sábado, 28 de fevereiro de 2015

Convocados para o Sporting e Lopetegui

28/02/2015 - Danilo, Casemiro e Alex Sandro regressam aos convocados

​Os defesas Danilo e Alex Sandro e o médio Casemiro regressam à lista de convocados de Julen Lopetegui, para a recepção ao Sporting, da 23.ª jornada da Liga portuguesa (domingo, 19h15). Os jogadores haviam ficado de fora da deslocação ao terreno do Boavista, na segunda-feira, devido a suspensão, e regressam agora a uma lista com 19 atletas.

Em relação ao jogo no Estádio do Bessa, saem dos eleitos do técnico espanhol os defesas José Ángel e Reyes. Gonçalo Paciência, do FC Porto B, já tinha estado no banco do Bessa, devido a problemas físicos de Aboubakar, e mantém-se entre os eleitos de Lopetegui.

O jovem avançado português esteve presente no ensaio deste sábado, que decorreu no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, enquanto Aboubakar, a recuperar de lesão, treinou integrado com o plantel, mas de forma condicionada. Danilo foi dado como apto, depois de na sexta-feira ter efectuado apenas trabalho de ginásio devido a uma contusão no pé direito, enquanto Adrián López e Óliver Torres não subiram ao relvado, limitando-se a efectuar tratamento às respectivas lesões.

Lista de 19 convocados: Helton e Fabiano (g.r.); Danilo, Martins Indi, Maicon, Marcano, Casemiro, Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Quintero, Tello, Evandro, Herrera, Hernâni, Ricardo, Alex Sandro, Rúben Neves e Gonçalo Paciência.


Lopetegui: “Sabemos que temos de dar o máximo”


​Só um FC Porto forte, concentrado e ambicioso poderá ser capaz de superar uma equipa forte e exigente como o Sporting, no jogo da 23ª jornada da Liga portuguesa, agendado para este domingo, no Estádio do Dragão.
Para Julen Lopetegui, as dificuldades intrínsecas de um clássico não permitem que ele possa ser encarado de outra forma.
“É um jogo muito exigente, para o qual temos toda a ambição, em que sabemos que temos de dar o máximo, porque queremos e precisamos e porque vamos defrontar uma equipa forte, de grande nível, que vem motivada, como qualquer equipa que vai disputar um jogo destes”, afirmou o técnico espanhol, na conferência de imprensa de antevisão da partida.

Convidado a calcular as probabilidades de o FC Porto ser campeão no caso de não vencer os rivais lisboetas, Lopetegui afirmou que esse tipo de contas só se fazem depois.

“A nossa única energia e concentração é no jogo com o Sporting, que tem um grau de dificuldade que não nos permite desviar a nossa atenção. Não estamos a pensar no que vai acontecer depois, estamos preocupados em preparar bem o jogo para dar, como sempre tentamos, uma boa resposta frente a um bom adversário exigente, que nos vai exigir o nosso máximo para podermos superá-lo”, garantiu o treinador portista.


 O Sporting chega ao Estádio do Dragão três dias depois de ter disputado a segunda mão dos 16-avos-de-final da UEFA Europa League, mas Julen Lopetegui defende que os Dragões não têm qualquer vantagem do ponto de vista físico sobre os leões e recorda como decorreu a preparação do jogo da Taça de Portugal frente ao mesmo adversário. “Nessa altura, recebemos quatro jogadores um dia antes do jogo, três dois dias antes e outros cinco dois dias antes; um clássico tem suficiente motivação e os planteis têm soluções para jogar dois jogos por semana. Isso para mim não é relevante”.
As notícias sobre eventuais interessados em jogadores do FC Porto, nomeadamente Danilo, também foram desvalorizadas pelo treinador espanhol, que as considera “absolutamente naturais” na carreira de um futebolista, mas que não têm força para desviar a atenção da equipa no jogo de amanhã. “Todos estão concentrados e focalizados a 100% no jogo e os objectivos que temos pela frente são suficientemente importantes para que se possa pensar noutra coisa”, argumentou Lopetegui, que lamentou a ausência do lesionado Óliver Torres, mas para quem já encontrou um substituto: “os nossos adeptos, o nosso público, a energia do Estádio do Dragão será o nosso maior aliado, sem dúvida alguma.”

A arbitragem também foi tema da conferência de imprensa, ou melhor, a sorte – ou a falta dela – com a arbitragem. Aí Lopetegui fez também questão de deixar um recado: “Eu falei de azar. Não me referi a nenhuma equipa, mas só recebi resposta de uma equipa", lembrou, completando: "Excusatio non petita, accusatio manifesta." Uma expressão em latim que em português pode ser traduzida como "explicação não pedida, culpa manifesta."

Benfica com Capela goleia Estoril

28/02/2015 - Como já vai sendo normal, com (mais um) penalty e uma expulsão desfavoráveis ao Estoril...!

 O triunfo 'encarnado' começou a desenhar-se aos 16 minutos, por intermédio de Luisão, que na ronda anterior também tinha 'faturado' frente ao Moreirense, antes de Salvio (26), Pizzi (33), Jonas (35 e 86) e Lima (56, de grande penalidade) carimbarem uma tranquila receção ao Estoril-Praia, que terminou reduzido a 10 elementos, por expulsão de Anderson Esiti, aos 67.


O que está em causa não são só os penalties e expulsões de adversários do Benfica; são os critérios disciplinares adoptados para avaliar os lances em que intervêm os jogadores do Benfica; protegendo sistematicamente os encarnados e prejudicando os seus adversários.
Sempre que assistimos aos vossos jogos, ficamos com a exacta noção de que as regras não são iguais para todos os clubes e por conseguinte, para vós, são muito mais convenientes...!


PS - Filipe Vieira ao telefone

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

“Ninguém recua” de Pedro Marques Lopes

27/02/2015 - Extracto da crónica
 
…Seja como for, o FC Porto tem obrigação de ganhar ao Sporting. Porque é melhor, porque este ano ainda não ganhou a nenhum dos seus tradicionais rivais e, sobretudo, porque não pode dar a mínima desculpa que contribua para distrair os adeptos de futebol do mais escandaloso campeonato de que há memória.
É fundamental que ninguém esqueça esta sucessão de arbitragens escandalosas e, sobretudo, das nomeações cirúrgicas que parece serem feitas para dar o bicampeonato ao Benfica, como forma de comemorar a despedida de quem tem decidido, da maneira que está perante todos, que árbitro apita que jogo.

Sendo que o Benfica não consegue ganhar dois campeonatos seguidos há mais de trinta anos, é capaz de dar direito a uma estátua num local qualquer próximo da Luz.

A vontade de ajudar é tanta, que depois de mais uma jornada em que o Benfica foi, pela enésima vez, beneficiado duma forma descarada e vergonhosa [só não denunciada por quem não consegue ver futebol, mas apenas o seu clube (caso da LPinhão, constato eu)] e se tentou por todos os meios que o FC Porto perdesse pontos no Bessa (aquele penalty sobre o Hernâni e a não expulsão dum jogador boavisteiro são de bradar aos céus), nomeia-se agora o inefável Capela para o jogo da Luz. Já se tinham passado todos os limites mas agora é mesmo gozar a valer.
Toca a rir que já nada é estranho. Como já não é estranho ver o Benfica a jogar contra dez, sempre que as coisas se apresentam complicadas.
Curiosamente, nas competições europeias, as que os benfiquistas têm acompanhado pela TV, o Benfica viu, em três jogos, jogadores seus serem expulsos, ele há coisas…
Também já ninguém acha esquisito ver juízes de linha a portarem-se como defesas ou atacantes do Benfica, nem é surpreendente ver penalties descarados a não serem marcados, nem a marcação daquelas faltinhas habilidosas a meio-campo será considerado de espantar.


 Mais vale definir-se que daqui até ao fim do campeonato o Benfica terá apenas Capela, Mota ou Ferreira a apitar os jogos do clube. Acabar o trabalhinho em curso duma maneira que desse menos maçada a esconder. Depois, substituem-se as faixas de campeão por serpentinas, põe-se um barrete de palhaço na cabeça do Marquês de Pombal e toca a comemorar.
Não será por o FC Porto ganhar ou perder o próximo jogo que a pouca vergonha que tem acontecido este ano cairá no esquecimento. Mas ganhar em campo e mostrar que se lutará até ao fim contra tudo o que se tem passado será tão importante como ganhar o campeonato e, mais que tudo, cobrirá mais uma vez de honra o brasão abençoado.


 “Não há derrotas quando é firme o passo”


 Obrigado, José Eduardo Moniz


 JOSÉ EDUARDO MONIZ disse que o melhor conselho que podia dar a Lopetegui era pedir à sua entidade patronal para lhe dar acesso aos arquivos dos últimos 25 anos. Bem sei que o antigo jornalista gosta de dar conselhos a treinadores. Recordo-me, aliás, de alguns comentários pouco simpáticos que dedicou a Jorge Jesus.
Estou convencido que o treinador basco conhece o passado do FC Porto, pelo menos a história dos feitos internacionais, os que se ouvem mais no estrangeiro. Mas caso o dirigente benfiquista se tenha esquecido e Lopetegui tenha andado distraído, eu esclareço: nos últimos 25 anos o FC Porto ganhou duas Ligas Europa, uma Taça Intercontinental e uma Liga dos Campeões (como o José Eduardo Moniz pode não saber, também o esclareço que o FC Porto ganhou em 87 outra, em 88 uma Supertaça europeia e outra Taça Intercontinental). Quantas, nesse período, ganhou o clube para que o sr. Moniz trabalha?
Nenhuma, zero, nadinha, nickles.
Das vitórias internacionais do Benfica é que o treinador do FC Porto não se deve mesmo lembrar. As tais que foram ganhas quando se jogava de chuteiras de travessas e havia meia dúzia de clubes profissionais. Seria difícil, é que Lopetegui ainda nem sequer tinha nascido e José Eduardo Moniz tinha 9 anos.
Já agora, nos últimos 25 anos, o FC Porto ganhou 17 campeonatos. E não foi com Capelas, Motas, Ferreiras e afins, foi com Zahovics e Drulovics (em idade de jogarem e não depois de se reformarem para os lados da Luz), Vítor Baías, Kostadinovs, Domingos, Brancos, Ricardos Carvalhos, Decos, Jardeis, Hulks, Falcoes, James, Mourinhos, Villas-Boas, Jesualdos, Robsons etc etc.
Claro que não há nada como dizer mal do FC Porto para agradar aos sócios do Benfica. Talvez, quem sabe, o cargo de presidente do Benfica não seja um projeto esquecido pelo cavalheiro em causa e estejamos a assistir ao início da segunda tentativa para a alcançar. Mas isso é lá com ele, com Luís Filipe Vieira e com os benfiquistas. Mas, no fundo, há que agradecer a José Eduardo Moniz por nos ter lembrado o que têm sido os últimos anos: um livro de honras de vitórias sem igual para o FC Porto e um enorme fracasso do clube para que trabalha.


 in abola

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lopetegui e a actualidade do futebol português

A revolta de Julen Lopetegui pelas arbitragens ganhou proporções maiores com a realização da 22.ª jornada. O treinador não se calou e clamou igualdade logo na segunda pergunta a que foi sujeito na conferência de Imprensa depois do jogo. "Não marcaram um penálti (sobre Hernâni) logo na primeira parte. Uma vez mais. Não gosto de falar de sorte e azar. E nós tivemos azar. Há equipas bem orientadas que, quando o futebol não lhes chega, não tem azar nas decisões. Nós sim. É a nossa sina", lamentou. "Tivemos azar que não visse o penálti. Fora os dois cartões vermelhos que os laterais do Boavista deviam ter visto. Temos de fazer mais do que outros para ganhar. Sabemos que esses têm a sorte que nós não temos", continuou a criticar.

Instigado a dizer claramente que estava a falar do jogo do Benfica em Moreira de Cónegos, Lopetegui foi mais longe. "Estou a falar de toda a época. Olhos para que os quero. Não vale a pena dizer nada. Há grandes analistas", finalizou.

Na análise global, que até fez em jeito de introdução, destacou também o valor emocional deste jogo. "Esperávamos um jogo muito difícil, um dérbi muito emocional, contra um rival com muitas ganas. Tivemos ocasiões e não conseguimos marcar, mas destaco a calma que tivemos para esperar. Fizemos um grande trabalho e os três pontos são absolutamente merecidos", comentou, reforçando a dificuldade de um dérbi "que o FC Porto não vencia desde Mourinho (2003/04)" e elogiando os adeptos, "pela energia fantástica dada para a equipa não perder intensidade."

Reação do FC Porto

O FC Porto reagiu, na página oficial do Facebook, às declarações de José Eduardo Moniz, vice-presidente do Benfica, que esta manhã afirmara que "o que Lopetegui ontem disse foi aquilo que o instruíram a afirmar e como só chegou este ano ao futebol português, o melhor que pode fazer é pedir à sua entidade patronal para ter acesso aos arquivos dos últimos 25 anos de forma a ficar a saber o que é favorecimento no futebol português".

Na reação a estas afirmações, o FC Porto escreveu isto:
"Arquivo dos últimos 25 anos: 1 Liga dos Campeões, 2 Taças UEFA/Liga Europa, 1 Taça Intercontinental, 17 Campeonatos, 10 Taças de Portugal e 16 Supertaças de Portugal (Total: 47 títulos)".
Contra tudo e contra todos
Tello festejou a vitória do FC Porto em casa do Boavista também nas redes sociais, publicando no Twitter uma fotografia, em que surge na companhia de Quintero e Brahimi, acompanhada pela seguinte legenda. "Contra tudo e contra todos!!! Vamooos!!! Siga.... Somos Porto".

Campeonato? Qual campeonato?

Por Miguel Sousa Tavares in abola
 
1 – Um campeonato é uma competição organizada entre indivíduos ou equipas em que o traço característico é o de todos se submeterem às mesmas regras – e é isso, justamente, que fornece a emotividade de uma competição. Não quer dizer que à partida todos combatam com armas iguais – porque uns são mais fortes do que outros, uns dispõem de mais meios do que outros, uns têm melhores condições para competir do que outros. Mas quer dizer que a desigualdade de condições, que é própria de qualquer competição, não implica, antes impede, a desigualdade de regras competitivas. Sob pena de não valer a pena competir e de as vitórias, assim obtidas, serem desprovidas de qualquer mérito.
E, agora, vou pesar bem a minha afirmação seguinte: a esta luz daquilo que é um campeonato, o campeonato de futebol português da época em curso, designado por Liga NOS, não está a ser e não é um campeonato.
Porque há 17 equipas para quem as regras são umas e outra equipa, o Benfica, para quem as regras são outras. Claramente à vista de quem quiser ver.
Note-se que não venho chorar pelos erros de arbitragem que terão prejudicado o meu clube ao longo desta época – e bem podia fazê-lo. Detesto a eterna postura de queixinhas dos árbitros com que os sportinguistas, por exemplo, julgam poder reescrever toda a história acontecida nos relvados. Não, eu venho apenas denunciar a chocante, repetitiva e indesmentível desigualdade competitiva de que o Benfica tem beneficiado por força de sucessivas arbitragens que já nem se preocupam em disfarçar o que visivelmente é o projecto político de tornar o Benfica campeão em 2014/15, dê lá por onde der. E – concedam-mo ou não, recordem-se ou não – tenho a meu favor o crédito de quem, num passado bem recente, reconheceu, aqui e quando foi caso disso, o mérito que o Benfica teve noutras vitórias, noutras conquistas e noutros campeonatos.
Mas este ano, os benfiquistas bem podem já envergar as faixas de campeão que manifestamente lhes estão destinadas desde o princípio, podem encher o Marquês do Pombal, podem ser levados aos ombros pelo Dr. António Costa e louvados pela sua imprensa de estimação, mas não encontrarão, da minha parte ou de quem quer que esteja atento ao futebol em Portugal, qualquer indicio de respeito ou reconhecimento do mérito do título que vão ostentar.
Já foi demais, ultrapassaram todas as marcas, foram demasiados jogos empurrados pelos árbitros.
No actual campeonato, o Benfica tem um dos seus melhores registos de sempre, jogando o pior futebol desde Trapattoni. Não por acaso, a sua caminhada triunfal entre-muros, indiciando uma superioridade de jogo a quem não viu, sofre um brutal desmentido quando se olha para o que foi a sua miserável prestação europeia. Este Benfica pré-campeão e dominador na tabela, só domina cá dentro. Porque será? Alguns benfiquistas mais desprendidos ou mais sérios têm-me reconhecido que sim, que, de facto, é verdade que esta tem sido uma época muito generosa dos árbitros. Mas logo acrescentam, claro, que é para “compensar os anos em que o Porto roubava”. Pois, eu, de memórias dessas, dos “roubos de catedral”, tenho outras, ainda bem vivas e opostas, da década de setenta. Cada um tem as suas, mas, pelo menos, os “anos de roubo” do Porto eram acompanhados por um futebol de categoria, equipas e jogadores inesquecíveis, campeonatos ganhos ao Benfica com 12, 14 ou 20 pontos de avanço, e uma série de títulos internacionais jamais igualados pelo Benfica e que, esses, não podem ser explicados por favores de arbitragem. Mas sucede que este ano ainda ninguém terá visto um só jogo brilhante do Benfica – quando, onde? Sucede que, olhando para a sua equipa actual, e por razões que não vêm ao caso, que grandes jogadores lá vemos? Em minha modesta opinião, dois: Luisão e Gaitán. O resto é um conjunto banal a nível europeu, onde coexistem jogadores bonzinhos, jogadores razoáveis e jogadores medíocres. Nada que alguma vez fique para a história das grandes equipas d o Benfica.
Este fim-de-semana, prosseguindo a saga, o pobre Moreirense viu repetir-se o que já lhe acontecera contra o Benfica no jogo da Luz: 11 contra 11, estava a ganhar; com 10 contra 11, perdeu. Como se não bastasse uma daquelas expulsões inatacáveis (isto é, do puro arbítrio do árbitro, que ninguém pode confirmar ou contraditar), ainda viu o primeiro golo do Benfica nascer de um canto inexistente e um penalty perdoado que teria reposto a igualdade (o terceiro penalty consecutivo perdoado ao Benfica em três jogos). Se alguém não pode queixar-se de que é mais difícil jogar contra 10 do que contra 11 é Jorge Jesus: ele viu-se nessa agradável situação em nada menos do que oito jogos do campeonato (!), e em todas elas, se a memória não me falha, venceu assim os jogos. Mas tudo não passa, como ontem escrevia o benfiquista Fernando Guerra, de “casos para alimentarem as conversas de café durante a semana, mas nada mais do que isso…”.
O problema é quando os adversários chegam ao ponto a que eu cheguei: já nem tenho paciência para as conversas de café e, não fossem as obrigações decorrentes da escrita desta coluna, já nem teria paciência para ver os jogos do Benfica. Para quê, se o essencial da competição é desvirtuado semana após semana e se celebram vitórias que deviam envergonhar, como se todos os outros fossem estúpidos?
2 – Achei notáveis algumas das críticas negativas que li à exibição do FC Porto em Basileia, como se fosse fácil chegar lá e fazer o que o FC Porto fez: um domínio avassalador de princípio a fim, com 11 cantos contra 0 e 16 remates contra 1, enfrentando uma arbitragem que parecia comanditada e que consentiu ao Basileia um jogo de intimidação e quase violência impune, a culminar na lesão premeditada de Óliver . Pois eu penso que o FC Porto fez um grande jogo, bem demonstrativo do estatuto europeu que conquistou por mérito próprio e vai passando de geração em geração de jogadores e treinadores. Pecou na finalização, como é mais do que hábito, e não teve a sorte do jogo, como nunca tem. Mas fez um grande jogo, mostrou toda a sua categoria e mostrou uma verdadeira equipa de futebol moderno que, aos poucos, Lopetegui tem vindo a saber construir, depois de tantas perplexidades e erros iniciais. Não obstante, continuo a lamentar a sua insistência em Casemiro (bastaram-lhe 10 segundos para fazer uma falta e 18 minutos para levar o inevitável amarelo), e em Herrera, um jogador que até já deprime ver jogar:
Miguel não compreendo a sua obsessão em criticar o Casemiro e o Herrera. Numa equipa de futebol há lugar para violinos e para tocadores de bombo. O Casemiro na minha modesta opinião joga porque é mais coriáceo do que o Rúben e o Herrera porque é um monumento de resistência física, percorre o campo todo durante os 90 minutos ajudando a desestabilizar os adversários…
Agora, com a baixa de Óliver para umas semanas, aquele meio-campo, se não levar uma grande volta, vai complicar muito as coisas.
3 – Terrível o jogo do FC Porto no Bessa, como seria de esperar. Conforme a tradição, o Boavista faz destes jogos os jogos da sua vida, fecha-se como se estivesse a defender a virgindade da Pamela Anderson e distribui cacetada na justa medida em que o árbitro lho permite – e o de ontem permitiu quase tudo.
A única coisa que mudou é que agora o relvado do Bessa é um carpélio gasto e sujo, muito pior do que tantos que a Parque Escolar espalhou pelas escolas do país e onde, obviamente, o futebol não é possível, nem isso interessa agora. Para tornar tudo ainda mais difícil, Lopetegui continuou a investir em Herrera, que agora mais parece um jogadora adversário e, no limite do desastre, tece de ir à garagem buscar o Ferrari e o Aston Martin, se não não ganhava o jogo. Só uma pergunta: que mais será preciso para um árbitro aquele penalty escandaloso sobre o Hernâni? A resposta está no ponto 1 deste texto…

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

FC Porto vence Boavista apoiado por Hugo Miguel

23/02/2015 - A equipa do FC Porto merece todos os elogios e mais alguns, porque conseguiu derrotar os boavisteiros (sarrafeiros com o beneplácito árbitro Hugo Miguel) do Petit!

A equipa de arbitragem chefiada por Hugo Miguel tudo fez, no capítulo disciplinar (protegendo os boavisteiros e sancionando os portistas por dá cá aquela palha) para o Boavista pontuar, só a grande paciência e superior capacidade/competência da equipa portista para superar o autocarro de dois andares que Petit colocou em frente da baliza dos axadrezados, fez fracassar as intenções de Petit e desta equipa de arbitragem.
Esta equipa do Boavista é uma equipa de caceteiros que os árbitros têm de ter atenção ao seu jogo (sujo) subterrâneo, pois dão muita pancada à socapa, aliás jogam à imagem do seu actual treinador que quando jogava, ele próprio, dava pancada nos adversários como se não houvesse amanhã.

Por conseguinte a equipa do FC Porto está de parabéns e a vitória conquistada no Bessa deve ser ainda mais valorizada devido às adversidades provocadas pelos axadrezados e consentidas por Hugo Miguel.


Boavista 0                                   22.ª jornada                                      FC Porto 2
            
                                                                                  
79'  Jackson Martínez (c)  87'  Brahimi 
 

Segunda-feira, 23 Fevereiro 2015 - 20:00 - Competição:Primeira Liga

Estádio:Bessa Séc. XXI (TV: SportTV)

Assistência:

Árbitro:Hugo Miguel (Lisboa)

Assistentes:Ricardo Santos e Hernâni Fernandes

4º Árbitro:Rui Oliveira
Boavista: 1 Mika, 2 João Dias (c), 22 Carlos Santos, 94 Philipe Sampaio (85')

25 Afonso Figueiredo, 27 Anderson Carvalho, 42 Idris (77'), 24 Reuben Gabriel

7 Brito, 70 Zé Manuel, 8 Leozinho

Suplentes: 29 Mamadou Ba, 4 Fábio Ervões, 11 Pouga, (82' Anderson Carvalho)

14 Julian Montenegro, 16 Marek Cech , (71' Reuben Gabriel), 55 Beckeles

75 Michael Uchebo , (55' Leozinho)

Treinador: Petit

FC Porto: 12 Fabiano, 21 Ricardo, 4 Maicon, 5 Marcano, 14 José Ángel

36 Rúben Neves, 16 Herrera (72'), 10 Quintero, 7 Ricardo Quaresma (45')

9 Jackson Martínez (c) , 17 Hernâni

Suplentes: 1 Helton, 3 Martins Indi, 13 Diego Reyes, 15 Evandro, (83' Quaresma)

8 Brahimi, (64' Quintero), 11 Tello, (55' Hernâni), 39 Gonçalo Paciência

Treinador: Julen Lopetegui


Heroica vitória no sintético
 



Golos de Jackson e de Brahimi, já perto do final do encontro, resolveram uma partida difícil no Bessa

Depois duma primeira parte disputada e de 35 minutos com mais raça e querer do que com futebol de qualidade, a emoção estava guardada para o fim na partida em que o FC Porto venceu o Boavista, com Jackson, a 11 minutos do término do encontro, e Brahimi, aos 87minutos, a marcarem os golos que colocaram novamente o FC Porto a quatro pontos da liderança do campeonato. Foi a quarta vitória consecutiva dos comandados de Lopetegui na Liga e a melhor série sem sofrer golos na principal competição do futebol português (quatro jogos).

Os portistas iniciaram o jogo com seis alterações relativamente
à partida em Basileia
– Danilo, Alex Sandro e Casemiro, castigados, e Óliver Torres, lesionado, bem como Brahimi e Tello, por opção técnica, deram lugar a Ricardo, José Ángel, Rúben Neves, Quintero, Quaresma e Hernâni – e a verdade é que, fosse devido ao Boavista a defender com as 11 unidades atrás da linha do meio campo ou devido a um relvado sintético “castigado” pela chuva que caiu na Invicta durante o dia, o jogo dos Dragões demorava a fluir. Aos 14 minutos surgiu o primeiro caso na partida: José Ángel soltou-se do espartilho axadrezado, ganhou um canto e, no seguimento do lance, o árbitro Hugo Miguel não quis ver o derrube de João Dias a Hernâni, deixando por marcar uma grande penalidade a favor do FC Porto.Com o domínio territorial dos comandados de Lopetegui, o Boavista só incomodava em tímidos contra-ataques e contava com o “critério largo” do juiz lisboeta nas disputas de bola mais ríspidas, tendo os Dragões sentido dificuldades em encontrar espaços na muralha boavisteira. Os portistas revelaram falta de pontaria neste período, com Quintero a rematar ao lado num livre directo, aos 37 minutos, e Jackson a desperdiçar a melhor oportunidade, novamente rematando ao lado, aos 44, após um passe espectacular do jovem colombiano. Ao intervalo, o 0-0 premiava o jogo faltoso/subterrâneo do Boavista e castigava a ineficácia dos Dragões no ataque, apesar dos 72% de posse de bola.

Na segunda parte os Dragões entraram mais inconformados e Jackson, de cabeça (51 minutos) e Quaresma, num lance individual (aos 53), podiam ter inaugurado o marcador. O Boavista voltava a defender com as linhas bem juntas e os portistas, apesar de terem a bola, não conseguiam criar oportunidades de perigo junto da baliza de Mika. Lopetegui mexeu na equipa, retirando Hernâni e Quintero, colocando Tello e Brahimi para tentar refrescar o ataque azul e branco. O jogo aumentou de intensidade e, a partir dos 65 minutos, os Dragões começaram novamente a pressionar a baliza contrária.

Com o balanceamento ofensivo do FC Porto, o Boavista cresceu no ataque e Fabiano fez uma boa defesa aos 72 minutos. Aos 79, finalmente, justiça no marcador: combinação no ataque entre Quaresma e Ricardo, com o lateral adaptado a fazer um cruzamento largo que foi ter a Tello, tendo o espanhol cruzado ao segundo poste para a emenda de Jackson, que contou com a colaboração de Philippe para marcar o golo inaugural da partida. A bancada por trás de Mika “explodiu” com os festejos dos adeptos portistas que fizeram a curta viagem ao Bessa e o apoio, bem audível, teve sem dúvida um prémio ainda maior: Brahimi arrancou em corrida e a bola só parou no fundo das redes do Boavista, num belo remate de fora da área, aos 87, que colocou o marcador em 2-0 e fez o resultado final, sentenciando a primeira vitória dos Dragões no Bessa desde 2003/04 (1-0), em época de título europeu quando José Mourinho ainda era o treinador dos portistas.
 
Lopetegui: “Equipa teve o prémio merecido”

Um dérbi na ressaca da UEFA Champions League, sem quatro habituais titulares, disputado num relvado artificial e em que o FC Porto voltou a ver um penálti negado pela equipa de arbitragem, ainda o resultado estava a zero. Apesar de todas as contrariedades, os Dragões “mostraram capacidade e carácter”, nas palavras de Julen Lopetegui, e conquistaram uma vitória “justíssima”​ (2-0), a quinta consecutiva no campeonato, naquela que é a melhor série da temporada dos azuis e brancos.

“Jogar um dérbi nunca é fácil e a carga emocional é muito grande, não esquecendo que vínhamos de um jogo para a Champions. A equipa mostrou carácter e personalidade e soube superar as dificuldades, esperando pelo momento certo para procurar a superioridade no marcador. Cumprimos o nosso objectivo e conquistámos os três pontos num campo tradicionalmente difícil, com relvado sintético, onde o FC Porto já não vencia desde a época 2003/2004. A vitória é um prémio merecido e a equipa está de parabéns”, afirmou Lopetegui, no final da partida com o Boavista, no Estádio do Bessa Século XXI.

Lopetegui realçou ainda a forma como a equipa soube manter “a serenidade, sem cair na tentação de jogar directo”, mesmo quando o jogo se precipitava para o fim e o empate teimava em manter-se e mesmo quando, ainda na primeira parte, Hugo Miguel não assinalou um penálti “claríssimo” sobre Hernâni. “Mais uma vez, tivemos o azar de o árbitro não ver e ter perdoado cartões vermelhos aos laterais do Boavista, enquanto nós fomos admoestados com cartões amarelos que não se entendem”, defendeu Lopetegui.
“As outras equipas, que são boas e são bem orientadas, quando o futebol não chega, têm a sorte com as decisões dos árbitros que nós não temos tido”, acrescentouPor falar em sorte e azar, o treinador espanhol acertou em cheio, quando fez entrar primeiro Tello, que assistiu Jackson para o primeiro golo, e depois Brahimi, que apontou o segundo. “Considerei que era oportuno fazer estas alterações. A equipa precisava de jogar por fora e os dois entraram muito bem, mas os outros que já lá estavam também estiveram bem”, explicou Lopetegui, que não se esqueceu de elogiar a forma como os adeptos apoiaram a

equipa e “a ajudaram a chegar ao golo”.

Jackson: “A nossa atitude não depende do relvado”

​“Sentimos algumas dificuldades para contrariar o esquema do Boavista, que esteve muito organizado e a procurar surpreender-nos em contra-ataque. Soubemos adaptar-nos às circunstâncias, inclusiva à de estarmos a jogar em relvado sintético, e conseguimos a vitória, que era o mais importante. O relvado nunca seria uma desculpa para nós, até porque a nossa atitude não depende dele. Fizemos o que tínhamos a fazer e agora vamos continuar a trabalhar para conquistarmos mais três pontos no próximo jogo. No FC Porto sentimos a pressão todos os dias, para trabalhar mais e melhor”, declarou Jackson Martínez na flash interview que se seguiu ao triunfo no dérbi portuense.

 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pinto da Costa: "Árbitros? Mau é o critério de nomeações"

22/02/2015 - Numa altura em que a temporada entra numa fase decisiva, o presidente do FC Porto não esconde a preocupação com a arbitragem. Ao ponto de defender o regresso ao sorteio dos árbitros.

Há dias teceu algumas críticas ao trabalho do árbitro do FC Porto-Vitória de Guimarães. Está preocupado com o que possa acontecer nesta ponta final de temporada?

Não me lembro de nenhuma época, desde que sou presidente do FC Porto, que não tenha sido complicada. É evidente que, nesta altura, a minha preocupação vai, não no sentido dos próprios jogos, não obstante o respeito que todos os adversários nos merecem, mas da forma como são arbitrados. Vejo em clubes adversários entradas que até os críticos do vosso jornal dizem serem merecedoras de vermelho e nem amarelo levam; e vejo os nossos jogadores, à mínima coisa, ficarem marcados para levar logo amarelo.

Há o caso do FC Porto-Benfica em que o Benfica bateu o recorde de faltas, mas o Casemiro, na primeira que fez, junto da linha lateral, uma falta igual a muitas outras bem mais duras que passaram incólumes, viu logo um cartão amarelo. Isso é que me preocupa. Isso e o critério das nomeações.


PS - Lopetegui - Prevê um jogo difícil e duro no Bessa:
"Sem dúvida alguma. O Boavista é a equipa que mais tem melhorado na Liga. É forte e dura, mas tem os seus momentos de futebol; sabe dar respostas, tem uma boa dinâmica, sabe como atacar os adversários com as condições que tem. Nós temos de saber dar uma resposta a isso.


Depois, o árbitro terá de ser justo e proteger o futebol, mas isso é uma questão que está longe da minha influência".

Árbitro:
Hugo Miguel

Idade: 37

Assistentes: Ricardo Santos, Hernâni Fernandes

4º Árbitro: Rui Oliveira

Observador(es): António Brandão

Delegado(s): Alcino Campos, João Formosinho

Convocados- Reyes, José Ángel e Ricardo entre os 18 eleitos

22/02/2015 - ​Os defesas Reyes e José Ángel e o avançado Ricardo são as novidades na lista de convocados elaborada por Julen Lopetegui para a deslocação do FC Porto ao Estádio do Bessa, onde defronta o Boavista, esta segunda-feira, às 20h00, em jogo a contar para a 22.ª jornada da Liga portuguesa.

Relativamente à convocatória para o jogo com o Basileia, da primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League, saem dos eleitos do técnico espanhol o guarda-redes Ricardo Nunes, os defesas Danilo e Alex Sandro, e os médios Casemiro e Óliver Torres. No ensaio deste domingo, que decorreu no Olival, Julen Lopetegui apenas não pôde contar com Adrián López e Óliver Torres, que se limitaram a fazer tratamento às respectivas lesões.

Lista de 18 convocados: Helton e Fabiano (g.r.); Martins Indi, Maicon, Marcano, Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Quintero, Tello, Reyes, José Ángel, Evandro, Herrera, Hernâni, Ricardo, Rúben Neves e Aboubakar.


Lopetegui: “Temos muita vontade e argumentos para vencer”


​Relembrando as “dificuldades” sentidas pelo FC Porto diante do Boavista no jogo da primeira volta, no Estádio do Dragão, que terminou como começou (0-0), Julen Lopetegui afastou qualquer tipo de sentimento de vingança na antevisão de novo dérbi portuense, desta feita relativo à 22.ª jornada da Liga portuguesa e marcado para segunda-feira, às 20h00, no Estádio do Bessa. O treinador portista garantiu ainda que a sua equipa está com muitas “ganas” para alcançar um desfecho diferente desta vez.

“O Boavista criou-nos muitas dificuldades no jogo da primeira volta e a realidade é que perdemos dois pontos. Historicamente, este jogo será muito difícil para nós, pois nas últimas dez vezes que jogámos no estádio do Boavista, vencemos apenas duas. Além disso, parece-me que o Boavista foi das equipas que mais evoluiu ao longo do campeonato e agora é uma equipa melhor e mais completa. De qualquer forma, temos muita vontade, e acredito que argumentos também, para vencer no Bessa”, afirmou Julen Lopetegui, em conferência de imprensa, logo depois de ministrar mais uma sessão de trabalho no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival.

Sem querer falar em vingança pelo empate da primeira volta, Julen Lopetegui sublinhou que a vitória é o que mais importa aos Dragões. E não falta vontade nem argumentos para o conseguir. “O único sentimento que existe em nós é o de conquistar os três pontos, que queremos e precisamos. Independentemente do relvado no qual vamos jogar, o importante é conseguirmos a vitória. Vamos tentar fazer um bom jogo diante de uma equipa que, repito, cresceu muito nos últimos meses. Mas temos demasiados argumentos e demasiada vontade para conseguirmos dar uma boa resposta às dificuldades”, prosseguiu.

Apesar das ausências motivadas por lesões (Adrián López e Óliver Torres) e castigos (Danilo, Alex Sandro e Casemiro), Julen Lopetegui reiterou a confiança que tem em todo o plantel e relembrou a forma como a equipa se tem exibido nas variadas competições. “Estamos privados de cinco jogadores, por várias circunstâncias, mas é a realidade e temos de dar uma boa resposta. Os jogadores que vão aparecer têm de dar esse passo em frente e acreditamos totalmente neles, no seu carácter e na sua determinação. Vai ser um jogo duro e difícil, mas estamos a competir bem em todas as provas. Temos crescido a vários níveis e trabalhamos muito todos os dias para continuarmos a crescer. Temos demasiada vontade de vencer para pensarmos nas dificuldades”.

PS – Luís Castro e Gonçalo Paciência consideraram justa a vitória na recepção ao Farense

​Em declarações ao Porto Canal após a vitória frente ao Farense, Luís Castro deu os parabéns à equipa pela exibição e destacou a justiça do resultado, realçando a “exibição muito boa” que os “bês” realizaram frente aos algarvios. O autor do “bis” que permitiu aos portistas dar a volta ao resultado, Gonçalo Paciência, optou por relevar a importância da vitória para a equipa.


FICHA DE JOGO - Segunda Liga, 29.ª jornada - 22 de Fevereiro de 2015


FC PORTO B 2 - FARENSE 1

Mini-estádio do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival

Árbitro: Paulo Baptista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter Rufo
Quarto árbitro: Renato Mendes

FC PORTO B: Raul Gudiño; Víctor García, Diego Carlos, Zé António e Rafa; Leandro Silva, Pité e Pavlovski; Frédéric, Gonçalo Paciência (cap.) e André Silva
Substituições: Pité por Ruben Macedo (46m), Gonçalo Paciência por Tomás Podstawski (78m) e Pavlovski por Graça (90m)
Não utilizados: Kadú, David Bruno, Roniel e Anderson
Treinador: Luís Castro

FARENSE: Bento; Hugo Ventosa, Diogo Silva, Lameirão e Califo; Bilro (cap.) e Carlos Rodrigues; Bruno Carvalho, Edinho Júnior e Harramiz; Irobiso
Substituições: Diogo Silva por Karamatic (29m), Mailó por Mailó (62m) e Bruno Carvalho por Alan (68m)
Não utilizados: Ricardo, Kiki, Alan, González e Rui Duarte
Treinador: Abel Xavier

Ao intervalo: 0-1


Marcadores: Irobiso (9m) e Gonçalo Paciência (59m e 66m)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Carvalho (14m), Pité (33m), André Silva (48m), Califo (48m) e Carlos Rodrigues (86m)


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Presidente do FCP homenageado pela Casa de Espanha

20/02/2015 - Pinto da Costa homenageado pela Casa de Espanha

Casa de Espanha homenageia Pinto da costa

Texto de Pedro Marques Lopes

20/02/2015 - Extracto de Brasão abençoado – Berlim

 …Alíás, o próprio clube suíço admitiu isso, jogando como se estivesse no campo do adversário, estacionando dois autocarros em frente da sua área e distribuindo pancada como se não houvesse amanhã, com o beneplácito do árbitro


(este a vergonha dos isentos árbitros ingleses)


que conseguiu, entre outros feitos, não expulsar o Walter Samuel. Não deixa de ser também digno de nota que o Basileia tivesse mostrado, incomparavelmente, mais receio do FC Porto do que o que demonstrou pelo Liverpool ou pelo próprio Real Madrid. O FC Porto nunca deixou o Basileia atacar, mas os suíços também nunca demonstraram vontade de o fazer. O respeitinho é muito bonito. Só quem não o demonstra são os detractores habituais do FC Porto (João PimPim e João Bonzinho entre outros), os que estão sempre dispostos a apoucar os feitos europeus do clube enquanto disputam excitantes taças do Guadiana e marcam bilhetes para Moreira de Cónegos.

No jogo de quarta-feira, o FC Porto mostrou os defeitos que ainda não conseguiu corrigir e muitas das suas qualidades. A equipa teima em adormecer numa parte do jogo e oferece sempre um golito ao adversário. Se fosse a primeira vez que um adversário do FC Porto marca um golo na única oportunidade que tem, poder-se-ia falar de azar, só que não é a primeira, nem a segunda vez, longe disso.

(até posso estar errado, mas na minha opinião, o Fabiano com um pouco mais de calma e reflexos teria parado o remate do suíço que chutou mais em jeito do que em força, pois fiquei com a sensação que o Fabiano se fez à bola à ceguinho seja eu… se calhar o goal-keeper mexicano dos jovens era capaz de fazer melhor).


 Infelizmente, já é quase rotina. Depois há aspectos em que esta equipa é demasiado previsível: é fácil perceber que se bloqueia o jogo do FC Porto pressionando os centrais e que vai sempre haver um jogador a fazer um disparate na saída para o ataque.

Mas tem de ser destacada a forma como a equipa assume o jogo – o encontro de Basileia foi a prova disso – e impõe o seu ritmo. Não foi casualidade que, por exemplo, no jogo de anteontem o Basileia apenas tenha feito um remate – apesar de…
Mesmo jogando mal durante alguns períodos, mantém a sua personalidade e não prescinde dos seus princípios de jogo. A atitude, sobretudo, é de grande equipa e isso vai trazer dividendos, corra tudo dentro da normalidade, numa fase mais adiantada da maior prova de clubes do mundo e nos anos vindouros.

 
Há um modelo bem definido, movimentações bem desenhadas, os jogadores sabem perfeitamente o seu papel: há, sem dúvida, trabalho de treinador.

Temos um homem firme nas suas convicções, que sabe montar uma equipa e consciente de que está num grande clube onde tem de lutar não apenas contra as contrariedades que encontra em campo.
Falta muito, há ainda defeitos para corrigir, mas há nesta equipa e neste treinador magia de Liga de Campeões.
Dizem-me que Berlim é tão bonito em Maio…


A equipa precisa do Rúben


Não consigo compreender como é possível o Rúben não ser titular. Basta o rapaz entrar em campo e parece que a equipa respira de outra maneira, o jogo flui, a bola roda, a passagem da defesa para o ataque torna-se a coisa mais simples do mundo. Não sei em que posição do meio-campo o Rúben deve jogar, mas, valha-me Deus, bastava ver o que ele fez em Basileia para perceber que tem de jogar sempre.
Por outro lado, quantas mais vezes precisa o Casemiro de perder a bola em zonas fulcrais do campo, quantos mais passes displicentes precisa de fazer, quantas mais faltas desnecessárias precisa de cometer, para que passe uns jogos no banco?
(na minha opinião joga o Casemiro porque é mais maduro) Não consigo perceber a ausência do Rúben do onze titular, como não entendo que Herrera, na forma em que está, deixe Quintero ou, sobretudo, Evandro no banco.

(Herrera é um carregador de piano que percorre o campo todo e desestabiliza imenso os adversários)


Orgulho portista

Nem por um segundo os adeptos do FC Porto, durante o jogo de Basileia deixaram de apoiar a equipa.
Só se ouviam os cânticos portistas, quer quando o resultado não nos corria de feição, quer depois. Foi impressionante assistir, debaixo dum frio insuportável, a uma prova tão grande de amor pelo brasão abençoado.
Gente de toda a Europa veio ver o seu clube e fez do St. Jakobs uma espécie de casa emprestada. Não é que eu tivesse qualquer dúvida de que o FC Porto já não é só do Porto ou de Portugal, é, sim, um clube universal, um clube que tem muitos milhares de adeptos que nem português falam.
Foi bom ter mais uma vez vivido essa sensação e, ainda para mais, a cantar ao lado dos meus.


Tudo normal


Que interessante é ver agora tanta gente revoltada com Bruno Carvalho, o regenerador. Enquanto o presidente do Sporting insultava, dia sim dia também, o FC Porto, era um tipo fantástico, uma lufada de ar fresco, um lutador contra o status quo. Podia o individuo Carvalho chamar senil a um presidente – a que ele jamais conseguirá, sequer, vislumbrar a sola dos sapatos – que ninguém via grande mal nessa e noutras boçalidades. Era apenas um rapaz irreverente, diziam muitos com um sorrisinho cúmplice. Agora que se virou contra o Benfica, meu Deus que é o fim.
Já é um malandro, um populista, um incendiário.
Enfim, nada de novo. Nem a extraordinária incapacidade da nossa comunidade em fazer um escrutínio mínimo às pessoas que aparecem em cargos relevantes, nem o modo como vendedores da banha da cobra conseguem… vendê-la, nem sequer o modo como aparece sempre gente disposta a defender indivíduos indefensáveis, digam eles o que disserem, façam eles o que fizerem. Nem, claro está, a forma como e entidade angelical Benfica é tratada.
Num texto que Bruno Carvalho publicou no Facebook – escrito numa língua que a espaços se assemelha a português –, uma parte, digamos curiosa, sobressai.

Escreve o ex-revolucionário Bruno: “Luís Filipe Vieira andou a correr atrás de mim na Liga a tentar convencer-me a fazer uma aliança consigo e que assim poderíamos ir alternando as vitórias no campeonato.”


Na sequência desta acusação e na altura em que escrevo, várias coisas não aconteceram.
O presidente do Sporting não foi processado pelo Benfica; a Liga de Clubes não emitiu nem um comunicado alertando as instituições competentes para que seja feita uma profunda investigação; nenhum clube reagiu. Não li, nem vi (estive fora do país, pode ter acontecido) editoriais, espaços televisivos e afins a falarem deste enorme escândalo – com excepção honrosa de Bernardino Barros – e não houve nenhuma declaração do ministro da tutela.
Ou seja, o presidente duma importantíssima instituição portuguesa faz uma acusação duma enorme gravidade, uma acusação que põe em causa a competição mais importante do nosso futebol e toda a gente encolhe os ombros e assobia para o lado.

A dúvida é: deve-se pensar que Vieira quis propor uma enorme aldrabice a Bruno Carvalho e ninguém quer atuar ou devemos pensar que toda a gente acha que o presidente dum grande clube como o Sporting é inimputável?


Pedro Marques Lopes - in abola

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Europeus reconhecem o nível futebolístico dos Dragões

19/02/2015 - Na Europa do futebol, ao contrário de Portugal, reconhece-se a qualidade e o nível futebolístico dos Dragões...!

Fabian Frei
, médio do Basileia, não escondeu a surpresa que lhe causou a dinâmica da equipa de Lopetegui no jogo de quarta-feira.


"Nos últimos dois ou três anos, não tinha visto, sinceramente, uma equipa [FC Porto] tão forte neste estádio", disse Fabian Frei, em declarações à imprensa suíça, no final do empate (1-1), no Estádio Saint-Jacques, entre o Basileia e o FC Porto.
O internacional suíço colocou mesmo o FC Porto a um nível superior ao do Real Madrid, que a equipa treinada por Paulo Sousa defrontara na fase de grupos.

"Nem mesmo quando perdemos 5-1 no Bernabéu o Real Madrid me impressionou tanto. O Real é incrível no plano individual, mas coletivamente o FC Porto é mais impressionante. A forma como eles correm, como crescem, como são tecnicamente. É difícil acompanhá-los".

Apesar de tudo e depois do empate no primeiro jogo, Frei admite que talvez o Basileia tenha algumas chances de passar a eliminatória.

"Para já, conseguimos não ser derrotados por uma equipa tão forte. Portanto, quem sabe se na segunda mão não conseguiremos elevar o nosso nível..."


PS - Imprensa internacional


Na generalidade, a imprensa internacional considera justo o bom resultado do FC Porto em Basileia, que assim continua sem derrotas na Liga dos Campeões

AS: " O FC Porto de Lopetegui foi muito superior e Casemiro o melhor em campo, liderando a equipa nos momentos mais difíceis. Um golo de Danilo deu um empate merecido. A gasolina suíça durou meia hora"

La Gazzetta dello Sport: "O FC Porto é uma das três equipas da Champions que ainda não têm derrotas e está em vantagem (...) É uma equipa cheia de talento no meio (Óliver e Herrera) e qualidade no ataque"

L' Equipe: "Bom resultado para os portugueses, que continuam sem derrotas na Champions. Com o empate, o FC Porto parte em vantagem para o jogo da segunda mão, em casa"

El Pais: "Danilo faz justiça (...) ao empatar um jogo em que o FC Porto foi sempre mais ambicioso. Uma falha de Maicon e Marcano, a única da equipa de Lopetegui, obrigou a correr atrás do resultado"

 

PS1 - Que as há, há 

Mesmo para quem não é dado a patrioteirismos bacocos ou a teorias da conspiração rebuscadas, torna-se complicado resistir a estabelecer uma relação de causa e efeito entre as arbitragens que historicamente se abatem sobre as equipas portuguesas em Basileia e a proximidade dos centros de decisão da UEFA e da FIFA.


É um daqueles casos de "eu não acredito em bruxas, mas pelo sim pelo não, o melhor é não morder maçãs oferecidas pelo Platini".

Assim de cabeça, descontando o golo anulado a Casemiro um minuto depois de o brasileiro o ter marcado, ficaram por mostrar pelo menos dois cartões amarelos a Walter Samuel: um quando cometeu a grande penalidade sobre Jackson que Mark Clattenburg não viu na primeira parte e outro, que na altura seria o segundo, quando cometeu a grande penalidade que o árbitro inglês apontou e Danilo transformaria no golo do empate. Duas decisões com impacto, não apenas no que foi o jogo de ontem mas também no que há de ser o da segunda mão, no Dragão, onde Samuel voltará a estar disponível. O lado bom destes confrontos com a realidade da arbitragem de elite que se pratica na Europa e dos quais o Sporting também já foi vítima esta temporada é a forma como nos obrigam a relativizar o trabalho dos árbitros portugueses. Dito isto, é conveniente que o FC Porto não se deixe embalar pela ideia de que a arbitragem explica tudo. A forma como a defesa se deixou bater em velocidade por Derlis González no lance do golo dos suíços e as dificuldades do ataque para traduzir em golos o domínio esmagador expresso nos 15 remates realizados, sete dos quais à baliza, são detalhes que a equipa pode e deve corrigir rapidamente. Até para garantir que, na segunda mão, não fica à mercê dos humores da arbitragem.

Jorge Maia
in ojogo

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

FC Porto empata em Basileia apesar do árbitro caseiro

Mark Clattenburg dirige Basileia-FC Porto
Há muitos anos que não via na Champions um juíz do apito apitar tão vergonhosamente caseiro...!

Basileia 1                       Oitavos-de-final, 1.ª mão                          FC Porto 1


                                                                                   

11' Derlis Gonzalez                                                                               79' Danilo (pen)


Quarta-feira, 18 Fevereiro 2015 - 19:45

Competição:UEFA Champions League - Estádio:St. Jakob-Park (Basileia, Suíça)

Assistência:

Árbitro:Mark Clattenburg (Inglaterra)

Assistentes:Simon Beck e Stuart Burt; Anthony Taylor e Kevin Friend

4º Árbitro:Gary Beswick

Basileia: 1 Vaclík, 34 Xhaka, 17 Marek Suchý (62'), 6 Walter Samuel (46'), 19 Safari

20 Frei (21'), 33 Elneny (36'), 7 Zuffi, 25 Derlis González , 9 Streller (c), 11 Gashi (57')

Suplentes: 18 Vailati, 4 Philipp Degen, 5 Ajeti, 10 Matías Delgado, 24 Hamoudi,

(83' Gashi), 39 Callà , (25' Derlis González), 36 Embolo, (63' Streller)

Treinador: Paulo Sousa

FC Porto: 12 Fabiano, 2 Danilo (86'), 4 Maicon, 5 Marcano, 26 Alex Sandro (51'), 6 Casemiro (29'),

16 Herrera, 30 Óliver Torres (36'), 11 Tello, 9 Jackson Martínez (c), 8 Brahimi

Suplentes: 1 Helton, 3 Martins Indi, 7 Quaresma, (61' Brahimi), 10 Quintero, (81' Tello)

15 Evandro, 36 Rúben Neves, (68' Óliver Torres), 99 Aboubakar

Treinador: Julen Lopetegui

Narrativa do jogo


 Um penálti de Danilo, a 11 minutos do fim, permitiu ao FC Porto arrancar um empate em Basileia (1-1) que lhe dá boas perspectivas de avançar, seis anos depois, para os quartos-de-final da Champions League. ​No local onde nasceu o FC Porto europeu, na final da Taça das Taças de 1984 perdida imerecidamente frente à Juventus, os Dragões dominaram por completo (o Basileia marcou na única oportunidade) e só com grande infelicidade não saíram do gelado St. Jakob-Park (a temperatura rondou sempre os 0 graus) com o triunfo. Porém, diga-se que um empate fora nas últimas sete presenças dos portistas nesta fase da competição valeu sempre o apuramento.

Em relação ao onze apresentado no jogo anterior frente ao Vitória de Guimarães, Lopetegui optou por uma única alteração, com a saída de Quaresma e a entrada de Tello, que foi nos primeiros minutos o melhor intérprete da pressão alta que os Dragões aplicaram sobre a saída de bola do Basileia. No entanto, na primeira ocasião em que os suíços se aproximaram da área portista, Derlis González fez o 1-0, numa diagonal após um passe longo de Frei. Apesar do domínio territorial, só aos 20 minutos Danilo criou o primeiro lance de perigo portista, com um remate de fora da área que obrigou Vaclík a aplicar-se.

Na primeira parte, nada se viu do anunciado rasgo que Paulo Sousa prometeu que a sua equipa iria apresentar. Bem fechadinhos cá atrás, os suíços assistiram a quinze minutos de intensa pressão dos Dragões, a partir dos 30 minutos, momento em que o árbitro Clattenburg ignorou um penálti do tamanho da Torre dos Clérigos, cometido por Walter Samuel sobre Jackson. Aliás, o argentino parecia ter carta branca para travar o colombiano de qualquer maneira. É verdade que o FC Porto não foi contundente no ataque, mas a equipa da casa fez pouquíssimo (um único remate!) para justificar o 1-0 ao intervalo.

Aos 48 minutos, ocorreu uma das histórias mais caricatas de sempre da Champions League. O FC Porto empatou o encontro numa recarga de Casemiro a um cabeceamento de Maicon, após canto de Tello. Mais de um minuto depois, já os Dragões haviam comemorado e regressavam ao seu meio-campo, o golo foi anulado por pretenso fora de jogo posicional de Jackson e Marcano.
Discutível a decisão, ridícula a demora, que pode dar origem a todas as especulações, num momento em que a equipa de cinco árbitros até pode comunicar via rádio.
Os azuis e brancos criaram depois mais duas oportunidades claras: primeiro foi Tello a permitir a defesa de Vaclík (58 minutos) e depois Jackson a tentar o chapéu, mas a atirar por cima. Em ambos os casos a assistência foi de Óliver, que estava a ser provavelmente o melhor em campo quando foi forçado a sair, devido a um problema num ombro. Também podia ser do frio, mas, apesar da vantagem, os adeptos do Basileia assistiam com preocupação a um cerco que tornava invisíveis os atacantes do Basileia.

A justiça demorou mas apareceu, vinda não da mão de Deus mas da mão de Walter Samuel, que cortou um passe destinado a Jackson, o que valeu um penálti mas não a expulsão que devia ter sido efectuada do defesa central, isto já desde o primeiro minuto.
Aos 79 minutos, Danilo marcou de forma convicta o penálti e mostrou como os adeptos portistas estavam espalhados por várias zonas do estádio e seriam uns largos milhares. Até ao fim, o FC Porto controlou um encontro que poderia ter ganho, mas, para se perceber a dificuldade desta competição, diga-se que os azuis e brancos apenas venceram fora em
eliminatórias da Champions na meia-final da Corunha (1-0), em 2004.

Lopetegui: “Merecíamos um resultado melhor”

​​Técnico espanhol elogiou desempenho da equipa e lamentou mais uma arbitragem infeliz em jogos do FC Porto

“O FC Porto mereceu um resultado melhor, pela personalidade que mostrou, em circunstâncias muito difíceis perante um rival difícil, que se superiorizou aqui ao Liverpool e ao Real Madrid. Fizemos tudo para conseguir um bom resultado, até melhor do que este, mas a equipa está de parabéns pelo que fez para chegar ao empate”, defendeu Lopetegui, em declarações no final do jogo.

Lopetegui socorreu-se ainda das estatísticas para argumentar que os Dragões “foram melhores do que o Basileia”, lembrando que o adversário fez o golo “no único remate que fez à baliza” - na sequência de uma jogada para o qual os Dragões já estavam avisados, acrescentou. “Foi um jogo muito bem jogado pela nossa equipa. Rematámos 25 vezes, tivemos muito mais posse de bola, fizemos tudo para conseguirmos outro resultado”.

O golo madrugador do Basileia foi o primeiro de vários obstáculos com que os portistas se depararam no jogo. “Um golpe duro” que, nas palavras do treinador basco, obrigou a equipa a “assumir o risco”, mostrando “personalidade, uma grande atitude, uma boa capacidade de reacção e de superação e um enorme espírito de sacrifico perante várias situações adversas.”

Por falar em situações adversas, Lopetegui não poupou críticas à actuação da equipa de arbitragem liderada pelo árbitro britânico Mark Clattenburg. “Houve decisões que nos prejudicaram claramente: um penálti claríssimo, um fora-de-jogo mal assinalado ao Tello quando se isolava, um segundo cartão vermelho que ficou por mostrar a um jogador do Basileia e um golo anulado numa decisão muito estranha, que afectou emocionalmente a equipa. Apesar de tudo porém, fizemos um bom jogo”, afirmou Lopetegui, lamentando a lesão de Óliver Torres, “a notícia triste” de uma noite que deixa o FC Porto mais perto dos quartos-de-final da UEFA Champions League.

De realçar e destacar

No jogo de hoje em Basileia, para além das muitas adversidades promovidas pela equipa de arbitragem, há a destacar a falta de poder de fogo da equipa. Os portistas fazem boa circulação de bola mas depois na hora de finalizar ou chutam para fora ou fazem passes ao guarda-redes adversário...!

No lugar do Lopetegui eu nos últimos 20 minutos, pelo menos, teria substituído o Herrera pelo Rúben Neves, o Tello pelo Aboubakar (de forma a apoiar o Jackson) e o Oliver pelo Quintero, para este assistir os dois bombardeiros.
O Aboubakar é um avançado possante que chuta fácil, preciso e potente; não percebo a hesitação de Lopetegui em apostar nele...!

Pinto da Costa abre o livro sobre arbitragens vergonhosas

18/02/2015 - Pinto da Costa abre o livro para reprovar actuações nada edificantes dos árbitros

Numa entrevista exclusiva a O JOGO, Pinto da Costa aborda o duelo do FC Porto com o Basileia nos oitavos de final da Liga dos Campeões, mas também a atualidade do campeonato português. O presidente dos dragões reforçou a ideia de que o clube se sente prejudicado pelas arbitragens no campeonato. E revelou factos sobre a última jornada, enquadrando a decisão de não expulsar um jogador do V. Guimarães por entrada sobre Casemiro. Antes, porém, falou do encontro do rival.

"O Benfica ganhou bem ao V. Setúbal, mas aos cinco minutos havia um penálti com possível expulsão que não foi marcado. No jogo do campeonato a história repetiu-se com um árbitro do Porto [Manuel Oliveira, da AF Porto foi o árbitro na Luz]. E no nosso jogo com o V. Guimarães o árbitro não teve culpa nenhuma, porque na agressão bárbara, que não tem outro nome, do Cafú ao Casemiro, foi o quarto árbitro, o Vasco Santos [também da AF Porto], que deu sinal para que só fosse exibido o amarelo. Todo o nosso banco viu e já confirmámos isso. Aliás, vê-se na televisão", comentou Pinto da Costa, numa conversa que pode ler na íntegra na edição desta quarta-feira do jornal O JOGO.


"Podemos eliminar qualquer equipa"

Na cidade onde o FC Porto disputou a sua primeira final europeia, Pinto da Costa falou das hipóteses da atual equipa na Champions. Assumiu objetivo de estar entre os oito melhores e mostrou-se confiante


 Árbitros nomeados


Jorge Ferreira (bracarense) nomeado para o jogo das águias em Moreira de Cónegos. Jorge Tavares escolhido para Alvalade e Hugo Miguel no dérbi entre Boavista e FC Porto.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Mãos de ouro de Gudiño valem “quartos” da Youth League

​​FC Porto foi a Madrid vencer o Real após desempate nas grandes penalidades, duas delas defendidas pelo guardião​

A equipa de Sub-19 do FC Porto garantiu, esta terça-feira, no Estádio Alfredo Di Stefano, em Madrid (Espanha), o apuramento para os quartos-de-final da UEFA Youth League, depois de vencer o Real Madrid através do desempate ma marca das grandes penalidades. Com o jogo empatado a um golo no final do tempo regulamentar, o guarda-redes Raul Gudiño foi chamado novamente a brilhar e, com duas belas defesas, guiou os jovens Dragões para a fase seguinte da prova, em que vão encontrar o Barcelona ou o Anderlecht.

A jogar em casa, o Real Madrid teve uma entrada muito forte na partida e aos seis minutos já tinha enviado uma bola aos ferros da baliza portista. Foi o primeiro aviso ao guarda-redes mexicano de que iria ter muito trabalho pela frente naquela tarde: já depois de duas defesas difíceis, o guardião voltou a estar em destaque aos 38m, com uma defesa brilhante a um remate forte e cheio de efeito de Babunski.

Com mais posse de bola, fazendo-a circular a toda a largura do terreno e exercendo pressão constante sobre o adversário, a equipa da capital espanhola foi a mais perigosa durante a primeira parte, fazendo os Dragões passar por algumas dificuldades. Só aos 30m e através de bola parada, o FC Porto foi capaz de criar perigo, num livre apontado por Diogo Verdasca a castigar uma falta sobre Ruben Macedo.

O extremo dos azuis e brancos foi mesmo, a par de Gudiño, o melhor do lado dos azuis e brancos conseguindo, graças à sua velocidade, arrancar várias faltas, duas delas que levaram o árbitro a mostrar dois cartões amarelos e o consequente vermelho a Dani Fernández. Estávamos no início da segunda parte, altura em que a equipa orientada por António Folha, já com Moreto Cassamá no lugar de Clever, surgiu bem mais forte em campo, tendo visto um golo mal anulado pela equipa de arbitragem, por inexistente fora-de-jogo.

E foi no melhor período do FC Porto na partida que o Real Madrid chegou ao golo, após uma boa jogada individual de Borja Mayoral. Faltava meia hora para o apito final, mas muito havia para contar deste jogo. Aos 78m, Sérgio Ribeiro é travado em falta na área madrilena, o penálti é assinalado, mas não é aproveitado por Leonardo que, logo a seguir, dispôs de mais uma oportunidade de ouro para bater Oliveiros, também da marca dos 11 metros. Desta vez, porém, o avançado colombiano não desperdiçou, apontou o sexto golo na prova e levou a decisão do encontro para os pontapés da marca de grande penalidade. E aí, Gudiño voltou a ser enorme, voltou a ser herói.

FICHA DE JOGO - 17 de Fevereiro de 2014

Real Madrid-FC Porto, 1-1 (2-4, após penáltis)
UEFA Youth League, oitavos-de-final
Estádio Alfredo Di Stefano, em Madrid (Espanha)

Árbitro: Adrien Jaccottet (Suíça)
Assistentes: Raffael Zeder e Stephane De Almeida (Suíça)
Quarto árbitro: José Luis Lesma Lopez (Espanha)

REAL MADRID: Oliveros (g.r.); Quezada, Lienhart, Kuscevic, Dani Fernandez; Borja Sánchez, Lazo, Febas, Cedrés; Mayoral e Babunski (cap.)
Substituições: Tejero por Babunski (52m), Sergio Molina por Borja Sanchez (69m), Garcia por Lazo (79m)

Não utilizados: Lavín (g.r.), Ayala, Harper, Rodriguez

Treinador: Luis Miguel Ramis

FC PORTO: Raul Gudiño (g.r.); Fernando Ferreira, Malthe Johansen, Diogo Verdasca e Lumor; Chidozie, Sérgio Ribeiro, Clever; Leonardo, Rui Moreira (cap.) e Ruben Macedo
Substituições: Moreto Cassamá por Clever (45m), João Cardoso por Rui Moreira (67m), Tony Djim por Diogo Verdasca (79m)

Não utilizados: João Costa (g.r.), Rui Silva, Jorge Fernandes, Bruno Costa

Treinador: António Folha

Ao intervalo: 0-0

Marcadores: Mayoral (60m), Leonardo (81m)

Disciplina: cartão amarelo a Diogo Verdasca (5m), Dani Fernandez (12m e 49m), Kuscevuic (26m), Chidozie (63m), a Borja Sanchez (69m), cartão vermelho a Dani Fernandez (49m)


Miguel Sousa Tavares_Denuncia arbitragens favoráveis ao SLB (copiado de Tomo ii)

Convocados para Basileia, Lopetegui e...

17/02/2015 - Lopetegui chamou 20 jogadores para o encontro dos oitavos-de-final da Champions.

O guarda-redes Ricardo Nunes entra na lista de 20 convocados para o jogo frente ao Basileia (quarta-feira, 19h45 de Portugal Continental), a contar para a primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League. Mantendo a regra das últimas convocatórias, que têm registado poucas novidades, Julen Lopetegui promoveu apenas a convocatória de um terceiro guardião, como tem sido hábito nos jogos europeus. São por isso chamados 20 atletas para a viagem à Suíça.

Na terça-feira, o FC Porto parte rumo à Suíça às 8h55, num voo que sai do Aeroporto Francisco Sá Carneiro com destino ao EuroAirport Basel Mulhouse Freiburg e que tem chegada prevista para as 12h15 (11h15 em Portugal Continental). Às 18h30 locais, Julen Lopetegui e um jogador antevêem o encontro, em conferência de imprensa no St. Jakob-Park, onde decorrerá, 30 minutos depois, um treino dos Dragões, com os primeiros 15 minutos abertos à comunicação social.

A equipa portista regressa à Invicta na quinta-feira, embarcando no EuroAirport Basel Mulhouse Freiburg às 10h30 locais. A chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro está prevista para as 12h00 de Portugal Continental.

Lista de 20 convocados: Helton, Fabiano e Ricardo Nunes (g.r.); Danilo, Martins Indi, Maicon, Marcano, Casemiro, Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Quintero, Tello, Evandro, Herrera, Hernâni, Alex Sandro, Óliver Torres, Rúben Neves e Aboubakar.


Lopetegui: “Não há favoritos”


​Para Julen Lopetegui, "não há favoritos" na eliminatória entre Basileia e FC Porto, que arranca esta quarta-feira (19h45 de Portugal Continental), em território suíço. Na sala de imprensa do St. Jakob-Park, o técnico destacou a experiência do adversário orientado pelo português Paulo Sousa – com “quase mais 200 jogos internacionais” do que os portistas – e lembrou que os Dragões serão apoiados por muitos adeptos.

“Não há favoritos, apenas conta quem fizer melhor as coisas amanhã. O resto é falar por falar. O Paulo pode ir buscar os números que quiser, mas o Basileia tem mais experiência e esteve praticamente dois meses a preparar este encontro. Temos uma ambição muito grande para este jogo, numa cidade histórica para o FC Porto. Vamos ter aqui muitos adeptos portugueses que nos vão apoiar e demasiados argumentos para pensar em coisas que não nos servem para nada”, afirmou Lopetegui.

O treinador frisou o facto de os azuis e brancos serem a equipa mais jovem dos oitavos-de-final da prova, mas não será esse factor a impedir o FC Porto de colocar toda a “energia, esperança, vontade e ambição” neste duelo frente a um oponente “muito completo, em todos os processos do jogo” e “bem orientado” por Paulo Sousa. “O seu trabalho é conhecer o FC Porto e o nossso conhecer o Basileia. Fizemos ambos isso, sem dúvida. Nesta aventura da Champions é bom lembrar que não tínhamos bilhete de início e tivemos uma classificação duríssima frente ao Lille. Agora estamos a desfrutar desta experiência”, clarificou.

Convidado a comentar o facto de ser o treinador da única equipa portuguesa em prova e a olhar para as críticas de que é alvo por parte de alguma comunicação social, Lopetegui confessou estar “demasiado focado e esperançado” para se lembrar dessas mesmas críticas. O técnico optou por reforçar o retrato do adversário e a sua preparação. Ao contrário do que se possa pensar, sublinhou o espanhol, o Basileia não esteve parado durante a pausa de Inverno da Liga suíça, continuando “a treinar e efectuando uma série de jogos particulares”.

“É um desafio difícil, porque os oitavos são muito duros para todos, estão aqui os 16 melhores da Europa. Claro que será importante para eles não sofrer golos e para nós marcar. Falamos de uma eliminatória que vai ser equilibrada e em que cada detalhe vai ser importante, sem dúvida. Sabemos que teremos de fazer duas grandes exibições para superar
o Basileia”, resumiu.


Óliver Torres: “Queremos desfrutar deste momento”

Óliver Torres confessou na sala de imprensa do St. Jakob-Park, esta terça-feira, que sonhou desde muito jovem entrar em campo, ouvir o hino da Champions e disputar um encontro da mais entusiasmante competição de clubes do mundo. Na véspera do desafio com o Basileia a contar para os oitavos-de-final, o médio relembrou a eliminatória duríssima frente aos franceses do Lille, que o FC Porto teve de ultrapassar para entrar na prova. Agora é tempo de viver a atmosfera dos grandes desafios.

“Quando és pequeno e vês estes jogos pela televisão tens a esperança de conseguir realizar esse sonho. Somos afortunados e estamos a trabalhar desde o início da pré-temporada, em Julho, quando começámos a preparar o jogo com o Lille. Trabalhámos bem, ganhámos esse direito e vamos desfrutar com esperança deste momento e a partir daí tentar fazer um bom papel”, afirmou o camisola 30 dos Dragões.

O espanhol admitiu que marcar um golo fora de casa “seria importante” e destacou a qualidade do meio-campo do Basileia, elogiando em particular Frei, um “trinco que joga muito bem” e a quem o FC Porto vai ter de ter “especial atenção”. “Sinto-me confortável e ajudamo-nos uns aos outros como equipa e creio que isso é o mais importante. Essa é uma das nossas principais forças”, declarou.

Bem-humorado, Óliver foi convidado a fazer uma hipotética pergunta ao treinador rival, Paulo Sousa, e escolheu a seguinte: “Que poderemos fazer para lhe marcar um golo?”. Depois, disse que espera ver “o estádio cheio” e que o FC Porto terá de fazer “o seu melhor” frente a uma “grande equipa”.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

As actuações disciplinares dos juízes do apito

 15/02/2015 - Julen Lopetegui
"Na parte final houve algumas patadas a ditarem cartões"

Treinador do FC Porto, Julen Lopetegui, ficou satisfeito com o rendimento dos seus jogadores e considera que o resultado acaba por ser escasso.

Julen Lopetegui resumiu assim a sua opinião sobre o jogo em que o FC Porto derrotou o Vitória de Guimarães, por 1-0, no Estádio do Dragão:

"Fomos claramente superiores, dispondo de muitas ocasiões para definir o marcador, apesar de só termos concretizado um golo. Perante uma boa equipa como é o Vitória de Guimarães, não conseguimos matar o jogo, mas direi que o FC Porto fez uma grande primeira parte e um bom jogo em geral.
Na parte final houve algumas patadas a ditarem cartões, mas quando assim é torna-se difícil uma equipa assumir o jogo".


 Sobre as substituições operadas na segunda parte, explicou:

"Esta semana tivemos seis jogadores doentes e o jogo começou a pesar muito, daí que tivesse oxigenado a equipa e acabou por sair tudo bem. Como disse, não conseguimos matar o jogo, mas o mais importante era assegurar os três pontos. Não havia que pensar na Champions, mas focar-nos a cem por cento neste jogo da Liga. Agora, sim, vamos pensar no próximo jogo, que é da Champions".

FC Porto "B" x Feirense


Um jogo bem disputado pelas duas equipas, se bem que um tanto maltratado pela equipa de arbitragem que esteve muito mal no capítulo disciplinar ao permitir as patadas dos adversários e não protegendo o futebol mais técnico dos Dragões, como seria aliás a sua obrigação de promover o espectáculo em detrimento do jogo faltoso...

Mas esta situação também acontece na 1ª Liga sempre que se trate de apitar os jogos em que intervêm os Dragões, as equipas de arbitragem permitem aos adversários dos portistas autenticas "patadas" mas em contra partida são sempre muito rigorosos e rápidos a admoestar com as cartolinas amarelas os jogadores do FC Porto se eles pisarem o risco...! 

 
FICHA DE JOGO

FC PORTO B-FEIRENSE, 1-0 - Segunda Liga, 27.ª jornada
14 de Fevereiro de 2015
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia

Árbitro: Fábio Veríssimo (Leiria)
Assistentes: Luís Marcelino e Pedro Neves
Quarto árbitro: João Bento

FC PORTO B: Raul Gudiño; Víctor García, Lichnovsky, Zé António e Rafa; Leandro Silva, Francisco Ramos e Pavlovski; Frédéric, Gonçalo Paciência (cap.) e André Silva
Substituições: Pavlovski por Tomás Podstawski (68m), Frédéric por Ruben Macedo (78m) e André Silva por Pité (86m)
Não utilizados: Kadú, David Bruno, Diego Carlos e Roniel
Treinador: Luís Castro

FEIRENSE: Márcio Paiva; Mika Freire, Tonel, Henrique e Jefferson Santos; Cris (cap.), Tiago Jogo, Paulo Grilo e Rúben Oliveira; Hélder Rodrigues e Luiz Phellype
Substituições: Hélder Rodrigues por Ouattara (60m), Jefferson Santos por Cafú (67m) e Tiago Jogo por Diogo Fonseca (76m)
Não utilizados: Makaridze, Hirooka, Igor Rocha e Fabinho
Treinador: Pedro Miguel

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Pavlovski (57m)
Disciplina: cartão amarelo a Jefferson Santos (53m), Gonçalo Paciência (69m), Luiz Phellype (76m), Cris (87m) e Lichnovsky (90m)

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Pedro Marques Lopes - Basileia é especial

14/02/2015 - Excerto de Brasão abençoado- Basileia é especial

 …Claro que há sempre quem consiga ver ciência em bambúrrios, nos roubos de catedral em momentos chave (tanto nos seus jogos como nos dos adversários) ou acredite que golos, como o do empate em Alvalade, se devem a “um bom posicionamento dos jogadores”. Há mesmo quem teime em divulgar a delirante tese do resultadismo, a que diz que uma equipa pode ganhar campeonatos jogando sistematicamente mal. Nada disso.
Para que uma equipa ganhe títulos não jogando a ponta dum chavelho é preciso uma sorte nunca vista, uma gigantesca ajuda dos árbitros e muita colaboração dos adversários.
É este último ponto que me interessa, daquele jogo entre solteiros e casados pouco ou nada resta dizer.

Já todos percebemos que há uma espécie de pacto de regime para entregar o campeonato deste ano ao Benfica. Contra a pouca vergonha resta apenas a denúncia – que sobretudo e necessariamente tem de ser mais vigorosa da parte dos responsáveis portistas –, sabemos que daqui até ao fim do campeonato vamos ser brindados com mais capeladas e similares; e a sorte dá muito jeito, mas não dura sempre.

Mas o FC Porto tem de fazer a sua parte. Não se pode comparar a qualidade de jogo do FC Porto com a do Benfica, só alguém cego pela paixão ou por qualquer outro sentimento irracional não percebe a diferença de classe entre as duas equipas. Agora, há que ganhar mais consistência, é fundamental gerir melhor o jogo. Não podemos ter aquela terrível sensação de que pode acontecer algo de errado a qualquer momento, que, de repente, um jogador nosso pode fazer um passe de morte para um adversário ou que há um certo diletantismo na forma como se criam oportunidades de golo e se desperdiçam. Resumindo, não podemos criar a mínima desculpa a quem tudo faz para nos prejudicar.
Hoje jogamos com o Guimarães. É um jogo vital porque é o próximo. Desta vez, não é na dimensão normal da expressão, é, sim, porque é fundamental mostrar que não desperdiçaremos mais pontos, seja a equipa fracas ou fortes, como é o caso. Tem de ficar bem evidente que aquilo que apenas depende de nós não faltará. O resto se verá.
Ao menos, disfarcem.

CONVENHAMOS, o que se passou no estádio da Luz no jogo contra o Vitória de Setúbal, na passada quarta-feira, foi apenas mais uma exibição de pouca vergonha, de afirmação arrogante de que se pode fazer tudo sem que se receiem consequências.
faltam palavras para descrever a escandaleira. O Vitória de Setúbal mostrou os dentes e foi imediatamente arrumado com um penalty de gargalhada e uma expulsão de revista de quarta categoria. Causou, aliás, vergonha alheia a forma como o árbitro não expulsou o jogador vitoriano no segundo penalty. O embaraço por ter expulsado o jogador que tinha supostamente feito o primeiro foi tanto que nem teve coragem para aplicar o mesmo “critério” no segundo.

 Entreguem ao Benfica a Taça da Liga e o campeonato, mas, ao menos, disfarcem.

Indignações selectivas

TAMBÉM
não gostei dos infelizes cartazes das claques do Benfica, dos cânticos das claques sportinguistas e das cenas pouco edificantes.
Espanta-me, porém, que não tenha havido a mesma onda de indignação quando uns vândalos, adeptos do Sporting, este ano, agrediram pessoas à porta do Dragão.
São as chamadas indignações seletivas.

 by Pedro Marques Lopes in abola

 
Pedro Marques Lopes_Basileia é especial

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

FC Porto vence Vitória pela margem mínima

Hoje no Dragão assistiu-se a uma primeira parte relativamente bem jogada dos portistas, com excepção da finalização em que estiveram perdulários ou displicentes (inépcia? Talvez...!).
A segunda parte talvez mercê duma melhor organização na marcação aos adversários por parte dos vimaranenses e dum abrandamento dos azuis e brancos já não foi tão agradável de seguir.
Mas enfim, o FC Porto venceu conquistou os três pontos, mas deixou um gosto amargo, ou seja, a exibição dos Dragões soube a pouco.

Análise ao desempenho individual da equipa do FC Porto

 
Danilo muito esforçado foi dos que mais remou contra a maré. Maicon alternou bons cortes com passes disparatados. Marcano, na minha opinião foi o central mais regular. Alex Sandro teve bons rasgos mas em determinadas alturas pareceu faltarem-lhe pernas para recuperar.

Casemiro foi também dos mais esforçados da equipa e sempre no caminho da bola, foi também dos mais castigados pelo jogo faltoso dos contrários.

Óliver é um maestro no meio campo a distribuir jogo. Herrera, enquanto teve pernas também esteve bem, quando foi substituído já estava em fase de desacerto. Brahimi, descontando o lance do golo pouco mais fez. Quaresma teve bons apontamentos, mas na minha opinião já só tem gás para 45 minutos, pelo que devia ter sido substituído mais cedo. Jackson Martinez, apesar de não ter estado tão assertivo na finalização como de costume, não sabe jogar mal e foi talvez o melhor avançado do FC Porto. Tello quando entrou esperava-se que viesse (dinamizar o ataque) patrocinar um aumento do volume atacante na equipa, o que não se confirmou.
Eu no lugar de Lopetegui, em vez de Tello teria metido ao barulho o Hernâni e teria substituído mais cedo o Quaresma pelo Aboubakar que é um jogador rápido e com chuto fácil e potente.

 
Destaque pela negativa para este árbitro do Algarve, pois no capítulo disciplinar foi sempre muito permissivo com o jogo faltoso dos vimaranenses e extremamente rigoroso com as faltas dos portistas, exibindo uma dualidade de critérios confrangedora na exibição dos cartões amarelos, penalizando muito mais a equipa do FC Porto do que a do Vitória...
 
 
FC Porto                                21.ª jornada                                             Vitória de Guimarães
                                                                                       
 1                                                                                                                 0


Sexta-feira, 13 Fevereiro 2015 - 20:30
Competição: Primeira Liga - Estádio: Dragão, Porto (TV: SportTV)

Assistência:26.108

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)

Assistentes: Paulo Ramos e Luís Ramos

4º Árbitro: Vasco Santos

 
 FC Porto: 12 Fabiano,

2 Danilo (86'), 4 Maicon, 5 Marcano, 26 Alex Sandro

6 Casemiro, 16 Herrera, 30 Óliver Torres

7 Quaresma , 9 Jackson Martínez (c), 8 Brahimi

Suplentes: 1 Helton, 3 Martins Indi, 10 Quintero, 11 Tello
(65' Brahimi), 17 Hernâni, (87' Hernâni), 36 Rúben Neves
(65' Herrera), 99 Aboubakar

Treinador: Julen Lopetegui

Vitória de Guimarães: 13 Assis

76 Bruno Gaspar, 3 Josué (c), 15 João Afonso, 66 Breno, 99 Bouba Saré (37')

26 Cafú (69'), 43 Bernard (72'), 34 Sami

14 Alex , 10 Jonatan Álvez (67')

Suplentes: 1 Douglas, 6 Moreno, 8 Nassim, (74' Bouba Saré), 9 Tomané
(82' Alex), 52 Otávio, 80 Gui , (59' Sami), 91 Valente

Treinador: Rui Vitória



Golo de Brahimi permitiu ao FC Porto bater o Vitória de Guimarães, num encontro totalmente controlado pelos Dragões

Um golo de Brahimi, aos 31 minutos, permitiu ao FC Porto bater o Vitória de Guimarães (1-0) e ficar, pelo menos provisoriamente, a apenas um ponto do primeiro classificado da Liga portuguesa, o Benfica. Tratou-se de um encontro totalmente dominado pelos azuis e brancos, que assim obtiveram a terceira vitória consecutiva na prova, sempre sem sofrer golos. Só por ineficácia na concretização, uma ponta de azar e acção do guarda-redes Assis é que o melhor ataque da prova (50 tentos) não foi capaz de construir uma vitória confortável, face a um adversário que não criou um único lance de grande perigo.

Em relação ao onze apresentado frente ao Moreirense, Lopetegui fez entrar Brahimi para o lugar de Tello e o FC Porto efectuou, como tem sido habitual, uma entrada forte. Já os vimaranenses, como era esperado, optaram por ceder a iniciativa ao adversário, juntando muito as linhas e procurando lançar as setas Sami, Alex e Álvez à baliza de Fabiano.

As ideias do ataque portista nem sempre foram as mais claras, mas houve oportunidades para desfazer o nulo nos primeiros minutos. Jackson Martínez foi o principal protagonista: aos cinco minutos teve duas oportunidades consecutivas, aos 30 também, mas apareceu uma perna de um homem do Vitória, uma defesa de Assis ou os remates saíram ao lado. Nota ainda para outro disparo por cima do colombiano, aos 10, após uma recuperação de Quaresma, e para mais um pontapé ao lado de Danilo, na sequência de um óptimo lance colectivo.

Após um período de alguma quebra, os Dragões voltaram a pôr o pé no acelerador e o golo acabou por surgir mesmo aos 31 minutos, após um trabalho de Óliver no centro da área forasteira e uma assistência para Brahimi, que finalizou com tranquilidade. Tantas vezes o cântaro ia à fonte que tinha mesmo de partir e foi o argelino, ainda a apanhar o comboio do plantel após a participação na Taça das Nações Africanas, a derrubar a resistência vimaranense. Ao intervalo, a vantagem do FC Porto só pecava por escassa, face a um adversário que esteve sempre encolhido e que só rematou aos 45 minutos.

No arranque da segunda parte, o Vitória de Guimarães tentou mostrar um pouco mais as garras e rematou algumas vezes à baliza de Fabiano, mas sempre sem grande perigo. Porém, aos 65 minutos, e procurando reconquistar a supremacia total da primeira parte no meio-campo, Lopetegui lançou Rúben Neves para o lugar de Herrera; na frente, procurou a rapidez de Tello em detrimento de Brahimi, num momento em que os minhotos iriam necessariamente abrir mais espaços. Porém, Nuno Almeida já procurava ser então o grande protagonista do jogo e conseguiu-o aos 69 minutos, quando perdoou o cartão vermelho a Cafú por uma entrada sobre Casemiro. Numa situação menos grave e num terreno molhado, ao contrário desta sexta-feira, Maicon viu o vermelho frente ao Boavista. Rui Barros, treinador-adjunto dos Dragões, foi expulso por protestos.

Maicon perdeu aos 77 minutos a oportunidade para matar o encontro, num desvio de cabeça a um livre de Quaresma; o mesmo aconteceu aos 84, quando Assis defendeu o remate de Danilo, na marcação inteligente de um livre directo, e aos 89, quando o guarda-redes evitou que Hernâni marcasse na estreia com a camisola do FC Porto, após cruzamento de Alex Sandro. Com tanto desperdício, o Vitória de Guimarães ficou até ao fim na esperança de que lhe caísse um ponto do céu e os Dragões sofreram imerecidamente. A luta pelo primeiro lugar continua no terreno do Boavista, a 23 de Fevereiro (20h00), num encontro em que Danilo, Alex Sandro e Casemiro ficarão de fora, por castigo. Antes, na quarta-feira, na Suíça, começa a disputa por um lugar nos quartos-de-final da Champions League, em Basileia.