segunda-feira, 27 de julho de 2009

Isla Canela: Diário de Jesualdo Ferreira 26 07 2009


O único treino deste domingo esteve centrado na preparação dos aspectos tácticos relacionados com a estreia na Peace Cup, frente ao Lyon. A página do diário de Jesualdo Ferreira, todavia, abre com referências ao novo jogador do FC Porto, o internacional argentino Prediger.

A única sessão de treino da véspera do jogo com o Lyon marcou também o primeiro contacto do Prediger com a equipa e com o nosso trabalho. Sem querer avançar muitas apreciações, ficou a todos a ideia de se tratar de um bom jogador, um jogador com qualidade, que precisa naturalmente de uma adaptação segura e de um progressivo conhecimento dos processos da equipa e da própria forma como se joga na Europa e de como o FC Porto funciona como equipa.

O dia de hoje foi apenas preenchido por um treino táctico dirigido ao jogo com o Lyon. Pelo que pudemos observar ontem do encontro com o Besiktas, trata-se de equipa muito forte, com muitos jogadores que vêm de anos anteriores e que estão habituados a jogar sempre para ganhar. Foram sete anos consecutivos campeões de França e a sua hegemonia foi apenas quebrada esta época, pelo Bordéus.

O Lyon trabalha também há mais tempo que o FC Porto, mas, pelo que observámos, achamos que temos capacidade para poder ganhar um jogo que é importante para podermos aferir as nossas capacidades do momento, tendo em conta a forma como temos vindo a trabalhar, com jogadores que começaram a época em momentos diferentes: A 7 de Julho recebemos os jogadores da época passada e os jogadores novos, uma semana depois chegaram os internacionais - dada a experiência que já têm do clube e da equipa, entraram no trabalho queimando etapas -, outros que chegaram muito próximo da vinda para Espanha e ainda um naipe que tem tido limitações físicas.

Neste quadro de 22 jogadores de campo que temos, é visível a diferença de regimes físicos e, a exigência que o FC Porto tem em todos os jogos, particulares e oficiais, obriga a gerir esta realidade. É a maior dificuldade do momento e que temos que ultrapassar. Vamos esperar com alguma curiosidade para ver o que esta equipa vai poder fazer dentro daquilo que temos sido: um conjunto que consegue interpretar, de forma coesa e disciplinada, um processo que possa tirar proveito do que tem sido a matriz táctica há anos.


Jesualdo Ferreira

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