sábado, 23 de fevereiro de 2013

Os Dragões tiveram de sofrer para obter a vitória

Resultado final FC Porto 2 Rio Ave FC 1

Quem entra a jogar do modo como a equipa azul e branca fez, não quer ganhar e muito menos ser campeão! A equipa portista começou o jogo a trocar a bola a passo, o que permitiu ao Rio Ave defender-se muito bem e realizar contra-ataques muito perigosos, e mesmo, ser a primeira equipa a marcar. Depois a displicência do Jackson em marcar a grande penalidade da forma que o fez, não abona nada a seu favor! Conseguiu marcar o segundo penalty, mas não há dúvida que criou muitas dúvidas nos adeptos, quanto à sua capacidade para resolver este tipo de lances.
A segunda parte já foi bastante diferente. Os Dragões entraram a trocar a bola mais rápido, mais dinâmicos, aumentaram o ritmo e acabaram por justificar a vantagem e os três pontos da vitória.
E, já agora, em jeito de conclusão, pode-se assegurar que os Dragões, hoje, estiveram longe do seu melhor rendimento. Depois da excelente exibição realizada frente ao Málaga, fica-se com a impressão que a equipa se ressentiu muito do jogo de terça-feira (tal teria sido o desgaste)!
Como jogou a equipa:
Helton falhou no lance do golo do Rio Ave, no resto esteve ao seu nível; Danilo alternou bons apontamentos com alguns deslizes: vê-se que sempre que defronta avançados rápidos, sente muitas dificuldades em aguentar a corrida dos contrários; Maicon não jogou mal mas não teve pernas para aguentar a velocidade do avançado do Rio Ave Braga no lance do golo, notou-se falta de ritmo; Otamendi, é actualmente, na minha opinião, o central mais esclarecido e em melhor forma! Quiñones sentiu de início algumas dificuldades com Ukra mas cedo se recompôs e jogando simples lá acabou por desempenhar o seu papel a contento. Fernando sempre muito interventivo a defender não foi contudo tão eficaz a atacar. Lucho teve bons apontamentos mas pareceu algo desgastado pelo jogo da Champions. Quanto a mim João Moutinho foi o melhor médio dos portistas: mais dinâmico, mais esclarecido e em melhor forma. Varela, o costume: alternou bons lances de futebol, com outros menos conseguidos, continua a parecer ter perdido o seu poder de explosão. Jackson, redimiu-se da asneira do primeiro penalty, e marcou dois bons golos, foi outro dos que me pareceram desgatados pelo jogo de terça-feira. Izmaylov, vê-se que sabe jogar a bola, mas nota-se que ainda não está 100% bem fisicamente.
Dos que entraram a substituir os titulares, viu-se que Defour deu mais velocidade ao jogo da equipa. James teve bons apontamentos mas ainda não estará no seu ritmo ideal. Castro pelo tempo que jogou não deu para ver até que ponto a sua acção poderá ser preponderante!


Os portistas estiveram a perder por 1-0, mas dois colombianos (Quiño e James também estiveram nos golos) deram a volta ao resultado. 
Perante uma barreira defensiva, na segunda parte, os azuis e brancos tiveram de aumentar o ritmo e chegaram ao 2-1 já aos 77 minutos.
A táctica do Rio Ave foi clara desde o primeiro minuto: quatro defesas, dois médios a funcionar como “tampão” às ofensivas portistas (Wires e Tarantini, com Filipe Augusto mais avançado) e três homens móveis na frente (Ukra, Bebé e Braga).
Nos primeiros 30 minutos, o lance de maior perigo foi uma triangulação entre Moutinho, Varela e Lucho, com o argentino a rematar à figura, aos 14 minutos. Aos 22, Braga não viu o devido cartão amarelo e o árbitro Artur Soares Dias ainda interrompeu o lance de ataque azul e branco.
A partida começou verdadeiramente a ganhar emoção aos 31 minutos, quando Filipe Augusto rasteirou Izmaylov na sua grande área. Porém, o penálti de Jackson saiu à figura de Oblak. Aos 38, Braga aproveitou uma desatenção da defesa portista para se isolar, ultrapassar Helton e marcar, na sequência de um passe longo. Pairou no ar a hipótese dum mau resultado para o FC Porto nesta jornada da Liga.
O lance de contra-ataque quase deixava os forasteiros em vantagem ao intervalo, mas o “forcing” portista ainda permitiu o empate na primeira metade: Marcelo meteu claramente a mão à bola após um cruzamento do estreante Quiño (que protagonizou uma exibição auspiciosa) e, desta vez, Jackson converteu o castigo máximo.
O FC Porto entrou mais pressionante e rápido na troca de bola no segundo tempo. A equipa percebeu, no descanso, que teria de dar mais para ultrapassar um Rio Ave organizado que, não é por acaso, que é uma das sensações da Liga. A bola passou a rondar cada vez mais a área forasteira e os contra-ataques eram cada vez mais tímidos. Aos 49 minutos, Oblak voltou a impedir o sucesso de um remate de Jackson, na grande área, após uma excelente trabalho com Lucho.

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A história da segunda parte, pelo menos até aos 77 minutos, resumiu-se a um jogo em que o Rio Ave só defendia. O FC Porto tentou chegar ao golo com remates de meia distância e cruzamentos, pela direita, pela esquerda e também pelo meio. O segundo golo acabou por surgir em mais um lance protagonizado pelos dois colombianos: James cruzou, Jackson recebeu, esperou a saída de Oblak e colocou a bola fora do seu alcance.
O Rio Ave já não teve forças para reagir e o FC Porto até poderia por duas vezes ter aumentado a vantagem, a segunda das quais por Jackson, que assim teria feito um “hat-trick”. Não era preciso tanto, porque os adeptos já tinham esquecido o lance do penalty falhado. O FC Porto lidera a Liga, para já de forma isolada, com 52 pontos.

FICHA DE JOGO
Liga portuguesa, 20.ª jornada - 23 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto - Assistência: 27.859 espectadores
Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
Assistentes: Rui Licínio e Bruno Rodrigues
Quarto árbitro: Rui Fernandes

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Quiño; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por James (intervalo), Lucho por Defour (67m) e Varela por Castro (87m)

Não utilizados: Fabiano, Liedson, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

RIO AVE: Oblak; Lionn, Nivaldo, Marcelo e Edimar; Tarantini (cap.), Wires e Filipe Augusto; Braga, Bebé e Ukra
Substituições: Braga por Tope (66m) e Bebé por Diego Lopes (82m)
Não utilizados: Rafa, André Vilas Boas, André Dias, Del Valle e André Costa
Treinador: Nuno Espírito Santo
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Jackson Martínez (45m+2 e 77m)
Cartões amarelos: Marcelo (45m+1), Tope (68m), Ukra (80m) e Wires (90m+1)
Cartões vermelhos: nada a assinalar

1 comentário:

Dragaoatento disse...

Porque é que é uma pena o meu comentário sobre o Izmaylov?!!!
O que eu escrevi e mantenho, é que o Izmaylov tém grande qualidade técnica, mas ainda não tem os 90 minutos nas pernas, o que até por ser evidente, não precisa de ser realçado por mim.
O Izmaylov tem de estar bem 100% fisicamente de modo a ganhar confiança e conseguir chutar à baliza com potência e precisão.Coisa que ele neste momento não faz...!