segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Anjos e águias

…Pronto, não se fala mais disso (kit). Já se sabe que há clubes que nunca cometem irregularidades, que são incapazes dum acto incorrecto, duma acção errada, que são exemplos de correcção. Malandros são sempre os outros. No futebol português não há diferenças entre anjos e águias (pode?!).
Não, não vou discorrer sobre o que seria se fosse outro clube nas mesmas circunstâncias. Digamos que não acredito que nestas últimas semanas não tivesse havido outro assunto nas primeiras páginas, nos debates televisivos, nos editoriais. E também não, não há aqui qualquer sentimento de injustiça, apenas uma imensa vontade de rir.

Aconteceu há 93 anos

Aconteceu
Há 93 anos foi aprovado em Assembleia Geral o emblema do FC Porto tal como o conhecemos. Criado por Augusto Baptista Ferreira, que nos relvados respondia por Simplício, o emblema do FC Porto ganhou forma como representação do clube da cidade e mantém-se até hoje e até ao final dos tempos.

Um manto velhinho de 48 anos

O sorteio da Taça de Portugal trouxe à actualidade uma história exemplar. Em 1967 o sorteio da Taça ditou um Angrense-Benfica. O jogo nunca viria a realizar-se, porque o Benfica convenceu o adversário a desistir da Taça a troco de um jogo particular realizado no final da época, devido aos compromissos internacionais dos lisboetas. Actualmente o calendário das equipas é muito mais preenchido, como todos sabemos, o FC Porto também tem compromissos internacionais, mas os açorianos podem estar seguros de que a nossa equipa vai mesmo jogar aos Açores para a Taça. Conheça esta história que diz muito do que era o futebol português no tempo da outra senhora e que explica porque continua a haver quem ache que deve ganhar por direito divino.

Carapuça
Vítor Pereira reagiu prometendo uma acção judicial contra o ex-árbitro, embora talvez fosse mais simples divulgar o registo telefónico dos árbitros, mas quem enfiou a carapuça, quem foi? Esse mesmo, mr. Burns, que com a subtileza habitual encheu-se das dores de Vítor Pereira, numa espécie de confissão de valor acrescentado. Como muito bem disse Julen Lopetegui “está tudo dito, não é preciso dizer mais nada”. Ou como dizia o outro, como voucher ou sem voucher, não há almoços grátis.