domingo, 19 de janeiro de 2014

Um Porto para consumo interno


FC PORTO
V. SETÚBAL
16.ª JORNADA
311'  Jackson Martínez 35'  Varela 87'  Carlos Eduardo 
0







19 Janeiro 2014 - Competição : Primeira Liga

Estádio:Dragão, Porto - Assistência:24.209

Árbitro : Hugo Pacheco (Porto)

Assistentes : Cristóvão Moniz e Filipe Ramalho

4º Árbitro : Marco Cruz

FC Porto: 1 Helton (26'), 2 Danilo, 4 Maicon, 22 Mangala, 26 Alex Sandro, 25 Fernando, 3 Lucho González (c), 20 Carlos Eduardo, 7 Quaresma, 9 Jackson Martínez, 17 Varela

Suplentes : 24 Fabiano, 8 Josué, (75' Lucho González), 10 Quintero, (88' Carlos Eduardo)

11 Ghilas, 28 Kelvin, (66' Quaresma), 30 Otamendi, 35 Defour

Treinador : Paulo Fonseca

Vitória de Setúbal : 1 Kieszek (80'), 24 Pedro Queirós, 3 Venâncio, 5 Cohene, 15 Nélson Pedroso (23')

66 Dani, 16 Tiago Terroso, 10 Miguel Pedro (52'), 11 Bruninho, 27 Cardozo, 25 Pedro Tiba

Suplentes : 12 Servín, 18 João Mário, (66' Cohene), 28 Diogo Rosado, 40 François (77'), (26' Cohene)

68 Ney Santos, 87 Zequinha, 99 Rafael Martins, (46' Bruninho)

Treinador : José Couceiro


FC Porto - Site

Quaresma, Varela, Carlos Eduardo e Jackson Martínez - que apontou o seu 50.º golo em 70 jogos com a camisola azul e branca - foram os artistas em destaque no triunfo por 3-0 sobre o Vitória de Setúbal, este domingo, no Estádio do Dragão. O primeiro não marcou, mas mostrou porque alguns lhe chamam Harry Potter, enquanto os golos de Varela e Carlos Eduardo foram de grande espectáculo.
Na noite em que o Estádio do Dragão atingiu os oito milhões de espectadores, houve ainda tempo para cantar os “Parabéns” ao capitão Lucho González, que festejou 33 anos com mais uma vitória sobre os setubalenses. São já 23 triunfos consecutivos sobre os sadinos, num ciclo que inclui partidas para a Liga, Taça de Portugal, Supertaça e Taça da Liga. No capítulo dos números, acrescente-se ainda que Jackson está já a par de Montero como melhor marcador da Liga portuguesa, com 13 remates certeiros.
O encontro começou como quase todos os que são disputados no Estádio do Dragão, com um FC Porto dominador e um adversário na expectativa. O que nem sempre sucede é um golo marcado cedo, como desta vez: aos 11 minutos, Varela cruzou largo, Quaresma efectuou um cruzamento-remate e Jackson estava na sua zona de conforto, a grande área, para finalizar. Estava feito o 1-0, num momento inicial do jogo, mas quando os Dragões já tinham feito cinco remates.
Após o golo, o futebol portista arrefeceu um pouco, mas Quaresma - que se estreou a titular na Liga, neste regresso ao clube - nunca deixou de ser um “espalha-brasas”: aos 28 minutos, combinou bem com Danilo e cruzou milimetricamente para a cabeça de Varela, que obrigou Kieszek a uma boa defesa com o pé. Depois desta exibição do camisola sete, que ainda nem sequer está perto do seu melhor momento físico, sobram poucas dúvidas da utilidade que terá no plantel.
Depois do único lance de perigo do Vitória de Setúbal na primeira parte - um remate em jeito de Pedro Tiba, a que Helton correspondeu com a elasticidade habitual -, foi a vez do outro extremo brilhar. Aos 35 minutos, Varela aproveitou uma perda de bola dos sadinos, tirou Pedro Queirós da frente e arrancou imparável para a baliza, finalizando com um forte remate de pé esquerdo. Estava feito o 2-0 e os Dragões mostraram o que podem fazer com Varela e Quaresma em forma: um futebol rápido, a toda a largura do campo e mais imaginativo.
O Vitória de Setúbal reapareceu em campo no segundo tempo com pouco mais do que boas intenções: mesmo mais subido no terreno e com Rafael Martins no lugar de Bruninho, o 3-0 esteve sempre mais perto do que o 2-1. Aos 50 minutos, Quaresma sentou Nélson Pedroso (que terá saído do Dragão de cabeça à roda) e rematou de trivela, de ângulo muito difícil, com a bola a sair pouco ao lado. Foi a última acção de relevo do extremo antes de ser substituído por Kelvin, debaixo de uma grande ovação. Para os adeptos portistas, parece que o tempo parou desde 2008: o “Mustang” reaparece exactamente com a mesma magia com que partiu para Milão.
O segundo tempo valeu essencialmente pelo grande golo de Carlos Eduardo, aos 87 minutos: a bola sobrou à entrada da área e, sem a deixar cair no chão, o brasileiro disparou ao ângulo da baliza de Kieszek. Um minuto depois, o guarda-redes polaco ainda evitou o 4-0, após um remate de Josué, mas as contas já estavam mesmo fechadas. Os Dragões mantêm-se na terceira posição, mas apenas a três pontos do líder Benfica e dependendo apenas de si para chegar ao tetracampeonato.

Paulo Fonseca : "Vitória clara e inequívoca"
​Para o treinador dos Dragões, o triunfo do FC Porto sobre o Vitória de Setúbal (3-0) não deixa margem para dúvidas e até poderia ter sido mais folgado. Paulo Fonseca destaca ainda a veia goleadora de uma equipa que está mais próxima daquilo que pretende.
​“Marcar 19 golos e não sofrer nenhum demonstra uma grande consistência defensiva e poder ofensivo considerável. A nossa vitória neste jogo é clara e inequívoca, com grandes momentos de futebol. Estamos satisfeitos por ganhar, sobretudo por ganhar desta forma”, começou por afirmar o técnico portista, aludindo ao registo de 19 golos marcados e nenhum sofrido nos últimos cinco jogos no Estádio do Dragão.
Para Paulo Fonseca, os tricampeões entraram “determinados e pressionantes” e estiveram “constantemente perto da área adversária”, pelo que o triunfo azul e branco justificava “mais golos”. Após o 11.º triunfo no campeonato, Paulo Fonseca garante que o FC Porto é uma equipa em crescendo: “Trabalhamos todos os dias para nos tornarmos mais fortes. A equipa está a crescer e este é um FC Porto mais próximo daquilo que pretendo”.
“À medida que o campeonato se aproxima do fim, é cada vez mais importante não perder pontos. Para nós, é fundamental que isso aconteça, dado que não estamos no lugar que pretendemos”, acrescentou Paulo Fonseca, realçando ainda a qualidade existente no plantel que comanda: “É injusto assumir este ou aquele jogador como titular indiscutível. Todos os jogadores têm possibilidades de jogar e ajudar a equipa”.

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