domingo, 18 de abril de 2010

Liga Sagres - FC Porto 3 Vitória de Guimarães 0

18/ 04/2010 - Ao intervalo FC Porto1 Vitória de Guimarães 0 (primeiros 45 minutos)
A equipa Azul e Branca conseguiu ir para o descanso a vencer, sem conseguir porem ser suficientemente convincente e consistente.
Resultado ao fim dos 90+3 minutos: vitória do FC Porto por 3-0.
O meu comentário final: para conseguir ganhar proximamente ao Benfica no Dragão a equipa dos Dragões vai ter de continuar a evoluir, de ser capaz de fazer pressão alta no meio-campo e de jogar em antecipação, de modo a aumentar o grau de eficácia defensiva.
...mas também foi o resultado do domínio exercido pelos portistas durante todo o primeiro tempo, ainda que muitas vezes de forma inconsequente. Jorge Maia em OJOGO.



Assim, à primeira vista, a vantagem parece ampla. Suficientemente ampla. Talvez excessiva e inesperada, para quem não assistiu. O desempenho, as incidências e a produtividade no relvado também não obtêm reflexo perfeito no resultado, que espelha somente contornos indeléveis de uma supremacia portista inatacável. Peca, obviamente, por defeito e nega mais uma ou duas doses de brilho ao fulgor dos Dragões.
Intenso, gerido a dois ritmos, entre a génese elaborada de cada lance e a velocidade terminal de Hulk, o confronto não conheceu preâmbulos. A direcção das duas balizas foi tomada sem rodeios e em estilos mais ou menos semelhantes, privilegiando ambos o caminho mais curto, em detrimento das lateralizações, pouco frequentes e utilizadas como último recurso ou na engrenagem de velocidades.
Incrível e incontornável, cedo se percebeu que Hulk tinha encontro marcado com o golo. Fosse a
penas pelo simples facto de constar da ficha de jogo ou de uma sequência arrepiante de dribles, finalizados em «túneis» sucessivos, com que se livrou da oposição de dois adversários, faltando-lhe apenas uma fracção de segundo ou um milímetro de espaço para fazer pontaria às redes.

Dedicado ao projecto de assistir Falcao, o brasileiro cruzou com a sorte de quem a procura e recebeu dos pés do colombiano uma espécie de passe para golo em que redundou um remate cruzado de Valeri. Naquele instante, a Hulk bastou um pontapé semi-acrobático, aparentemente fácil. O 1-0 estava feito. Depois correu a desfraldar a camisola de Sapunaru, numa dedicatória que alargou à bancada.
Com a «bomba» de Guarín pelos meio. Mais uma, parada só pelas redes. Do sumo e da súmula da catadupa atacante dos Dragões resultou mais um golo, o de Falcao, desde a marca de penalty, mas muitos outros estiveram para nascer. Entre outros, dos pés de um punhado de jogadores cujos nomes não ent
ram na crónica, mas cabem mais abaixo, na ficha de jogo.


FICHA DE JOGO
Liga, 27ª jornada - Estádio do Dragão, no Porto
 Assistência: 28.612 espectadores

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa) - Assistentes: Tiago Trigo e José Lima - 4º Árbitro: Jorge Tavares





FC PORTO: Beto; Fucile, Rolando, Bruno Aves «cap» e Alvaro Pereira; Fernando, Belluschi, Guarín e Valeri; Hulk e Falcao
Substituições: Valeri por Raul Meireles (64m), Fucile por Miguel Lopes (83m) e Guarín por Farias (83m)
Não utilizados: Helton, Maicon, Addy e Orlando Sá
Treinador: Jesualdo Ferreira


V. GUIMARÃES: Nilson; Alex, Leandro, Gustavo e Bruno Teles; Moreno, Renan e Nuno Assis; Rui Miguel, Douglas e Desmarets
Substituições: Desmarets por Jorge Gonçalves (70m), Nuno Assis por Custódio (83m) e Moreno por Fábio (83m)
Não utilizados: Serginho, Carlitos, Paulo Oliveira e Milhazes
Treinador: Paulo Sérgio
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Hulk (27m), Guarín (55m) e Falcao (80m, g.p.)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Alves (59m), Gustavo (79m), Douglas (81m), Alvaro Pereira (88m) e Raul Meireles (89m)



JESUALDO FERREIRA: «TEMOS A OBRIGAÇÃO DE GANHAR OS JOGOS QUE RESTAM»
O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, mostrou-se agradado com a exibição da equipa neste domingo, após a vitória por 3-0 sobre o Vitória de Guimarães. O técnico sublinhou que «a obrigação e motivação» dos Dragões é vencer os quatro jogos que restam até ao termo da época, sendo que o último deles é a final da Taça de Portugal, frente ao Desportivo de Chaves.
Manter o nível
«Em relação ao segundo lugar tudo pode acontecer. Temos a obrigação de ganhar os jogos que restam da Liga e a final da Taça. Temos de jogar com os mesmos níveis de empenho e qualidade dos últimos cinco ou seis jogos.»
Nova estrutura
«Não entrámos tão bem como em outros jogos, mas, conforme o tempo foi correndo, houve uma adaptação a uma nova estrutura e a equipa foi subindo de produção. Fez o golo com justiça e a partir daí foi totalmente superior, controlando o Vitória de Guimarães, a bola e o espaço. Fomos melhores na segunda parte do que na primeira.»
Luta pelo título de melhor marcador
«Todos os jogadores de futebol têm projectos individuais. Compete-nos gerir essas questões, dentro do colectivo da equipa. Sempre que os jogadores puderem ajudar o Falcao a marcar vão fazê-lo, mas antes disso é importante que a equipa ganhe e marque golos.»

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Podiamos ganhar sem as invenções de Jesualdo? Podiamos...mas não era a mesma coisa!!

No dia em que, matematicamente, dissemos adeus ao título, uma vitória justa, por números certos, numa exibição que não foi brilhante. E não foi brilhante, principalmente na primeira-parte, porque Jesualdo, mesmo que os exemplos mais recentes lhe digam como as coisas funcionam melhor, resolve ligar o complicador, inventar, mudar e com isso criar problemas à equipa e a alguns jogadores.

Que confusão! Ninguém se entendia naquele meio-campo. As bolas perdidas foram muitas, a ligação não existia, idem com a organização de jogo e o F.C.Porto só de vez em quando, graças a uma ou outra arrancada de Hulk, um fogacho de Falcao, levava algum perigo à baliza vitoriana, tendo conseguido o golo da vantagem num ressalto de bola que o Incrível aproveitou bem. Melhor, sem margem para dúvidas, o segundo tempo, principalmente depois que entrou Meireles para o lado esquerdo e saiu o corpo estranho, Valeri. Aí, com a passagem de Belluschi para o seu lugar, a qualidade subiu, as jogadas bem construídas também, encostamos o Vitória às cordas, chegamos ao 3-0 com toda a naturalidade e até podiamos até ter marcado mais, não fosse a excelente prestação de Nilson. Foi o guarda-redes vitoriano, com um par de boas defesas, que evitou que o resultado subisse e tivesse atingido números, que, pela qualidade de jogo das duas equipas, não se justificavam - nem o F.C.Porto foi tão forte assim, nem o Vitória foi tão fraco que merecesse penalização maior.

Um abraço