Extracto de MST
2 – Breves notas sobre a vitória em Arouca, depois de mais uma exibição que deixou muito a desejar: - já vi pastagens de gado com melhores condições para jogar futebol do que aquele relvado;
-poucas vezes se assiste a uma arbitragem tão hostil contra uma equipa (FC Porto), inventando do nada uma profusão de faltas inexistentes, pactuando com todas as fitas e agressões dos jogadores do Arouca;
- poucas vezes vi uma equipa tão caceteira como o Arouca, beneficiando da indulgência do árbitro e devidamente comandada por um veterano, da escola Maxi Pereira, inclusive com o mesmo e sugestivo cabelo rapado, como os maus dos filmes de violência;
- não percebi como é que, perante este panorama, Pedro Emanuel conseguiu passar o jogo todo a reclamar com os árbitros. Será assim que ele pretende manter o Arouca na primeira divisão?
3 – Durante toda a semana, os benfiquistas, a todos os níveis, não se cansaram de clamar contra o penalty que Pedro Proença assinalou a favor do FC Porto, no jogo contra o Guimarães. Chegaram mesmo ao ponto de desembarcar em Paris sem outro assunto na bagagem, talvez já temendo e pretendendo antecipadamente desviar as atenções da humilhação que sofreram às mãos do PSG. Do presidente ao roupeiro, passando por Rui Costa, não houve quem não quisesse meter a colherada.
E até o recém-chegado José Eduardo Moniz foi à luta, fazendo uma surpreendente descoberta: com os 4 a 5 pontos que ele retiraria ao FC Porto, mais os 3 ou 4 que acrescentaria ao Benfica – tudo em função das arbitragens – o Benfica estaria agora na liderança do campeonato, com 3 ou 4 de avanço sobre o Porto.
O problema da opinião é que ela, não apenas é livre, como também é bilateral: eu, por exemplo, poderia dizer que sem os dois golos irregulares do Estoril, o FC Porto teria o pleno do campeonato; e que sem o golo em off-side do Atlético de Madrid a nossa posição na Champions seria bem mais confortável.
O mais engraçado ainda é que, no auge da paródia, os sportinguistas também acharam que deviam ir a jogo e, pasme-se, tiveram a lata de declarar, sem rir, que este ano, como sempre, o mais prejudicado tem sido o Sporting! Até houve oportunidade para o presidente sportinguista, num prolongamento colateral da guerra contra o Porto, declarar, cheio de elegância e inchado de petulância que lhe irá ser fatal um dia, que Rui Costa só conhecia o ciclista.
Estavam as coisas neste pé, nestas eloquentes frases históricas da Segunda Circular, quando o Sporting beneficia de um penalty inventado pelo árbitro contra o V. Setúbal, embora sem influência no resultado. Porém, no Estoril assistiu-se a qualquer coisa de notável: não apenas um penalty, (a favor do Benfica e num momento crucial do jogo) marcado a um jogador que, de costas para a bola, a sente raspar na mão (coisa que se vai tornando anedoticamente banal), mas desta vez com uma variante jamais vista – um jogador teria jogado voluntariamente a bola com a mão para cortar… um alívio de um colega de equipa!
Será que agora uns e outros vão ser capazes de se calarem durante uma semana e deixarem de falar do penalty do Porto contra o V. Guimarães? É evidente que não. De que falariam eles, então?
PS - Ditado importante: “quem sabe faz, quem não sabe ensina”!
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