Carlos Azenha treinou-o no FC Porto e levava-o "para qualquer equipa do Mundo", garante. Diz mais: "Lisandro é o único avançado a jogar em Portugal. Digo que é o único porque ninguém faz como ele as três posições de ataque, à direita, à esquerda ou no meio." Aliás, puxa até dos números para reforçar a convicção. "Tem um índice de aproveitamento acima dos 75 por cento, avaliando-o num conjunto de parâmetros que dizem respeito não só aos golos ou às assistências, mas também aos posicionamentos. Ele marca, assiste, lateraliza o jogo, fecha os espaços e, defensivamente, ajuda até à linha da grande área."
Afinal, ele é extremo ou ponta-de-lança? "É tudo; é um jogador completo que não precisa de espaços. Ele inventa-os. Essa é a diferença para Suazo, por exemplo, que não caberia neste FC Porto. Suazo é um ponta-de-lança que precisa de espaço, o que equipas como o FC Porto ou o Benfica não costumam ter. Se perguntarem ao Lisandro, dirá que prefere ser um número 9, mas a verdade é que responde bem em todas as posições do ataque; faz a diferença." Em qualquer equipa, remata. "É dos poucos jogadores que conheço com capacidade para jogar em todos os campeonatos: português, espanhol, italiano ou inglês. Privilegia o sentido colectivo."
Este ano marcou menos golos "porque a equipa joga de forma diferente; o importante é avaliar a eficácia em função das oportunidades". Para Carlos Azenha, este FC Porto até é "mais forte". E explica porquê: "Tem um sentido mais colectivo; a entrada do Rodríguez ajudou e o Hulk, como disse desde o início da época, é excelente".
Do trabalho com Lisandro, Carlos Azenha guarda a imagem de um jogador "determinado, com vontade de aprender e dedicado nas tarefas específicas que o fizeram evoluir".
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