E volto ao tema do treinador com prestígio, um treinador carismático, com perfil de líder, porque Vítor Pereira não possui, pelo menos para já, segundo a opinião de muitos portistas, um discurso: mobilizador, galvanizador, ganhador, capaz de cativar e influenciar os seus comandados! Um verdadeiro Líder é aquele que argumenta com convicção, pró activo, exigente, capaz de influenciar e mobilizar as tropas sob o seu comando, e isso, o Vítor Pereira não é (por vezes dá a impressão de: algo inerte, amorfo), porque dado que ainda há bem pouco tempo era um técnico de segundo plano, agora antes de ter sucesso, de vencer na profissão, tem de quase como que "rastejar" para que os jogadores se disponham a colaborar com ele de modo a atingir os objectivos.
O caso do Villas-Boas foi diferente. Embora o André, quando Pinto da Costa resolveu apostar nele, fosse um técnico em início de carreira, o André era já na altura e continua a ser uma personalidade forte muito diferente do actual treinador, porque tinha e tem características inatas de "líder", além de ser um jovem já com muita ciência acumulada devido ao longo contacto que teve com o "Special one", facto que lhe permitiu ter conhecimentos e poder para cativar as vontades dos jogadores e capacidade de influenciar. Pode-se no entanto argumentar: porque então soçobrou ele no Chelsea?! E a razão é simples, porque não foi ele a escolher o plantel com que foi trabalhar, tendo ido encontrar uma equipa recheada de velhas raposas (jogadores com 30 e mais anos) que não se dispuseram a colaborar, e por isso lhe "fizeram a folha" como é costume dizer-se! Dado que é no entanto, dadas as suas características de líder carismático, reconhecidamente no meio do mundo do futebol, um treinador muito inteligente e com largo futuro, não será difícil augurar-lhe que a seguir ao período de reflexão a que ele próprio se impôs, não faltarão de certeza clubes de topo a solicitá-lo.
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