domingo, 16 de agosto de 2009

FC Paços de Ferreira 1 FC Porto 1

16/08/2009
A minha opinão
Os meus 50 anos a ver jogar futebol permitem-me ter uma opinião avalizada sobre a prestação da equipa em Paços de Ferreira.
Aspectos negativos da equipa do FC Porto: No golo do Paços o Helton pareceu-me estar a dormir. Os internacionais portugueses pareceram-me acusar os efeitos do jogo a meio da semana pela selecção. Farias! É um jogador com técnica, mas a quem falta velocidade (agressividade) e presença física na área adversária para competir com os cavalões adversários. Melhor do que ele, o Postiga, deixou o FC Porto ir para o Sporting. Tal como o Farias falta-lhe presença física para poder ser goleador. Qualidade técnica tém ele. Aspectos positivos: Falcão melhor que o Farias: mais mexido e com bom poder de elevação. Excelente o golo que marcou...! Arbitragem: já se sabia que o Xistra na dúvida decidia sempre contra o FC Porto. Hoje mais uma vez, utilizou uma dualidade de critérios gritante na avaliação dos lances. Sempre muito permissivo com os jogadores do Paços, inclusive deixando-os discutir as suas decisões, e, excessivamente rigorosos os dois cartões mostrados ao Hulk.

Equilibrio desigual

Com dez, tal como com onze jogadores, o Dragão iniciou a defesa do título fazendo uso de uma incontestável determinação e de superior qualidade, mesmo quando confrontado com inesperados contratempos. O desfecho do primeiro embate da época não corresponde às expectativas azuis e brancas, mas espelha em pleno uma crença que não se deixou anular por decisões contestáveis, expulsões forçadas ou a inconstância de ritmo natural do arranque da competição.

O segundo duelo com a equipa de Paços de Ferreira no espaço de uma semana voltou a patentear um FC Porto dominador, sempre mais pujante e mais esclarecido, perante um adversário fechado nos seus espaços, à espreita apenas de um qualquer deslize azul e branco.

Cedo se percebeu, no entanto, que não bastaria aos comandados de Jesualdo Ferreira aplicar em campo os pergaminhos de sucesso que garantiram a conquista da Supertaça uma semana antes. Seria necessária convicção adicional, uma vontade ainda mais arreigada para fazer frente aos obstáculos colocados pelo oponente, mas também pelas instáveis decisões da equipa de arbitragem, que mais não fizeram do que acrescentar complicações à contenda.

A resposta portista ao golo madrugador dos da casa, apontado por Ricardo aos 11 minutos, surgiu pelos pés de Belluschi, numa ocasião soberana que apenas a trave da baliza defendida por Cáss
io conseguiu evitar. O médio argentino voltou a estar em evidência pouco depois, quando após um bom entendimento com Álvaro Pereira disparou em arco para uma enorme intervenção do guarda-redes pacense, que sem saber bem como viu as suas redes permanecerem invioláveis até ao intervalo, depois de Hulk e Farias, no mesmo lance, terem tido o golo azul e branco nos pés.

A segunda metade trouxe de novo contratempos de monta para os Dragões, desta feita reduzindo a formação portista a dez unidades. Depois de insistentemente castigado e provocado pelos seus marcadores directos, Hulk acabou por ver o segundo cartão amarelo na partida, aos 55 minutos, após um lance confuso junto da área anfitriã.

O excesso de rigor do árbitro acabou por servir de elemento perturbador no duelo, dando nova vida ao Paços, que timidamente aproveitou a deixa para sair da redoma em que se havia encerrado, e desafiando ainda mais os jogadores do FC Porto, que se viram obrigados a invocarem a força azul e branca na sua plenitude para, no mínimo, conseguirem levar um ponto da deslocação à «Capital do Móvel».

A determinação portista teve efeitos práticos aos 78 minutos, quando após um cruzamento perfeito de Fucile na direita, Falcao respondeu com um cabeceamento igualmente perfeito, literalmente «à ponta de lança», que deixou o indefeso Cássio pregado ao
relvado.

A igualdade não satisfazia os pupilos de Jesualdo Ferreira e tão-pouco se ajustava ao desenrolar da discussão da Mata Real, mas acabou por se impor e premiar as cautelas em vez da ousadia e a passividade perante a perseverança.

FICHA DE JOGO

Liga Portuguesa 2009/10 – 1ª jornada
16 de Agosto de 2009
Estádio do CD Trofense, na Trofa

Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco)
Árbitros Assistentes: Luís Marcelino e Celso Pereira
4º Árbitro: André Gralha

FC PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Danielson, Kelly e Jorginho; Ricardo, Leonel Olímpio e Pedrinha «cap.»; Baiano, William e Cristiano
Substituições: William por Carlitos (63 min), Baiano por Romeu Torres (77 min) e Pedrinha por Ciel (82 min)
Não utilizados: Coelho, Maykon, J. Coelho e Manuel José
Treinador: Paulo Sérgio

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Álvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Mariano, Farias e Hulk
Substituições: Raul Meireles por Falcao (46 min), Farias por Varela (60 min) e Belluschi por Tomás Costa (77 min)
Não utilizados: Beto, Guarin, Valeri e Nuno André Coelho
Treinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Ricardo (11 min), Falcao (78 min),
Disciplina: Cartão amarelo a Hulk (18 e 55 min), William (57 min), Mariano (90 min). Cartão vermelho a Hulk (55 min)

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