quarta-feira, 8 de maio de 2024

André Villas-Boas é oficialmente o 32º presidente do FC Porto

 André Villas-Boas é oficialmente o 32.º presidente do FC Porto. O novo líder do clube tomou ontem posse na Tribuna VIP do Estádio do Dragão, onde 450 convidados assistiram ao início de “uma nova era”.
Na “mesma sala” em que havia sido designado treinador em 2010/11, o dirigente máximo revelou “orgulho”, “emoção e reconhecimento” por estar à frente de “uma instituição fundamental para o crescimento cultural e social da cidade, da região e do país, um porta-estandarte dos valores e ideais das suas gentes”.
É altura de se erguer “um FC Porto dos associados, respeitador da sua génese, representativo da emoção e do amor de cada um por esta instituição, um clube dos sócios e para os sócios”, “um FC Porto vencedor, indomável, imortal, temido pelos adversários, que joga em cada campo e modalidade para ganhar” e “um FC Porto moderno, arrojado, organizado, estruturado, transparente e financeiramente sustentável”.
São estes os pergaminhos de um presidente que prometeu estar à altura do “legado” de Jorge Nuno Pinto da Costa - que “é eterno e será sempre respeitado” - e que apelou “ao bom senso da administração da SAD”, cuja “renúncia jamais seria considerada como um ato de fuga”: “Seria sempre uma renúncia que facilitaria processos. Processos de decisão e direção. A realidade é que a 30 ou 31 de maio é tarde. Os sócios ditaram uma mudança e essa tem de ser respeitada”.
No primeiro momento diante dos jornalistas, “deixou “uma mensagem de união, de força” aos sócios em que frisou que “o FC Porto tem de se encontrar rapidamente com o título nacional”, “a fonte principal da motivação” de Villas-Boas, que afirmou ainda que esta é “uma equipa feita para vencer” e que ele será “sempre o transportador do seu portismo”.
Pronto a “abraçar este projeto de corpo e alma”, visa “uma facilitação e angariação de novos sócios do FC Porto” como primeira medida do mandato. Em termos desportivos, conta apresentar os novos Órgãos Sociais “aos jogadores no Olival nesta semana e, a partir daí, começar a construção do futuro do FC Porto”.
Já com o retrato no Museu junto aos dos outros 31 homens que lideraram o emblema desde a sua fundação, o dirigente máximo pediu a convocação da “deliberação dos novos órgãos sociais” da SAD a José Lourenço Pinto, que o aceitou e marcou para as 11h30 de 28 de maio, uma terça-feira.
No arranque deste novo ciclo da história do clube, António Tavares foi o primeiro a ser empossado. Após receber palavras “de esperança e fé” e “um fortíssimo abraço” do antecessor, José Lourenço Pinto, o novo líder da Mesa da Assembleia Geral prestou-lhe “uma pública homenagem pela forma como nos últimos tempos soube dirigir e salvaguardar a reputação” do FC Porto e garantiu que irá “ser a consciência crítica do clube” para que este “continue na senda das vitórias”.
Além de António Tavares, de André Villas-Boas e dos restantes membros da Mesa da Assembleia Geral e da Direção, foram também investidos Angelino Ferreira e o novo Conselho Fiscal e Disciplinar, assim como Fernando Freire de Sousa e os candidatos ao Conselho Superior eleitos pelas listas A, B e D.
Tal como aconteceu com Américo de Sá e Jorge Nuno Pinto da Costa, os antepassados de André Villas-Boas estão intimamente ligados à história do FC Porto. O presidente é descendente de três irmãos com origem inglesa que participaram como jogadores em vários dos primeiros jogos do clube, tanto em 1893 como a partir de 1906. 
No célebre desafio frente ao Lisbonense, a 2 de março de 1894, Albert Kendall foi um dos médios e Alfred Kendall integrou a linha avançada, cinco meses após Edward Kendall - bisavô de André Villas-Boas - ter capitaneado os azuis e brancos no segundo encontro de sócios. Edward veio mesmo a ser um dos poucos jogadores a representar esta instituição tanto na primeira como na segunda fase da sua existência ao atuar em alguns jogos de maior importância, como a receção aos franceses do Vie au Grand Air du Médoc, em 1911.


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