Contundente o MST põe, isto na minha opinião, em muitos aspectos o dedo na ferida.
2 – Eu que não os conhecesse! A pressão sobre o árbitro do jogo da Luz vai ser outra das armas decisivas para o ataque ao título. E começou por antecipação, como convém, com o jogo de Coimbra: Aimar ganha a frente da jogada a um adversário, trava e espera pelo contacto pelas costas, impossível de evitar, para se atirar para o chão e pedir penalty. Era assim que queria ganhar. Ou então com um remate a dois metros do Bruno César que encontrou o ombro (o ombro!) de um adversário e que também, dizem eles, era penalty. Como já escrevi inúmeras vezes, tenho o maior desprezo por esta nova táctica (porque é disso que se trata) de instruir os jogadores a chutarem contra o corpo dos adversários, em busca de um braço, uma mão, e agora até um ombro, salvador, que possa resolver jogos de uma forma mais eficaz do que o talento e o trabalho. Uma imprensa complacente e uns árbitros que lhes fazem a vontade estão, aos poucos, a mudar a lei e a apostarem no anti-jogo. É curioso ver como o Sporting – o maior reclamante deste tipo de penalties, como de tudo o resto – só conseguiu evitar a eliminação às mãos do Legia e a possibilidade de seguir em frente para a eliminação face ao Manchester City, porque o árbitro de Alvalade não era adepto do mesmo critério e perdoou a Polga uma braçada, essa sim, com todo o ar de manobra voluntária. Mas, se tem sido ao contrário, num jogo cá do burgo, imaginem quantos comunicados não teria feito a SAD do Sporting?
3 – Da próxima vez que um sorteio europeu ditar uma equipa inglesa no caminho do FC Porto, eu acho que devemos ficar em terra e entregar logo a eliminatória na secretaria. Não há nada mais a fazer: de cada vez que o clube atravessa a Mancha, já se sabe que vão para perder, sem apelo nem agravo. E o cagaço já é tanto que raro é o jogo em Inglaterra onde, a acrescer às dificuldades naturais, não aparece uma oferta portista escandalosa: ou é o Helton, ou o Bruno Alves, Otamendi, logo aos 20 segundos. Parece que, enquanto não se encontrarem a perder, eles não conseguem sequer respirar e estabilizar um pouco. Mas, de todas as penosas e garantidas derrotas na terra de Isabel II, as que mais me custam a engolir são contra os clubes de Manchester: porque são mal-educados, arrogantes, tratando-nos como selvagens e indigenas- eles, que não passam de novos-ricos do futebol, sustentados por milionários do petróleo do Texas, sheiks árabes sem saber o que fazer ao dinheiro, ou oligarcas da máfia russa, em busca de estatuto e máquina de lavar dinheiro sujo. E, quando se tem dinheiro para comprar tudo o que é talento à face do planeta, não é difícil ganhar aos pobres. Nem é preciso ser Sir para isso. Desta vez, nem sei o que foi pior: se os seis golos sofridos na eliminatória em apenas dez ataques do City; se o golo terceiro-mundista sofrido aos 20 segundos; se a facilidade com que os homens do City dispuseram dos nossos a seu bel-prazer, assim que se aborreciam de nos ver rendilhar, ladear e voltear, todos contentes porque tínhamos a posse da bola: ou se o pior de tudo ainda não terão sido as patéticas declarações de Vítor Pereira sobre o “magnífico” jogo que tínhamos feito, a “mentira” do resultado e a “injustiça” da vitória do City. Sinceramente, gostava de ver o que escreve ele naquele caderninho com que se entretém durante os jogos e enquanto consulta aquele adjunto de óculos à Milton, em tom azul. Será um romance? Uma comédia? Um livro de desabafos ou de confissões intimas, género” Como levei 4-0 num jogo que merecia ganhar? “Como descobri que o Cristian Rodriguez vale dois James e o Varela vale por três”. Como passei do comando de uma equipa da terceira divisão para o do campeão nacional, com resultados surpreendentes”, ou, mais provavelmente, o futuro best-seller “Como consegui destruir uma grande equipa sem dar por nada”.
Ai, Deus, haja paciência! Até sexta que vem, há que continuar a acreditar em milagres!
2 comentários:
Concordo, pelas razões que expuseste, que a decisão de recorrer só o Presidente foi de mestre!
Quanto ao Freitas do Amaral é o género de personagem que faz todo o tipo de acrobacia,contorcionismo, em suma, qualquer coisa que for conveniente para os seus interesses, ou seja, que lhe permita ganhar uns cobres...!
Sobre o Pedro Proença, ele não é mau árbitro, claro que a ligação dele ao clube do regime condiciona decisivamente, como já expliquei no meu blog, mas concordo com a opinião d'outros portistas que comentam aqui: o Artur Soares Dias e o Jorge de Sousa são dois sabujos imundos ainda piores e com menos carácter que o Pedro brilhantina!
O problema da arbitragem é algo que me retira o optimismo. Não tenho dúvidas que com um juiz do apito (não digo mais) 80% isento os Dragões ganhariam o jogo a brincar.
FC Porto, sempre!
Quanto à acção do Vítor Pereira treinador, ou seja, da sua competência, capacidade para estudar os adversários e encontrar antídotos para vencê-los, nada digo porque nesse capítulo ele sabe de certeza mais do que eu. Agora o que está ao meu alcance e consigo detectar, porque aliás está à vista de toda a gente, é o facto de alguns elementos da equipa estarem notoriamente a jogar menos do que na época passada. Porquê?! E isso, o treinador como Líder do plantel e principal responsável pelos feitos desportivos, tem obrigação de encontrar as soluções necessárias de modo a resolver os problemas que eventualmente existirem...!
FC Porto, sempre!
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