domingo, 15 de fevereiro de 2009

FC Porto 3 Rio Ave 1 Liga Portuguesa 2008/09

18ª Jornada - Domingo,15 de Fevereiro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
 
Assistência: 34.808 espectadores

Apesar do FC Porto ter ganho, não gostei do jogo da equipa, dadas as enormes dificuldades que a equipa sentiu para vencer o Rio Ave. E mesmo atendendo a que o Rio Ave foi uma equipa incómoda, aguerrida, pondo em jogo uma grande atitude, e muita determinação em tentar ganhar ao Campeão, mesmo assim, na minha perspectiva a equipa do FC Porto devia ter revelado mais empenho, mais humildade, maior velocidade sobre a bola. A certa altura parecia que os jogadores do Rio Ave corriam mais, eram mais rápidos do que os do FC Porto. Noto falta de velocidade e algum vedetismo, até uma certa displicência, n’alguns jogadores do FC Porto, facto este, que retira consistência à equipa. Daí a equipa azul e branca ter consentido no golo marcado pelo Coentrão. Golo este que restabeleceu o empate a 10 minutos do fim do jogo. 

Jesualdo Ferreira tem ainda muito trabalho a fazer no capítulo da finalização (muito trabalho/muito treino/repetições) e também no aspecto psicológico, a fim de impedir os jogadores de facilitarem em certos jogos. 

Após os nulos com Marítimo, Trofense e o empate 1-1 frente ao Benfica, esta equipa do Jesualdo Ferreira voltou hoje a não convencer. 

Ernesto Farias decide e arruma o Rio Ave (86’ e 90’

Mais uma vez ficou provado que Ernesto Farias é essencialmente um finalizador, não obstante ter demonstrado ainda falta de ritmo competitivo e também alguma falta de velocidade de pernas. 

Filme do Jogo

A vantagem azul e branca chegou, após uma falta de Gaspar sobre Farías, dentro da área do Rio Ave, que Lucho converteu em golo no pontapé de castigo máximo. Sem dar azo a qualquer reacção da equipa visitante, foi de novo o FC Porto, três minutos depois do sétimo golo do capitão portista no campeonato, desta vez por Mariano a responder sem hesitações ao canto cobrado por Raul Meireles, num cabeceamento com selo de golo que apenas foi defendido pelo Paiva, guarda-redes do Rio Ave, para lá da linha da baliza, sem no entanto haver a respectiva alteração do marcador.  Foi portanto Ernesto Farías quem reencontrou o caminho dos golos da equipa azul e branca, a quatro minutos dos 90, protagonizando um lance em tudo idêntico ao de Mariano, 47 minutos antes, com um mesmo cabeceamento imparável. A seguir num lance de perfeito entendimento colectivo da equipa, entre os demais é de salientar o trabalho do Hulk e do Lisandro, chegou em boas condições ao coração da área do Rio Ave, onde apareceu Farías a marcar o terceiro golo, a fechar a conta e a consolidar uma vitória arrancada a ferros.

Árbitro: Elmano Santos (AF Madeira) 

Assistentes: Sérgio Serrão e José Oliveira 

4º Árbitro: Augusto Costa

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Fernando, Raul Meireles e Lucho «cap.»; Hulk, Farías e Mariano
Substituições: Fucile por Tomás Costa (46 min), Mariano por Rodríguez (58 min) e Cissokho por Lisandro (73 min)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Guarín e Tarik
Treinador: Jesualdo Ferreira

RIO AVE: Paiva; Miguel Lopes, Gaspar, Bruno Mendes e Rogério Matias; Niquinha «cap.», Delson, Livramento e Fábio Coentrão; Evandro e Yazalde
Substituições: Evandro por Candeias (46 min), Livramento por Tarantini (70 min) e Fábio Coentrão por Edson (77 min)
Não utilizados: Mora, André Vilas Boas, Chidi e Pedro Moutinho
 
Treinador: Carlos Brito

Ao intervalo: 1-0
Disciplina: cartão amarelo a Cissokho (5 min), Gaspar (35 min), Farías (39 min), Delson (46 min), Niquinha (53 min), Tomás Costa (60 min), Candeias (60 min), Fábio Coentrão (71 min) e Rogério Matias (87 min)
Marcadores: Lucho (36 min, g.p.), Fábio Coentrão (71 min) e Farías (86 e 89)

PS - O Tribunal de O JOGO

Paiva defendeu um golo por validar

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

Este Porto mata-nos!

Bem melhor do que nos últimos jogos, a 1ª parte do F.C.Porto, merecia ter acabado com o jogo, já que sem favor, podiamos ir para o intervalo com 3-0.

Depois Jesualdo teve que mexer - lesão de Fucile - e mexeu mal. Em vez de fazer troca por troca: saía Fucile e entrava T.Costa para lateral-direito, e fazia apenas uma mexida, o técnico portista, resolveu fazer duas e estragou tudo. Nem Fernando foi o lateral que a equipa precisava - falta de rotina -, muito menos T.Costa cumpriu a função que o jovem brasileiro, tão bem tinha executado na 1ª parte. A equipa perdeu clarividência, desarticulou-se, deixou de pressionar, de jogar, adormeceu e pagou por isso. Valeu que Farías estava inspirado e resolveu, mostrando que na área, pode ser um jogador muito útil.
Jesualdo, que contra o Benfica meteu El Tecla a 3 minutos do fim - só por milagre em 3 minutos alguém pode resolver - deve reflectir muito bem na forma como a equipa funciona e como faz a opções durante o jogo. Hoje sujeitou-se a ter grandes problemas...safou-se. Que tenha aprendido a lição.
Falta claramente a esta equipa, a capacidade para acabar com o adversário e assim, coloca-se a jeito para ter grandes dissabores.

Esta guerra sem quartel pelo título precisa de um F.C.Porto pronto para aguentar a pressão e não um F.C.Porto a dar tiros nos pés.

Um abraço

Dragaoatento disse...

Caro Vila Pouca!
Mesmo atendendo a que o Rio Ave foi uma equipa incómoda, aguerrida, pondo em jogo uma grande atitude, e muita determinação em tentar ganhar ao Campeão, mesmo assim, na minha perspectiva a equipa do FC Porto devia ter revelado mais empenho, mais humildade, maior velocidade sobre a bola. A certa altura parecia que os jogadores do Rio Ave corriam mais, eram mais rápidos do que os do FC Porto. Noto falta de velocidade e algum vedetismo, até uma certa displicência, n’alguns jogadores do FC Porto, facto este, que retira consistência à equipa. Daí a equipa azul e branca ter consentido no golo marcado pelo Coentrão. Golo este que restabeleceu o empate a 10 minutos do fim do jogo.
Conclusão: Jesualdo Ferreira tem ainda muito trabalho a fazer no capítulo da finalização (muito trabalho/muito treino/repetições) e também no aspecto psicológico, a fim de impedir os jogadores de facilitarem em certos jogos.

Caro José Campos!
Relativamente ao segundo golo do FC Porto,acho que nós os adeptos do azul e branco,não devemos engrossar o número daqueles que só vêm contra o FC Porto.Porque se vamos por aí, então o Elmano Santos tb fechou os olhos a muitas faltas de jogadores do Rio Ave,por exemplo,sobre o Hulk,utilizando por vezes um critério muito largo para deixar o Rio Ave jogar e outro muito apertado para não deixar o FC Porto prosseguir com as jogadas.

Abraço

flama draculae disse...

Afinal, parece que Pedro Proença foi para a "jarra" porque prejudicou o FCPorto. É o que se pode concluir pelo relatório do observador José Gonçalves.

Pedro Proença foi avaliado 2,4 no FC Porto-Benfica. A nota é justificada por não ter assinalado penálti no lance em que Lucho González foi tocado por Reyes, o que segundo o relatório do observador lhe custou um ponto.

Acho que quem vai para a jarra agora é o observador.

Abraço.

www.flamadraculae.blogspot.com

Dragaoatento disse...

Amigo Flama Draculae,

É evidente que Pedro Proença ao marcar (penalti) a falta do Yebda sobre o Lisandro,desagradou aos seus amigos benfiquistas,os quais teriam preferido que ele tivesse fechado os olhos à jogada.
Quanto a ir para a "jarra", nessa situação já ele estava antes de apitar o FC Porto x Benfica, pois já estava de férias há um mês.
Suspeito que a estratégia do "big boss" dos árbitros é mesmo essa, tê-lo de reserva para certos (convenientes) jogos.

Quanto ao observador, acredito que ele classificou mal o Proença mas foi por outra razão,ou seja,por ter marcado o penalti contra o benfica.

Abraço