A equipa Azul e Branca conseguiu ir para o descanso a vencer, sem conseguir porem ser suficientemente convincente e consistente.
Resultado ao fim dos 90+3 minutos: vitória do FC Porto por 3-0.
O meu comentário final: para conseguir ganhar proximamente ao Benfica no Dragão a equipa dos Dragões vai ter de continuar a evoluir, de ser capaz de fazer pressão alta no meio-campo e de jogar em antecipação, de modo a aumentar o grau de eficácia defensiva.
...mas também foi o resultado do domínio exercido pelos portistas durante todo o primeiro tempo, ainda que muitas vezes de forma inconsequente. Jorge Maia em OJOGO.
Assim, à primeira vista, a vantagem parece ampla. Suficientemente ampla. Talvez excessiva e inesperada, para quem não assistiu. O desempenho, as incidências e a produtividade no relvado também não obtêm reflexo perfeito no resultado, que espelha somente contornos indeléveis de uma supremacia portista inatacável. Peca, obviamente, por defeito e nega mais uma ou duas doses de brilho ao fulgor dos Dragões.
Intenso, gerido a dois ritmos, entre a génese elaborada de cada lance e a velocidade terminal de Hulk, o confronto não conheceu preâmbulos. A direcção das duas balizas foi tomada sem rodeios e em estilos mais ou menos semelhantes, privilegiando ambos o caminho mais curto, em detrimento das lateralizações, pouco frequentes e utilizadas como último recurso ou na engrenagem de velocidades.
Incrível e incontornável, cedo se percebeu que Hulk tinha encontro marcado com o golo. Fosse a
Dedicado ao projecto de assistir Falcao, o brasileiro cruzou com a sorte de quem a procura e recebeu dos pés do colombiano uma espécie de passe para golo em que redundou um remate cruzado de Valeri. Naquele instante, a Hulk bastou um pontapé semi-acrobático, aparentemente fácil. O 1-0 estava feito. Depois correu a desfraldar a camisola de Sapunaru, numa dedicatória que alargou à bancada.
Com a «bomba» de Guarín pelos meio. Mais uma, parada só pelas redes. Do sumo e da súmula da catadupa atacante dos Dragões resultou mais um golo, o de Falcao, desde a marca de penalty, mas muitos outros estiveram para nascer. Entre outros, dos pés de um punhado de jogadores cujos nomes não ent
FICHA DE JOGO
Liga, 27ª jornada - Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 28.612 espectadores
Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa) - Assistentes: Tiago Trigo e José Lima - 4º Árbitro: Jorge Tavares
FC PORTO: Beto; Fucile, Rolando, Bruno Aves «cap» e Alvaro Pereira; Fernando, Belluschi, Guarín e Valeri; Hulk e Falcao
Substituições: Valeri por Raul Meireles (64m), Fucile por Miguel Lopes (83m) e Guarín por Farias (83m)
Não utilizados: Helton, Maicon, Addy e Orlando Sá
Treinador: Jesualdo Ferreira
V. GUIMARÃES: Nilson; Alex, Leandro, Gustavo e Bruno Teles; Moreno, Renan e Nuno Assis; Rui Miguel, Douglas e Desmarets
Substituições: Desmarets por Jorge Gonçalves (70m), Nuno Assis por Custódio (83m) e Moreno por Fábio (83m)
Não utilizados: Serginho, Carlitos, Paulo Oliveira e Milhazes
Treinador: Paulo Sérgio
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Hulk (27m), Guarín (55m) e Falcao (80m, g.p.)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Alves (59m), Gustavo (79m), Douglas (81m), Alvaro Pereira (88m) e Raul Meireles (89m)
JESUALDO FERREIRA: «TEMOS A OBRIGAÇÃO DE GANHAR OS JOGOS QUE RESTAM»
O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, mostrou-se agradado com a exibição da equipa neste domingo, após a vitória por 3-0 sobre o Vitória de Guimarães. O técnico sublinhou que «a obrigação e motivação» dos Dragões é vencer os quatro jogos que restam até ao termo da época, sendo que o último deles é a final da Taça de Portugal, frente ao Desportivo de Chaves.
Manter o nível
«Em relação ao segundo lugar tudo pode acontecer. Temos a obrigação de ganhar os jogos que restam da Liga e a final da Taça. Temos de jogar com os mesmos níveis de empenho e qualidade dos últimos cinco ou seis jogos.»Nova estrutura
«Não entrámos tão bem como em outros jogos, mas, conforme o tempo foi correndo, houve uma adaptação a uma nova estrutura e a equipa foi subindo de produção. Fez o golo com justiça e a partir daí foi totalmente superior, controlando o Vitória de Guimarães, a bola e o espaço. Fomos melhores na segunda parte do que na primeira.»Luta pelo título de melhor marcador
«Todos os jogadores de futebol têm projectos individuais. Compete-nos gerir essas questões, dentro do colectivo da equipa. Sempre que os jogadores puderem ajudar o Falcao a marcar vão fazê-lo, mas antes disso é importante que a equipa ganhe e marque golos.»
1 comentário:
Podiamos ganhar sem as invenções de Jesualdo? Podiamos...mas não era a mesma coisa!!
No dia em que, matematicamente, dissemos adeus ao título, uma vitória justa, por números certos, numa exibição que não foi brilhante. E não foi brilhante, principalmente na primeira-parte, porque Jesualdo, mesmo que os exemplos mais recentes lhe digam como as coisas funcionam melhor, resolve ligar o complicador, inventar, mudar e com isso criar problemas à equipa e a alguns jogadores.
Que confusão! Ninguém se entendia naquele meio-campo. As bolas perdidas foram muitas, a ligação não existia, idem com a organização de jogo e o F.C.Porto só de vez em quando, graças a uma ou outra arrancada de Hulk, um fogacho de Falcao, levava algum perigo à baliza vitoriana, tendo conseguido o golo da vantagem num ressalto de bola que o Incrível aproveitou bem. Melhor, sem margem para dúvidas, o segundo tempo, principalmente depois que entrou Meireles para o lado esquerdo e saiu o corpo estranho, Valeri. Aí, com a passagem de Belluschi para o seu lugar, a qualidade subiu, as jogadas bem construídas também, encostamos o Vitória às cordas, chegamos ao 3-0 com toda a naturalidade e até podiamos até ter marcado mais, não fosse a excelente prestação de Nilson. Foi o guarda-redes vitoriano, com um par de boas defesas, que evitou que o resultado subisse e tivesse atingido números, que, pela qualidade de jogo das duas equipas, não se justificavam - nem o F.C.Porto foi tão forte assim, nem o Vitória foi tão fraco que merecesse penalização maior.
Um abraço
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