Jesualdo Ferreira, a O JOGO, fala de Alberth Elis e Angel Gomes, duas das principais figuras da época do Boavista.
Elis foi o jogador que mais se destacou no Boavista, talvez a par de Angel Gomes. Fala-se muito no interesse de grandes clubes, até já se falou no FC Porto, mas será Elis um jogador de equipa grande? Tem a palavra o professor:
"O Elis começou a aprender a jogar futebol agora. O que ele era e é tem muito a ver com o seu ADN. O passado dele nas Honduras e nos Estados Unidos fez sobressair a sua capacidade física, a forma como luta em campo, como se entrega, mas faltavam-lhe, e creio que ainda lhe faltam, os contornos tático-técnicos para ser um jogador de top. Muitas das coisas que ele tem não se compram, e ele tem-nas, as outras adquirem-se. É nessas aquisições que eu acredito que ele poderá ser no futuro dos bons jogadores do futebol internacional".
Diz ainda o professor sobre Elis. "Tem 25 anos e chegará longe se for capaz de evoluir nesses aspetos. O Elis fez oito golos e várias assistências. Não é um goleador, mas é um avançado que dá excelente profundidade".
É incontornável falar de Angel Gomes, um prodígio. O professor concorda... mas a responsabilidade que lhe deram foi enorme...
"O Angel é realmente um prodígio e a forma dele jogar fez com que as pessoas vissem nele o futuro do Boavista. Deram-lhe uma tremenda responsabilidade e aí começou o primeiro erro de casting... Tive de fazer ver ao Angel que ele era apenas parte da equipa e não o que tinha de carregar com ela. Não se pode pedir isso a um jovem de 20 anos. O Angel foi sofrendo com os maus momentos da equipa, tinha muitas pressões exteriores. Não chegou onde queria porque nunca foi possível encontrar o espaço tranquilo para ele. É um jogador de equipa, que participa no jogo da equipa, que sofre com a equipa. Será um campeão quando conseguir ganhar maior capacidade física. Ele e a bola têm uma relação de paixão".
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