sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Futebol e a vida

Agora que estamos em maré de defeso relativamente ao futebol resolvi expor aqui algumas considerações sobre o que me move na vida.
Evidentemente que o futebol é a razão primordial da existência do blog "dragaoatento", (mas não estou alienado) o que não me impede porem de ter opinião sobre outros assuntos que me pareçam interessantes ou até que mereçam a minha intervenção como cidadão no pleno uso dos seus direitos. Como por exemplo o assunto da "regionalização" que todos os políticos nas mesas redondas da televisão dizem defender mas que na prática tal não acontece porque nos últimos 30 e tal anos que temos sido governados alternadamente pelos: AD, PSD e PS, nada foi feito para desbloquear/resolver o problema, o que demonstra claramente que além de não haver vontade política nos dirigentes destes partidos para solucionar o problema, existe até na realidade uma certa dose de hipocrisia quando afirmam "para inglês ver" que são a favor da regionalização!
E na minha opinião tal facto acontece porque além de Lisboa ser a capital, concentram-se à sua volta (Lisboa e arredores) cerca de quase 3 milhões de eleitores, o que faz com que os dirigentes populistas e eleitoralistas esqueçam o resto do País. É que é nos grandes centros populacionais que se ganham as eleições, ou seja, os "jobs for the boys". 
Depois está na idiossincrasia  do português: o desenrasque. O que interessa é "safar-se", cada um que se desunhe. E na nossa sociedade actual cada vez mais a sociedade de consumo e os partidos da direita procuram incentivar e desenvolver o individualismo, que é como quem diz: um egoísmo cada vez mais feroz, mais exacerbado entre as pessoas, de modo a ganharem apoio (votos) para as suas (deles) teorias, a sua filosofia de vida. É por isso que cada vez mais se vêm relegadas para segundo plano as concepções colectivas e de solidariedade na sociedade portuguesa. Ora em última instância, um País que não se preocupe minimamente com os problemas de todos, que não se mobilize, ou que não queira resolver os problemas da colectividade, correrá sempre o risco de na pior das hipóteses se transformar numa autêntica selva onde a inteligência dê lugar à carnificina, a um paraíso para os predadores , os tais "falcões" como alguém um dia os caracterizou (citou) mas que pelos vistos rapidamente esqueceu em benefício das suas conveniências materiais.

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