sábado, 7 de março de 2009

Futebol Nacional (APAF)

Os problemas da Arbitragem resumem-se ao seguinte: 
1 - No capítulo puramente técnico os árbitros portugueses são bons. 

2 - No aspecto da condição física têm de melhorar, cuidar-se devidamente a fim de conseguirem acompanhar os lances de perto e ajuizar com eficácia. 

3 - Já no aspecto disciplinar as coisas não funcionam tão bem por razões várias,não sendo a culpa totalmente deles (árbitros): 

a) A fim de ser garantida a existência de disciplina dentro dos campos de futebol,atendendo a que a Comunicação Social adepta do Benfica e do Sporting,por ser a mais forte no sector, são os principais focos desestabilizadores da arbitragem portuguesa pela decisiva contribuição que dão ao criar o ambiente de suspeição em que se vive,e, dado que é a que tem mais capacidade de influênciar, não pode desautorizar os árbitros,tendo de começar por aprender a abster-se de críticar os árbitros mesmo que não concordem com as decisões deles,porque ao fazê-lo estão efectivamente a desautorizar os agentes do apito e a causar instabilidade no sector da arbitragem. 

b) Conclusão: é a Comunicação Social (SIC,TVI,RTP,ABOLA,Record) na sua ansia de agradarem à maioria dos cidadãos,e, a fim de conseguirem (audiências)vender, manipulam (escamoteando certos lances e dando exaustivo relevo a outros) que acaba por criar: um ambiente exacerbado de paixão clubista,controvérsia,confusão,desestabilização e suspeição no sector.

 Presidente da APAF defende "arbitragem autónoma" (publicado em OJOGO)

O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luís Guilherme, defendeu hoje o desejo de "ter uma arbitragem autónoma" e vincou que o organismo "não deixará de lutar pela credibilização" do futebol português.

Luís Guilherme, que hoje foi conduzido na presidência da estrutura representativa dos árbitros de futebol até 2010, frisou que a APAF vai "continuar a trabalhar" para ter um Conselho de Arbitragem (CA) único e autónomo, no seio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), frisando que "só com a autonomia a arbitragem será melhor no futuro".

"Naturalmente que não depende só de nós a autonomia na arbitragem. Depende da alteração de regulamentos, da vontade da Assembleia Geral da FPF e de alterações nos diplomas legais", observou, considerando que se trata de "um processo que nunca está acabado" e que "nunca parou", mas "estava um pouco adormecido".

O dirigente sublinhou que os árbitros ficaram "desapontados" porque a Lei de Bases de Educação Física e do Desporto e o novo Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFP) "podiam ter ido mais longe na matéria" e aludiu às "conflitualidades" na legislação, que "continua a dar poderes à Liga em matéria de arbitragem, contrariando o estabelecido na circular 773/2001 da FIFA".

"Desejamos que a constituição, competência e funcionamento do novo CA possa merecer, em sede de revisão estatutária, uma atenção muito especial, para que o seu funcionamento seja activo e eficaz, rompendo totalmente com esta última experiência. Esta matéria tem para nós uma extrema importância, para deixarmos de ter o actual modelo de CA bicefálo, com o poder claramente dividido entre a FPF e a Liga", disse.

Guilherme acrescentou ainda que as intervenções legislativas "se circunscreveram quase à avaliação dos árbitros" e advogou que os "reais problemas do futebol português não residem" na matéria.

"São bem mais grandes e profundos do que o processo de avaliação dos árbitros e são estruturais e não conjunturais que tardem em ser resolvidos e que não sabemos se por falta de coragem, de política desportiva ou por comodismo", salientou.

O presidente da APAF referiu também que é objectivo da APAF "participar activamente na reestruturação do futebol" e frisou a aposta na formação e na mudança da imagem dos árbitros, além do aumento de associados e do acréscimo de apoio aos núcleos.

No entender de Luís Guilherme, o organismo pretende "investir forte num novo modelo de formação", tentando "obter a certificação para a APAF como entidade de formação", para "depois apresentar um plano à FPF e à secretaria de Estado da Juventude e do Desporto para toda a formação da arbitragem em Portugal, começando pela sua base e pelos quadros intermédios nacionais até ao topo".

"O nosso objectivo é inverter a forma de formar árbitros. Apesar do investimento reduzido que é feito não conseguimos que os novos árbitros se fixem. Mais de 50 por cento dos árbitros abandonam no final do primeiro ano e temos cerca de 3.000 árbitros para uma necessidade real de para aí 8.000", lamentou.

Os novos corpos gerentes da APAF, representados por 13 distritos de Portugal, foram empossados hoje, na sede da FPF, em Lisboa, integrando o elenco de Luís Guilherme, eleito em lista única, os árbitros FIFA Lucílio Baptista (Setúbal), Olegário Benquerença (Leiria), Pedro Prioença (Lisboa), Carlos Xistra (Castelo Branco), Bruno Paixão (Setúbal), Duarte Gomes (Lisboa) e Paulo Costa (Porto).


Sem comentários: