Super Porto
Quando André Villas-Boas
falou em revolução no plantel, muitos ouviram a promessa com cautela. No
futebol, palavras grandes são usadas com frequência, mas nem sempre
correspondem à realidade. Desta vez, porém, o que se está a passar no FC Porto
não é um retoque de pormenor: é uma transformação séria, profunda e corajosa.
O que surpreende é a escala dessa revolução. Não se ficou por saídas
previsíveis ou por reforços pontuais. Foi uma reconstrução ampla do grupo, um
corte claro com dinâmicas antigas que já não serviam. E, acima de tudo, foi um
salto qualitativo inegável. Houve um aumento brutal de qualidade no plantel.
Esse ganho não se mede apenas pelo talento individual dos
reforços, mas sobretudo pelo equilíbrio colectivo que começa a ganhar forma. O FC Porto
não contratou apenas bons jogadores: contratou os jogadores certos. Soluções
para carências antigas, sangue novo capaz de conviver com a experiência que
ficou. Hoje, o plantel é mais completo, mais competitivo e, sobretudo, mais
preparado para enfrentar qualquer rival.
É verdade que toda a revolução implica riscos. A grande incógnita é perceber se
esta equipa, profundamente renovada, terá a maturidade e a consistência
necessárias quando chegarem os momentos de maior pressão. Mas a diferença
sente-se já: mais intensidade, mais clarividência e uma nova energia que
contagia dentro e fora do campo.
Se este verão ficará na história como o ponto de viragem,
só o tempo o dirá. Mas uma certeza já ninguém pode negar:
Villas-Boas cumpriu o que prometeu. O FC Porto voltou a acreditar em si
próprio, ganhou uma vida nova e apresenta-se hoje com uma qualidade que não se
via há muito tempo. E não ficará por aqui…
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