quinta-feira, 28 de abril de 2011

UEFA Europa League, meias-finais, primeira mão- FC Porto 5 Villarreal 1

Grande jogo, extraordinária, fantástica exibição de futebol da equipa dos Dragões que mesmo depois de estar em desvantagem conseguiu na segunda parte do jogo cilindrar, esmagar nitidamente a excelente equipa forasteira!
28/04/2011 - Cinco rombos no casco do submarino, quatro deles provocados por Falcao, fizeram muito mais do que encurtar distâncias para Dublin.
O Villarreal, que nunca fizera segredo da estratégia, responderia em transições rápidas, que tinham Borja Valero e Bruno Soriano como cérebros e Nilmar como destino preferencial. Bem executada, a trama valenciana produzia o desequilíbrio entre a supremacia portista e exigia o melhor de Helton.
Antes de assumir proporções demolidoras, a intensidade e o volume eram, claramente, azuis e brancos, mas o perigo amarelo consumaria a ameaça e fechou a primeira parte a marcar, por Cani. Entre a desvantagem portista e o empate não houve muito mais do que intervalo, porque, depois de derrubado na área, Falcao transformava a consequente grande penalidade aos 48 minutos.
Antes de Falcao voltar a marcar, o que fez por mais três vezes, e recuperar a condição de melhor goleador das competições europeias, com 15 golos, foi Guarín quem deu a volta ao resultado, numa jogada individual que juntou brilho e persistência: ao tirar um adversário do caminho com o pé direito, ao rematar com o pé esquerdo e ao concluir de cabeça, depois de uma primeira defesa de Diego López.
O domínio portista era já avassalador e o contra-ataque espanhol, menos efectivo, passava a confundir-se com alívios desesperados, numa trégua efémera para a defesa do Villarreal.
Genial, intuitivo, instintivo, Falcao afundava a resistência valenciana. E confirmava, em simultâneo, o estatuto de fora de série e a invulgar propensão portista para ultrapassar jogos difíceis com a obtenção de cinco golos. E a Irlanda ficava mais perto, mesmo que entre o Dragão e Dublin se erga ainda uma deslocação a Villarreal e um opositor frequentemente comparado, no estilo, ao esplendor do Barcelona.
FICHA DE JOGO - 28 de Abril de 2011 

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 44.719 espectadores
Árbitro: Bjorn Kuipers (Holanda)
Assistentes: Sander van Roekel e Berry Simons
Quarto árbitro: Pol van Boekel
Assistentes adicionais: Ricard Liesveld e Ed Janssen
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Fernando, Guarín, João Moutinho; Hulk, Falcao e Rodríguez
Substituições: Rodríguez por Varela (71m), Guarín por Souza (78m) e Hulk por James (84m)
Não utilizados: Beto, Maicon, Walter e Rúben Micael
Treinador: André Villas-Boas
VILLARREAL: Diego López; Mario Gaspar, Musacchio, Marchena e Catalã; Borja Valero, Bruno, Cani Soriano e Santi Cazorla «cap.»; Nilmar e Rossi
Substituições: Borja Valero por Mubarak (67m), Cani por Matilla (71m) e Nilmar por Marco Ruben (71m)
Não utilizados: Juan Carlos, Capdevilla, Cicinho e Kiko
Treinador: Juan Carlos Garrido
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Cani (45m), Falcao (49m, g.p., 63m, 75m e 90m) e Guarín (61m)
Disciplina: cartão amarelo a Fernando (6m), Hulk (26m), Borja Valero (41m), Diego López (48m), Catalá (73) e Helton (83).

PS - extracto de comentário n'ojogo

 Fechadinhos, solidários a defender, os espanhóis mantinham a defesa portista em constante sobressalto para o qual os dragões não encontravam antídoto. Pior ainda: Álvaro Pereira andava distraído e Guarín jogava a passo.
A referência a esses dois, mesmo que justa e obrigatória, também não é inocente. Ironicamente, acabaria por ser na sequência de um corte decisivo do uruguaio na área portista que começaria uma resposta desenvolvida por Guarín e na qual participou Falcao. Nasceu aí o penálti que marcou o ponto de viragem e o início da reviravolta, consumada em dez minutos e ampliada em menos de 20.

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