quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Que o ano de 2009 seja o da consagração da equipa

31-12-2008 FUTEBOL
Entre em 2009 ao lado dos Tricampeões!
 
O ano de 2009 promete trazer mais emoções fortes para os Portistas. A equipa do F.C. Porto continua a lutar em todas as frentes competitivas e conta com o apoio de associados e adeptos para atingir os seus objectivos. O primeiro momento de incentivo ao plantel de Jesualdo Ferreira pode surgir já está quinta-feira, em pleno Estádio do Dragão.
 
No dia em que o F.C. Porto cumpre mais uma etapa da preparação para a visita ao Nacional, os associados do clube podem assistir ao treino e ensaiar desde já os incentivos e os aplausos do novo ano.
 
A partir das 16h30, os sócios do F.C. Porto só necessitam de dirigir-se às Portas 13 e 17 do Estádio do Dragão. Mais um instante azul e branco que promete!

domingo, 28 de dezembro de 2008

Jorge Nuno comemora hoje 71 anos da sua existência

Pràticamente um título por cada ano de vida

Jorge Nuno,está de parabens, completa hoje 71 anos de vida, 26 dos quais à frente do FC Porto,e,tem a partir de hoje, 69 títulos conquistados só no futebol, dos seniores aos iniciados. Um currículo invejável que o torna no recordista mundial entre presidentes de clubes. É quase uma conquista por cada ano de vida. E há seis troféus internacionais que enchem de orgulho o clube e alimentam o ego do seu mentor: são dois títulos de campeão europeu, outras tantas Taças Intercontinentais, uma Taça UEFA e uma Supertaça europeia.

As modalidades também têm crescido na sua vigência, sobretudo o hóquei em patins, que domina nos últimos anos. São 17 títulos nacionais em 26 anos de presidência. Depois, há ainda incontáveis troféus no voleibol, no atletismo, no bilhar, no boxe, na natação, na pesca e no desporto adaptado, entre outros...

Currículo de Pinto da Costa no futebol

16 Campeonatos Nacionais

1984/85, 1985/86, 1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97, 1997/98, 1998/99, 2002/03, 2003/04, 2005/06, 2006/07, 2007/08

Antes, o FC Porto só havia ganho 7 Total 23

9 Taças de Portugal

1983/84, 1987/88, 1990/91, 1993/94, 1997/98, 1999/00, 2000/01, 2002/03, 2005/06

Antes, o FC Porto só havia ganho 4 Total 13

14 Supertaças

1982/83, 1983/84, 1985/86, 1989/90, 1990/91, 1992/93, 1993/94, 1995/96,1997/98, 1998/99, 2000/01, 2002/03, 2003/04, 2005/06

Antes, o FC Porto só havia ganho 1 Total 15

2 Taças dos Clubes Campeões Europeus

1986/87, ainda com essa denominação, e em 2003/04, como Liga dos Campeões Europeus

Antes, o FC Porto não havia ganho nenhuma

1 Taça UEFA

2002/03

Antes, o FC Porto não havia ganho nenhuma

n 2 Taças Intercontinentais

1987 e 2004

Antes, o FC Porto não havia ganho nenhuma

1 Supertaça europeia

1987

Antes, o FC Porto não havia ganho nenhuma

Juniores - 9 Campeonatos Nacionais

1983/84, 1985/86, 1986/87, 1989/90, 1992/93, 1993/94, 1997/98, 2000/01, 2006/07

Antes, o FC Porto havia ganho 10

Juvenis - 9 Campeonatos Nacionais

1981/82, 1984/85, 1985/86, 1987/88, 1988/89, 1994/95, 1997/98, 2001/02, 2002/03

Antes, o FC Porto tinha ganho 8 Total 17

Iniciados - 7 Campeonatos Nacionais

1985/86, 1989/90, 1996/97, 1997/98, 1999/00, 2001/02, 2004/05, 2006/07

Antes, o FC Porto tinha ganho 5 Total 13

PS - Pinto da Costa abriu as portas a 15 treinadores: Pedroto, Artur Jorge, Quinito, Ivic, Carlos Alberto Silva, Bobby Robson, António Oliveira, Fernando Santos, Octávio Machado, José Mourinho, Del Neri, Victor Fernández, José Couceiro, Co Adriaanse e Jesualdo Ferreira. Foram poucos os que saíram sem ganhar nada.

PS1- Aguero (Atlético de Madrid)

A confiança é aquilo que faz um jogador ser melhor", explicou. Parte da confiança com que a equipa de Aguirre está a jogar tem a ver com a série de 15 jogos sem perder. "Não é fácil estar esse tempo todo sem perder um jogo. Estamos a jogar com muita confiança. O Maxi Rodríguez está a atravessar um excelente momento e o Forlán marca golos. Como a defesa está forte, os jogadores mais adiantados atacam com confiança e tranquilidade. Estou a passar por um bom momento porque a equipa está forte", disse.

sábado, 27 de dezembro de 2008

A crise e o... Lucho

JORGE MAIA (OJOGO)

Estive para aqui mais de uma hora a tentar resistir à tentação da piada óbvia, mas tenho de me render à evidência: sou um fraco. Se fosse mais forte, teria conseguido evitar a boçalidade infantil de escrever que, em tempos de crise, o Lucho é sempre o primeiro sacrificado. Ora, agora que o mal está feito, mais vale dar-lhe algum uso e sublinhar que Lucho foi uma vítima da crise que marcou o mês de Outubro no FC Porto. Jesualdo Ferreira teve de mudar a equipa, fixou Hulk e Lisandro na frente, e Lucho mudou de funções assumindo novas responsabilidades na exploração do lado direito do ataque onde falta um lateral como era Bosingwa há um ano. Dividido entre as suas funções no meio-campo e as preocupações ofensivas e de cobertura no lado direito, Lucho perdeu definição, baixou de rendimento e entrou ele próprio em crise de confiança. Ultimamente, os passes não têm saído, os remates têm saído tortos, e o futebol desorganiza-se nos seus pés, mas Jesualdo insiste. O professor sabe que precisa de Lucho para ser campeão e que Lucho precisa de jogar para se motivar. Até porque esta não é a primeira crise que ambos enfrentam.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Apito Final. Conselho de Justiça nega provimento ao recurso do FC Porto

Enquanto os "jagunços" afectos ao SLB estiverem em maioria no CD da Liga de Clubes e no CJ da Federação,será impossível rever seja o que for. É a justiça que lhes convém a eles,e, não abrem mão disso...!

Apito Final Conselho de Justiça nega provimento ao recurso do FC Porto
A Federação Portuguesa de Futebol anunciou hoje que foi negado provimento ao recurso apresentado pelo FC Porto há duas semanas, relativamente aos castigos impostos ao clube campeão nacional no âmbito do processo Apito Final. Os azuis-e-brancos recorreram no passado dia 11 e o Conselho de Justiça da FPF analisou com rapidez o pedido do FC Porto, com o processo, em que é recorrida a Comissão Disciplinar da Liga, a ter deliberação com data de 17 de Dezembro, e hoje tornada pública. O FC Porto interpôs o recurso para o CJ, depois de o plenário da CD da Liga de Clubes ter indeferido, a 4 de Dezembro, uma reclamação dos dragões, por considerar que caberia ao clube o envio dos processos relacionados com o Apito Final. O FC Porto pedia à CD da Liga a revisão dos castigos aplicados no âmbito do processo Apito Final (perda de seis pontos ao clube e suspensão de dois anos ao presidente Pinto da Costa), na sequência da sentença do Supremo Tribunal de Justiça, que impede a utilização de escutas num processo disciplinar a João Bartolomeu, presidente do Leiria. A CD da Liga informou o FC Porto que não poderia, “por ora”, analisar o pedido de revisão, por não ter em sua posse os processos originais, que se encontram no Tribunal Administrativo de Lisboa. A CD esclareceu ter pedido ao CJ federativo para que os processos fossem devolvidos e, assim, lhes fossem juntos os requerimentos de revisão do Boavista e do FC Porto. O CJ, no entanto, respondeu à CD que os processos estavam no Tribunal Administrativo de Lisboa, dando disso nota aos clubes envolvidos a Comissão Disciplinar da Liga. A 28 de Novembro, o FC Porto anunciou recurso para o plenário da CD e qualificou a resposta de “lamentável atitude” e “um veto de gaveta e um esforço patético de evitar o acesso ao direito e à justiça a que todos têm direito”.

Benfica 0 Nacional 0 - Lance Polémico

Manuel Machado viu na televisão a repetição do lance polémico e, depois disso, não teve dúvidas em afirmar que Pedro Henriques esteve bem ao não validar o golo encarnado. "O jogador do Benfica joga claramente a bola com a mão. Pedro Henriques fez uma boa arbitragem pois não quis prejudicar ninguém", sustentou. Apesar disso, Manuel Machado queixa-se de "uma falta, para cartão vermelho, de Miguel Vítor sobre Nené, que não foi assinalada."

domingo, 21 de dezembro de 2008

FC Porto 0 Marítimo 0

Futebol - Liga Sagres FC Porto cede empate frente ao Marítimo no Dragão

O FC Porto interrompeu uma série de nove vitórias consecutivas, cedendo esta noite um empate a zero diante do Marítimo no Estádio do Dragão. Os portistas dominaram quase todo o encontro, mas encontraram pela frente uma equipa sólida, bem estruturada, que vinha (avisada) de amplas derrotas com o Benfica e com o Sporting. O FC Porto perdeu assim boa oportunidade de se isolar na frente do campeonato, ainda que à condição. Início forte da equipa do FC Porto com Lucho a rematar um pouco ao lado logo no primeiro minuto. E aos 4' foi a vez de Hulk atirar forte, mas também ao lado. Aos 10', de novo Lucho, desta feita de pé esquerdo, outra vez ao lado. Até que o Marítimo, aos 17', lá conseguiu chegar à baliza de Helton. Num contra-ataque, Miguelito serviu muito bem Baba, mas Rolando cortou para canto. Aos 28', já com o Marítimo encaixado no jogo do adversário, primeira situação de verdadeiro perigo.
Na sequência de um canto, a bola sobrou para Bruno Alves que, completamente à vontade, rematou por cima. Respondeu o Marítimo por João Guilherme que, num livre directo, atirou fortíssimo à barra da baliza de Helton, aos 31'. Sete minutos volvidos, nova grande ocasião para o FC Porto. Canto da direita apontado por Raul Meireles e Rodriguez, em óptima posição, a cabecear um pouco ao lado. No segundo tempo o Marítimo, que substittuiu Fogaça por Djalma, continuou a dificultar a vida ao FC Porto, que só aos 58' teve um remate perigoso, por Rodriguez, aos lado. O uruguaio, um minuto depois, cabeceou por cima. O FC Porto dominava, é um facto, mas o Marítimo, para além de tapar bem os caminhos para a sua baliza, obrigava a defesa da casa a bastantes cuidados. Aos 65', num livre da direita marcado por Bruno, Marcinho cabeceou à barra. No minuto seguinte Jesualdo Ferreira fez entrar Mariano e sair Pedro Emanuel. Fucile foi para a esquerda da defesa e o argentino ficou na ala direita. Um reforço para o ataque, que de facto não estava nos seus melhores dias. Só que o Marítimo continuava muito seguro. Os dez minutos finais foram frenéticos, com o FC Porto a carregar sobre a defensiva contrária, porem já mais com o coração do que com engenho e cabeça. O Marítimo já só pensava na conquista de um ponto e até perdeu a cabeça. Fernando Cardozo esbofeteou Rolando, mas só as câmaras da televisão viram. Jesualdo Ferreira não desistiu e fez entrar Farías, saindo Raul Meireles, aos 84'(tarde e a más horas). Três minutos depois, num dos raros ataques dos madeirenses nesta fase, “slalom” de Manu, com Helton a desviar para canto. No primeiro dos cinco minutos de descontos, Van der Linden evitou um golo certo ao FC Porto, desviando uma jogada perigosa para canto. Hulk foi o autor do derradeiro remate do FC Porto para defesa fácil de Marcos. Já depois dos cinco minutos Miguelito viu o cartão vermelho directo. Terminou assim a partida, com o FC Porto a ceder dois pontos em casa, tal como ontem o Sporting.

Liga Portuguesa 12ª Jornada 21 de Dezembro de 2008
Estádio do Dragão, no Porto Assistência: 37.809 espectadores
Árbitro: Duarte Gomes (AF Lisboa) Assistentes: Bertino Miranda e Pedro Garcia4º Árbitro: Vasco Santos

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.»; Fernando, Raul Meireles e Lucho; Lisandro, Hulk e RodríguezSubstituições: Pedro Emanuel por Mariano (67 min) e Raul Meireles por Farías (85 min)Não utilizados: Nuno, Stepanov, Benítez, Guarin e Tomás Costa. Treinador: Jesualdo Ferreira.

MARÍTIMO: Marcos; Briguel, João Guilherme, Fernando Cardozo e Van der Linden; Olberdam, Bruno «cap.», Marcinho e Miguelito; Bruno Fogaça e BabaSubstituições: Bruno Fogaça por Djalma (46 min), Marcinho por Vítor Júnior (77 min) e Baba por Manu (86 min)Não utilizados: Marcelo, Luis Olim, João Luiz e Zé Gomes. Treinador: Lori Sandri.
Ao intervalo: 0-0Disciplina: cartão amarelo a Olberdam (14 min), Van der Linden (44 min), Hulk (54 min), Fucile (67 min), Baba (75 min), Rodríguez (78 min), Vítor Júnior (80 min), Marcos (90 min) e Bruno (90 min). Cartão vermelho a Miguelito (90 min).

Jesualdo Ferreira:
“Ficámos a dever este empate a nós próprios”, desabafou Jesualdo Ferreira logo após o jogo desta noite com o Marítimo no Dragão. “Só nos faltaram os golos”, completou. “O Marítimo tem jogadores altos, defende bem, jogou com três centrais mais dois laterais e ainda três médios defensivos. Já sabíamos que o jogo iria ser difícil, mas tivemos muitas ocasiões para marcar, só que não o conseguimos.
«Foi um desfecho inglório»
Decepcionado, mas não abatido, Jesualdo Ferreira queria mais intensidade e o golo. Falou, por isso, num «desfecho inglório», referindo-se ao empate a que não reconheceu efeitos perversos nem a capacidade de operar um retrocesso na fase ascendente do F.C. Porto. E do nulo retirou ainda ensinamentos sobre a exuberância dos processos ofensivos.
Sentido único

«Em grande parte do tempo, o jogo disputou-se em sentido único. Na antevisão do jogo disse que não seria uma partida fácil e lembrei que, jogando fora, o Marítimo só tinha sofrido um golo.»
Mais pressão

«Na primeira parte, o F.C. Porto não foi suficientemente forte na pressão e o nosso plano passava por pressionar os três centrais do Marítimo. Não fomos tão agressivos (tão rápidos) como deveríamos ter sido num jogo deste tipo.»
Bola parada e contra-ataque

«As duas ou três oportunidades do Marítimo são normais em quem defende o jogo todo. Duas surgiram de bola parada e uma num contra-ataque.»
Sete jogos em 21 dias

«Empatámos porque não fomos capazes de tornear um adversário difícil e, a três jornadas do final da primeira volta, era muito importante termos ganho, mesmo tratando-se do nosso sétimo jogo em 21 dias, ao longo do qual revelámos uma grande frescura.»
Desfecho inglório

«Foi um desfecho inglório e terminarmos a jornada no primeiro lugar não dependia de nós. O que me deixa insatisfeito foi termos tido ocasiões suficientes para marcar, pelo menos, um golo. Num jogo destes, um golo geraria mais espaço.»
Confiante e sem recuos

«Este empate vai ajudar-nos a perceber que em nenhum momento poderemos jogar com menor intensidade, mas não me retira a confiança nem me faz pensar que demos passos atrás.»
Dificuldade madrilena

«O Atlético de Madrid fez 12 pontos no seu grupo e não perdeu qualquer jogo. Tem uma boa equipa e disputa, talvez, o melhor campeonato do mundo. Será difícil, mas até Fevereiro, ainda há muito para jogar e para preparar.»
Abraço triste
«Dou um abraço triste aos adeptos portistas, junto com os votos de um Feliz Natal, porque gostava de lhes oferecer a vitória.»

A minha opinião : A equipa do FC Porto não ganhou o jogo devido à inépcia do seu meio campo, dos seus atacantes e ao super ferrolho utilizado pela equipa do Marítimo.
A equipa do Marítimo procurou jogar em antecipação e conseguiu quase sempre ser mais rápida do que a equipa do FC Porto a chegar à bola, daí o mérito do Marítimo em ter alcançado o empate e o demérito da equipa do FC Porto por tê-lo consentido.
Foi confrangedora a imagem da precipitação, do atabalhoamento que a equipa do FC Porto deu nos 20 minutos finais do jogo.
Na minha opinião, a equipa do FC Porto ressentiu-se do jogo de 4ª feira na Reboleira, porque em pequenos pormenores como por exemplo no aspecto da velocidade dos jogadores, a equipa do FC Porto quase sempre perdeu. Daí a atrapalhação, a precipitação,o atabalhoamento nos remates à baliza do Marítimo, devido à pressão (rapidez) exercida pelos seus jogadores sobre os jogadores do FC Porto, os quais nunca tiveram argumentos para se libertarem dessa pressão. A sensação final que me fica é que os jogadores do Marítimo foram sempre mais rápidos sobre a bola e faltou expontaneidade e velocidade ao contra-ataque da equipa do FC Porto.

PS - À atenção da FC Porto - Futebol,SAD.
Dado que existe na equipa de futebol a falta dum lateral esquerdo de categoria aceitável, os dirigentes da SAD deviam na abertura do mercado tentar contractar o lateral direito Vasco Fernandes ao Leixões, desviando o Fucile para o lado esquerdo da defesa, ficando assim resolvido o problema dos laterais na equipa. O Sapunaru é um central adaptado a lateral, mas como não é um sprinter não tem velocidade de pernas para jogar nas alas.


PS 1 - Ah! é verdade este árbitro, Duarte Gomes, está registado em Lisboa mas é natural da Madeira...!

PS 2 - Abertura de mercado em Janeiro, aquisição dum defesa lateral esquerdo.
Pedro Emanuel, apesar de esforçado e sem negar a importância que teve para serenar a equipa num momento conturbado, será sempre uma adaptação de risco. Viu-se isso nos últimos jogos, percebendo-se que a experiência não consegue iludir por completo a falta de rotinas, de velocidade e de capacidade atacante para dar resposta a todos os problemas.

Já estão todos assustados porque podemos voltar a ganhar em 2008/2009

Considerações do Jesualdo Ferreira
A missão é vencer o Marítimo para não dar margem de manobra ao Benfica, numa altura em que o FC Porto pode alcançar dez vitórias consecutivas. O melhor período sucede a uma fase menos boa e os resultados começam a levantar algumas preocupações nos outros, segundo Jesualdo, que se congratulou com a estratégia seguida.
Nos últimos 10 anos, o FC Porto só não liderou uma vez em Dezembro, mas agora está numa espiral de vitórias e joga antes do Benfica. Isso permite pressionar quem está em primeiro?
Perseguimos o primeiro lugar, mas não encontramos nesse cenário mais ou menos motivação do que aquela a que estamos obrigados em qualquer jogo. Não conseguimos chegar a esta altura com a mesma vantagem das duas últimas épocas por demérito nosso e por mérito dos adversários. Vamos defrontar o Marítimo, um adversário difícil, que respeitamos muito, porque é importante que se perceba que o Marítimo, até ao último jogo que fez com o Benfica, no campeonato, era a defesa menos batida da prova, tinha um registo muito bom fora, com três vitórias e um empate em cinco jogos, e um golo sofrido. Vai obrigar-nos a jogar, se calhar, melhor ainda. Agora, à medida que nos vamos aproximando dos nossos objectivos, mais nos mobilizamos. Estamos a dois pontos do líder e queremos chegar rapidamente à liderança. Não dependemos de nós e, por isso, temos apenas a missão de ganhar o jogo.

Qual é o sentimento quando olha para trás e passa de uma sequência de jogos menos bons e chega aqui a dois pontos do líder?
Acho que aquilo que foi dito sobre o FC Porto, o seu treinador e alguns jogadores teve alguma razão de ser, porque o FC Porto perdeu e porque normalmente não perde; ganha. Estamos num país em que existem três equipas grandes que são tratadas de forma diferente. Acho mau, mas não tenho nada a ver com isso. Às vezes, fica no ar aquele sentimento de pouca seriedade, que é uma coisa que me assusta. Quando o FC Porto perdeu, encontraram razões da derrota sem se preocuparem em fazer uma análise crítica correcta, optando pelo mais fácil, que é dizer mal. Depois, o FC Porto começou a ganhar e as pessoas ficaram com dificuldade para explicar, porque, se tivessem feito uma análise séria, teriam sabido explicar. Mas, como não a fizeram, deixaram de ter argumentos. O meu sentimento foi sempre de serenidade, porque nunca perdemos o norte, tínhamos uma estratégia e cumprí-mo-la.
Então, que balanço faz nesta altura?
Olhando para trás, acho inevitável o que se passou. Talvez não as três derrotas, mas os solavancos que a equipa teve, porque, quando o FC Porto perdeu, a observação feita foi a de que os jogadores não prestavam, que as outras equipas eram muito mais fortes. Ninguém foi capaz de fazer uma análise para saber porque é que os jogadores que chegaram tiveram aquelas prestações. Nos últimos dois anos, saíram cinco jogadores do FC Porto que praticamente cresceram cá, como Pepe, Anderson, Bosingwa, Paulo Assunção e Quaresma. A equipa ganhou o campeonato no primeiro ano, no segundo e, agora, está toda a gente assustada, porque podemos ganhar o terceiro. Para além disso, apurou-se na Champions com jogadores que toda a gente qualificou de mediana e até baixa qualidade. Teria sido muito fácil substituir os cinco que saíram por outros com a mesma qualidade, com os mesmos milhões, mas o FC Porto não pode fazer isso.
"Somos os únicos nas quatro provas"
A luta pelo primeiro lugar do campeonato está longe de ser a única preocupação de Jesualdo Ferreira, que sublinhou o facto do FC Porto ser a única equipa portuguesa envolvida em quatro frentes. Por isso, o mais importante é continuar a trabalhar e a fazer uma boa gestão do plantel para tirar o máximo rendimento dos jogadores, de modo a concretizar os objectivos traçados. "O patamar em que estamos está longe daquilo que pensamos que a equipa pode vir a ser. É uma questão de trabalho e de confiança. Sofremos muito para chegar até aqui, mas estou certo de que vamos prosseguir com melhor rendimento, outra continuidade e mais capacidade de controlo, numa gestão de equipa que tem de ser criteriosa, objectiva e ambiciosa. O FC Porto é o único candidato às quatro provas em que está inserido e há que ter a capacidade de estar nelas com dignidade e espírito vencedor", comentou.
"Por mim, a pausa seria mais longa"
A paragem do campeonato é um tema que não assusta Jesualdo Ferreira, adepto de uma pausa mais dilatada até do que os dias previstos no calendário. Sem caçar fantasmas do passado, o técnico transmitiu a ideia de que tudo não passa de uma questão de organização em benefício da qualidade do futebol. Com a gestão da equipa em tantas provas, é quase impossível não falar nas vantagens e nos inconvenientes da paragem do campeonato para o FC Porto... "A paragem no campeonato é igual para todos. Sou a favor de uma pausa nesta altura e mais próxima da que aconteceu noutros anos. Apenas pretendo que as estruturas responsáveis pelo futebol a traduzam no calendário, de maneira a que preservem a qualidade de jogo que as equipas apresentam antes e depois das paragens programadas. Temos seis dias de descanso e vamos aproveitá-los bem. Temos de gerir os nossos processos para evitar que as perdas não sejam significativas e estou seguro de que tal não acontecerá. Mas, repito: continuo a defender uma pausa mais longa para esta altura. Num momento de crise, com tantos jogos, até nem era mau que as pessoas descansassem e não gastassem tanto dinheiro com o futebol".
Mas ficou alguma coisa em termos anímicos, perante as dificuldades experimentadas no passado?
Há dois anos, chegámos a Janeiro com oito pontos de avanço [n.d.r. foram cinco] na primeira volta, depois houve uma quebra e acabámos por ganhar o campeonato com algum sofrimento. Apontaram-se as férias como factor prejudicial. No ano passado, essas mesmas férias já não tiveram a mesma importância. Este ano as coisas foram diferentes. Até aqui, fomos piores, menos capazes e menos competentes do que na época passada e isso é da nossa responsabilidade. O que sentimos, agora, é obrigação de sermos mais fortes, desde que perdemos o espaço a que estávamos mais habituados.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Champions - FC Porto - Optimismo moderado

Vítor Baía
"Querem recuperar o prestígio europeu"
Baía pede respeito pelo Atlético. "É uma boa equipa e tem vindo a subir de rendimento, sobretudo na Champions. Vão ser jogos equilibrados, mas a nossa vontade é passar. É um clube com história na Europa, mas nos últimos anos tem estado afastado das grandes competições e quer recuperar o seu prestígio."

Pedro Emanuel "O Atlético de Madrid encanta a jogar"
O capitão reagiu com cautelas. "O Atlético encanta a jogar, e a sua classificação prova isso. Tem um óptimo ataque, não nos podemos esquecer que foi das únicas equipas que passaram a fase de grupos sem derrotas. Serão dois bons espectáculos e com 50 por cento de possibilidades para cada uma das equipas."

A figura
Não é filho do Deus; limita-se a ser o genro. Aguero é o jogador mais mediático do Atlético de Madrid, não só pelo que joga - e é muito -, mas também pelo facto de viver com a filha de Maradona. Aos 20 anos, o avançado argentino já figura na lista dos principais craques mundiais.

Curiosadades
Os desafios de Mourinho (Inter x Manchester United)
Quando não gosta da forma como a sua equipa encara os jogos, Mourinho reage, normalmente, mal e não o esconde.
...A história, contudo, não marca golos e Mourinho vai deitar mão a todos os argumentos para que, na altura da eliminatória, a sua equipa esteja preparada para ganhar. É essa a sua forma de estar, de resto, a maneira mais eficaz de atingir o objectivo que sempre persegue: a vitória. Neste caso, ainda junta o útil ao agradável: é que o duelo é muito, mas mesmo muito equilibrado; sendo o Manchester o campeão em título, que tom poderão ter as críticas se a eliminatória pender para o... campeão?

PS - "Os nomes valorizam o sector ofensivo"

As análises feitas ao Atlético de Madrid apontam para uma equipa muito forte ofensivamente, mas com grandes lacunas defensivas. É também essa a sua opinião?

Essa ideia criou-se e continua... Olhando para os nomes e para aquilo que temos vindo a fazer, obviamente o sector atacante da equipa é mais valorizado. Mas entendo que não devemos esquecer a defesa, pois são eles que nos empurram para o ataque, que nos empolgam e que guardam bem a baliza para que estejamos mais à vontade e por forma a jogarmos um futebol alegre e ofensivo. Na minha opinião, temos uma equipa muito sólida.

PS 1 - Basquetebol - Benfica vence FC Porto em Matosinhos
O Benfica continua invencível no Campeonato da Liga de basquetebol ao vencer esta tarde o FC Porto, por 84-82, em jogo da décima quinta jornada da prova realizado no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Os encarnados comandam a classificação, com 28 pontos, seguidos do CAB Madeira, com 25 (menos um jogo), e da Ovarense, com 23 (emnos um jogo), enquanto o FC Porto é sétimo, com 21 pontos.



sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Futebol - Liga dos Campeões

FC Porto vai defrontar o Atlético de Madrid
Ao FC Porto coube em sorte nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões o Atlético de Madrid. O primeiro jogo realiza-se em Madrid a 24 ou 25 de Fevereiro de 2009 e o encontro da segunda mão a 10 ou 11 de Março, no Porto.

Sorteio completo dos oitavos-de-final
Foi o seguinte o resultado do sorteio dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, realizasdo esta manhã em Nyon, na sede da UEFA, na Suíça: Chelsea-Juventus; Villarreal-Panathinaikos; Sporting-Bayern Munique; Atlético de Madrid-FC Porto; Lyon-Barcelona; Real Madrid-Liverpool; Arsenal-Roma; Inter-Manchester United. Os jogos terão lugar a 24 ou 25 de Fevereiro (1ª. mão) e 10 ou 11 de Março (2ª. mão).

FC Porto - Jantar de Natal

Jesualdo Ferreira não discursou perante a plateia, conversou com os jornalistas. E deixou no ar o desejo de mais felicidade nas provas a eliminar, nomeadamente na Liga dos Campeões. "Não temos sido felizes nesse tipo de competições, mas queremos mudar isso. Quando chegar a eliminatória da Champions, teremos mais experiência, mas ainda não seremos uma equipa experiente. Mas tenho a certeza de uma coisa: vamos ter muita vontade de chegar mais longe do que nos últimos anos, onde nos faltou sorte." O treinador portista afirmou ainda que os reforços já estão praticamente "integrados no espírito vencedor do clube". Por isso, Jesualdo Ferreira não tem dúvidas de que já ganhou uma equipa e "muitos jogadores para o futuro". "Neste momento, tenho cerca de 20 jogadores no plantel que me respondem positivamente a qualquer tipo de competição", explicou, antes de finalizar com o único assunto que o preocupa neste momento, o Marítimo: "Vêm de dois resultados negativos, mas têm uma equipa muito boa."

Homenagens distribuídas por todas as modalidades
Aproveitando a festa natalícia, os portistas homenagearam todos os campeões na época 2007/08, distinção que abarcou cerca de uma centena de atletas, distribuídos por diversas modalidades: do futebol ao atletismo; do desporto adaptado ao boxe, passando pelo bilhar, natação, hóquei ou halterofilismo. Foi, no fundo, um autêntico desfile de vencedores, entre seniores e representantes das camadas jovens que não dispensaram uma festa em tons de azul
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Melhor ainda: além de marcarem, eles também fabricam.
O brasileiro (Hulk) assistiu para três golos e ainda arrancou um penálti; o argentino (Lisandro) já tem quatro assistências; Rodríguez fica-se por uma. A subida de rendimento dos últimos jogos, expressa em nove vitórias consecutivas, nas quais foram marcados 22 golos (aqui, com a Taça incluída), tem muito que ver com o entendimento deste tridente que está cada vez mais firme.
14 - Número de golos marcados por Hulk, Lisandro e Rodríguez no campeonato e Liga dos Campeões, num total de 28
Valor a triplicar - Mais discreto do que na época passada, Lisandro já leva oito golos nas várias competições, aos quais acrescenta quatro assistências.
É acusado de egoísmo, mas Hulk não se tem limitado a marcar. Leva três golos, mas também já ofereceu outros tantos aos companheiros.
Rodríguez está em crescendo. Estreou-se a marcar com a Académica e agora bisou contra o Estrela da Amadora. O uruguaio contabiliza ainda uma assistência contra o Fenerbahçe.


Amanhãs que embalam
JORGE MAIA
Não é fácil ser adepto do Benfica. E não estou a falar dos resultados desportivos, que este ano até variam entre o óptimo no campeonato e o fracamente mau na Taça de Portugal e na Taça UEFA. Estou a falar na dificuldade que têm para acederem a informação credível sobre o seu clube. Os jornais, as rádios e as televisões tratam os adeptos do Benfica como crianças, frágeis, facilmente impressionáveis e incapazes de lidar com a dura realidade. Usam eufemismos, douram a pílula, exageram nos méritos e relevam os defeitos. E quando já não podem fazer mais nada para ignorar uma realidade que se impõe, evitam falar do presente, refugiando-se na memória de um passado glorioso ou na promessa de um futuro radiante. É por isso que, dias antes do Benfica se despedir da Taça UEFA, puseram Quique Flores a garantir que está obcecado pela Champions e, na semana em que os encarnados disseram Taça de Portugal, puseram Suazo a dizer que só pensa no título. Como se pudesse pensar noutra coisa. São os amanhãs que cantam e que vão embalando os adeptos encarnados até os adormecer há dezenas de anos. Os adversários agradecem.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Estrela da Amadora 2 FC Porto 4

17-12-2008 FUTEBOL - Dragão objectivo

Acerto de calendário e nono sucesso consecutivo, num final de ano de aparições constantes e ritmos exigentes. O Dragão desceu à Amadora para vencer um opositor complicado e reforçar a sua autoridade de Tricampeão. Num terreno difícil o FC Porto lá conseguiu impôr a sua superioridade.
A equipa do FC Porto começou o jogo com atitude e dando a demonstrar que queria resolver o jogo cedo, posicionando-se para lá do meio-campo e exibindo intenções logo no primeiro minuto, com Fucile a disparar para defesa apertada de Nélson, guarda-redes que viria a cotar-se como um dos melhores do Estrela. Sem meias medidas, o F.C. Porto empurrava o adversário para as cordas, com Hulk a deixar meio mundo a ler-lhe o nome nas costas, antes de servir Lucho para uma jogada que merecia terminar em golo.

O golo acabaria de acontecer pouco depois, no instante em que Lisandro cabeceou para a baliza não dando qualquer chance a Nelson uma bola endossada por Fucile. A simplicidade perfeita numa jogada que nem as más condições do relvado podiam estragar.
Refeito do festejo, o Dragão continuou a atacar, deixando Rodríguez na cara do golo. O esquerdino ensaiou o remate, mas foi empurrado por um defesa, o que terá condicionado a finalização e lançado o Estrela para uma arrancada esporádica que terminaria num golo inesperado, num empate aberrante, saído do corpo de Moreno, que apenas tentava evitar o corte de Fucile.

Este golo do Estrela nem sequer abanou o F.C. Porto. Um livre de Hulk, e um remate desviado de Raul Meireles recuperavam rapidamente as incidências e desenhavam nova vantagem azul e branca, que até poderia ter surgido aos 40 minutos, quando Carreira desviou com a mão uma cabeçada de Lisandro, sem que fosse assinalada grande penalidade. A justiça compareceu à saída para o intervalo, com Raul Meireles a colocar a bola na cabeça de Rodríguez e este a desviar sem hipóteses de defesa.
Na segunda parte, novamente sem justificar, o Estrela chegaria a nova igualdade. Desta vez, porém, Hulk desfez os festejos logo a seguir. Recebeu, virou-se, apontou e… Fantástico! Também de pé esquerdo, agora com o couro parado e a aguardar coordenadas certas, Rodríguez engordou o marcador, oferecendo-lhe contornos mais justos.

Conclusão: O FC Porto ganhou o jogo num campo difícil, e cujo relvado mal tratado impedia o futebol mais técnico azul e branco. De salientar a grande atitude da equipa do FC Porto a par de alguma desconcentração defensiva.

FICHA DO JOGO Liga 2008/09 – 9ª jornada
Estádio José Gomes, na AmadoraÁrbitro: Paulo Baptista (Portalegre)Assistentes: Luís Tavares e José Braga4º árbitro: Bruno Esteves

ESTRELA DA AMADORA: Nélson; Hugo Gomes, Mustafá, Carreira «cap.» e Moreno; Celestino, Marcelo Goianiria, Fernando Alexandre e Vidigal; Silvestre Varela e AnselmoSubstituições: Mustafá por Ndiaye (20m), Celestino por Pedro Pereira (65m) e Anselmo por Rui Varela (73m)Não utilizados: Filipe Mendes, Jardel, Marco Paulo e Nelson PedrosoTreinador: Lázaro Oliveira

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.»; Fernando, Raul Meireles e Lucho González; Lisandro Lopez, Hulk e RodríguezSubstituições: Raul Meireles por Guarin (85m), Hulk por Mariano Gonzalez (88m) e Pedro Emanuel por Tomás Costa (90m)Não utilizados: Nuno, Stepanov, Benitez e FaríasTreinador: Jesualdo Ferreira

Ao intervalo: 1-2Marcadores: Lisandro Lopez (10m), Moreno (27m), Rodríguez (45 e 85m), Vidigal (62m) e Hulk (64m)Disciplina: Cartão amarelo a Carreira (45 e 83m) e Vidigal (53m)

Helton 5
Terá sofrido o golo mais estranho da sua carreira no dia em que completou cem jogos pelo FC Porto. No segundo, também pouco mais podia fazer. A melhor intervenção foi a um cruzamento de Varela no início da segunda parte.
Fucile 5
Numa altura em que se fazem compilações das situações mais bizarras do desporto, o golo que nasceu da sua tentativa de aliviar a bola estará seguramente no pódio. Depois ficou a ver Vidigal antecipar-se para o segundo. Dois momentos que não apagam uma exibição globalmente boa. Muito ofensivo, foi o autor do primeiro remate perigoso e da assistência para o golo de Lisandro.
Rolando 5
Terá cometido grande penalidade sobre NDiaye num lance que passou despercebido a Paulo Baptista. Usou muito o físico, mas é justo dizer que não comprometeu.
Bruno Alves 6
Não teve qualquer responsabilidade nos dois golos sofridos por Helton. Comandou a defesa impondo-se nas alturas.
Pedro Emanuel 5
Apesar de ter marcado pelo outro, foi pelo seu lado que o Estrela procurou atacar, à custa de Celestino, cuja velocidade obrigou o adaptado defesa portista a muito trabalho. Alguns problemas de acompanhamento, compensados com o sentido posicional.
Fernando 8
Começou o jogo com um passe perigoso para Anselmo. Depois, a perfeição. Preencheu muito bem os espaços, pressionou, efectuou cortes fantásticos e ainda mostrou uma grande visão de jogo. Num desses passes, isolou Rodríguez na cara de Nelson.
Raul Meireles 7
Sentiu mais dificuldades em adaptar-se ao relvado escorregadio do que a encontrar espaços para desequilibrar a defesa estrelista. Aos 36', falhou o desvio já na pequena área. Foi ainda uma preciosa ajuda para Pedro Emanuel na esquerda.
Lucho 5
Continua discreto, mas voltou a cumprir os 90 minutos. Mais ofensivo no segundo tempo, combinou bem, a espaços, com Lisandro e Hulk. Parece melhor fisicamente.
Rodríguez 8
O primeiro bis ao serviço do FC Porto e a conquista total dos adeptos. Primeiro, marcou de cabeça - um bom golo, diga-se - depois de ter falhado outro bem mais fácil, quando surgiu sozinho na cara de Nelson. Encerrou as contas do jogo num livre directo. Mas o seu trabalho não se resumiu à finalização: correu, pressionou e cruzou. Está a subir de forma.
Lisandro 7
Foi o mais rematador do FC Porto. Abriu as hostilidades com um bom golo de cabeça e só não voltou a festejar, porque Nelson não deixou. Jogou mais no centro, correndo quilómetros.
Guarín -
Entrou aos 84' para cumprir as mesmas funções de Raul Meireles.
Mariano -
Cinco minutos da entrega habitual.
Tomás Costa -
Entrou nos descontos apenas para queimar tempo.


Jesualdo Ferreira - "Percorremos longo caminho"
..."A verdade é que conseguimos sair sempre das situações mais difíceis, ganhámos com todo o mérito e subimos mais um lugar", resumiu, sem passar ao lado dos golos sofridos, o primeiro num tremendo azar de Fucile, que obrigou o agora segundo classificado a reagir e pôs em evidência a "grande atitude" que viria a decidir o jogo: "Sempre com uma perspectiva ofensiva muito vincada, com três avançados que não são fáceis de travar, ainda com algumas situações de entendimento que não estão conseguidas em absoluto, o FC Porto foi muito forte para o Estrela" e mostrou que, tal como o técnico afirmou desde o início, o tempo faz justiça ao plantel. "Ninguém aprende tudo no primeiro dia, tivemos de fazer vários ajustamentos, percorrer um longo caminho, e isso foi bom para o FC Porto. Não é fácil chegar ao sucesso, e isso obrigou-nos a trabalhar mais. Treinámos muito, trabalhámos muito. Tínhamos de fazer este trajecto, não havia outra forma de chegarmos aqui, mas creio que ainda estamos muito longe daquilo que esta equipa pode dar." "Agora as coisas estão mais equilibradas", admitiu, tendo como exemplo Rodríguez. "Chegamos ao fim de quatro, cinco meses de trabalho com um conhecimento muito mais profundo dos jogadores, e é natural que, pela qualidade deles e pela forma como trabalhamos, apareçam rendimentos melhores colectivamente."

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Jesualdo Ferreira - Entrevista (excerto)

Considera que o FC Porto deu algum avanço aos adversários nesta época?
Não ganhámos os pontos que deveríamos ter ganho, mas não demos avanço a ninguém. Simplesmente não conseguimos.
Depois dum período conturbado, a equipa venceu oito jogos consecutivos. Que balanço faz da temporada?
Até este momento, é o de uma época positiva, embora saibamos que podíamos ter feito melhor, em especial no campeonato. Não me parece que a equipa tenha menos talento do que nos últimos anos, temos é mais jogadores novos e nem sempre é fácil que todos se revelem na sua plenitude num curto espaço de tempo. O futebol vive fundamentalmente daquilo que se treina diariamente e sinto que a equipa melhorou de condição, evoluiu.
O FC Porto continua a lutar por todos os objectivos da época, ao contrário do líder Benfica. Isso pode prejudicar a equipa no campeonato?
É verdade que estamos envolvidos em quatro competições que garantem um calendário muito denso entre Janeiro e Maio e isso obriga a que todos jogadores estejam preparados e motivados para jogar e lidar com essas exigências. Mas é isto que pretendemos; tal como nos outros anos, queremos estar no maior número de competições durante muito tempo.
"Temos de estabilizar comportamentos"
Nos últimos tempos tem dirigido algumas críticas à atitude da equipa, como em Cinfães, por exemplo. Porque o faz?
Há momentos em que determinados comportamentos da equipa não funcionam como eu quero. Normalmente, resolvo estes assuntos internamente, mas há determinadas situações que são tão claras que não me parece correcto estar a fazer declarações que não correspondam a uma realidade visível. Quando a equipa faz o que eu quero, também venho dizer que os jogadores são fantásticos. Por exemplo, no jogo com o Sertanense, que era tão difícil como o encontro com o Cinfães, elogiei-lhes o comportamento.
Mas então, a que se deve essas oscilações da equipa?
Ao fim destes três meses ainda continuamos a ter que lidar com a integração de muitos jogadores novos. Estamos a alcançar vitórias, mas estes jogadores são os mesmos que há dois meses estavam a registar maus resultados. As coisas não passam do oito para o 80 num estalar de dedos. Há momentos em que é importante que esses comportamentos tácticos e mentais sejam o mais constantes possível, no sentido de valorizar um conjunto de jogadores que têm trabalhado para se integrar rapidamente. É isso que estamos a fazer.
"Guarín foi um exemplo"
Tem insistido nos elogios a Guarín. Porquê?
Há um conjunto de jogadores que chegaram há pouco tempo e que têm feito um grande esforço no sentido de se integrarem rapidamente. É o caso de Guarín. Mas ele foi um exemplo neste jogo, porque mesmo não jogando bem, teve sempre uma grande capacidade de trabalho e uma grande motivação por jogar. E não digo isto porque marcou dois golos.
Há uns tempos também defendeu Benítez das críticas, mas a verdade é que raramente o voltou a utilizar. Que se passa com ele?
Está a treinar bem, como sempre, e é um profissional muito sério. Teve algumas dificuldades e, nessas circunstâncias, proteger o jogador é uma forma de treino e de evolução.
Mas sente que tem um problema no lado esquerdo da defesa, onde tem vindo a jogar um defesa-central?
Não tenho tido... No ano passado, também tínhamos dois laterais esquerdos e jogava lá um central...
"Tudo bem com Tarik"
A meio da conferência de imprensa, Jesualdo Ferreira decidiu abrir um parêntesis para falar sobre Tarik. O professor negou algum tipo de problema disciplinar com o extremo marroquino e explicou que a intermitência do jogador se deve exclusivamente a problemas físicos. "Vi escrito na comunicação social que eu teria um problema com o Tarik. Provavelmente, fiz uma cara diferente ou um gesto mais agressivo num determinado momento, e as pessoas interpretam aquilo conforme lhes deu mais jeito. Mas eu não sou actor. Posto isto, não existe nenhum problema pessoal com o Tarik; o que existe são alguns problemas físicos do jogador, que se manifestaram mais neste último jogo", explicou.
Guarín terá reforçado estatuto em Cinfães
Jesualdo já disse de Guarín que era um dos mais prejudicados com os jogos da selecção e as correspondentes viagens longas, contando com pequenos problemas físicos que o foram afectando pelo meio, porque era uma conjuntura que não permitia a melhor adaptação do jogador. Pois nos últimos jogos, Guarín tem revelado uma faceta inesperada, ao apontar quatro golos. A série começou na Intercalar, contra o Paços, repetiu-se em Setúbal e por duas vezes em Cinfães.
Lista de convocados
Guarda-redes : Helton, Nuno
Defesas : Fucile, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Rolando, Benítez, Stepanov
Médios : Fernando, Guarín, Lucho, Raul Meireles, Tomás Costa
Avançados : Lisandro, Farías, Hulk, Mariano, Candeias, Rodríguez

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Convocados para o jogo com o Estrela

Desta forma, e depois da utilização em Cinfães dos jogadores menos utilizados, está de regresso o onze-base de Jesualdo Ferreira, aquele que foi mais vezes utilizado na série de oito vitórias consecutivas conseguidas no último mês e meio. Com Helton na baliza, para além de Fucile e Pedro Emanuel, na defesa permanecem Rolando e Bruno Alves. O meio-campo será composto por Fernando, Lucho e Raul Meireles. Na frente também não haverá mexidas em relação às últimas escolhas de Jesualdo Ferreira no campeonato. Rodríguez, Hulk e Lisandro serão os homens mais perto da baliza do Estrela e aqueles sobre os quais recairão maiores responsabilidades de fazer golos.
Pelas indicações do jogo de Cinfães e também pelas palavras do treinador, Guarín parece ser, nesta altura, o elemento mais perto de entrar na estrutura titular. Uma questão a confirmar nos próximos jogos. Depois do Estrela, o FC Porto recebe o Marítimo no Estádio do Dragão, entrando depois de férias.

Guarin provou em Cinfães ser mais um nr. 8 do que um nr. 6 . É um médio que marca golos e por isso deve ser utilizado no ataque.

Mais solução do que problema
JORGE MAIA
Ainda que tenha merecido os elogios de Jesualdo Ferreira no final do jogo com o Cinfães, Guarín não deve ser uma opção para o onze titular do FC Porto tão cedo. Não que lhe faltem qualidades técnicas ou capacidade física, mas porque simplesmente ainda não tem espaço em nenhuma das posições do triângulo que define o meio-campo portista. Fernando tem crescido a cada jogo e, mesmo sem fazer esquecer completamente Paulo Assunção, começa a revelar a mesma segurança do antecessor e uma superior capacidade para o desenvolvimento dos balanços ofensivos da equipa. Mais à frente, Raul Meireles e Lucho têm sido mais ou menos indiscutíveis ao longo das últimas temporadas e não se prevê que esse estatuto sofra alterações a curto prazo. O que não invalida o facto de Guarín aumentar o leque de soluções à disposição de Jesualdo Ferreira no banco, podendo até roubar o estatuto de primeira opção que Tomás Costa tem desfrutado.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

FC Porto - Onze definido e retocado

*
Se é verdade que Jesualdo Ferreira nunca repetiu uma equipa desde o início da época, por variadas razões, também é certo que nos últimos oito jogos deu mais minutos a onze jogadores. Ora, isso também está intimamente ligado à subida de forma e ao aumento de entrosamento entre os sectores. Nas palavras do treinador, a equipa está a crescer.
Com Helton, Bruno Alves e Rolando intactos, Fucile jogou mais vezes à direita e Pedro Emanuel actuou mais vezes à esquerda. No meio-campo, o tridente formado por Fernando, Lucho e Raul Meireles só foi mexido por necessidade de gestão num ou noutro jogo. Aqui houve algumas correcções de posicionamento. Lucho apoia o ataque pela direita e Rodríguez está mais recuado no relvado com liberdade para aparecer ao meio. No ataque, Lisandro foi desviado do centro para a entrada de Hulk. Isto não quer dizer que o goleador argentino não apareça na posição nove. O sistema está mais maleável e por vezes parece-se com um 4-4-2. Para já, está a dar frutos.

Lições do melhor aluno
CARLOS GOUVEIA
A atitude, pressão, recuperações de bola, qualidade de passe e golos. Assim se resume a exibição de Guarín em Cinfães, onde foi dos melhores em campo. Um pontapé no marasmo geral que até mereceu rasgados elogios de Jesualdo Ferreira, um técnico que gosta pouco de particularizar ou destacar as prestações dos seus atletas. No sábado, o FC Porto carimbou o acesso aos quartos-de-final da Taça de Portugal - cumpriu o objectivo traçado - mas a exibição não acompanhou os números do resultado. E Jesualdo admitiu-o.
Escaparam à crítica Farías, Candeias e Guarín. O colombiano está a atravessar um bom momento de forma - é o segundo jogo seguido que marca - e no sábado deu uma autêntica lição aos companheiros. Não só provou que é um aluno aplicado, cumprindo na íntegra aquilo que o professor lhe pediu, como confirmou que a sua atitude não muda consoante o nome do adversário. Um reparo: as perdas de bola resultantes de passes curtos errados foram altas.
O JOGO reviu o jogo da Taça para acompanhar ao pormenor as movimentações de Guarín, destacando-se nas recuperações de bola, nos passes longos e nos remates. Por partes, embora tenha actuado numa zona um pouco mais avançada do que o habitual, o colombiano pressionou bastante os adversários, tendo conseguido recuperar a bola 17 vezes, muitas das quais ainda no meio-campo contrário. A visão de jogo e qualidade de passe ficaram vincadas nos cinco passes longos e de ruptura, acrescentando-lhes 30 passes curtos correctos, a maioria ao primeiro toque. Depois, a eficácia na finalização: dois remates, dois golos. Um dos quais de cabeça, uma estreia na sua carreira, conforme revelou no final da partida.

Jesualdo Ferreira com mais jogos na Champions
Ponto interessante na caminhada portista na Champions, e obviamente com ligações directas no rendimento exibicional e de resultados, é o facto de Jesualdo Ferreira estar prestes a tornar-se no treinador com mais jogos naquela competição. Com o Arsenal somou o 22º jogo e igualou Fernando Santos. Com o regresso da Liga dos Campeões em Fevereiro, o recorde passará a ser do professor. Comparando os dois percursos dos treinadores com mais jogos na Liga dos Campeões (apenas nesta competição), o de Jesualdo Ferreira é melhor. Tem 11 vitórias, cinco empates e seis derrotas, ao passo que os números de Fernando Santos indicam nove vitórias, quatro empates e nove derrotas.

Potencial inexplorado
JORGE MAIA
Há dois meses, numa altura em que já toda a gente se entretinha a tirar as medidas ao FC Porto para lhe encomendar o respectivo caixão, escrevi aqui que as notícias da morte do tricampeão nacional eram bastante exageradas. Hoje, confirma-se que a equipa de Jesualdo Ferreira está bem viva e aos pontapés. É verdade que ainda nem todos os pontapés têm a melhor direcção e que aos excelentes resultados conseguidos nos últimos tempos nem sempre corresponderam exibições do mesmo calibre, mas ganhar também pode ser uma questão de hábito e oito vitórias consecutivas não acontecem por acaso. O FC Porto cresceu nos últimos dois meses. Ainda tem alguns problemas de coordenação, como acontece naqueles adolescentes que crescem muito e muito depressa, mas, como eles, tem um potencial quase ilimitado ainda por explorar. Certo é que, às portas do Natal, mesmo este FC Porto às vezes desengonçado já garantiu um lugar entre as melhores 16 equipas europeias, está apurado para os quartos-de-final da Taça de Portugal e mantém intactas as aspirações à revalidação do título. Quem pode dizer o mesmo?

domingo, 14 de dezembro de 2008

Cinfães 1 FC Porto 4 - Taça de Portugal

13-12-2008
Constatação: A grande maioria dos jogadores que jogaram, são as segundas opções e por via disso como não jogam, revelaram falta de ritmo, e terem os indices de confiança em baixo. É evidente que é preciso jogar para se ter ritmo e se adquirir a confiança necessária indispensável às boas exibições.

Guarín só deu dois minutos ao sonho
Tudo mudou após o intervalo, com Farías a desfazer dúvidas: além do golo, assistiria Candeias no lance que selou a qualificação portista para os quartos-de-final da Taça de Portugal e a oitava vitória consecutiva dos Dragões. Guarín, uma das figuras maiores do encontro, marcou antes e depois.
FICHA DE JOGO
Taça de Portugal, Oitavos-de-final13 de Dezembro de 2008Estádio Municipal Prof. Cerveira Pinto, em CinfãesAssistência: 7.500 espectadores
Árbitro: João Capela (Lisboa)Assistentes: Gabínio Evaristo e Luís Campos4º Árbitro: António Resende
CINFÃES: Miguel Matos; Nakata, Jonas, Kipulo e Luís; Pinto, Rogério e Rui Gonçalves; Mauro, Sérgio Silva e MikiSubstituições: Mauro por Zé Pedro (85m), André Pinto por Serra (86m) e Sérgio Silva por Sidon (88m)Não utilizados: Padeiro, Domingos, Carlitos e NogueiraTreinador: Vítor Moreira
F.C. PORTO: Nuno; Tengarrinha, Stepanov, Rolando e Lino; Tomás Costa, Pelé e Guarin; Sektioui, Farías e MarianoSubstituições: Tengarrinha por Candeias (35m), Sektioui por Hulk (71m) e Farías por Rabiola (87m)Não utilizados: Ventura, Benítez, Lucho e BolattiTreinador: Jesualdo FerreiraAo intervalo: 0-0Marcadores: Farías (52m), Sérgio Silva (76m), Guarin (78m e 86m) e Candeias (82m) Disciplina: nada a assinalar

O FC Porto um a um
CARLOS GOUVEIA
Nuno 5
Apesar do ímpeto dos homens da casa e de a bola ter rondado várias vezes a sua área, acabou por não ser obrigado a grandes intervenções. Controlou bem os cruzamentos e saiu bem dos postes. Nada podia fazer no golo.
Tengarrinha 4
Não foi por estar a jogar mal que saiu aos 34', mas porque era preciso sacrificar alguém para tentar "acordar" a equipa. Calhou ao mais novo. Antes, ofereceu o corpo à bola, evitando que um remate de Miki seguisse para a baliza.
Stepanov 4
Um toque de calcanhar em zona proibida quase resultou num golo madrugador do Cinfães. O erro maior de uma tarde em que acabou por cumprir sem outros sobressaltos.
Rolando 5
Não devia estar a contar com a entrada forte do Cinfães e demorou a acertar. Antes, alguns erros: cedeu um canto desnecessário e uma fífia ao não cortar uma bola que permitiu a Mauro criar pânico.
Lino 4
Os lances mais perigosos do Cinfães nasceram do seu lado. A culpa foi da rapidez e técnica de Mauro, mas também da displicência do brasileiro. A mesma que permitiu que Sérgio Silva fizesse o golo do empate. Redimiu-se ao marcar o livre para Guarín, que devolveu a vantagem ao FC Porto.
Pelé 5
Desastrado no passe, imponente na recuperação de jogo, impondo bem o físico. Subiu de rendimento no segundo tempo quando se aproximou mais da área do Cinfães e melhorou a qualidade do passe.
Tomás Costa 5
Começou no miolo, mas a bola nessa altura andava por outros lados. Fechou à direita a partir da meia-hora, contendo as investidas de Miki e Luís. E ainda teve pernas para dar alguma profundidade.
Guarín 6
Dois bonitos golos - um de cabeça, inédito na sua carreira - num jogo em que parecia condenado a receber uma nota mais baixa. Lutou bastante e recuperou bolas, é certo, mas também algumas.
..."Queremos chegar ao primeiro lugar do campeonato e vamos continuar a trabalhar muito para isso", prometeu. O colombiano reconheceu que, o Cinfães "complicou as coisas" e que Jesualdo pediu mais à equipa. "Tínhamos de jogar melhor e acabámos por impor o nosso jogo", sustentou. E desta vez, Guarín até jogou na posição que prefere. "Assim posso fazer assistências e rematar mais", concluiu.
Mariano 5
Como extremo pouco acrescentou ao jogo, sobretudo porque sofreu bastantes faltas. Mais tarde, recuou para o meio-campo e melhorou. Assumiu a responsabilidade da construção de jogo. Num lance individual, deixou três adversários para trás e rematou para uma defesa incompleta que resultaria no golo inaugural.
Tarik 4
Esteve tempo a mais em campo. Um desastre no remate, nas fintas e na entrega a um jogo em que deveria ter dado mais, muito mais, para convencer Jesualdo Ferreira a devolver-lhe um espaço que já foi seu, por mérito, no onze habitual.
Candeias 6
Aposta acertada de Jesualdo Ferreira para dar acutilância ao ataque. Começou com uma boa antecipação seguida de remate, colocando de imediato a defesa do Cinfães em sentido. Depois, o golo num rápido contra-ataque, concluído com um bom remate cruzado.
Hulk 4
Foi obrigado a entrar, o que só abona a favor do Cinfães. Ajudou a encostar o adversário às cordas.
Rabiola -
Os primeiros minutos da época com a equipa principal. Um prémio merecido depois do calvário de sete meses.

Jesualdo Ferreira
"Atitude mental reprovável"
Três dias depois de ter elogiado a maturidade da equipa, na vitória sobre o Arsenal, Jesualdo Ferreira viu-se obrigado a mudar o discurso. A Taça, lamentou, mostrou uma "atitude mental reprovável", e que teve uma excepção: Guarín. "Fica aqui o destaque para o Fredy [Guarín], que interpretou o que queríamos, um jogo de equipa. Fez dois golos, foi um exemplo para o presente e para o futuro", sublinhou o técnico portista, numa rara individualização do mérito. Jesualdo Ferreira enumerou as virtudes que o jogo ofereceu e que a equipa desprezou. Um "excelente relvado, curto e muito rápido, molhado", tornou "difícil controlar a bola", e um adversário "rápido nas transições defensivas", que deixou o tricampeão com "falta de espaço", exigia "uma equipa mais forte", lamentou. Candeias entrou para "dar maior velocidade nas faixas", mas a vitória tardou. "Na segunda parte, o FC Porto nunca conseguiu controlar, senão a partir do 2-1", recordou, incomodado com a falta de motivação que alimentou a esperança do Cinfães - "Jogou muito bem", elogiou -, um risco evitável: "Quando se representa o FC Porto, é preciso uma atitude mais dignificante".

sábado, 13 de dezembro de 2008

Uma resposta à medida dos artigos de A Bola

As idades do Arsenal - Por Jesualdo Ferreira

Na segunda parte da conferência apareceu um Jesualdo irónico, que contestou quem disse que o Arsenal era uma equipa nova (jardim infantil segundo A Bola) sem mencionar o mesmo em relação ao FC Porto. "Querem que fale da defesa do Arsenal? Almunia, que eu saiba, não é júnior; Eboué foi sempre titular; Sagna é internacional do seu país e com muitos jogos; o Gallas também é um rapaz novo (!); Djourou joga frequentemente; Silvestre fez parte da equipa-maravilha da França e jogou no Manchester, não tem experiência nenhuma (!); Song substituiu o Gilberto; Vela é um excelente jogador, é novo, mas já andou em Espanha.
Vamos dar mérito a quem o teve e o FC Porto teve-o".

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Champions League FC Porto 2 Arsenal de Londres 0

Como primeiras impressões, pode dizer-se que foi o triunfo da equipa. Toda a equipa: avançados, médios e defesas defenderam e atacaram. Houve muita entre-ajuda e atitude. Assim sendo a equipa está de parabens, defendeu em bloco e atacou com os possíveis.

FC Porto vence o Arsenal e termina em primeiro lugar

O FC Porto ao vencer o Arsenal por 2-0 garantiu o primeiro lugar no Grupo G da Liga dos Campeões.
A equipa do FC Porto soube assumir o jogo, passados os primeiros vinte minutos de estudo, poder-se-á dizer que equilibrou as operações . E foi então que o Bruno Alves marcou o primeiro golo aos 38 minutos, numa cabeçada tècnicamente perfeita a corresponder a um pontapé de canto superiormente executado pelo Raul Meireles.

Dois golos foram pouco, mas, ainda assim, o suficiente para desenhar largos sorrisos. Sobretudo pelos outros que ficaram por marcar e pela sublime facilidade com que o F.C. Porto ameaçava construir um resultado histórico a cada aceleração. Mas para a História ficou algo muito mais relevante do que os números; ficou o primeiro lugar do tricampeão português no Grupo G, depois de o afastamento portista ter sido repetidamente profetizado. E isto, sim, é uma bela vingança. Uma estratégia descomplexada, indiferente aos milhões que separam orçamentos, e especialmente alicerçada nas potencialidades portistas, produziram algo mais do que o equilíbrio. Na prensa de Wenger, ágil na redução do espaço jogável e na multiplicação do erro, o F.C. Porto foi desenhando a vantagem num misto difícil de gerir e até de harmonizar: ávido na aproximação à baliza de Almunia, sóbrio na produção do desequilíbrio, do instante preciso para desferir o ataque.
A inesgotável persistência do Dragão redescobriu atractivos, despertou «olés» da bancada, rendida à excelência da exibição, e saldou dívidas com o jogo de Londres. Não na reprodução fiel dos números, parcos e pouco coerentes com a diferenças cavadas no relvado do Dragão, mas também pelos muitos golos que, não acontecendo, deveriam ter marcado distâncias. O F.C. Porto conseguiu ser melhor do que o Arsenal. Por isso, foi também o primeiro do grupo.

UEFA Champions League, Grupo G, 6ª jornada10 de Dezembro de 2008Estádio do Dragão, no PortoAssistência: 37.602 espectadores

Árbitro: Kyros Vassaras (Grécia)Assistentes: Dimitris Bozatzidis e Cristos Gennaios4º Árbitro: Michail Koukoulakis

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap»; Lucho, Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e RodríguezSubstituições: Lucho por Tomás Costa (78m), Rodríguez por Mariano (78m) e Hulk por Guarin (87m)Não utilizados: Nuno, Stepanov, Lino e SektiouiTreinador: Jesualdo Ferreira

ARSENAL: Almunia «cap»; Eboué, Gallas, Djourou e Silvestre; Ramsey, Denilson, Song e Diaby; Vela e BendtnerSubstituições: Ramsey por Wilshere (59m), Diaby por Gibbs (59m) e Song por Randall (78m)Não utilizados: Fabianski, Hoyte, Mérida e SimpsonTreinador: Arsène Wenger
Ao intervalo: 1-0Marcadores: Bruno Alves (39m) e Lisandro (54m)Disciplina: cartão amarelo a Lucho (50m) e Eboué (51m).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Os defesas laterais da equipa do FC Porto

O Fernando é uma excelente solução para preencher a posição de defesa lateral direito. Para a posição de "trinco", Jesualdo Ferreira tem muito mais soluções:
Tomás Costa,Guarin,Bolatti, e, com tempo pode tentar adaptar o Stepanov, ou até o próprio Sapunaru. Um trinco tem de ter boa colocação no terreno, boa capacidade de desarme com a bola à flor da relva, bom jogo de cabeça(futebol aéreo) e qualidade de passe, a fim de executar bem a função de distribuição de jogo aos avançados.

PS - Fàbregas falou ainda da sensação de ser capitão do Arsenal e de fazer parte de um plantel que privilegia o bom futebol. "Foi excitante quando enverguei a braçadeira de capitão. Depois dos meus pais, só devo coisas a Arsène Wenger. Este é um projecto especial, e temos liberdade para jogar da maneira que queremos", disse.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Futebol - Liga Sagres - FC Porto ganha em Setúbal

O FC Porto goleou esta noite o Setúbal por 3 a 0, no Bonfim, onde não perde há 25 anos, num jogo em que essencialmente defendeu na primeira parte, conseguindo o triunfo somente na segunda parte. Um golo de Bruno Alves, aos 66’, outro de Guarín, aos 68’, e um terceiro de Lucho, aos 80’, resolveram a partida.
Talvez devido à falta de Raul Meireles, a equipa pouco perigo causou a Pedro Alves nos primeiros 45 minutos. Hulk foi o único a revelar algum inconformismo, salvo a incrível perdida de Lisandro que, aos 23’, após um remate de Rodriguez, e estando praticamente em cima da linha de golo, deu um toque para… trás. O Setúbal, aproveitando a pouca pressão a que era submetido, acercou-se da baliza de Helton, e Ricardo Chaves e Leandro Lima deram que fazer ao guarda-redes do FC Porto. O início do segundo tempo não foi muito diferente. A equipa do FC Porto avançou no terreno, mas sem grandes resultados. Aos 57’, saiu Tomás Costa e entrou Guarín, que haveria de ser decisivo no encontro. Até que, aos 66’, Lucho marcou um canto da esquerda e Bruno Alves, num belo cabeceamento, inaugurou o marcador. Dois minutos depois, Hulk aplicou a sua sensacional velocidade para se acercar da baliza de Pedro Alves e dar para Guarín que rematou, Janício evitou o golo à primeira mas já o não conseguiu fazer à segunda investida do colombiano. A partir daqui o Setúbal baixou nitidamente. O FC Porto continuou a dominar e, aos 80’, Lucho fixou o resultado final. Fucile cruzou da direita, Mariano, ao segundo poste, deu para trás para Lucho disparar sem hipótese para o guardião sadino. Se a partida estava decidida desde o 68º minuto, aos 80º encerrou de vez. O Setúbal ainda atirou uma bola ao poste, quase a acabar o jogo.

Ficha de Jogo:
Liga Portuguesa 2008/09 - 11ª jornada 6 de Dezembro de 2008Estádio do Bonfim, em Setúbal
Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto)bAssistentes: José Ramalho e António Vilaça 4º Árbitro: Nuno Roque

V. SETÚBAL: Pedro Alves; Janício, Anderson, Robson e Cissokho; Hugo, Ricardo Chaves «cap.», Leandro Lima e Mateus; Bruno Gama e LaionelSubstituições: Bruno Gama por Leandro Branco (57 min), Laionel por Leandro Carrijo (69 min) e Hugo por Elias (69 min)Não utilizados: Bruno Vale, Bruno Ribeiro, Auri e RegulaTreinador: Daúto Faquirá

F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Lino; Fernando, Tomás Costa e Lucho «cap.»; Lisandro, Hulk e RodríguezSubstituições: Tomás Costa por Guarin (57 min), Rodríguez por Mariano (68 min) e Hulk por Sektioui (82 min)Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Benítez e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0Disciplina: Cartão amarelo a Laionel (30 min), Tomás Costa (35 min), Cissokho (71 min), Mateus (85 min), Fucile (87 min)Marcadores: Bruno Alves (66 min), Guarin (68 min) e Lucho (80 min)

Conclusão - A equipa do FC Porto quase se limitou a defender na primeira parte.
Na segunda parte já foi diferente. A equipa, principalmente depois do golo de belo efeito do Bruno Alves, conseguiu pôr em prática um futebol de fino recorte técnico n'algumas jogadas, justificando plenamente os três golos marcados que poderiam ter sido mais se o aproveitamento tivesse sido de 100%.
A táctica que Jesualdo engendrou para este jogo no Bonfim não me agradou totalmente. Na minha opinião a equipa do FC Porto é demasiado permeável pelas alas laterais ( fecha mal) porque deixa os adversários jogar à vontade nessas zonas do terreno (faixas laterais). E sabendo-se como a equipa do Arsenal gosta de explorar/jogar pelas faixas laterais, o que faz com grande eficácia, pode ser perigoso para a equipa do FC Porto na próxima quarta-feira, se a equipa não acautelar este aspecto do jogo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Jesualdo Ferreira

"Hulk é rápido, potente e goleador"
Hulk ainda não mereceu um puxão de orelhas, mas ainda as deve ter a arder. Isto porque boa parte da conferência de ontem foi dedicada ao avançado. Jesualdo Ferreira puxou dos galões de professor e explicou as particularidades de trabalhar com alguém com características especiais. "Um treinador deve potenciar o jogador, mas antes ele tem de passar por um processo de adaptação, conhecer os colegas, o método e, depois, ninguém é sobredotado ao ponto de chegar e ser ele e mais dez", referiu. Feito o aviso, sobraram elogios. "Ele é muito rápido, potente, tem grande capacidade de remate, é um jogador de grande entrega ao jogo e de enorme disponibilidade física e, ainda, um goleador. Como é que lhe podia retirar isto?", questionou, tentando justificar algumas atitudes mais egoístas do brasileiro. Consciente disso, o técnico sabe que tem muito trabalho pela frente se quiser moldar o jogador. Só então poderá puxar-lhe as orelhas. "Tenho de lhe colocar propostas que ele entenda de forma a integrá-lo numa estrutura táctica e ajustar a equipa, para que esta consiga retirar o máximo rendimento dele. Mas, ainda há questões que vão demorar algum tempo a resolver. Quando ele entender o jogo e for para os patamares que desejamos, quando for um jogador diferente, então, poderei ou não dar-lhe um puxão de orelhas. Num processo de ascensão e aprendizagem, há enorme disponibilidade para aprender. Depois, quando se chega a um nível alto, esta disponibilidade fecha-se. Por isso é que é mais difícil trabalhar com estrelas", concluiu.

"Lucho está diferente por interesse da equipa"
Há uma semana, Jesualdo Ferreira revelou que Rodríguez jogou limitado fisicamente, ajudando a explicar o menor rendimento do uruguaio nalgumas partidas. Desta vez, o técnico abordou o actual momento de forma de Lucho para garantir que o argentino está bem fisicamente, só que a cumprir tarefas distintas dos anos anteriores, daí a menor visibilidade. "Ganhámos em Kiev com o golo dele e depois fomos à Turquia e todos diziam que era um factor negativo ele não estar presente pelo peso que tinha na equipa. A verdade é que ganhámos no Fenerbahçe e o discurso mudou: o Lucho não está bem, se calhar nem deveria jogar. Esta falta de coerência faz parte do futebol, mas nós temos outros dados que nos levam a tomar decisões que podem não parecer lógicas a quem observa de fora", referiu antes das explicações: "O Lucho tem feito um trabalho diferente da época passada por interesse da equipa. No primeiro ano, tinha uma função - fez poucas assistências e 12 golos - no segundo, teve outra função - fez 15 assistências e menos golos. Neste momento, joga noutra posição porque é um grande jogador de equipa", frisou, embora não tenha especificado as novas tarefas do número 8. Jesualdo fez, sim, questão de defender o seu jogador. "Nos últimos dois jogos ele correu quase 13 quilómetros, mas dizia-se que não tinha condição física. A evolução da equipa obriga a que alguns jogadores tenham tarefas de equilíbrio e solidariedade. No ano passado, por exemplo, ele jogou três meses em situação precária a nível físico na fase em que o FC Porto ganhou oito jogos seguidos e conseguiu o apuramento na Champions", revelou.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Futebol - Liga Intercalar FC Porto campeão de Inverno

O FC Porto sagrou-se campeão de Inverno da Liga Intercalar, na Zona Norte. No último jogo da competição, os portistas receberam e venceram o Paços de Ferreira por 2-1. Diogo Viana abriu o marcador aos 10 minutos. Os pacenses ainda empataram, por Ferreira, mas Guarín carimbou a vitória portista com a obtenção do segundo golo para a sua equipa. Para este último jogo, Rui Barros, técnico dos “dragões”, tinha convocado nove jogadores do plantel principal: Ventura, Benítez, Stepanov, Tengarrinha, Bolatti, Pelé, Guarín, Candeias e Rabiola, aposta que resultou, uma vez que o FC Porto somou 19 pontos e já não pode ser alcançado pelo Freamunde, segundo classificado com 14 e um jogo a menos.

CLASSIFICAÇÃO: 1. FC Porto, 19 pontos; 2. Freamunde, 14 (menos um jogo); 3. Gondomar, 14 (menos um jogos); 4. Leixões, 13; 5. Aves, 10 (menos um jogo); 6. Feirense, 10; 7. Boavista, 9; 8. Varzim, 8 (menos um jogo); 9. Paços de Ferreira, 6.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

FC Porto 2 Académica 1

Muito mal se joga no reino do Dragão! Hoje não gostei do jogo. O FC Porto foi uma equipa amorfa, lenta e sem chama! Arrastou-se penosamente contra uma equipa da Académica a jogar com menos um jogador. Por isso é que o FC Porto está no lugar que está, da tabela classificativa. E por muito que me custe tenho de reconhecer que não merece mais. Se eu fosse treinador do FC Porto, os jogadores teriam de jogar sempre em antecipação, não dando espaço aos adversários para recepcionarem a bola à vontade. Que foi o que aconteceu. Os jogadores da Académica tiveram sempre tempo para receber e dominar a bola nas calmas!

À atenção de Jesualdo Ferreira. Fernando é neste momento já um bom lateral direito, muito superior ao Sapunaru. Só a médio ou longo prazo conseguirá vir a ser um trinco razoável.

sábado, 29 de novembro de 2008

Lateral esquerdo Leandro (emprestado!)

Leandro é o mais desejado no Palmeiras, clube que este fim-de-semana pode ascender ao segundo lugar do Brasileirão e que vai pedir ao FC Porto, a quem pertencem os direitos desportivos do jogador, que prorrogue o prazo do empréstimo, pelo menos por mais seis meses. Não é de estranhar: o lateral que os dragões têm há três anos emprestado é um dos três candidatos a melhor do Brasileirão e o jornal "Globo" até vai mais longe, dando-lhe a titularidade no melhor onze do campeonato. Isto, enquanto o tricampeão português arranca cabelos à procura de um... lateral-esquerdo. Haverá explicação? Aparentemente, sim.
Toninho Cecílio, gestor do futebol do Verdão, disse no Brasil que o FC Porto seria contactado no sentido de decidir se vai querer utilizar o lateral-esquerdo, porque a vontade, no Palestra Itália, é o de continuar a contar com os serviços do atleta. Wanderley Luxemburgo, que comanda a equipa desde o início desta temporada, parece ter conseguido extrair de Leandro o melhor das suas qualidades, e a aposta no jogador, que chegou a ser posta em causa no final do ano passado, quando Caio Júnior era ainda o técnico, provou ter sido acertadíssima.
"Leandro mudou completamente o rendimento este ano", conta a O JOGO Luiz Ademar, especialista do "GloboEsporte" que há duas temporadas cobre o Palmeiras e testemunhou a evolução. "Com Caio Júnior, ele esteve muito irregular, chegou a perder a titularidade e no final do ano, por vontade do Caio, ele não ficava", contou. A chegada de Luxemburgo, que conhecia o jogador do Cruzeiro - onde a carreira de Leandro tinha tido o seu ponto alto - mudou para melhor o futebol deste carioca andarilho. "Luxemburgo tem um futebol mais de ataque, que explora as alas, e o Leandro tem estado fenomenal, cresceu muito de produção. É um dos que mais jogos fizeram esta temporada, apoia muito e muito bem o ataque e tem sido fundamental no jogo do Palmeiras", diz Ademar, surpreendido por saber que o FC Porto está deficitário na posição e não tomou ainda opção sobre Leandro.
Num esquema táctico mais ofensivo, parece evidente que o bom futebol do lateral-esquerdo sobressai, porque não se lhe exige com tanta frequência o vaivém entre as duas tarefas: "Leandro é prejudicado se tiver que defender e depois ir apoiar o ataque, como no esquema de contra-ataque que o Caio Júnior defendia, mas o Palmeiras tem um sistema de ataque continuado e aí o Leandro brilha", assegura o jornalista.

Leandro ou a prova de que a defesa é o melhor ataque
O estilo ofensivo preconizado por Wanderley Luxemburgo no Palmeiras cabe como uma luva a Leandro, que utiliza o corredor esquerdo para atacar, cruzando, em média, 9,8 vezes por jogo. O defesa emprestado pelo FC Porto tornou-se mesmo o melhor lateral do campeonato brasileiro no apoio ao ataque, tendo conseguido fazer três assistências de que resultaram outros tantos golos. O jogador que não conseguiu afirmar-se no FC Porto com a concorrência de Areias, Nuno Valente e, mais tarde, César Peixoto, está a conseguir relançar a sua carreira no Palmeiras e já despertou a cobiça do Bordéus em Junho, mas a renovação entretanto acordada com os azuis e brancos afastou o interesse da equipa francesa.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

FC Porto Recurso para plenário da CD da Liga contra "veto de gaveta"

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O FC Porto anunciou hoje recurso para o plenário da Comissão Disciplinar da Liga do "veto de gaveta" à revisão das decisões disciplinares de que foi alvo o clube e o seu presidente, Pinto da Costa, no âmbito do processo "Apito Final". Em comunicado publicado no site oficial, o FC Porto estranha a "inércia e contenção" revelada pela Comissão Disciplinar (CD) da LPFP e anuncia ter apresentado uma "reclamação junto do órgão competente" (plenário da CD). Em causa está o facto de a CD da LPFP ter notificado o FC Porto de que os processos disciplinares em questão se encontravam em poder do Tribunal Administrativo de Lisboa, o que, no entendimento daquele órgão, "inviabilizava", por ora, a apreciação dos pedidos de revisão. "Ou seja, a Comissão Disciplinar, face a processos de revisão legítimos, idóneos e juridicamente enquadrados nos próprios regulamentos da LPFP, decide não decidir, por tempo indeterminado, sem sequer se preocupar em engendrar um esboço de justificação ou de fundamentação mínima", refere o comunicado dos portistas. O FC Porto qualifica esta "lamentável atitude" como "um veto de gaveta, um esforço patético de evitar o acesso ao direito e à justiça a que todos têm direito". "O mesmo órgão que manifestou um fervor quase desvairado na sua acutilância punitiva na fase acusatória dos processos disciplinares, em que não hesitou em bater a todas as portas de Tribunais e de uma "super-equipa" do Ministério Público, para obter certidões que sustentassem a sua acusação, recusa agora ter a mesma pró-actividade", refere a nota. E continua: "Não deixa de ser inédito que não tenha tido o cuidado de duplicar os seus documentos antes de os remeter para a FPF e agora nada faça para obter uma cópia, quando se trata de rever as suas decisões. Porque será que são tão expeditos a recorrer aos audiovisuais e não descobriram a utilidade da fotocopiadora e da memória do computador?". Face a esta situação, o FC Porto "declara de modo inequívoco que não se conformará, uma vez mais, com esta forma cada vez mais despudorada de encarar a realização da justiça desportiva em Portugal" e informa ter "apresentado reclamação daquela decisão junto do órgão competente". Os pedidos de revisão foram apresentados na sequência do acórdão do Supremo Tribunal Administrativo (STA) a considerar a ilegalidade da utilização das transcrições das escutas telefónicas obtidas para o “Apito Dourado” no processo movido pela CD ao Leiria, penalizada com a subtracção de três prontos, e ao presidente do clube, João Bartolomeu, suspenso por um ano. O FC Porto, que foi condenado em 9 de Maio pela CD da Liga à perda de seis pontos, e o seu presidente, Pinto da Costa, suspenso por dois anos por tentativa de corrupção, considerou que "o STA fê-lo de um modo impressivo e manifesto, concluindo pela evidente ilegalidade da manutenção no processo disciplinar das gravações das escutas, por tal constituir uma violação de um direito fundamental".

terça-feira, 25 de novembro de 2008

FC Porto vence o Fenerbahçe por 2 a 1

Bom jogo da equipa do FC Porto. Grande entre-ajuda entre todos os elementos da equipa. Esta vitória premeia o grande esforço colectivo da equipa. A equipa está pois de parabens.

Liga Campeões FC Porto vence Fenerbahçe e está nos oitavos-de-final

Mesmo sem Lucho, o FC Porto tem uma equipa de luxo. Os portistas venceram esta noite o Fenerbahçe, por 2-1, no Estádio Sukro Saraçoglu, em Istambul, garantindo um lugar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, conjugada esta vitória com o triunfo do Arsenal sobre o Dínamo de Kiev, também por 1-0. Os campeões nacionais entraram muitos fortes no encontro, num ambiente adverso (estádio completamente cheio e público muito ruidoso), e cedo inauguraram o marcador. Por Lisandro, que marcou o seu nono golo na “Champions”. Fernando desmarcou muito bem Bruno Alves na direita, este cruzou de imediato e Lisandro facturou. Estavam decorridos 18 minutos de jogo. Dez minutos depois 2-0, novamente por Lisandro. Lançamento lateral de Fucile e o argentino e rematar para defesa de Volkan, mas a marcar o décimo tento na Liga dos Campeões na recarga. Aos 34’, Raul Meireles fez um belo passe longo para Tomás Costa, que fez um “chapéu” ao guarda-redes turco, mas a bolas foi ao poste. Tudo isto perante uma equipa turca completamente atarantada e impossibilitada de contrariar o brilhante futebol da formação de Jesualdo Ferreira. Na segunda parte, o Fenerbahçe pressionou mais, como aliás lhe competia, e o FC Porto apostou no contra-ataque. Nada fazia prever o golo de Kazim Kazim, que entrara no início deste segundo tempo. Até porque a bola embateu em Bruno Alves, traindo Helton. Mas o FC Porto não se descontrolou, bem pelo contrário. Hulk teve hipótese de repor a vantagem, mas, sozinho diante de Volkan, atirou à malha lateral. Este foi só um exemplo, porque houve mais. Vitória inteiramente justa da melhor equipa, face a uma equipa cujos melhores elementos foram Guiza e Kazim Kazim. Os oitavos-de-final estão assim garantidos. O jogo com o Arsenal, no Dragão, servirá, no entanto, para discutir o primeiro lugar no Grupo G…

OJOGO - FC PORTO UM A UM
Pedro Marques Costa em Instambul

Helton 6
A primeira defesa surgiu apenas em cima do intervalo; antes disso, limitou-se a ver passar algumas bolas pelas imediações da sua baliza. Na segunda parte, teve mais trabalho e respondeu sempre com segurança.
Fucile 6
Regressou ao lado direito da defesa, tendo realizado uma exibição pouco fulgurante em termos ofensivos, mas praticamente irrepreensível nas acções defensivas - e tinha adversários de respeito (Boral e Roberto Carlos). Foi das suas mãos que saiu o lançamento lateral para o segundo golo portista.
Rolando 8
Sempre no caminho da bola: pelo ar, pelo chão e a interceptar remates. Esteve simplesmente intransponível e terá realizado, muito provavelmente, a melhor exibição desde que chegou ao FC Porto. Na memória visual ficou um corte fantástico nos minutos inicial do jogo (11'), na emenda a um erro de Bruno Alves.
Bruno Alves 7
Teve um erro nos minutos iniciais - deixou passar a bola em plena área (11') -, mas foi o único que se lhe viu cometer em todo o jogo. Formou, com Rolando, uma dupla exemplar.
Pedro Emanuel 5
Teve uma missão ingrata no jogo de ontem, sobretudo na segunda parte, quando teve de lidar com a velocidade de Kazim Kazim. Sentiu algumas dificuldades, naturais, até porque esteve parado durante boa parte da semana.
Fernando 6
Deu início à jogada do primeiro golo, com um passe a encontrar Bruno Alves na área, e eliminou Alex do jogo, naquela que podia ser a principal arma do Fenerbahçe. Mas teve um erro: perdeu uma bola infantil no arranque da jogada do golo turco.
Tomás Costa 6
Foi o escolhido para colmatar a ausência de Lucho e acusou a pressão nos minutos iniciais do jogo, com duas perdas de bola em pleno meio-campo defensivo. Depois, com o decorrer do tempo, subiu de produção e demonstrou ser importante no equilíbrio táctico. Num dos muitos contra-ataques da equipa, merecia o golo, mas o chapéu a Demirel foi ter com o poste. Saiu, inexplicavelmente, aos 62 minutos.
Raul Meireles 7
Foi o médio que mais conseguiu esticar o jogo da equipa, surgindo envolvido com frequência nas acções ofensivas. Para além disso, assumiu a importância habitual na ocupação de espaços defensivos. Não houve Lucho, mas Meireles ajudou a fazer esquecer o argentino.
Rodríguez 5
A exibição de ontem de Rodríguez tem de ser analisada em dois momentos distintos no jogo: quando teve a bola nos pés e quando não a teve. Sem bola, foi perfeito, mostrou trabalho, cultura táctica e uma enorme capacidade de luta; com a bola nos pés, limitou-se a somar disparates, alguns deles ridículos. Saiu na altura em que lhe começou a faltar a força.
Hulk 6
Não precisou mais do que dois minutos para mostrar qual era a sua missão no jogo: arrancar com a bola nos pés para desequilibrar a frágil defesa do Fenerbahçe. E conseguiu-o. Foi sempre um perigo, mesmo quando, na segunda parte, começou a acusar algum desgaste físico. Só lhe faltou mesmo o golo, que falhou infantilmente aos 60'.
Guarín 4
Foi a primeira aposta de Jesualdo Ferreira, mas não entrou bem no jogo.
Mariano 5
Entrou com a missão de ajudar Pedro Emanuel e conseguiu atenuar os problemas causados por Kazim Kazim.
Pelé 4
Jogou os últimos minutos, numa altura em que o FC Porto procurava segurar a vitória.

PS - Fenerbahçe-F.C. Porto, 1-2A "equipa" está de parabens pelo resultado alcançado. Notável!Não este ou aquele jogador. Tinha sugerido o Lino a apoiar o PEmanuel, mas o Jesualdo colocou o Rodriguez. É o mesmo. O que era preciso era alguém com velocidade para apoiar o Pedro.

PS 1 - Não estou de acordo com a pontuação atribuida ao Rodriguez. O Rodriguez foi muito importante a ajudar o PEmanuel enquanto permaneceu em jogo.
Guarin! Não consigo perceber porque o Guarin que até é bom jogador,rende tão pouco quando entra na equipa! Dado o tempo que está com a equipa, já era tempo de demonstrar mais entendimento com os colegas.Será um caso de abaixamento de forma?!
Na minha opinião o futuro "Trinco" desta equipa vai ser o Pele. Entretanto,admito que jogue o Fernando nessa posição enquanto o Pélé não estiver completamente adaptado à equipa.O Pele é outro jogador,mais técnico,mais autoritário e mais possante.

PS 2 - Na Europa sim, Jesualdo tem razão: é quase o FC Porto ideal. Melhor, só quando houver defesa-esquerdo e Hulk for crescido.