Extracto do artigo de Miguel Sousa Tavares
2 – E, por falar em passeios, lembrei-me, ao ver o Benfica-Paços Ferreira, de alguns benfiquistas que conheço, que acham sempre que as outras equipas jogam muito menos contra o FC Porto do que contra o Benfica. E não o dizem em tom de opinião, mas de suspeita. Pois o Paços Ferreira, terceiro classificado do campeonato, chegou à Luz e à primeira oportunidade, ao minuto sétimo, abriu uma avenida na zona frontal da sua defesa, por onde o Benfica chegou ao golo e logo se percebeu que o jogo estava entregue. Daí até final, o terceiro do campeonato apenas mostrou uma defesa macia e simpática e um ataque simpático e macio, com verdadeiro terror de ultrapassar com a bola o meio-campo: nem sombra da coragem de que falou o seu treinador. Uma semana antes, a Académica, sem pergaminhos a mostrar, passou 95 minutos a defender a sua grande área com todos os jogadores, de tal modo que o golo salvador do Benfica, nos últimos segundos da partida, nasceu de uma abertura do meio do seu meio-campo, feita pelo guarda-redes Artur. Ao menos no Dragão atacou várias vezes com perigo, esteve a ganhar e pregou um valente susto…
3 – Mais um valente susto apanhou o FC Porto também contra o Rio Ave. Tal como sucedera quinze dias antes contra o Olhanense, também esteve a perder, mas desta vez conseguiu dar a volta completa, já bem perto do fim.
Pedras nucleares da equipa, como Moutinho e Jackson, revelaram o cansaço do jogo com o Málaga, apenas três dias antes (suponho que terá sido a expectativa do jogo da Taça da Liga, marcado para meio da semana mas entretanto adiado, a única explicação racional para não ter jogado contra o Rio Ave domingo ou segunda). Alex Sandro fez muita falta, não obstante a bela estreia de Quiñones; Atsu também deixou saudades e James tarda a encontrar ritmo de jogo, mas, apesar de tudo, foi dele a belíssima assistência para o golo da vitória- coisa que um Varela a tempo inteiro jamais consegue fazer.
O meio-campo, zona estratégica para o tipo de jogo implantado por Vítor Pereira, …
Miguel Sousa Tavares (para ver artigo completo)
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