domingo, 5 de outubro de 2014

Braga atrevido cria dificuldades a um FC Porto desgastado

Primeira parte - FC Porto 1 Sporting de Braga 1
A equipa portista começou a jogar com alguma lentidão mas entretanto conseguiu marcar um golo pleno de oportunidade por Martins Indi. Depois não respeitou o adversário, facilitou e por via disso sofreu o golo do empate.

No tempo complementar os Dragões corrigiram posições, assumiram as suas responsabilidades e conseguiram uma vitória mais consentânea com o seu valor…!

Um FC Porto que me pareceu desgastado (cujo orçamento é muito superior ao do adversário) sentiu sérias dificuldades para vencer este Braga atrevido e com gás para mais do que os 90 minutos da ordem.


Se Pedro Proença não cometeu erros grosseiros, aqui e ali no entanto, decidiu-se por marcar algumas faltas à entrada da área do FC Porto, a ver se a coisa resultava para o lado dos minhotos. Digno de nota também a atitude inexplicável do Sérgio Conceição que sempre que um jogador bracarense se atirava para a piscina ele reclamava ostensivamente para chamar a atenção do árbitro e da televisão...!
Quanto ao resto é indubitável que o Braga teve suficiente gás e atitude para criar muitas dificuldades à equipa portista.


Destaques: a extrema defesa portista cometeu algumas "fifias" comprometedoras

O meio-campo da primeira parte não apoiou como devia e circulou mal a bola.
No ataque Brahimi esteve perdulário pelo que acabou substituído.
Tello muito bem, embora precise de afinar os centros e as assistências.
Jackson, muito trabalhador e eficaz, não marcou mas conteve sobre si a atenção de três ou quatro defensores do Braga...!


FC PORTO
SPORTING DE BRAGA
7.ª JORNADA
225'  Martins Indi 59'  Quintero 
132'  Zé Luís 









Domingo, 5 Outubro 2014 - 18:00 - Competição: Primeira Liga

Estádio: Dragão, Porto - Assistência:37.103

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)

Assistentes: Paulo Soares e André Campos

4º Árbitro: Luís Ferreira

FC Porto: 12 Fabiano, 2 Danilo, 4 Maicon, 3 Martins Indi (90+2'), 26 Alex Sandro (43')

5 Marcano (45'), 30 Óliver Torres (60'), 16 Herrera, 11 Tello, 9 Jackson Martínez (c)

8 Brahimi

Suplentes: 25 Andrés Fernández, 7 Quaresma, 10 Quintero, (46' Herrera), 15 Evandro
(77' Brahimi), 18 Adrián López, 36 Rúben Neves, (46' Marcano), 99 Aboubakar

Treinador: Julen Lopetegui

Braga: 92 Matheus, 15 Baiano (57'), 33 Aderlan Santos (c), 6 André Pinto, 3 Tiago Gomes

19 Danilo, 25 Pedro Tiba (71'), 14 Rúben Micael, 90 Pardo, 20 Zé Luís, 18 Rafa

Suplentes: 1 Kritciuk, 2 Sasso, 7 Salvador Agra, 17 Éder, (79' Zé Luís), 23 Pedro Santos
(72' Rúben Micael), 27 Custódio, 30 Alan, (86' Pedro Tiba)

Treinador: Sérgio Conceição


Análise do jogo

Num jogo muito disputado, com ambas as equipas em busca dos três pontos, o FC Porto foi superior e conseguiu vencer um Sporting de Braga deveras atrevido, por 2-1, ficando agora com 15 pontos e subindo ao segundo lugar da Liga portuguesa.
Quintero saiu do banco ao intervalo (juntamente com Rúben Neves) para marcar aos 59 minutos o golo decisivo, a seguir ao empate que se verificava ao intervalo.

O Sporting de Braga entrou em campo com uma estratégia bem definida: pressão a todo o campo, com ênfase na saída portista para o ataque, e contra-ataques cirúrgicos. A estratégia resultou durante cerca de meia hora em que o encontro foi muito dividido, mas o FC Porto chegou primeiro ao golo. O canto apontado por Tello, aos 25 minutos, foi desviado por Maicon ao primeiro poste e, no segundo, Martins Indi limitou-se a empurrar, fazendo o seu primeiro golo com a camisola portista.

A melhor ocasião de golo para os minhotos surgiu logo depois, com Pardo a atirar por cima, mas a partir daí o FC Porto pegou definitivamente no jogo e Danilo, aos 32 minutos, no coração da área, perdeu o tempo de remate para fazer o 2-0. O velho aforismo "quem não marca, sofre" materializou-se logo de seguida, com os bracarenses a aproveitar uma perda de bola do meio-campo azul e branco e a isolar Zé Luís, que não falhou na cara de Fabiano. A partir daí o FC Porto foi mais incisivo mas sem que o Braga abdicasse do contra ataque. Danilo acertou na barra e Jackson viu um golo evitado em cima da linha por Aderlan Santos. Na jogada seguinte, Alex Sandro pareceu ser tocado na grande área do Braga, porém Pedro Proença decidiu-se por mostrar o cartão amarelo por suposta simulação do jogador portista.

Ambos os treinadores sabiam que o arranque de segunda parte seria decisivo para o desfecho do encontro e Sérgio Conceição, em particular, devia estar preocupado com o esforço acumulado pela sua equipa.
Lopetegui decidiu lançar Rúben Neves e Quintero para o meio-campo, em substituição de Marcano e Herrera, de modo a aumentar a capacidade de circulação de bola e o jogo interior. O Sporting de Braga passou a ver-se sufocado nos primeiros 15 minutos do segundo tempo e foi precisamente no final desse período que Brahimi recebeu a bola na esquerda e descobriu Quintero no centro da área para este fazer o 2-1.
Na resposta, Aderlan atirou ao poste da baliza do Fabiano, que teve ainda capacidade para defender a recarga, com a bola depois a perder-se. Este foi último assomo dos visitantes, até ao apito final de Pedro Proença.
O FC Porto foi capaz de controlar o andamento do jogo (a entrada de Evandro contribuiu para isso mesmo) e até foi Danilo, já nos segundos finais, a obrigar Matheus a uma defesa apertada.
Um jogo em que os Dragões foram justos vencedores.


LOPETEGUI: “ERA MUITO IMPORTANTE REGRESSAR ÀS VITÓRIAS”

​​Satisfeito com a reacção da equipa após o desgaste de mais um jogo da UEFA Champions League a meio da semana, Julen Lopetegui sublinhou que o FC Porto tinha necessidade de voltar a somar os três pontos na Liga portuguesa, depois de uma série de três empates consecutivos. Para o treinador basco, os azuis e brancos subiram de rendimento nos segundos 45 minutos e fizeram por merecer a vitória no desafio com os minhotos.

“Não escondo que perdemos mais bolas do que queríamos, mas os nossos princípios de jogo acabam por nos expor um pouco, mas essa mesma exposição abre-nos outras possibilidades. Sentimos dificuldades na primeira parte, mas parece-me que melhorámos muito na segunda, na qual fomos superiores. Tivemos um jogo exigente na Champions League e sentíamos a obrigação de ganhar, mas é preciso realçar que defrontámos uma boa equipa, com excelentes jogadores”, declarou Julen Lopetegui na conferência de imprensa que se seguiu ao triunfo sobre o Sporting de Braga.

Procurando “mais velocidade e uma circulação mais rápida da bola” com as alterações introduzidas ao intervalo, Julen Lopetegui reafirmou a qualidade do opositor e acredita que o FC Porto venceu um jogo que “poderia ser muito perigoso”. “Nem sempre definimos bem algumas situações, mas o Sporting de Braga criou-nos muitas dificuldades. Optámos por ser mais audazes ofensivamente e arriscar um pouco mais, sabendo que as transições deles nos poderiam causar problemas. Fomos determinados na forma como lutámos e estamos naturalmente satisfeitos, até porque era muito importante voltar a ganhar”.

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