Análise com a qual concordamos:
...Já houve, pelo menos, três Jacksons esta época. O primeiro foi aquele recém-chegado do qual se desconfiava em agosto/setembro e que, escapando entre as gotas da chuva, acabou por entrar como um violoncelo num quinteto de cordas, com James, Varela, Lucho e Moutinho. Cancelada a desconfiança, vimos a versão do Jackson remédio para tudo, incluindo para a desinspiração e falta de desequilibradores na equipa. O pico dessa dependência deu-se no Málaga-FC Porto, quando a posse de bola foi trocada pelo jogo direto, e massacrante, para o colombiano. Depois tivemos o terceiro Jackson, que é o atual: o jogador que todos os adversários, prioritariamente, aprenderam a isolar da equipa e afastar da área.
O FC Porto até resolveu alguns dos seus problemas, mas nunca mais recuperou a ligação com o primeiro Jackson. Pelo contrário, quem teve de se ligar foi ele. Por isso é irónico o golo que ontem construiu para James - ainda por cima James -, quase como se quisesse relembrar os colegas da melhor forma de jogarem para o grande ponta de lança que têm. Quantos passes daqueles viu o colombiano nos últimos quatro meses? Ontem, ele que é o matador, fez mais assistências (duas, para James e Lucho) do que recebeu (uma, de James).
Extracto do artigo de José Manuel Ribeiro
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