segunda-feira, 30 de novembro de 2009

FC Porto 2 Rio Ave 1

29/11/2009 Liga Sagres
Mais uma exibição pouco consistente da equipa do FC Porto. A continuar assim não é difícil augurar mais um desaire no próximo jogo quando os azuis e brancos forem a Guimarães defrontar o Vitória local. É que os Dragões jogam pouco, não há fio de jogo, nota-se desafinação na equipa, acontecem muitos passes errados, joga-se um futebol aos repelões sujeitos à inspiração individual do Hulk ou do Varela. Não! A continuar assim estão para vir grandes amargos de boca para os portistas. É que enerva ver o tão pouco que a equipa como conjunto joga...! Já sabemos que perdemos o Lucho e que a posição dele não foi devidamente colmatada com qualidade equivalente. Pelo que é normal nos tempos que correm ouvir-se comentar que à equipa falta um organizador que seja ao mesmo tempo distribuidor de jogo, enfim que faça a diferença.
Portanto dado o facto acima mencionado eu no lugar do responsável Técnico da equipa adoptaria o sistema de jogar de início com os dois goleadores: Farias e Falcao; para isso é evidente que teria de adoptar um tipo de futebol mais directo, jogando com os 4 defesas normais e dotaria o meio-campo com 4 médios polivalentes que defendessem e atacassem bem, de modo a garantir em primeiro lugar segurança defensiva, para depois sem grandes rodriguinhos procurar colocar a bola com precisão nos dois goleadores, que são os elementos do Plantel que melhor finaliza.
Quanto aos médios a escolher começaria por pensar seriamente se não seria melhor para já, colocar o Fernando no banco por alguns jogos, em face do desacerto actual do seu futebol. Os outros sairiam deste lote de elementos do Plantel: Meireles, Varela (defende bem e ataca), Mariano, Belluschi, Valeri, Prediguer, Rodriguez e Hulk.
Claro que jogariam sempre aqueles que defendessem e distribuíssem melhor.

Comentários:
Jesualdo Ferreira
O campeão "não reagiu da forma mais inteligente". Quando "era preciso controlar a bola e a ansiedade", cedeu até sentir "mais dificuldades do que antes". Tal como na primeira parte, em que esqueceu que "a primeira coisa a fazer", depois de um golo, é "controlar a resposta do adversário", assistiu-se à "mesma boa reacção do Rio Ave e à mesma falta de reacção do FC Porto". Ficou a lição para o futuro: "Estes jogadores têm de ser mais serenos, acreditar no que valem, porque têm capacidade." Agora mais próximo do líder do campeonato, o FC Porto prepara-se para uma "nova página", com o Guimarães, antes de voltar à Liga dos Campeões. "Gerir muito bem os recursos" é imperativo, e o treinador está optimista: "Estou seguro de que vamos subir mais, teremos capacidade para jogar com mais agressividade e para melhorar o défice de eficácia que, nalguns jogos, nos penalizou."
OJOGO
Depois, apareceu o golo salvador de Varela. Resultado: o FC Porto aproxima-se da liderança, mas ainda com um futebol sem convencer.

A JUSTIÇA SEGUNDO VARELA

Foi um golo de Varela, aos 81 minutos, que deu justiça ao marcador e permitiu ao FC Porto vencer o Rio Ave por 2-1, na 11.ª jornada da Liga. Farías tocou de cabeça, após canto apontado por Raul Meireles, e Varela estourou para o fundo das redes.
Verdade seja dita, o Rio Ave foi um adversário diferente do habitual: o FC Porto costuma receber equipas encolhidas e a jogar em contenção, mas os vilacondenses procuraram o jogo pelo jogo. Os comandados de Carlos Brito defenderam com muitos homens, mas tentaram dar um ar da sua graça no ataque.

Isso não quer dizer que o Rio Ave tenha criado muitos lances de perigo na área do FC Porto. Bem pelo contrário, os portistas assumiram o controlo desde o apito inicial e aos dois minutos até já tinham atirado por duas vezes perto do alvo, por intermédio de Belluschi e Álvaro Pereira. O tento de Hulk, que furou a defesa do Rio
Ave, sempre em progressão, aos 23 minutos, foi o corolário lógico do rumo do desafio.

Porém, pouco mais de um minuto depois, na primeira jogada de verdadeiro perigo vilacondense, João Tomás fez o empate, com sabor a injustiça. Todo o trabalho que estava para trás tinha de ser refeito e o FC Porto pôs mãos à obra logo no minuto seguinte: Bruno Alves cabeceou, na sequência de um canto, e Zé Gomes cortou em cima da linha.

Perante tudo isto, teria sido tremendamente injusto que o FC Porto não saísse do relvado do Dragão com os três pontos. A justiça acabou por aparecer através do pé direito de Varela, que ultrapassou o feitiço que Carlos parecia ter lançado para proteger a sua baliza.

FICHA DE JOGO

Liga 2009/10, 11.ª jornada
29 de Novembro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 22.512 espectadores.

Árbitro: Paulo Costa (AF Porto).
Assistentes: João Santos e Nuno Manso.
Quarto árbitro: Artur Soares Dias.


FC PORTO: Beto; Fucile, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Fernando, Raul Meireles e Belluschi; Hulk, Falcao e Rodríguez.
Substituições: Belluschi por Varela (65m), Farías por Rodríguez (68m) e Guarín por Raul Meireles (85m).
Não utilizados: Nuno, Sapunaru, Rolando e Valeri.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

RIO AVE: Carlos; Zé Gomes, Gaspar, Fábio Faria e Sílvio; Vilas Boas, Vítor Gomes e Wires; Bruno Gama, João Tomás e Sidnei.
Substituições: Vítor Gomes por Tarantini (11m), Sidnei por Chidi (62m) e Wires por Wesllem (86m).
Não utilizados: Mora, Bruno Mendes, Ricardo Chaves e Evandro.
Treinador: Carlos Brito.


Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: Hulk (23m), João Tomás (25m) e Varela (81m).
Disciplina: cartão amarelo a Sílvio (10m), Gaspar (37m), Álvaro Pereira (69m), Bruno Gama (73m), Carlos (77m), Tarantini (80m), Maicon (84m) e Beto (93m).

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