O FC Porto está de luto pela morte de Fernando Gomes, máximo goleador da história do clube e Bibota de Ouro, que faleceu ontem aos 66 anos vítima de doença prolongada.
Nascido em Campanhã em 1956, estreou-se ali ao lado, no Estádio das Antas, aos 17 anos. A partir daí, contaram-se 452 jogos, 355 golos, cinco campeonatos nacionais, uma Taça dos Clubes Campeões Europeus, uma Taça Intercontinental, uma Supertaça Europeia e três Taças de Portugal, tantas como as Supertaças que também conquistou de Dragão ao peito. Galardoado com os Dragões de Ouro de Futebolista e mais tarde de Dirigente do Ano, já como Diretor da Formação, Fernando Gomes e o FC Porto confundem-se naturalmente numa epopeia de sucesso mundial na qual ele era o golo.
Faleceu “um dos maiores portistas” que Jorge Nuno Pinto da Costa já conheceu, como o próprio admitiu. Alguém que “tinha um amor ao FC Porto que ultrapassava o normal” e que “esteve ligado aos maiores êxitos” do clube do coração. O Presidente lembrou também “a honra” que teve, em 1982, de contratar o Bibota ao Sporting de Gijón e ainda “o prazer” de lhe ter entregue o Dragão de Ouro de Dirigente do Ano: “Para além do atleta de eleição e do grande portista que foi, era neste momento também dirigente e tinha muita honra de o ter no clube”.
“Vemos partir uma parte da história do nosso clube”, declarou Sérgio Conceição, que disse ver em Fernando Gomes “um ídolo do clube”, “uma pessoa importante, não só na história do clube”, mas também no percurso profissional do treinador portista. O técnico, que revelou que o Bibota lhe enviava “sempre uma mensagem antes dos jogos”, lançou ainda um repto a todo o universo azul e branco: “A força que ele me dava antes dos jogos tem que ser transversal a todas as pessoas, a todas as equipas e a todas as modalidades que têm a honra de representar este grande clube”.
As homenagens são incontáveis e têm as mais diversas origens. Além de dirigentes, amigos, colegas, clubes, entidades do desporto e políticos, foram milhares os adeptos que não deixaram de partilhar o que sentem por uma figura tão grande. Um deles foi Ricardo Álvaro, autor de uma imagem poderosa: ’O goleador portista Fernando Gomes apresentou-se hoje no relvado do Olimpo com um par de botas de ouro. Os deuses não jogam descalços’.
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