domingo, 19 de maio de 2024

André Villas-Boas presidente da direção do FC Porto

A multa da UEFA
“Era um processo que sabíamos já estar em curso e que, estrategicamente, foi omitido pela anterior direção do FC Porto e atual direção da SAD. Tínhamos perfeita noção da extensão do dossiê, mas, lamentavelmente e pela proximidade do ato eleitoral, as pessoas decidiram não comunicar a verdade aos associados. Independentemente de tudo isso é uma situação grave, que muito nos limita, e que muita pressão vai causar sobre a nosso gestão. Todo o cuidado é pouco e é importante que os associados conheçam o estado atual do clube e as dificuldades que temos diante de nós.”
Olival e Maia
“Estamos a estudar os dois dossiês. Houve uma notificação da Câmara Municipal da Maia para mais um reforço do pagamento do contrato, mas continuamos a ter as duas opções viáveis em cima da mesa. Tomaremos uma decisão muito em breve. Temos, como bem sabem, uma situação de tesouraria muito difícil, que causa muita pressão sobre a gestão financeira do clube, mas queremos tomar uma decisão estratégica para o futuro e por isso estamos a analisar a melhor solução de futuro. Ambas são muito diferentes, beneficiam o FC Porto e todos os sentidos e queremos tomar a melhor decisão.”
Pagamento de salários
“A notícia não corresponde totalmente à verdade. Arranjámos um grupo de investidores diferentes daqueles recentemente que tinham suportado alguns pagamentos da SAD, preferimos optar por outro caminho e sugerimos isso à SAD, que acabou por validar os diferentes contratos com esses investidores. A situação é essa, difícil, e obriga a uma gestão rigorosa porque o plano de sustentabilidade do clube é longo. Quando tomarmos conta dos dossiês haverá um processo de reestruturação financeira com o qual já estamos a trabalhar. Temos feito reuniões nesse sentido, não só com futuros investidores como com a banca internacional, também sobre o negócio com a Ithaka.”
O futuro de Sérgio Conceição
“Neste momento é importante haver tranquilidade no trabalho e foi sobre isso a minha conversa com o treinador da equipa principal, dar estabilidade ao grupo para que não aparecessem outros dossiês em cima da mesa que causassem disrupção ao ambiente de trabalho. Essa decisão será tomada depois da final da Taça.”
18 de Maio de 2011
“Há 13 anos, por esta hora, estávamos a preparar o jogo em Dublin e a viver momentos especiais da última vitória europeia do FC Porto que me dizem muito a mim e a todos os associados. Agora respondo perante eles em todas as tomadas de decisões desportivas e financeiras e tenho de corresponder às suas ambições. É uma responsabilidade maior e espero estar à altura dela.”
Operação Bilhete Dourado
“É um dossiê que está aberto em conjunto com a Operação Pretoriano. Está numa fase de recolha de informação e a minha mensagem para as pessoas do FC Porto é que colaborem com a justiça nesta fase, porque nós enquanto Direção já o estamos a fazer e continuaremos a fazê-lo depois de tomarmos posse na SAD. Os protocolos com as claques são para refazer, serão revistos e novos protocolos terão início num novo tipo de relação. Importa perceber a extensão em que o FC Porto sofreu na tesouraria e apurar responsabilidades.”
Dívidas e sanções
“Há uma série de dívidas que agora podem ter consequências mais gravosas. A nossa preocupação tem sido comunicar com os fornecedores, agentes e representantes dos jogadores para estabelecer prazos de pagamento alargados por dívidas anteriormente assumidas pelo clube. Ontem entrámos em contacto com os agentes do André Franco para perceber se podemos alterar os prazos. Relativamente à sanção da UEFA há um encontro de contas quando existem prémios em causa pela participação nas competições europeias que será feito à nascença.”
André Franco, Jorge Sánchez, Iván Jaime e Toni Martínez
“A temporada está a terminar e naturalmente que todas as decisões do treinador serão respeitadas.”

Antes a direção do FC Porto já tinha emitido um comunicado sobre a multa de 1,5 milhões de euros e a pena suspensa de impedimento de participação nas competições europeias aplicada pela UEFA ao clube na sequência do incumprimento das regras do fair play financeiro. Nesse texto esclareceu-se que a sanção “advém de atos de gestão imprudentes e inoperantes que são da inteira responsabilidade” dos corpos sociais cessantes.
O órgão encabeçado por André Villas-Boas acrescentou que “tudo fará para que todas as regras e regulamentos a que o clube está sujeito, incluindo os que dizem respeito ao fair play financeiro da UEFA, sejam sempre rigorosamente cumpridos” e que “investigará, interna e externamente, as razões pelas quais o clube incorreu nesta sanção e apurará as devidas responsabilidades”.

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