quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Rescaldo do Apoel 2 FC Porto 1

Mais coisa menos coisa eis aqui a realidade do desempenho dos interpretes portistas.
O FC Porto um a um - Tentáculos cortados ao Polvo - A. M. Soares em OJogo
Helton 5 : Uma defesa digna desse nome num remate de Aílton e pouco mais teve de fazer. Noite ingrata? Sim, mas só por culpa de um colectivo inoperante e uma equipa retalhada. No segundo golo, nada pôde fazer, porque a defesa estava descompensada.
Fucile 4 : Manduca deu-lhe muito que fazer, prendendo-o mais atrás e cortando asas à equipa. Não destoou de um onze desgarrado. A perder, surgiu mais na frente, na segunda parte.
Rolando 4 : Começou bem, mas cedo se revelou lento na abordagem aos lances. Ou mal colocado para cortar como convinha, obrigando Mangala a dobrá-lo várias vezes para apagar alguns erros. Ficou a dúvida (16') num lance dentro da área, sobre Charalambides.
Mangala 5 : Joga demasiado na queima, arrisca muito na abordagem aos lances, concede espaços e depois vê-se obrigado a recorrer a cortes agressivos. No lance da grande penalidade terá tocado na perna de Aílton. Ainda assim, podem agradecer-lhe vários cortes preciosos, ele que ainda podia ter marcado (63').
Álvaro Pereira 4 : Foi um lateral mais ofensivo e até teve oportunidade para ensair o remate, mas sempre de forma atabalhoada e sem convicção. Demasiado adiantado, os cipriotas acabaram por construir pelo seu lado o lance do contra-ataque do segundo golo.
Fernando 6 : Foi dos mais esclarecidos do meio-campo, concentrado nos cortes, ainda foi fazer compensações na defesa e esteve bem na ocupação dos espaços para cortar linhas de passe. Não se percebeu a substituição.
Belluschi 3 : Não foi o jogador que a equipa precisava, incapaz de criar, passar, ou desmarcar um companheiro. Desperdiçou muitas bolas e acabou por se perder. Praticou um futebol muito denunciado.
João Moutinho 4 : A sua entrega à luta não esteve em causa, mas não conseguiu libertar-se da marcação no meio-campo e acabou por não produzir o que se esperava dele. Sem espaços. A perder subiu mais no terreno, mas sem efeitos práticos, porque não soube fazer funcionar o colectivo.
Varela 3 : Vários disparates e um punhado de cruzamentos mal tirados. Se fosse só ontem até podia desculpar-se, o problema é que já não se compreende a aposta nele de início, com tanto futebol atabalhoado.
Kléber 3 : Praticamente não existiu no ataque do FC Porto, por não ter bola, é verdade, mas também por não ter sabido pesar na defesa cipriota, ou conduzir o ataque quando teve oportunidade. Não foi o avançado que a equipa precisava.
Guarín 4 : Trouxe mais consistência física, ainda tentou o remate de longe (62'), mas não acrescentou mais nada.
James Rodríguez 5 : Pedia-se que abrisse mais na esquerda e o colombiano fez por isso. Teve o mérito de surgir na grande-área com perigo e sofrer a falta para o penálti.
Defour 4 : Trabalhou, mas não podia ter influência no jogo com tão pouco tempo em campo e uma equipa a pensar mais com o coração do que com a cabeça.
PS . A presença de Pinto da Costa nos treinos
Não acredito que por si só a presença de Pinto da Costa no treinos vá resolver os problemas detectados na equipa! A equipa joga mal porque está mal preparada e mal orientada, ponto final. Sendo assim só com mudança de estratégia, de conceitos e de pelo menos a substituição do preparador físico, poderá galvanizar e levar o grupo a conquistar o sucesso.

4 comentários:

Dragaoatento disse...

O meu comentário no dragão até à morte!
Vila Pouca!
Estou de acordo com quase tudo que dizes porque passei pelo mesmo, mas se o futebol que é a mola real do clube funciona mal, ou seja, se o desempenho dos interpretes é baixo, se a estratégia (tácticas) adoptadas pelos responsáveis é ineficaz, o que se há-de fazer?!
Pessoalmente sou contra os extremismos, atropelos, insultos que revelam falta de educação cívica...etc...
mas sou a favor das críticas construtivas, de se for o caso, apontar os defeitos...
Nem tudo que me dão para comer, eu como de bom grado!

Dragaoatento disse...

Comentários que merecem relevo, aqui e em qualquer parte!

Paulo Chagas disse...
Parece claro que há um problema que vem de dentro da equipa. É difícil dizer, para quem está de fora, que a maior responsabilidade cabe ao actual treinador. No entanto, no jogo de ontem ficou mais uma vez claro que há pouca dinâmica de jogo quer quando a equipa tem a bola quer quando não a tem. Enquanto portista também reafirmo toda a confiança na estrutura dirigente, no entanto, a minha opinião é que as ideias do Vitor Pereira não estão a funcionar. A equipa defende mal, tem muita dificuldade para organizar o jogo a meio-campo e o ataque, apesar da eficácia interna, é previsível e até um pouco lento. A decisão terá de ser tomada por quem de direito mas há que relembrar que desde o jogo com o Benfica (a primeira parte), houve algo que se perdeu e não mais recuperou, que podemos eufemisticamente chamar "alegria" de jogar. Julgo que nada disto tem a ver com ser mais ou menos portista. Tem si a ver com a análise que todos fazemos sobre aquilo que vemos. Eu até diria que o maior problema é psicológico, a equipa bloquea em certas partes do jogo. E porque apontar problemas sem apontar soluções de pouco vale, também acrescentaria que a solução não está assim tão longe. Chama-se Pedro Emanuel e cumpriria o requisito da continuidade. Seja como for, desde aqui mando todo o incentivo e força que tenho para o sucesso do FC Porto.
Sinto que "nada" faz sentido no FCPorto actual, desde o momento negro de PC (ida com a selecção à Dinamarca, entrega do dragão de ouro ao traidor-que-afinal-é-amigo, emotivo e caloroso recebimento a esse mesmo traidor-que-afinal-é-amigo) passando pelos erros crassos na formulação do plantel (PL a menos, meninos que deviam ter saído e ficaram), que imputo em grande medida à saída do traidor que apanhou desprevenida a estrutura (e se não apanhou ainda mais grave é).
VPereira mais não é que uma personagem secundária neste filme. Tem as culpas próprias das suas limitações mas, a meu ver, é o menos culpado dos 4 pilares de culpa que existem (PC, SAD, Jogadores, VP). Recebeu um presente envenenado de alguém que resolveu desprezar a importância do treinador.
A sensação que tenho é de que confrontados com a saída do traidor, quem decide pensou: "nós temos uma estrutura tão forte, somos tão bons no que fazemos que até o VP que nunca treinou na 1ªLiga serve. Vamos mostrar como se ganha quase sem treinador". Foram arrogantes, da mesma forma que o foram com a não contratação de um PL, e agora quando se percebe que, das duas uma, ou os jogadores querem fazer a cama a VP ou simplesmente não entendem o que ele quer, estão incapazes de reconhecer o erro inicial.
Confesso que da SAD não tenho que esperar tudo perfeito mas de PC esperava muito mais.

Dragaoatento disse...

Dignos de registo!
Joao Goncalves disse...
Vila Pouca,
Se à coisa que não posso concordar ctg é a questão do VP... e isso é ponto final parágrafo.
O Porto tem fantásticos jogadores, uma equipa directiva fantástica, presidente dos melhores do mundo, e uma estrutura conhecedora do futebol.
Temos atletas de categoria Internacional do melhor que existe tais como J.Rodriguez, Hulk, Moutinho, Álvaro Pereira, Guarin e Fernando entre outros.
Portanto, não é na estrutura que as coisas falham.
Isto é incompetência clara do treinador porque se qualquer um pudesse ser treinador de uma equipa como o Porto, então não sei que fazem tantos treinadores experientes no desemprego.
Isto faz-me lembrar o Chelsea, Inter de Milão e o Real, que antes do Mourinho lá chegar não jogavam a ponta de um corno e não ganhavam nada... o homem entrou lá e aquilo tornou-se uma máquina de vitórias.
E onde está a diferença? Estrutura? Presidente? Não... apenas e só no treinador...
Daniel Gonçalves disse...
Vila Pouca respeito a sua opinião. Não sou da geração, sou mais novo, não dou lições de portismo a ninguém, mas considero que a maior responsabilidade pelo desorientação e desorganização estratégica da equipa é do treinador Vítor Pereira. Claro que a questão do PL é importante, mas ontem mesmo que tivessemos o Lisandro ou o Falcão a bola não lhes chegaria assim como não chegou ao Kléber, nota-se falta de rotinas e de jogadas ensaiadas, que se adquirem nos treinos, portanto a responsabilidade é da equipa técnica. A desmotivação dos jogadores é consequência, e não a causa, da incapacidade e falta de liderança do Vítor Pereira e do Rui Quinta também.
Vítor Pereira enquanto for treinador do nosso clube merece todo o meu respeito, eu não sou daqueles que insultam o treinador ou jogadores, ou assobiam durante o jogo, mas já não acredito nas capacidades do nosso técnico para comandar a nossa equipa.

Anónimo disse...

e a juntar aos 2 prim comentarios uma direccao que so libertou jogadores em setembro e gastou muito e comprou pouco