sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Liga Portuguesa de Futebol: FC Porto 3 Paços de Ferreira 0

A equipa azul e branca ganha mas o seu futebol não deslumbra, não convence. Os automatismos não existem, grande parte dos passes por lentos e  denunciados são por tal motivo interceptados pelo adversário. E quando assim não acontece, acontecem passes transviados! Ora o Plantel é praticamente o mesmo da época passada e não se compreende portanto tanto desacerto, tanta falta de entrosamento! Gostaria de ver um futebol escorreito, feito de tabelas e ao primeiro toque, não dando tempo aos contrários de se reagruparem, de voltarem a colocar o autocarro em frente da sua baliza! Outro aspecto que me parece relevante é a baixa de forma de grande parte dos habituais titulares da equipa, não conseguem segurar a bola, são constantemente desarmados pelos adversários e parece terem perdido velocidade de pernas e de execução! 
Conclusão: a jogarem assim, não acredito que consigam ganhar ao Apoel em Chipre. 
No futebol de posse (tiki-taka) do Barça, a técnica e auto-confiança dos seus interpretes permitem-lhes: dominar segurar a bola, e, no um contra um desenvencilharem-se facilmente dos adversários. Eis porque (mas não só) o futebol de posse deles tem qualidade e é eficaz!
FICHA DE JOGO - 28/10/2011 - Liga 2011/12, nona jornada 
Estádio do Dragão, no Porto - Assistência: 30.318 espectadores
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa)
Assistentes: Nuno Roque e Hernâni Fernandes
Quarto árbitro: José Quitério Almeida
 FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Mangala e Alvaro; Fernando, Belluschi e Defour; Hulk, Walter e Varela
Substituições: Defour por João Moutinho (46m), Walter por Kléber (56m) e Hulk por James (59m)
Não utilizados: Bracalli, Maicon, Guarín e Djalma
Treinador: Vítor Pereira
 PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Filipe Anunciação, Cohene, Eridson e Luisinho; André Leão, Luiz Carlos e Josué; Manuel José, William e Melgarejo
Substituições: William por Michel (54m), Josué por Caetano (74m) e Manuel José por Vítor (83m)
Não utilizados: António Filipe, Fábio Faria, Lugo e Bacar
Treinador: Luís Miguel
 Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Melgarejo (45m, auto-golo), Kléber (64m) e João Moutinho (84m)
Disciplina: cartão amarelo a Kléber (62m) e Josué (62m).

Vítor Pereira (o reconhecimento dos momentos menos bons)

Duas partes distintas
"Os nossos adeptos são exigentes. Nós também somos e gostamos de apresentar qualidade de jogo. Na primeira parte fizemos circulação de bola em ritmo baixo, o que permitia ajustamentos constantes do Paços de Ferreira, que é uma equipa bem organizada e posicionada, que sabe fechar os espaços e tem qualidade nas transições ofensivas. Com o decorrer do tempo precipitámo-nos um bocadinho na decisão de passe e perdemos algumas bolas pelas perdas de paciência. Acabámos por fazer um golo e, na segunda parte, entrámos com outra disposição, circulando a bola num ritmo mais alto, desposicionando o adversário e criando espaços e oportunidades. Poderíamos ter feito mais algum golo, mas penso que isso também não seria justo."
 Gestão da equipa: "As substituições foram feitas em função do que o jogo pedia e do desgaste que um ou outro jogador apresentava. Treinar é gerir momentos. Pensámos no próximo jogo e tivemos que transmitir frescura neste, para aumentar a circulação de bola. Frente ao APOEL, teremos de estar na máxima força, porque é um jogo fundamental para nós."
 Exigência dos adeptos: "A massa associativa é o que de mais puro e legítimo o futebol tem. Quando gosta aplaude, quando não gosta manifesta-se com assobios. Eles gostam do bom jogo e do clube. Aí, é a emoção a falar mais alto, a intranquilidade de não verem o seu clube a marcar. Como profissionais, temos de compreender isso. Se no próximo jogo fizermos uma boa exibição e apresentarmos qualidade, tenho a certeza de que os adeptos aplaudem."
 A substituição de Hulk: "O Hulk sai fundamentalmente chateado consigo próprio, por não ter contribuído com a sua qualidade de jogo para ajudar a equipa. A sua relação com os colegas e a equipa técnica é a melhor possível. Numa manifestação de frustração, quis sair logo do terreno de jogo, quis estar só. Irá dar uma grande resposta no próximo jogo e aí os adeptos irão responder-lhe com aplausos e o agradecimento profundo que têm, por quem tanto lhes tem dado".

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