terça-feira, 11 de março de 2014

Os pontos nos is

Eis aqui algumas histórias que precisam de ser divulgadas exaustivamente por todos os meios ao nosso alcance, com o único fim de desmontar toda a avalanche de notícias sobre a pseudo moralização do futebol português defendida pelo chefe dos calimeros e apoiada pelo seu homólogo dos encarnados.

Surripiado do: http://dragaodoente.blogspot.pt/

 (*) - Estorilgate:

O director-executivo da Liga que autorizou a passagem do jogo do Estoril para o estádio do Algarve foi Cunha Leal, ex-dirigente e responsável pelo futebol do Benfica.
Na altura o responsável pelo futebol do Estoril era António Figueiredo, também ex-dirigente e responsável pelo futebol do Benfica.
O accionista maioritário da SAD estorilista era José Veiga que em simultâneo era o homem forte do clube do regime para o futebol.
Durante a semana elementos ligados ao Benfica, com o famoso primo Fernando - o tal que foi visto a agredir o empresário de Moreto no aeroporto, perante a passividade da polícia -, à cabeça, foram ao Estoril e fizeram as maiores pressões e ameaças a jogadores do Estoril, facto denunciado por elementos da equipa técnica do clube da Linha.
Um jogador do Estoril, já com cartão amarelo, fez outra falta e foi expulso, ainda não tinham passados vinte minutos do jogo
O árbitro, Élio Santos, para além de estar na pré-reforma e ser um conhecido adepto do Benfica, esqueceu-se das botas e arbitrou com umas botas emprestadas pelo Benfica.
Sabendo-se que esse jogo foi muito importante para a decisão do título, sabendo-se como funcionam as coisas em Portugal, o que se passaria se o interveniente nesse cenário tenebroso, fosse o F.C. Porto?


Que falta de originalidade, ó Bruno!

Corria o ano de 1995 quando, fazendo parte do famosíssimo Projecto Roquete, Santana Lopes chegou à presidência do Sporting. Mal chegou não perdeu tempo, escolheu os alvos - F.C.Porto e Pinto da Costa, claro! - e disparou: Acabou a brincadeira! Passados uns dias, novamente Santana em grande: já começaram as ameaças, mas eu não tenho medo, sou um homem de ferro, sou o novo Iron Man do futebol português -
É pá, calma aí!, o Iron Man ser eu, nada de confusões, gritou Jorge Jesus. Está certo, o Iron Man é o JJ, ó Pedro.  Afinal, as ameaças que Santana tinha recebido, não passava de um mailing de promoção de um novo livro, cujo título, Cuidado com os rapazes, levou o Flopes a sentir-se ameaçado. Portanto, quando Bruno vem falar em ameças de morte, talvez seja melhor verificar primeiro se não será uma promoção qualquer, para não fazer a mesma figura que Santana fez na altura e que depois, junto com os violinos do Chopin, colocaram o actual Provedor da Santa Casa de Misericórdia deLisboa,como alvo de todas as piadas. Falando a sério, como é óbvio, todo aquele folclore de ontem e que é recorrente no clube dos viscondes falidos, visa apenas e só, pressionar tudo e todos, árbitros em primeiro lugar, para tirar dividendos já no próximo jogo frente ao F.C.Porto. Também aqui, Brunorevela uma grande falta de originalidade, é mais do mesmo. Como não me canso de dizer, o calimerismo, o papel de vítima e de coitadinho, é a marca do Sporting, a chorar desde 1906.Porque não, falta de originalidade por falta de originalidade, façam luto, vão todos de preto no domingo. Se já são gatos... no clássico teremos Alvalade cheio de gatos pingados.

Miguel Sousa Tavares

Leonardo Jardim
...E até acredito que não lhe tenha ocorrido que, há quatro épocas, reconhecido por toda a crítica, um só jogador do FC Porto, o Falcao, teve sete golos mal anulados por off-side - o que lhe valeu perder por um golo a Bola de Prata para Óscar Cardozo. Houve escândalo na nação? Não, nenhum.
Ora, sobre a "criminosa" arbitragem de Setúbal, eu faço minha exactamente a análise de um grande sportinguista, José Couceiro. A saber: o golo de Adrien é mal anulado; mas logo compensado dois minutos depois, por um golo validado sem que ninguém possa garantir que a bola entrou completamente (e, na dúvida...); o penalty, que seria salvador, sobre Capel, numa jogada que este tinha completamente perdida, é escandaloso de premeditação (põe-se à frente do adversário e trava, ficando à espera do inevitável contacto daquele para se atirar para o chão. A andar na cidade, onde a todo o tempo levamos encontrões, encostos de braço ou de pés, o Capel deve passar a vida tombado no chão); enfim, o penalty do Vitória, eu não vi nada, mas também é verdade que nas várias repetições que vi os pés de ambos apareceram sempre tapados por aquelas irritantes barras de notícias. Concluo que, depois daquilo que disse José Couceiro enterrou quaisquer veleidades de futuro que ainda pudesse ter no Sporting. Ali não se perdoam hesitações ou dúvidas à verdade oficial e única que a história deve registar. Como a célebre verdade histórica e inquestionável do campeonato perdido para o Benfica graças a um golo do Luisão, saltando em falta sobre o Ricardo - quando a única coisa que houve foi um erro do Ricardo a sair a uma bola alta, mais do que o habitual nele, e que, entre outras coisas, nos custou o Europeu perdido para a Grécia.
Quanto ao essencial, suponho que nada interesse aos sportinguistas: em Setúbal e graças ao penalty fantasma do Capel, o Sporting esteve à beira de terceira vitória consecutiva e tangencial, em jogos onde nunca foi superior aos adversários.


2 - Por falta de espaço, não falei aqui na semana passada de algumas perplexidades que me levantou o jogo do Benfica no Restelo. Não apenas o golo mal anulado ao Belenenses que valeu dois pontos ao Benfica, podendo vir a valer também a despromoção do Belenenses. Mas sim a tendência do mesmo fiscal-de-linha para anular, por aberrantes foras de jogo, os contra ataques do Belenenses, sabendo que essa era a única arma de que dispunham para tentar enfrentar o Benfica. De seguida, a inexplicável colocação do guarda-redes do Belenenses, no golo do Benfica: vinte metros adiantado da linha de golo, tornando o genial o chapéu de Gaitán um exercício ao alcance de qualquer amador. Depois o zelo de um árbitro que, tendo perdoado duas vezes a expulsão a Fejsa, mostra um amarelo a um jogador do Belenenses por ele protestar (e com razão) e, com ele já a virar costas mostra-lhe o segundo, sabendo que o jogador em questão, Fredy, acabado de entrar, era o
avançado mais perigoso naquela altura. E, enfim, a anedótica explicação do Belenenses para não colocar em jogo o seu mais perigoso jogador e melhor marcador, Miguel Rosa, acabado de comprar ao Benfica - mas, pelos vistos e como agora costuma ser distinguido, apenas comprando os direitos financeiros e não também os desportivos. Trata-se de um caso inédito no futebol português, mas em linha com algumas mais subtilezas do género em que o Benfica é useiro e vezeiro e que, suponho, o legitimam como doutrinador moral dos outros. Uma Liga de futebol cujos dirigentes não estivessem apenas agarrados ao poleiro, num espectáculo que já ultrapassou quaisquer limites da falta de vergonha, talvez devesse, digo eu, ocupar-me de investigar este estranho conceito de desportivismo e lealdade de concorrência.

Luís Castro
...O handicap é faltar-lhe - como sucedeu com todos os últimos quatro treinadores do FC Porto, todos eles portugueses - a experiência de dirigir uma equipa de topo e estar habituado aos grandes jogos e à conquista de títulos. Sucedeu assim co Jesualdo Ferreira, Víto Pereira, Paulo Fonseca e André Villas-Boas (este, com a diferença de ter servido Mourinho em vários clubes de topo e daí os resultados que conseguiu). Mas, ao contrário dos outros, Luís Castro vai entrar, sem tempo para respirar, em quatro testes de fogo, no espaço de onze dias: no Dragão com o Nápoles depois de amanhã; três dias depois, em Alvalade, perante um Sporting repousado e com o árbitro já trabalhado; no San Paolo, volvidos mais quatro dias; e, três dias depois, o Nacional, na Madeira. Se conseguir sair mais ou menos incólume de tudo isto, a nação portista nunca mais o esquecerá.

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