Em 1955 a Federação Portuguesa de Futebol irradiou o presidente do FC Porto Dr. Cesário Bonito por críticas à entidade federativa.
Decorria o ano de 1955 e a FPF acabava de adiar, com horas de antecedência, um
clássico contra o Sporting sob o argumento de que o jogador Travassos, um dos
violinos de Alvalade, havia ficado retido pelo nevoeiro em Espanha após representar
uma seleção de jogadores lisboetas em Madrid.
Cesário Bonito insurgiu-se contra a decisão, enviou um telegrama de protesto
para a capital e fez jus à frase “tudo o que fazemos, tudo o que pensamos
fazer, tem uma exclusiva finalidade: servir o FC Porto!” que o celebrizou.
Acabou irradiado pela tutela depois de ter tido um papel determinante na construção
do Estádio da Antas e em vésperas da primeira “dobradinha” da história do clube
(Campeonato e Taça de Portugal que, volvidos meses, o FC Porto conquistou em
1956).
Ora, o clube, através de seus homens, sentiu o baque de tudo isso nos finais de
1955. E, apesar do tempo que se vivia, foi havendo tentativas de fazer alguma
coisa. Sabendo-se que o regime político-desportivo tentou impedir algo mais, a
ponto de no jornal O Porto, em sua edição imediata, não ter aparecido escrito
qualquer referência, naturalmente por reprovação governamental, estando o
jornal sujeito, pois era “Visado pela Comissão de Censura” do governo da nação.
Mas depois, perante a catadupa de acontecimentos, os sócios do FC Porto
manifestaram-se de outro modo, em Assembleia Geral, como pôde assim já constar
na edição de 28 de Dezembro d’ O Porto desse final do ano de 1955.
https://memoriaporto.blogspot.com/2022/12/quando-o-fc-porto-comecou-vencer-um-dos.html
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