quinta-feira, 14 de abril de 2011

UEFA Europe League - Spartak Moscovo 2 FC Porto 5


14/04/2011 - O FC Porto chega com distinção às meias-finais da UEFA Europa League!
No difícil relvado do Estádio Luzhniki, o FC Porto mostrou-se mais adaptado do que na primeira parte do encontro com o CSKA, no mesmo recinto. O primeiro remate foi de Guarín, aos cinco minutos, mas saiu por cima da baliza de Dykan.
Os Dragões pressionaram bastante a troca de bola do adversário, recuperando muitos lances no meio-campo e lançando perigosos contra-ataques. E foi assim, aos 28 minutos, que os azuis e brancos chegaram à vantagem. Hulk combinou com Falcao e arrancou antes da linha de meio-campo. Depois de percorrer quase 50 metros, só parou em frente a Dykan, rematando para o tento inaugural.
Mesmo que jogando apenas em defesa da honra – já que a hipótese de reverter o rumo da eliminatória era meramente académico - os russos não desistiram e foram criando alguns lances de perigo. Mas, como Villas-Boas tinha pedido, a concentração não deixou de ser total. A defesa manteve-se sólida e o contra-golpe continuou a sair a preceito: Rodríguez, isolado, aos 32 minutos, obrigou o guarda-redes local a defesa atenta.
Em cima do intervalo, um «tiro» de Hulk foi defendido com dificuldade por Dykan. No canto daí resultante, o «Incrível» apontou à cabeça de Rodríguez, que fez o 2-0. Os Dragões chegavam ao intervalo com a eliminatória no bolso a vitória no jogo bem encaminhada.
Logo aos dois minutos do segundo tempo, Guarín desmarcou Falcao, que obrigou Dykan a mais uma intervenção. O colombiano ainda ganhou o ressalto e serviu o compatriota Guarín, que voltou a marcar em Moscovo. Dzyuba reduziu depois para 3-1 e mostrou que os russos iam «obrigar» o FC Porto a correr até ao apito final.
Aos 54 minutos, Falcao demonstrou na prática uma «regra» desta eliminatória: sempre que o Spartak marca, o FC Porto responde na mesma moeda. Canto de Hulk, desvio de Rodríguez e o colombiano apontou o 11.º tento na prova, o que o destaca ainda mais como melhor marcador.
Ari aos 72 minutos, ainda fez o 4-2, mas a última palavra seria dos Dragões. Em cima do apito final, James atirou ao poste e Rúben Micael não desperdiçou a recarga. Para além dos cinco marcadores, convém ainda destacar o papel de Helton, que sublinhou a sua excelente época com três intervenções de grande qualidade.
FICHA DE JOGO - Estádio Luzhniki, em Moscovo
Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)
Assistentes: Gabor Eros e Gyorgy Ring
Quarto árbitro: Istvan Vad
Assistentes adicionais: Mihaly Fabian e Tamás Bognar
SPARTAK MOSCOVO: Dykan; Kirill Kombarov, Suchý, Sheshukov e Makeev; Rafael Carioca e Alex «cap.»; McGeady, Dzyuba e Yakovlev; Welliton
Substituições: Welliton por Ari (46m), Kirill Kombarov por Dmitri Kombarov (46m) e Rafael Carioca por Ibson (69m)
Não utilizados: Belenov, Khodyrev, Obukhov e Ozobic
Treinador: Valeriy Karpin
FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Fernando, Guarín e João Moutinho; Hulk, Falcao e Rodríguez
Substituições: Fucile por Sapunaru (28m), João Moutinho por Rúben Micael (46m) e Falcao por James (73m)
Não utilizados: Beto, Maicon, Varela e Souza
Treinador: André Villas-Boas
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Hulk (28m), Rodríguez (45+2m), Guarín (47m), Dzyuba (52m), Falcao (54m), Ari (72m) e Rúben Micael (90m)
Disciplina: cartão amarelo a Dzyuba (25m)

PS - Villas-Boas: «Tentaremos chegar à final»
14/04/2011 - «ESTE PERCURSO TORNA-SE CADA VEZ MAIS IMPRESSIONANTE»
«Com eficácia, chegámos primeiro ao golo, depois do Spartak ter criado algumas oportunidades. Com o nosso segundo golo e, já na segunda parte, as equipas não se mostraram tão concentradas e marcou-se um número anormal de golos. Valeu pela vitória, pelo resultado e por um percurso cada vez mais impressionante. A partir de agora, quem se mostrar mais competente chegará à final, e nós tentaremos dar ainda um pouco mais, a ver se atingimos uma meta tão desejada. Na época passada, o Atlético de Madrid e o Fulham jogaram a final, mas poucos se recordarão das outras duas equipas que estiveram nas meias-finais. E para que este percurso se torne ainda mais notável, tentaremos chegar à final.»
Hulk: «Golo tranquilizou»
«O Helton tinha acabado de fazer uma grande defesa e eu tive a felicidade de tabelar com o Falcao e abri o marcador, o que foi importante para nós, tranquilizou o nosso jogo. Depois de arrancar, ainda olhei para ver se o Falcao estava ao meu lado, para poder fazer a assistência para ele marcar e para que possa ser o melhor marcador da prova. Com a nossa humildade e concentração, as coisas vão acontecendo.»
Helton: «Consciência de que nada é fácil»
«O facto de termos concretizado algumas das oportunidades acabou por ajudar bastante. Apesar de termos conseguido bons resultados, sabíamos que este jogo seria difícil. Valeu a pena o esforço e saber sofrer. Vamos manter o empenho, o jogo colectivo e a humildade, dados que nos têm ajudado muito. Temos muita confiança, mas também a consciência de que nada é fácil.»

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