendo fundamentalmente que seja um grupo adulto na forma como aborda todos os jogos. A mensagem clara que queremos passar aos adversário é que o FC Porto deste ano quer ser um FC Porto competente, sério, adulto na abordagem de todos os jogos.
O Rio Ave tem oscilado entre uma vitória em Alvalade e uma goleada em Braga…
Esta oscilação provavelmente tem a ver com o formar de uma equipa nova, com o transmitir de ideias novas do seu treinador. O Rio Ave no seu melhor pode criar grandes dificuldades, porque é bem organizado defensivamente e a sair em transições rápidas, o que pode criar problemas a qualquer equipa. A outra face do Rio Ave foi evidenciada neste jogo com o Braga, com algumas dificuldades ainda, sob condições de desvantagem, que eu acredito ser fruto do processo de assimilação de ideias novas.
A posição em que jogou James é uma dor de cabeça na preparação deste jogo?
James é um jogador com qualidade a jogar mais por fora ou mais por dento. O que ele tem da parte do seu treinador é liberdade que lhe permita potenciar todas as suas qualidades de decisão e técnicas, que são muitas. Não pode ter liberdade total porque isso é a desorganização. Eu quero uma equipa competente, virada para o golo, com bom jogo, com bom toque, mas um jogo também equilibrado. O James acrescenta-nos sempre essa qualidade.
Está satisfeito com a resposta que a equipa deu após saída de Hulk?
Nós não temos como propósito fazer esquecer Hulk, temos como propósito apresentar qualidade, ganhar jogos. Não quero ver uma equipa de oscilações, uma equipa que não percebe a importância de um jogo como este, que é um jogo de importância fundamental para nós, porque antecede um para a Liga dos Campeões e outro que é um clássico. O Rio Ave é um jogo que determina os outros dois. Eles sabem isso e conto com jogadores habituados a uma competição interna muita grande, sabem que quem entrar menos concentrado corre o risco de perder o comboio. Se olharmos à nossa média de idades, muto baixa, podem ser jovens, mas têm de se adultos. É preciso entrar com mentalidade certa, preciso ter confiança no nosso trabalho e perceber que estes jogos ganham-se com níveis de concentração e trabalho muito altos.
Vamos entrar na 5.ª jornada e já há polémica com as arbitragens…
Eu entendo perfeitamente que é preciso um clima de tranquilidade para se trabalhar. Eu, pessoalmente, quando me sentir prejudicado vou fazer o reparo que entender fazer. Não vou ser um anjinho. Todas as semanas sou criticado, mesmo quando ganho, tenho de saber viver com isto. O problema dos outros não é meu, mas quando me sentir prejudicado vou fazer o reparo.
Faz distinção entre os árbitros internacionais e os não internacionais?
Não, é uma falsa questão, é como os treinadores experientes e os não experientes. Isso a mim não me diz rigorosamente nada.
Maicon dizia que há adversários que tentam atacar o FC Porto fora do campo, porque dentro não conseguem, referindo-se ao Benfica…
Sem abordar concretamente essa questão, porque não quero fazer comparações, quero é a minha equipa forte. Mais do que dizer temos de provar que somos mais competentes e que somos mais fortes. É preciso chegar ao Rio Ave e provar que somos mais fortes.
Após quatro jornadas já é líder isolado…
Queremos estar na frente, mas queremos mais ainda aumentar a vantagem para os nossos adversários. É bom estar na frente, mas melhor ainda é aumentar a vantagem que temos para os nossos adversários.
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