14/02/2015 - Excerto de Brasão abençoado- Basileia é especial
…Claro que há sempre quem consiga ver ciência em bambúrrios, nos roubos de catedral em momentos chave (tanto nos seus jogos como nos dos adversários) ou acredite que golos, como o do empate em Alvalade, se devem a “um bom posicionamento dos jogadores”. Há mesmo quem teime em divulgar a delirante tese do resultadismo, a que diz que uma equipa pode ganhar campeonatos jogando sistematicamente mal. Nada disso.
Para que uma equipa ganhe títulos não jogando a ponta dum chavelho é preciso uma sorte nunca vista, uma gigantesca ajuda dos árbitros e muita colaboração dos adversários.
É este último ponto que me interessa, daquele jogo entre solteiros e casados pouco ou nada resta dizer.
Já todos percebemos que há uma espécie de pacto de regime para entregar o campeonato deste ano ao Benfica. Contra a pouca vergonha resta apenas a denúncia – que sobretudo e necessariamente tem de ser mais vigorosa da parte dos responsáveis portistas –, sabemos que daqui até ao fim do campeonato vamos ser brindados com mais capeladas e similares; e a sorte dá muito jeito, mas não dura sempre.
Mas o FC Porto tem de fazer a sua parte. Não se pode comparar a qualidade de jogo do FC Porto com a do Benfica, só alguém cego pela paixão ou por qualquer outro sentimento irracional não percebe a diferença de classe entre as duas equipas. Agora, há que ganhar mais consistência, é fundamental gerir melhor o jogo. Não podemos ter aquela terrível sensação de que pode acontecer algo de errado a qualquer momento, que, de repente, um jogador nosso pode fazer um passe de morte para um adversário ou que há um certo diletantismo na forma como se criam oportunidades de golo e se desperdiçam. Resumindo, não podemos criar a mínima desculpa a quem tudo faz para nos prejudicar.
Hoje jogamos com o Guimarães. É um jogo vital porque é o próximo. Desta vez, não é na dimensão normal da expressão, é, sim, porque é fundamental mostrar que não desperdiçaremos mais pontos, seja a equipa fracas ou fortes, como é o caso. Tem de ficar bem evidente que aquilo que apenas depende de nós não faltará. O resto se verá.
Ao menos, disfarcem.
CONVENHAMOS, o que se passou no estádio da Luz no jogo contra o Vitória de Setúbal, na passada quarta-feira, foi apenas mais uma exibição de pouca vergonha, de afirmação arrogante de que se pode fazer tudo sem que se receiem consequências.
Já faltam palavras para descrever a escandaleira. O Vitória de Setúbal mostrou os dentes e foi imediatamente arrumado com um penalty de gargalhada e uma expulsão de revista de quarta categoria. Causou, aliás, vergonha alheia a forma como o árbitro não expulsou o jogador vitoriano no segundo penalty. O embaraço por ter expulsado o jogador que tinha supostamente feito o primeiro foi tanto que nem teve coragem para aplicar o mesmo “critério” no segundo.
Entreguem ao Benfica a Taça da Liga e o campeonato, mas, ao menos, disfarcem.
…Claro que há sempre quem consiga ver ciência em bambúrrios, nos roubos de catedral em momentos chave (tanto nos seus jogos como nos dos adversários) ou acredite que golos, como o do empate em Alvalade, se devem a “um bom posicionamento dos jogadores”. Há mesmo quem teime em divulgar a delirante tese do resultadismo, a que diz que uma equipa pode ganhar campeonatos jogando sistematicamente mal. Nada disso.
Para que uma equipa ganhe títulos não jogando a ponta dum chavelho é preciso uma sorte nunca vista, uma gigantesca ajuda dos árbitros e muita colaboração dos adversários.
É este último ponto que me interessa, daquele jogo entre solteiros e casados pouco ou nada resta dizer.
Já todos percebemos que há uma espécie de pacto de regime para entregar o campeonato deste ano ao Benfica. Contra a pouca vergonha resta apenas a denúncia – que sobretudo e necessariamente tem de ser mais vigorosa da parte dos responsáveis portistas –, sabemos que daqui até ao fim do campeonato vamos ser brindados com mais capeladas e similares; e a sorte dá muito jeito, mas não dura sempre.
Mas o FC Porto tem de fazer a sua parte. Não se pode comparar a qualidade de jogo do FC Porto com a do Benfica, só alguém cego pela paixão ou por qualquer outro sentimento irracional não percebe a diferença de classe entre as duas equipas. Agora, há que ganhar mais consistência, é fundamental gerir melhor o jogo. Não podemos ter aquela terrível sensação de que pode acontecer algo de errado a qualquer momento, que, de repente, um jogador nosso pode fazer um passe de morte para um adversário ou que há um certo diletantismo na forma como se criam oportunidades de golo e se desperdiçam. Resumindo, não podemos criar a mínima desculpa a quem tudo faz para nos prejudicar.
Hoje jogamos com o Guimarães. É um jogo vital porque é o próximo. Desta vez, não é na dimensão normal da expressão, é, sim, porque é fundamental mostrar que não desperdiçaremos mais pontos, seja a equipa fracas ou fortes, como é o caso. Tem de ficar bem evidente que aquilo que apenas depende de nós não faltará. O resto se verá.
Ao menos, disfarcem.
CONVENHAMOS, o que se passou no estádio da Luz no jogo contra o Vitória de Setúbal, na passada quarta-feira, foi apenas mais uma exibição de pouca vergonha, de afirmação arrogante de que se pode fazer tudo sem que se receiem consequências.
Já faltam palavras para descrever a escandaleira. O Vitória de Setúbal mostrou os dentes e foi imediatamente arrumado com um penalty de gargalhada e uma expulsão de revista de quarta categoria. Causou, aliás, vergonha alheia a forma como o árbitro não expulsou o jogador vitoriano no segundo penalty. O embaraço por ter expulsado o jogador que tinha supostamente feito o primeiro foi tanto que nem teve coragem para aplicar o mesmo “critério” no segundo.
Entreguem ao Benfica a Taça da Liga e o campeonato, mas, ao menos, disfarcem.
Indignações selectivas
TAMBÉM não gostei dos infelizes cartazes das claques do Benfica, dos cânticos das claques sportinguistas e das cenas pouco edificantes.
Espanta-me, porém, que não tenha havido a mesma onda de indignação quando uns vândalos, adeptos do Sporting, este ano, agrediram pessoas à porta do Dragão.
São as chamadas indignações seletivas.
by Pedro Marques Lopes in abola
Pedro Marques Lopes_Basileia é especial
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