Após o golo dos dragões, talvez pela concessão de espaços por parte dos bracarenses o FC Porto assentou o seu jogo e começou a fazer circular melhor a bola.
O segundo tempo começou quase que com o golo do Braga. E mostrou que alguns elementos da equipa azul e branca não aguentam os 90 minutos. Mercê das substituições que efectuou na sua equipa na segunda parte, o técnico dos arsenalistas, mostrou ao pôr toda a carne no assador, que queria vencer o jogo. E foi assim, deste modo, que marcaram o seu golo numa jogada de contra ataque que empataram e abriram a discussão pelo resultado final, sendo que os bracarenses tiveram mais algumas oportunidades (poucas mas mesmo assim) para marcar. Só não o conseguiram por mérito de Fabiano e C.ª.
Pelo que foi um jogo muito disputado pelas duas equipas...
Em relação à equipa portista que é a que me interessa, constato: índices de confiança em baixo, dificuldades no entrosamento (entendimento défice de precisão do passe) nas jogadas ofensivas, cansaço (má condição física), pouca velocidade nos lances de ataque e falta de precisão nos remates à baliza contrária...
Análise à equipa do FC Porto
Fabiano salvou com os pés pelo menos um golo.
Os defesas laterais Víctor e Ricardo, ganharam e perderam lances pelo que no essencial cumpriram.
Relativamente aos centrais: Maicon provou que pode ser alternativa e Abdoulaye mostrou que está a melhorar.
No meio campo Fernando provou que é nesta altura a melhor solução para o lugar de trinco na equipa. Carlos Eduardo esteve muito apagado durante o jogo mas redimiu-se ao marcar o segundo golo da equipa.
Varela alternou jogadas bem conseguidas (marcou um belo golo) com lances perdidos, continua sem capacidade de explosão. Jackson parece cansado e sem poder de elevação...!
Quanto ao Licá: este na minha opinião tem um problema, que é o facto de não ter os 90 minutos nas pernas. É no entanto um jogador que admiro devido aos seus (sprints) velocidade de pernas. Não é jogador muito forte no drible, mas lançado em corrida é perigoso porque chuta bem à baliza, normalmente com precisão. Ghilas! Eu gosto de ver jogar o Ghilas porque suporta bem o choque com os adversários e é possuidor de boa técnica. Josué teve bons apontamentos e quase marcava um golo que fez por merecer (Eduardo conseguiu sacudir a bola para a frente). Defour entrou para ajudar a defender e segurar o resultado pelo que pouco se viu dele. O Quintero mais uma vez provou, talvez por falta de estofo físico, que com a bola nos pés pode até assinar lances de fazer a diferença, marcou um belo golo, mas não procura jogar sem bola e então defender não é com ele.
SPORTING DE BRAGA
FC PORTO
27.ª JORNADA
158' Moreno
323' Varela 86' Carlos Eduardo 90+1' Quintero
Competição: Primeira Liga - Estádio: Municipal de Braga
Assistência: 12.807
Árbitro: Rui Costa (Porto)
Assistentes: Miguel Aguilar e João Silva
4º Árbitro: Cosme Machado
Sporting de Braga: 1 Eduardo, 64 Tomás Dabó, 6 André Pinto, 33 Aderlan Santos, 68 Núrio
27 Custódio (c)(68'), 8 Luiz Carlos, 7 Battaglia, 79 Erivaldo, 16 Moreno, 90 Pardo
Suplentes: 23 Cristiano, 17 Éder, (66' Moreno), 18 Rafa, (46' Erivaldo), 22 Miljkovic
(46' Núrio), 26 Paulo Vinícius, 32 Vukcevic, 50 Nuno Valente
Treinador: Jorge Paixão
FC Porto: 24 Fabiano, 52 Víctor García, 4 Maicon (c), 23 Abdoulaye, 21 Ricardo,
25 Fernando (52'), 8 Josué, 20 Carlos Eduardo, 19 Licá, 9 Jackson Martínez, 17 Varela
Suplentes: 41 Kadú, 10 Quintero, (70' Jackson Martínez), 11 Ghilas, (62' Varela), 22 Mangala
26 Alex Sandro, 28 Kelvin, 35 Defour, (57' Fernando)
Treinador: Luís Castro
FC Porto - Site
O FC Porto venceu este domingo no terreno do Sporting de Braga, por 3-1, graças a dois golos nos últimos minutos, apontados por Carlos Eduardo (86m) e Quintero (90+1m). Numa primeira parte bem conseguida, Varela tinha colocado os azuis e brancos em vantagem, mas os anfitriões chegaram ao empate no segundo tempo. Os Dragões conseguiram triunfar num terreno difícil e ainda fizeram uma gestão do esforço de alguns dos atletas mais utilizados, face ao decisivo confronto da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, que se disputa já esta quarta-feira.
A análise deste encontro implica necessariamente um olhar atento aos dois "onzes", sendo visível a poupança de alguns jogadores determinantes de ambas as formações, tendo em vista os jogos da Taça de Portugal (o FC Porto defronta o Benfica e o Sporting de Braga o Rio Ave). Ainda assim, mexeu mais Luís Castro na sua equipa, com oito alterações (apenas Fabiano, Carlos Eduardo e Varela foram titulares em Sevilha, na quinta-feira), face às cinco promovidas por Jorge Paixão.
No entanto, e apesar de jogar na casa do adversário, o FC Porto dominou por completo a primeira parte, com uma indiscutivelmente superior circulação de bola, agressividade e capacidade de romper nas alas, da qual resultou um grande desconforto dos laterais bracarenses. Do lado oposto, os laterais azuis e brancos estiveram um bom plano, com Víctor García (um jogador do FC Porto B que se estreou na Liga principal) e Ricardo (adaptado ao lado esquerdo) em bom plano. Seria precisamente Víctor García a "oferecer" a Jackson a oportunidade de marcar logo aos três minutos, mas o cabeceamento do colombiano saiu à figura de Eduardo.
Apesar do domínio portista - bem espelhado em 65 por cento de posse de bola e oito remates contra um dos anfitriões -, a primeira parte foi morna e só foi "abanada" pelo golo de Varela, aos 23 minutos, com um toque subtil sobre Eduardo, após excelente passe a rasgar de Jackson. Até ao intervalo, o FC Porto dispôs de duas excelentes ocasiões para chegar ao segundo golo, com Licá (33 minutos) e Carlos Eduardo (41), este último após mais um cruzamento milimétrico de Víctor García, a atirarem por cima da barra. O Sporting de Braga viu-se ao longo de 45 minutos forçado a um papel de figurante que certamente não estaria programado e que forçou Paixão a mexer na equipa no segundo tempo. Os azuis e brancos poderiam e deveriam ter construído uma vantagem mais larga.
Os bracarenses reentraram em campo com Rafa e Miljkovic nos lugares de Núrio e Erivaldo e uma clara vontade de pressionar o FC Porto em zonas mais avançadas do terreno. Após uns primeiros minutos em que esta nova atitude criou dificuldades aos Dragões, o encontro voltou à mesma toada, com Josué a obrigar por duas vezes Eduardo a defesas apertadas e Luís Castro a prosseguir a gestão do esforço da sua equipa, com Fernando a ceder o lugar a Defour, aos 57 minutos. Porém, no minuto seguinte, o Sporting de Braga chegou ao empate, graças a um lance rápido de Pardo na direita, finalizado por Moreno. O golo não era previsível nesta fase do encontro, mas abanou-o, com os minhotos a ganhar novo alento, face a um FC Porto que manteve a política de substituições cirúrgicas (saíram também Varela e Jackson).
Os minutos que se seguiram foram os mais complicados para os Dragões, que se partiram um pouco no terreno, possibilitando à equipa da casa descobrir muitos espaços junto à área portista. Nesse período, o Sporting de Braga teve duas oportunidades de golo, por intermédio de Éder e Rafa, ambas resolvidas com grandes intervenções de Fabiano. E, nos últimos minutos, foi o FC Porto quem descobriu o caminho do golo, com Carlos Eduardo a fazer o 2-1, após cruzamento na esquerda de Josué. Já nos descontos, e com o Sporting de Braga balanceado na frente, os Dragões arrancaram para um contra-ataque de cinco avançados para dois defesas, concluído por Quintero, mais uma vez após assistência de Josué. O resultado adequa-se ao que se passou em campo, com os azuis e brancos a poderem agora surgir com mais confiança no Estádio da Luz, na quarta-feira (20h45).
Luís Castro: " A vitória assenta-nos bem"
O treinador do FC Porto considerou justo o desfecho do jogo frente ao Sporting de Braga (3-1), acrescentando que ele poderia ter ficado resolvido na primeira parte, período no qual os azuis e brancos foram muito superiores. Carlos Eduardo manifestou a sua alegria pelo triunfo em Braga e perspectivou os compromissos que se seguem.
"Tivemos o domínio claro do jogo na primeira parte, na qual poderíamos ter resolvido as coisas. O segundo tempo foi mais repartido, mas creio que, no cômputo geral, a vitória assenta-nos bem. Temos uma distância consideravelmente larga em relação ao segundo lugar, pelo que não alimentamos falsas ilusões. Os meus jogadores estão de parabéns pois trabalharam muito para vencer este jogo e entregaram-se de corpo e alma", afirmou Luís Castro na flash-interview que se seguiu ao embate com os minhotos, no Estádio Municipal de Braga.
Carlos Eduardo, autor do segundo golo portista, sublinhou as dificuldades sentidas pelos Dragões e a justiça do triunfo azul e branco. "Foi um jogo difícil, mas o importante é que vencemos e somámos os três pontos. Fomos melhores durante os 90 minutos e merecemos esta vitória, pois criámos mais oportunidades de golo e dominámos a maior parte do tempo. A partir de agora vamos pensar no jogo de quarta-feira, que queremos muito vencer", declarou o médio brasileiro, pensando já na segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, frente ao Benfica.
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