terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Cartões e intenções

Jorge Maia em OJOGO

Algumas pessoas, certamente mal-intencionadas, poderiam imaginar que Duarte Gomes e o seu auxiliar Pedro Garcia pretendiam prejudicar o FC Porto - ou beneficiar o Benfica, tanto faz - quando resolveram admoestar Fucile com um cartão amarelo depois de um lance em que a bola, chutada à queima-roupa, bateu na mão do lateral portista. Imaginariam essas pessoas que a intenção dos árbitros lisboetas seria a de "meterem a mão" no clássico do próximo fim-de-semana impedindo a utilização do lateral pelo FC Porto na recepção aos encarnados. Pelo caminho, garantiriam a devida retribuição pelo desentendimento entre o seu motorista e um assessor do FC Porto no jogo com o Marítimo, na 12.ª jornada. Ora, essa tese, ainda que perfeitamente credível, ignora as subtilezas do humor do árbitro lisboeta, tão evidentes na forma como mandou o banco de suplentes do tricampeão nacional acalmar-se logo depois de ter punido Fucile. Na verdade, parece-me que a intenção de Duarte Gomes, ao mostrar amarelo a Fucile por um lance tão claramente casual, não foi mais do que demonstrar o seu apoio e solidariedade ao companheiro Pedro Henriques, tão violentamente criticado na Luz por um lance semelhante. Claro que, para o gesto ser completo, Duarte Gomes devia passar umas semanas na jarra.

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Acho piada é às virgens ofendidas com o comportamento do Fucile, como se nós fossemos os primeiros a utilizar estas manobras.
Também acho piada, os sportinguista a falarem de ética quando há tempos atrás anteciparam um jogo da Taça contra o Pampilhosa, para que o Liedson cumprisse o castigo e fosse utilizado contra o Benfica.

Um abraço

Dragaoatento disse...

Caro Vila Pouca,

Pois é! O que é mau para nós, é bom para eles...
É sempre assim, se a hipócrisia matasse, há muita gente que já não existia.

Abraço