sexta-feira, 30 de abril de 2010

Inter de Milão na Final da Champions League

28/04/2010 - FC Barcelona 1 Inter de Milão 0 (resultado da primeira mão em Milão 3 -1 )
Antes de mais, é preciso notar que o Inter jogou 70 minutos com dez jogadores.
Se há portistas que gostariam de celebrar uma vitória do Barça, eu nunca poderia ser um deles, pois recordo-me perfeitamente dum célebre jogo para a Champions entre o Barça e o FC Porto em que um árbitro belga comprado pelos dirigentes do Barcelona da altura nos roubou dois penaltis (pelo menos) cometidos sobre o Frasco nesse referido jogo. É que o tal árbitro belga chegou a Barcelona dois dias antes do jogo a convite dos tais dirigentes do Barça que puseram uma relações públicas, por sinal uma loiraça, à disposição do árbitro belga para lhe mostrar a cidade e não só.
Aceito que o Barça tem uma boa equipa e pratica bom futebol, mas também beneficia muito do facto de ser um (dos chamados tubarões) clube grande com grande prestígio e que por conseguinte é muitas vezes ajudado pelas arbitragens. Porque se a equipa tem na linha média e nos avançados grandes jogadores, também tem na defesa alguns jogadores em força e suficientemente manhosos para dar porrada (pequenos toques nas pernas dos adversários) do tipo caceteiros dos que passa a bola mas não passa o homem, sem dar muito nas vistas dos árbitros sempre muito prontos a serem permissivos para com os locais, . 


Assobios à entrada no relvado e insultos à saída do Camp Nou. Por mais histórias que esta meia-final tenha para contar, nenhuma é tão aliciante como a de José Mourinho: foi ele que garantiu ontem a final ao Inter. Ponto. Tal como na semana passada, os italianos - que jogaram sem nenhum italiano - conseguiram anular com relativa facilidade esta máquina de futebol chamada Barcelona. E houve de tudo; houve uma expulsão de Thiago Motta para aumentar o dramatismo e significado de mais um feito de Mourinho; houve sofrimento e emoção; e houve também uma enorme corrida do treinador português pelo relvado de Camp Nou já depois do apito final.


Figo, que se sentou no banco de suplentes do Inter, foi insultado por adeptos catalães quando chegou a meio da tarde ao hotel. "Traidor" e "pesetero" foram as palavras que mais se ouviram da boca dos cerca de 20 adeptos que fizeram questão de se manter junto à unidade hoteleira que recebeu a equipa italiana. No mesmo local, mas de madrugada, um grupo de adeptos do Barcelona bateram em panelas na tentativa de perturbar o descanso dos jogadores do Inter.
Enquanto os jogadores do Inter foram insultados à saída do hotel, os do Barcelona fizeram o trajecto até Camp Nou acompanhados de mais de 3000 motociclistas. Ontem, a cidade catalã viveu um dia diferente.


Festa molhada no final

Enquanto os jogadores do Inter festejavam o acesso à final em pleno relvado do Camp Nou, alguém ligado ao Barcelona ligou o sistema de rega. Resultado: a festa ficou molhada, Mourinho incluído. Mas a vitória do Inter também foi festejada em Madrid. Os adeptos do Real saíram à rua para aplaudir a derrota dos seus maiores rivais.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Apitos Desafinados - escute, pare e olhe

"Não se pensou se o rato tinha lugar na montanha", ironiza advogado de Pinto da Costa

Gil Moreira dos Santos, o advogado de Pinto da Costa, fez hoje uma analogia à expressão "a montanha pariu um rato" para resumir o Apito Dourado e os "incêndios" criados em torno deste processo sobre corrupção no futebol.
"Se calhar [o processo] foi mal orientado no princípio, pensando-se no rato da montanha e não efectivamente se o rato podia subir à montanha ou mesmo tinha lugar na montanha", disse o advogado à agência Lusa, à margem do lançamento do seu livro "Apitos Desafinados - escute, pare e olhe", que decorreu em Vila Nova de Gaia.
Para Gil Moreira dos Santos, "pelo caminho, houve muitas expectativas criadas, muitos incêndios", mas no final houve uma "correcta aplicação da lei, afinal".
Com o seu patrocínio forense, o presidente do FC Porto foi ilibado na justiça convencional em todos os casos por corrupção desportiva, estando em desenvolvimento apenas um processo em causa de alegada fraude fiscal.
O advogado admitiu que alguns agentes processuais envolvidos no Apito Dourado "falharam porque efectivamente esqueceram que a Justiça, para ser bem administrada, precisa de ser serena, objectiva, não tendenciosa".
Gil Moreira dos Santos cita no livro uma alusão do escritor Aquilino Ribeiro ao "gáudio" que tinha o rei D. Pedro a administrar a Justiça. "E, apesar disso, ele ficou na história como o justiceiro, embora também como o cru", comentou o causídico.
"Apitos Desafinados - escute, pare e olhe" contém excertos de peças processuais do Apito Dourado e conexos, "a história vivida do processo", bem como alusões aos que se disse e se escreveu, quer nas peças processuais, quer em peças académicas, sintetizou o autor.
O livro abre com uma frase de Jesus aos fariseus, segundo o apóstolo São João: "se vós fosseis cegos, não teríeis culpa; mas, pelo contrário, vós dizeis: nós vemos. Fica, pois, subsistindo o vosso pecado".
Referindo-se ao remate do livro, Gil Moreira dos Santos contou que "a conversa acaba com um agradecimento" àqueles que o provocaram "e entre eles a comunicação social. Se não fosse alguma comunicação social, se calhar eu não tinha escrito o livro".
"Tentei que fosse um livro ao mesmo tempo de informação e para acabar com alguma deformação que entretanto foi difundida", sintetizou o advogado.
O processo Apito Dourado, sobre corrupção no futebol, foi desencadeado em Abril de 2004, altura em que o próprio Pinto da Costa chegou a ser detido em pleno tribunal de Gondomar.

Falcao, águias e outras rapinas

1- Pedro Henriques é um árbitro que, quando apareceu, prometia bem mais do
que aquilo que viria a cumprir. Por razões que ignoro, o facto é que ele
nunca passou de um árbitro banal, às vezes mesmo, pior do que isso até:
acumula algumas limitações de julgamento, técnicas, com uma postura de
vedetismo e autoritarismo que, não sendo qualidades em si mesmas, só podem
tornar mais evidentes os defeitos. Nada é menos eficaz do que o
autoritarismo sem a autoridade natural da competência. E, desta vez, quem
pagou as favas foi Falcao - ou, como bem disse Jesualdo Ferreira, o
espectáculo do Porto-Benfica que aí vem. Por desejo de protagonismo, por
autoritarismo, Pedro Henriques resolveu tirar Falcao do clássico deste
fim-de-semana, conseguindo ver numa mão em queda de um jogador em queda,
depois de derrubado pelos adversários, uma atitude adequada para um cartão
amarelo. Incompetência: essa mão na cara do adversário ou ele a julgava como
acidental ou a julgava intencional - e então, seria uma agressão, que daria
motivo para um vermelho directo, jamais para um amarelo. Exibicionismo: num
jogo já decidido e sem história, Pedro Henriques não resistiu a entrar para
a história como o árbitro que impediu que a luta pela Bola de Prata entre
Falcao e Cardozo pudesse continuar a ser o único, rigorosamente o único,
motivo de interesse que ainda resta neste campeonato. Nesse instante, de
peito feito, ele achou-se importantíssimo, a suprema autoridade. Enganou-se
e o seu engano é ridículo: Falcao faz falta ao espectáculo e, na disputa
particular em que estava envolvido, é insubstituível; ele, não.

2 - De qualquer maneira, não é justo mandar todas as culpas do desfecho da
Bola de Prata para cima de Pedro Henriques. Jorge Jesus fez notar que a Bola
de Prata é um troféu que já escapa ao Benfica há muitos anos - e que o
Benfica adorava juntar este ano ao título de campeão, já entregue. E, como
se tem visto e se viu outra vez este fim-de-semana, estamos em ano em que o
Benfica quer, o Benfica tem. Os jogos do Glorioso têm tido uma fatal
tendência para serem marcados por uma série infindável de penalties a favor
(que Cardozo lá vai transformando, mais mal que bem) e por expulsões dos
adversários, que muito facilitam os desfechos. Cardozo leva uns dez
penalties convertidos no rol dos seus golos acumulados, Falcao leva dois.
Cardozo leva alguns golos validados em off-side (como o terceiro do seu
hat-trick contra o Olhanense), Falcao leva quatro golos limpinhos anulados
por falsos off-sides. Está uma passadeira vermelha estendida para que Óscar
Cardoso leve a Bola de Prata, a de Ouro e a de Diamantes. Resta, como me
confessava um benfiquista mais tranquilo que outros que por aí andam, que
Falcao é muito melhor avançado e jogador do que Cardozo - como aliás percebe
qualquer um que perceba de futebol. E eu, que até acho que Cardozo é um bom
avançado e útil na sua missão, não pude deixar de concordar com este
benfiquista, quando ele, recebendo a notícia do terceiro golo de Cardozo
contra o Olhanense, comentou: «Se ele, além de marcar golos, soubesse jogar
futebol, já estava no Real Madrid!».

Não impede que Radomel Falcao, tão a leste destas guerrilhas internas, foi
roubado de um troféu individual que indiscutivelmente merecia e mereceu,
pela época que fez, pelos golos que marcou e pelos que injustamente lhe
anularam e pelo jogador que é. Falcao saiu do jogo de Setúbal em lágrimas
por não poder jogar o seu primeiro Porto-Benfica; Jesualdo Ferreira foi
expulso do banco pela primeira vez na sua carreira. E Pedro Henriques lá vai
continuar igual.

E não impede que Vítor Pereira deveria ter mais pudor em não nomear para os
jogos finais do campeonato os árbitros que o mundo inteiro sabe que levam
uma mancha benfiquista no coração. Lucilio Baptista - um dos piores árbitros
dos últimos anos do futebol português - já não tem margem para benefício da
dúvida, quando arbitra o Benfica. Toda a gente o sabe, toda a gente o vê, já
toda a gente sorri quando o vê actuar com o Benfica em campo. Desta vez e em
apenas oito minutos, ele liquidou o Olhanense e nem sequer deixou qualquer
hipótese de que o jogo se pudesse vir a complicar para o Benfica. Aos dois
minutos, marcou pressurosamente um daqueles penalties de bola no braço que,
em querendo, só não se assinalam aos manetas (e bem menos evidente do que o
braço na bola com que Aimar amorteceu para marcar o quinto golo do Benfica).
E, aos oito, aí já com razão, mostrou o segundo amarelo ao não-maneta do
Olhanense e, com isso e o penalty inventado, o jogo ficou arrumado, tirando
os fait-divers: o quarto golo em off-side, o quinto preparado com a mão.
Viva o campeão e o Bola de Prata!

Consola-me pensar que em breve Lucílio Baptista gozará a sua justa reforma e
Ricardo Costa a sua justa retirada de cena. Cumpridas as suas missões,
elogiado o seu zelo em defesa da «transparência». E talvez, quem sabe para o
ano, o campeonato se resolva exclusivamente dentro do campo e não haja
protagonistas marginais ao jogo a cumprirem a sua penosa missão de retirarem
de jogo os seus verdadeiros e melhores protagonistas. Um campeonato
inteiramente jogado à luz do dia, longe das sombras dos túneis, dos tiques
de autoridade de personagens menores e que nenhuma, nenhuma falta fazem ao
futebol.

3 - Ricardo Costa retira-se, aliás, com mais uma derrota na sua infatigável
batalha contra o F.C. Porto: o Conselho de Disciplina não apenas revogou o
seu «castigo» de mais três meses de silêncio a Pinto da Costa, como ainda
lhe lembrou esta coisa evidente: quem é o Sr. Ricardo Costa para querer
silenciar quem quer que seja? Quem é este Torquemada de trazer por casa que
se acha mais importante do que a própria Constituição da República? Quem é
este mestre de direito cujas brilhantes teses, e de sentido único, nunca são
acompanhadas por ninguém mais que julga os mesmos factos que ele? Quem é
este pavão justiceiro que até consegue retirar à águia o brilho que,
todavia, nós até lhe reconhecemos? Bye, Bye, Dr. Costa, volte lá para de
onde nunca deveria ter saído.

4 - Fantástico José Mourinho: ele e só ele derrotou o Barcelona. Não foi o
Inter, porque o Inter é uma equipe banal, apenas com um grande guarda-redes
e um excelente médio-esquerdo chamado Snejder. O resto são vedetas sem
sustentação futebolística - como esse menino mal-educado que é o Balotelli,
um jogador absolutamente vulgar, que eu, francamente, não consigo entender
como é que merece de Mourinho mais atenção e mais oportunidades que o
Ricardo Quaresma.

É sintomático que toda a critica tenha escrito que Mourinho anulou o Barça-
jamais que o Inter fez um grande jogo. Não fez, nem nunca faz (talvez contra
o Milan, no campeonato, e contra o Chelsea, em Londres). De resto, o futebol
do Inter é tão entusiasmante como o Ricardo Costa a explicar as suas teses
jurídicas: é um futebol incapaz de dar vida a um moribundo a quem
prometessem mais dez anos de vida. Mas isso só torna mais notável o
desempenho de José Mourinho: a sua capacidade única de estudar os
adversários até à alma e de inventar maneira de os reduzir à impotência e o
seu talento para juntar nove homens banais, acrescentados de dois ou três
bons, e deles todos fazer uma equipe ganhadora. Mas, continuo na minha: de
todas as equipes vencedoras de José Mourinho, a que melhor futebol jogava,
que mais espectáculo dava, foi o F. C. Porto de 2003, que venceu em Sevilha
a Taça UEFA.

PS: Ricardo Araújo Pereira lá prossegue a sua insana tarefa de meu
arquivista particular e não nomeado. Desta vez, e para além do desejo
reiterado de não me ver falar de árbitros (exclusivo de cronistas
benfiquistas, como ele), realça a minha grande contradição por, em Julho
passado, ainda a época não tinha arrancado e eu não tinha visto jogar
ninguém, ter previsto que o F.C.Porto era outra vez o principal candidato ao
título. O facto de, logo em Setembro e depois de ver o que já havia para
ver, ter começado a escrever que o Benfica era a melhor equipe, à vista, não
anula essa penosa contradição que ele me atribuí. Ao contrário dele próprio,
a quem ninguém verá jamais um elogio ao futebol jogado pelo F.C.Porto
(aliás, futebol, propriamente dito, é assunto que nunca o ocupa), ele acha
que eu cometi o crime de não ter começado a elogiar o Benfica logo após o
Torneio do Guadiana. OK: solenemente declaro, desde já, que o meu favorito
para o ano é o Benfica. É o Benfica, é o Benfica.

Entretanto, agradeço ao arquivista ter-me lembrado que em Olhão, no jogo da
primeira volta, o Cardozo só não foi para a rua porque o árbitro, enquanto
caminhava para ele para lhe mostrar o vermelho merecido, lembrou-se do
Benfica-Porto na semana seguinte e mudou o vermelho para amarelo. O Pedro
Henriques também se lembrou do Porto-Benfica, mas, estranhamente, a
consequência foi a oposta...

Miguel Sousa Tavares n'A Bola.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Carlos Azenha: "Há um cunho pessoal na forma de falar à equipa"


"Não é a mesma coisa sem Jesualdo"

A provável ausência no banco de Jesualdo Ferreira no clássico com o Benfica pode ter implicações na equipa. Quem o diz é Carlos Azenha, ex-adjunto do FC Porto, e por uma razão muito simples: "Claro que há uma diferença, porque o treinador principal é o treinador principal. Não é igual um treinador estar no banco ou na bancada. Não é a mesma coisa". As razões têm muito que ver com o plano psicológico, ou seja, a forma como os jogadores recebem a informação. "Há sempre um cunho pessoal na maneira como o treinador principal fala com a equipa, quando transmite as ideias para dentro do campo no decorrer de um jogo", adverte Carlos Azenha. A confirmar-se o castigo de Jesualdo Ferreira - "é de lamentar que chegue a esta fase da carreira e seja expulso" - outra questão que se levanta é a da autonomia do técnico-adjunto durante o clássico. Qualquer decisão terá de partir de Jesualdo Ferreira via telefone (ver peça em baixo) ou José Gomes pode agir sem consulta prévia? Para Carlos Azenha, "isso depende do tipo de relacão que existe entre o treinador principal e o adjunto. Mas é óbvio que em situações momentâneas, como alguma correcção de posicionamento, o adjunto pode agir sozinho". Se a planificação do clássico durante a semana não leva em linha de conta a ausência do treinador no banco - "é a mesma coisa, não muda nada, a não ser a planificação de um método de comunicação" -, é verdade que um jogo com o Benfica merece sempre outro tipo de análise. "Quem disser que preparar um clássico é igual a preparar outro jogo qualquer, está a mentir. Há sempre detalhes que merecem atenção e, em jogos destes, há mais detalhes, simplesmente porque o valor dos jogadores é mais elevado". O antigo adjunto do FC Porto diz ainda que, no Olival, devem ser destacados dois aspectos na abordagem ao clássico com o Benfica. "Há a questão motivacional e há a questão de saber o peso que o jogo tem. Ora, como se sabe, o jogo tem mais peso para o Benfica e isso pode funcionar a favor do FC Porto. O desejo de vencer um clássico é sempre muito elevado".

n'OJOGO


PS - Notícia de última hora (telejornal d'hoje) 
Jesualdo Ferreira foi advertido e multado, pelo que vai poder sentar-se no banco no jogo com o SLB.


PS1 - Raiva não, mas brio profissional sim
"Mal estaria o Hulk se encarasse este jogo com um sentimento de vingança ou de raiva pelo que sucedeu. Isso não vai acontecer. A raiva do Hulk tem de ser contra o castigo que lhe aplicaram", recordou Carlos Azenha. Aliás, o antigo adjunto de Jesualdo Ferreira aproveitou para defender o avançado brasileiro. "É normal reagir quando se é provocado".


PS2 - Bruno Ribeiro diz que Falcao devia ser ilibado



Directamente envolvido no lance do qual resultou o cartão amarelo que afasta Falcao do clássico, o setubalense Bruno Ribeiro contestou ontem a decisão do árbitro, defendendo que a punição deveria ser revista. "Se fosse eu a mandar, retirava-lhe o castigo, porque não considero que tenha havido qualquer agressão. O Falcao ia a cair e atingiu-me involuntariamente com a mão; foi isso que pude confirmar pelas imagens. É verdade que ele me toca, mas longe de ser uma agressão. Se o árbitro considerasse agressão, então, em vez do amarelo, deveria ter mostrado vermelho", disse. Bruno Ribeiro acrescentou ter falado com Falcao. "Disse-me que foi sem intenção e acredito nele". Por isso, sublinha, seria justo que jogasse o clássico. "Gostava que defrontasse o Benfica. Os grandes jogadores são para os grandes jogos". N' OJOGO

PS3 - Lei Marcial (Jorge Maia em OJOGO)
Há quem diga que Pedro Henriques apita à inglesa, mas há outras versões menos lisonjeiras. Uma é a de que apita ao avesso, fechando os olhos a faltas claras e escancarando-os para outras que não existem. Em Setúbal, por exemplo, não devia ter apitado, mas apitou o lance entre Falcao e Bruno Ribeiro. E apitou mal, seja qual for o ponto de vista. Porque, ou, como diz o próprio Bruno Ribeiro, Falcao não teve intenção de o atingir e não há razão para a amostragem de qualquer cartão; ou teve a intenção de o agredir e devia ter visto o vermelho. O amarelo foi apenas mais um numa longa lista de disparates de Pedro Henriques, que já no jogo da primeira volta entre as mesmas equipas tinha apitado ao avesso. Na altura, Hulk sofreu uma falta clara na área do Setúbal, uma grande penalidade que toda a gente viu, menos Pedro Henriques. Ora, às vezes, os disparates de Pedro Henriques são inconsequentes. Afinal, o FC Porto ganhou as duas partidas ao Setúbal, apesar dele. O problema é que desta vez o árbitro de Lisboa excedeu-se e conseguiu estragar dois jogos: o que apitou, esta semana, e o que influenciou, da próxima, de onde afastou injustamente dois dos protagonistas.(soube-se agora que só dos dois).

PS4 - Confirmação das minhas teorias
Paulo Sérgio gosta que os seus centrais tenham não só envergadura, como força e aptidões técnicas mínimas e agilidade/capacidade atlética. No actual plantel sportinguista, curiosamente só um jogador corresponde aos requisitos pretendidos pelo técnico: Tonel - com 1,85 metros e 77 quilos - é unanimemente reconhecido como o único defesa leonino capaz de dominar o jogo aéreo, quer defensiva quer ofensivamente. Carriço (1,81 metros), apesar do bom momento e de ser uma grande esperança para o futuro, não alcança a espécie de medida mínima exigida por Paulo Sérgio, que se cifra nos 1,85 metros. Polga (1,83) e Caneira (1,78), as outras opções menos utilizadas de momento, também ficam aquém...
A referida medida, no entanto, é apenas uma referência a seguir, e não um limite inultrapassável. Existe flexibilidade na avaliação, até porque há outros factores como o tempo de salto, a impulsão e o posicionamento que têm influência na eficácia da disputa de lances pelo ar. Como se pode comprovar no quadro anexo, Paulo Sérgio dá prioridade sempre aos centrais altos e fortes e os que mais utilizou na Liga Sagres, ao serviço de Paços de Ferreira e Vitória de Guimarães, correspondem às suas exigências.
Tendo em conta que as bolas paradas são uma obsessão estratégica do técnico, ganha relevância o cumprimento dos requisitos desejados.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Jornal A Bola lança a confusão

A hora da despedida para Raul Meireles e Bruno Alves
Por Paulo Horta em ABola

Bruno Alves e Raul Meireles devem sair no fim da época. Palco dos portistas recebe último jogo da temporada frente ao Benfica.
 O clássico da próxima jornada será servido com as curiosidades habituais que os jogos entre o FC Porto e o Benfica encerram, mas poderá ser, também, a última discussão entre os dragões e as águias com Bruno Alves e Raul Meireles no painel de argumentos dos azuis e brancos. A corrente noticiosa tem colocado estes dois internacionais portugueses e referências do universo portista como activos potencialmente transferíveis no final da temporada, o tal fim de ciclo já amplamente mediatizado e que, necessariamente, carece de uma confirmação que apenas o mercado do próximo Verão será capaz de oferecer.
 Mas seguindo a tendência, Alves e Meireles são portistas em condições de carregarem um olhar já algo nostálgico quando avançarem para o jogo no Dragão, no caso do central, regressado às opções de Jesualdo Ferreira, após ter falhado a visita a Setúbal, por castigo (acumulação de cartões amarelos). Numa época em que sobra apenas a Taça de Portugal para o FC Porto vencer, os dois jogadores experimentam uma sensação mais estranha nesta recepção ao Benfica, potenciada pela hipótese muito séria de protagonizarem transferências no defeso que aí vem.

domingo, 25 de abril de 2010

Liga Sagres - Vitória de Setúbal 2 FC Porto 5

24/04/2010
Destaco a arbitragem do Pedro Henriques pela negativa. Excessivamente rigoroso para os jogadores Azuis e Brancos sancionando e admoestando a torto e direito, e, permissivo até dizer basta para os da casa! Tal foi a disparidade no critério adoptado que podemos até considerar que usou e abusou de má fé para com os Dragões quando resolveu por dá cá aquela palha mostrar o cartão amarelo ao Falcao pois ele sabia que o ia impedir de alinhar contra o Benfica no próximo jogo.



Foram cinco golos sul-americanos que deram ao FC Porto uma vitória justa e robusta sobre o Vitória de Setúbal (2-5), em pleno Estádio do Bonfim. Falcao, por duas vezes, Maicon, Guarín e Belluschi fizeram o gosto ao pé, em lances bem desenhados que marcaram a superioridade dos Dragões sobre os sadinos. O perfume do futebol portista foi evidente em várias fases do jogo, num terreno difícil e perante um adversário aguerrido. A única nódoa no encontro surgiu já nos últimos minutos, por obra e graça da arbitragem.
A equipa da casa apenas se conseguiu superiorizar nos primeiros cinco minutos. Foi uma espécie de estímulo que o FC Porto deu aos setubalenses, para depois colocar tudo na ordem. Alvaro Pereira, aos seis minutos, deu o primeiro aviso, com um remate ao lado. Aos 13 minutos, após canto de Raul Meireles, Falcao pôs os azuis e brancos em vantagem, e não mais os Dragões abandonariam essa posição. Donos e senhores do encontro, manobrando a bola no meio-campo contrário, os comandados de Jesualdo Ferreira chegaram ao 2-0 em novo pontapé de canto. Desta vez foi Belluschi a assistir e Maicon a marcar.
No início da segunda parte, a equipa da casa fez o que lhe competia e tentou forçar o golo. Com felicidade, na sequência de outro pontapé de canto, Henrique reduziu para 2-1. No entanto, quem observava o encontro percebia que eram os Dragões a comandar e que mais golos seriam inevitáveis. Abandonadas que estavam as tácticas cautelosas, o Vitória de Setúbal expunha-se ao jogar olhos nos olhos com o adversário. E foi assim que, aos 58 minutos, Guarín fez o 3-1, assistido por Hulk. Foi o terceiro tento do colombiano em partidas consecutivas.O FC Porto não tirou o pé do acelerador e as transições rápidas continuaram a colocar em pânico a defesa sadina. Belluschi fez o 4-1, após toque de calcanhar de Guarín, aos 71 minutos, e colocou um ponto final na decisão sobre o vencedor da contenda. O fim do encontro estava à vista, mas antes ainda surgiu um golpe de teatro. O árbitro Pedro Henriques interpretou de forma muito peculiar um lance em que Falcao foi duplamente carregado em falta e admoestou o colombiano com um amarelo que o impede de dar o contributo à equipa no próximo desafio da Liga.
Coincidências, dirão alguns. O que já não foi coincidência foi a união da equipa em torno de Falcao, ainda a tempo de proporcionar ao avançado bisar na partida. O compatriota Guarín serviu-o para um toque sublime, com o goleador a picar a bola sobre o guarda-redes contrário. Ficou como amostra da sua classe, que, por muito que custe a alguns, vai continuar a fazer mossa nos adversários.
FICHA DE JOGO - Liga 2009/10, 28.ª jornada
Estádio do Bonfim, em Setúbal
Árbitro: Pedro Henriques (AF Lisboa)
Assistentes: Gabínio Evaristo e Tiago Rocha
Quarto árbitro: Luís Reforço
FC PORTO: Beto; Fucile, Rolando, Maicon e Alvaro Pereira; Fernando, Belluschi, Raul Meireles e Guarín; Hulk e Falcao
Substituições: Raul Meireles por Tomás Costa (76m), Fucile por Miguel Lopes (76m) e Belluschi por Valeri (92m)
Não utilizados: Nuno Espírito Santo, Nuno André Coelho, Farias e Orlando Sá
Treinador: Jesualdo Ferreira
VITÓRIA DE SETÚBAL: Nuno Santos; Collin, André Pinto, Ricardo Silva e Ruben Lima; Sandro, Kazmierczack, Ney Santos, Neca e Hélder Barbosa; Henrique
Substituições: Ruben Lima por Bruno Ribeiro (46m), Kazmierczack por Rui Fonte (64m) e Sandro por Zoro (75m)
Não utilizados: Matos, Paulo Regula, Luís Carlos e Zarabi
Treinador: Manuel Fernandes
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Falcao (13m e 94m), Maicon (41m), Henrique (51m e 90m), Guarín (58m) e Belluschi (71m)
Disciplina: cartão amarelo para Alvaro Pereira (61m) e Falcao (79m)



DECLARAÇÕES de jesualdo ferreira e rolando
Jesualdo Ferreira e Rolando, que terminou o jogo com a braçadeira de capitão, após a saída de Raul Meireles, destacaram a qualidade da exibição do FC Porto em Setúbal.Jesualdo Ferreira: «Durante grande parte do jogo, o FC Porto foi uma equipa coesa, solidária e fez exibição correcta para este adversário. Durante a primeira parte, controlámos em absoluto. Na segunda parte, não entrámos tão bem, mas há mais mérito do Vitória do que demérito nosso. Depois o jogo estragou-se e não comento mais nada a partir do 4-1. Ainda houve um golo mais do Falcao, que não vi, mas que me deixa muito contente. Não faço juízos de valor, mas parece-me que o amarelo que lhe mostraram é injusto. Fui expulso pela primeira vez em muitos anos, mas foi em defesa da minha equipa»Rolando: «Foi uma vitória incontestável, fomos melhores, dominámos o jogo e marcámos golos que tornaram a nossa tarefa mais fácil. Resolvemos as coisas como equipa. Amanhã é dia de folga e vamos descansar. Tínhamos de ganhar este jogo e fizemo-lo de forma clara. Lamentamos sempre as baixas, especialmente da forma como esta surgiu»

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Controvérsia gerada à volta do Inter 3 Barça 1

O Barcelona habituado a ser beneficiado pelas equipas de arbitragem (não me esqueço dos 2 penaltis sobre o Frasco num célebre jogo com o FC Porto, perdoados ao Barça por um árbitro belga. Na altura o Barcelona pôs uma relações públicas, por sinal loira, a servir de cicerone e não só ao árbitro belga, o qual tinha chegado dois dias mais cedo a Barcelona) vem agora reclamar do árbitro português que não sancionou um suposto penalti cometido sobre o Daniel Alves (na Liga Sagres são resmas de lances do género que não são sancionados a favor do FC Porto) e do terceiro golo do Inter, um offside milimétrico, sabendo-se (está no regulamento) que em caso de dúvida se beneficia a equipa que ataca.

Ainda no túnel, à saída do escaldante Inter-Barcelona, Xavi cruzou-se com José Mourinho e perguntou-lhe "Que achaste do árbitro?" "Por qual me estás a perguntar? Pelo do jogo do Chelsea da época passada?", contestou o treinador português, referindo-se ao norueguês Tom Henning Ovrebo, que deu um empurrão ao Barça nas meias-finais da Champions de 2008/09. Mourinho, cujos conflitos com os árbitros são frequentes, mudou de campo e foi o único a defender Olegário Benquerença, numa reafirmação das palavras de apoio que tinha proferido na altura da nomeação. O juiz de Leiria foi acusado de roubo pelos jornais da Catalunha, os de Madrid admitiram que ele prejudicou o Barcelona, e até os italianos reconheceram uma ajuda ao Inter. O terceiro golo, apontado por Milito em ligeiro fora-de-jogo, e um presumível penálti por assinalar por falta de Sneijder sobre Daniel Alves foram os lances que geraram maior contestação. "Não me parece que o árbitro tenha tido influência no jogo. Mas queixo-me de um fora-de-jogo mal tirado ao Milito ainda na primeira parte com o resultado em 0-0. Mas as equipas mais poderosas têm este tipo de privilégio", ironizou Mourinho em declarações à RTP. O privilégio de que falava era o de que o Barça "não sabe perder". "Acontece a equipas que estão habituadas a ganhar. Eu também sou um pouco assim", justificou, acrescentando que tinha visto no final "coisas impróprias de uma equipa desta categoria". "Já imagino o que iremos encontrar em Camp Nou", avisou. (o facioso) Johan Cruyff, presidente honorário do Barcelona, também participou no coro de críticas. "Pode enganar-se ao não ver (sobretudo sem ajuda do assistente) o clamoroso fora-de-jogo do Milito no terceiro golo. Inclusivamente, até em não assinalar o penálti sobre Alves. Mas não se pode enganar em todas as faltas e, mais, enganar-se sempre, sempre contra o Barça", analisou o holandês no seu artigo no "El Periódico". A indignação com a arbitragem de Olegário Benquerença foi transversal, e bastaram algumas horas para que a rede social Facebook ficasse inundada com páginas dedicadas ao árbitro. Quase todas em espanhol ou catalão, criadas por adeptos do Barcelona, e quase todas com termos ofensivos para o juiz. Mas também houve adeptos do Real Madrid que usaram a ferramenta na internet para agradecer a Benquerença. "Ovrebo, aprende com Olegário", é uma das mensagens que se pode ler.

Dar a bola ao Barcelona e ficar com as oportunidadesMourinho embrulhou a polémica à volta do trabalho do árbitro numa frase e preferiu elogiar o trabalho da sua equipa, explicando o segredo para o triunfo. "Em posse de bola, ficou 50 a zero para eles. Mas fizemos mais golos e tivemos oportunidades para fazer mais", resumiu Lo Speciale, que não deixou de lamentar o golo sofrido, que "ficou atravessado na garganta". "Quando o adversário faz golos em situações não identificadas por nós ou em que conseguem fazer coisas impossíveis de anular, então não há nada a fazer. Mas se os golos sofridos nascem de erros nossos, isso não agrada a nenhum treinador", explicou o treinador, retirando as críticas logo a seguir: "Ganhar da maneira que nós ganhámos... Só posso dizer bem dos meus."

Imprensa dividida entre o árbitro e o feito heróico - Os jornais desportivos espanhóis e italianos são praticamente unânimes em duas coisas: nos erros de Olegário Benquerença e na superioridade do Inter. A "Marca", diário da capital espanhola muito próximo do Real Madrid, aproveita para fazer um trocadilho dizendo "Mou mais perto do Bernabéu", palco da final da Champions deste ano. O catalão "Sport" prefere culpar "o amigo de Mourinho" e fala de "Roubo à italiana". Em Itália, a Imprensa rendeu-se a Mourinho. "Os marcianos somos nós", titula o "La Gazzetta dello Sport". 

PS - Paulo Bento é o escolhido de Pinto da Costa (segundo o Correio da Manhã) Admiração antiga do líder dos dragões fulcral na decisão. ‘Era Jesualdo’ chega ao fim no Jamor. Saiba todos os pormenores sobre o princípio de acordo existente entre o presidente dos dragões e o ex-treinador do Sporting na edição em papel do jornal 'Correio da Manhã'. 

PS1 - David Luis fala de Jorge Jesus "É claramente alguém importante, que fala de uma forma directa e que por vezes até pode ser duro, mas basta reflectir para saber que tem razão, pois tem a noção perfeita de como potenciar as nossas qualidades. É uma pessoa que nos ajuda muito, que quer o melhor para nós. Todos juntos, queremos melhorar, estamos dispostos ao sacrifício, a treinar até às 21 horas ou logo de manhã, a seguir a um jogo, pois sabemos que só dessa forma vamos atingir o título", explicou.

Estrutura duma equipa - Estratégia - Exemplo


Apologista e fiel seguidor do 4x4x2, à imagem de Jorge Jesus, o ainda técnico vimaranense terá de reestruturar todos os sectores. Na defesa - Paulo Sérgio adopta marcação à zona, inclusive nas bolas paradas, sem marcações individuais -, o eixo da mesma poderá ficar sem Polga e Caneira, devendo entrar dois novos defesas-centrais, um dos quais polivalente, capaz de desempenhar outras posições na linha mais recuada, onde, na esquerda, para dar o desejado andamento e profundidade - já que João Pereira, no lado contrário, é intocável -, deverá chegar um lateral para pelo menos discutir o lugar com Grimi. A contratação de Pedro Mendes e o regresso de André Santos, cedido ao Leiria, ajudam a preencher o leque de opções para médio-defensivo, mas no sector intermediário as dúvidas subsistem devido às previsíveis saídas. Médios-interiores, dotados de capacidades para se tornarem alas, alargando o jogo, dando-lhe profundidade, e capazes de contribuir para o assumir do jogo e da posse de bola, serão necessários, em particular na esquerda, onde Yannick Djaló tem sido a solução... possível.
Liedson, lá na frente, terá companhia para ajudar a materializar em golos o futebol de ataque que Paulo Sérgio tanto aprecia. O 31 será sempre a referência do ataque dos leões, mas com o apoio de um homem que se sinta confortável a jogar entre linhas. Saleiro e Pongolle manter-se-ão, ao que tudo indica, contudo falta presença física e altura junto às redes contrárias.

Cá está mais um treinador que afina pelo meu diapasão!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Equipa do FC Porto - Jogadores lesionados

Entretanto, também Hulk se limitou a fazer tratamento depois de ter surgido com queixas no joelho direito no dia do regresso ao trabalho, consequência de um traumatismo sofrido no desenrolar da partida de domingo. Apesar deste contratempo, o avançado deverá recuperar a tempo do próximo jogo com o Setúbal. No departamento médico do clube continuam ainda Varela, Mariano e Rodríguez, sendo que o avançado uruguaio continua sem data para regressar.
Este é um dos aspectos mais visíveis e que fazem inclinar mais o campo para o lado do Benfica: enquanto os árbitros protegem os jogadores encarnados marcando faltas e admoestando (intimidando) os adversários à mínima que estes façam aos benfiquistas, os jogadores do FC Porto são constantemente flagelados pelos adversários com o beneplácito das equipas de arbitragem.


PS - Gaitan na mira dos caçadores de talentos
Nicolás Gaitán, médio-ofensivo do Boca Juniors, está na mira dos encarnados e, ao que O JOGO apurou, a SAD poderá avançar brevemente com uma proposta concreta pelo jogador. Com 22 anos, Gaitán é um tecnicista polivalente: como esquerdino que é, pode alinhar, por exemplo, na posição agora desempenhada por Di María, mas é como 10 que se sente mais cómodo, até porque um dos seus cartões de visita é um bom disparo de meia distância. Tal como O JOGO adiantou oportunamente, Jorge Jesus pretende contar com mais uma opção a Aimar e Carlos Martins - nenhum destes consegue jogar regularmente os 90 minutos, nem fazê-lo três vezes por semana -, uma vez que na próxima época o emblema da Luz irá disputar a Champions e o técnico acredita serem necessárias (ainda) mais soluções para poder rodar a equipa entre as quatro competições (Liga Sagres, Taça de Portugal, Carlsberg Cup e Champions).
Para além disso, o perfil do internacional argentino do Boca Juniors vem ao encontro da actual política da SAD benfiquista, isto é, garantir os serviços de jovens talentos que possam a curto/médio prazo redundar num forte retorno financeiro. Esse é o caso, por exemplo, do também argentino Franco Jara, contratado recentemente ao Arsenal de Sarandí. Ao que O JOGO apurou, o Boca Juniors colocou Gaitán na lista de jogadores a negociar no próximo Verão, uma vez que os responsáveis do clube argentino pretendem aproveitar o facto de o craque ser formado no clube e, logo, não ter implicado investimento anterior.
O empresário do médio, Jose Iribarren, desmente, por agora, qualquer proposta dos encarnados. "Ninguém do Benfica me contactou. Não posso dizer mais nada, porque não sei... Mas se o Benfica apresentar uma proposta, iremos falar, com certeza", sublinhou, a O JOGO.
Certo é que Gaitán é seguido há vários meses pelos encarnados e os responsáveis das águias têm boas indicações do jogador. O Boca Juniors já terá colocado dez milhões de euros como base de licitação para os direitos económicos do médio criativo mas uma eventual proposta benfiquista seria por valores bem mais reduzidos.
Gaitán ainda não se afirmou por completo na equipa principal do clube argentino - no Torneio Clausura disputou até agora cinco jogos, foi sempre substituído, tendo marcado um golo -, e é com esse cenário que a SAD benfiquista pretenderia jogar, assim se concretize o avanço em definitivo para o jogador. Outros emblemas europeus já abordaram igualmente o empresário do craque e, directamente, o Boca Juniors, que também não quer "apressar-se" a negociar o passe do artista, pois entende ser mais vantajoso jogar com o tempo e... com as propostas que vão chegando.

B. I. : Osvaldo Nicolás Fabián GAITÁN - Data de nascimento: 22/02/1988 (22 anos) Naturalidade: José Paz (Argentina)

Posição: médio-ofensivo - Altura: 1,73 metros - Peso: 67 quilos
CARREIRA: Boca Juniors (2008 a 2010) - Internacionalizações: 3 - Títulos: Torneio Apertura (2008)

11 - Golos marcados por Gaitán no Boca Juniors, desde que se estreou, em Junho de 2008

N'OJOGO

terça-feira, 20 de abril de 2010

FC Porto - Estágio de pré-época em Marienfeld 2010/2011


O FC Porto deve voltar a Marienfeld, na Alemanha, para o estágio de pré-temporada no próximo Verão. Apesar de a marcação definitiva ainda estar dependente da classificação final do clube - o segundo lugar vale apuramento para a Liga dos Campeões, o terceiro para a Liga Europa e os dois têm implicações diferentes no calendário de arranque da próxima época - O JOGO sabe que o FC Porto já enviou o "team-manager" Acácio Valentim à Alemanha para tratar da pré-marcação do local de estágio. Aliás, em virtude dos problemas nas ligações aéreas no Norte da Europa, aquele responsável foi forçado a regressar a Portugal de automóvel, tendo-se cruzado até com a equipa do Lyon - onde actuam os ex-portistas Cissokho e Lisandro - que viajava em direcção a Munique, para a meia-final da Liga dos Campeões. Recorde-se que, a confirmar-se, esta será a terceira passagem do FC Porto por Marienfeld. A primeira aconteceu em 2003, na sequência do triunfo em Sevilha, dando início à caminhada que terminou com o triunfo na Champions em Gelsenkirchen e a segunda em 2008, antecedendo a conquista do tetracampeonato.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O SLB a ser levado ao colo

Carlos Xistra inclinou o relvado para o lado do Benfica.
Esta é mais uma prova de que existe um conluio quase Nacional para dar a vitória do Campeonato Nacional de Futebol ao SLB.
Tal como Costinha (Sporting) a semana passada, é agora a vez de Vilas-Boas se queixar da actuação do juiz do apito.
Vilas-Boas deixa ainda algumas críticas ao trabalho do árbitro Carlos Xistra. "Parece-me que fica um penálti por marcar a nosso favor e que no 3-1 há falta sobre o Diogo Gomes na lateral", adverte, assumindo não duvidar de que a Académica conseguirá a manutenção. "Continuamos em posição privilegiada para chegar ao objectivo principal, a permanência."

Éder 5 - Travou batalha intensa - e interessante - com Sidnei e David Luiz. Bem de costas para a baliza, quase marcou aos 58', de cabeça. E queixou-se dum penálti, aos 78'.
A Académica um a um - Revolta de Diogo Gomes

domingo, 18 de abril de 2010

Liga Sagres - FC Porto 3 Vitória de Guimarães 0

18/ 04/2010 - Ao intervalo FC Porto1 Vitória de Guimarães 0 (primeiros 45 minutos)
A equipa Azul e Branca conseguiu ir para o descanso a vencer, sem conseguir porem ser suficientemente convincente e consistente.
Resultado ao fim dos 90+3 minutos: vitória do FC Porto por 3-0.
O meu comentário final: para conseguir ganhar proximamente ao Benfica no Dragão a equipa dos Dragões vai ter de continuar a evoluir, de ser capaz de fazer pressão alta no meio-campo e de jogar em antecipação, de modo a aumentar o grau de eficácia defensiva.
...mas também foi o resultado do domínio exercido pelos portistas durante todo o primeiro tempo, ainda que muitas vezes de forma inconsequente. Jorge Maia em OJOGO.



Assim, à primeira vista, a vantagem parece ampla. Suficientemente ampla. Talvez excessiva e inesperada, para quem não assistiu. O desempenho, as incidências e a produtividade no relvado também não obtêm reflexo perfeito no resultado, que espelha somente contornos indeléveis de uma supremacia portista inatacável. Peca, obviamente, por defeito e nega mais uma ou duas doses de brilho ao fulgor dos Dragões.
Intenso, gerido a dois ritmos, entre a génese elaborada de cada lance e a velocidade terminal de Hulk, o confronto não conheceu preâmbulos. A direcção das duas balizas foi tomada sem rodeios e em estilos mais ou menos semelhantes, privilegiando ambos o caminho mais curto, em detrimento das lateralizações, pouco frequentes e utilizadas como último recurso ou na engrenagem de velocidades.
Incrível e incontornável, cedo se percebeu que Hulk tinha encontro marcado com o golo. Fosse a
penas pelo simples facto de constar da ficha de jogo ou de uma sequência arrepiante de dribles, finalizados em «túneis» sucessivos, com que se livrou da oposição de dois adversários, faltando-lhe apenas uma fracção de segundo ou um milímetro de espaço para fazer pontaria às redes.

Dedicado ao projecto de assistir Falcao, o brasileiro cruzou com a sorte de quem a procura e recebeu dos pés do colombiano uma espécie de passe para golo em que redundou um remate cruzado de Valeri. Naquele instante, a Hulk bastou um pontapé semi-acrobático, aparentemente fácil. O 1-0 estava feito. Depois correu a desfraldar a camisola de Sapunaru, numa dedicatória que alargou à bancada.
Com a «bomba» de Guarín pelos meio. Mais uma, parada só pelas redes. Do sumo e da súmula da catadupa atacante dos Dragões resultou mais um golo, o de Falcao, desde a marca de penalty, mas muitos outros estiveram para nascer. Entre outros, dos pés de um punhado de jogadores cujos nomes não ent
ram na crónica, mas cabem mais abaixo, na ficha de jogo.


FICHA DE JOGO
Liga, 27ª jornada - Estádio do Dragão, no Porto
 Assistência: 28.612 espectadores

Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa) - Assistentes: Tiago Trigo e José Lima - 4º Árbitro: Jorge Tavares





FC PORTO: Beto; Fucile, Rolando, Bruno Aves «cap» e Alvaro Pereira; Fernando, Belluschi, Guarín e Valeri; Hulk e Falcao
Substituições: Valeri por Raul Meireles (64m), Fucile por Miguel Lopes (83m) e Guarín por Farias (83m)
Não utilizados: Helton, Maicon, Addy e Orlando Sá
Treinador: Jesualdo Ferreira


V. GUIMARÃES: Nilson; Alex, Leandro, Gustavo e Bruno Teles; Moreno, Renan e Nuno Assis; Rui Miguel, Douglas e Desmarets
Substituições: Desmarets por Jorge Gonçalves (70m), Nuno Assis por Custódio (83m) e Moreno por Fábio (83m)
Não utilizados: Serginho, Carlitos, Paulo Oliveira e Milhazes
Treinador: Paulo Sérgio
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Hulk (27m), Guarín (55m) e Falcao (80m, g.p.)
Disciplina: cartão amarelo a Bruno Alves (59m), Gustavo (79m), Douglas (81m), Alvaro Pereira (88m) e Raul Meireles (89m)



JESUALDO FERREIRA: «TEMOS A OBRIGAÇÃO DE GANHAR OS JOGOS QUE RESTAM»
O treinador do FC Porto, Jesualdo Ferreira, mostrou-se agradado com a exibição da equipa neste domingo, após a vitória por 3-0 sobre o Vitória de Guimarães. O técnico sublinhou que «a obrigação e motivação» dos Dragões é vencer os quatro jogos que restam até ao termo da época, sendo que o último deles é a final da Taça de Portugal, frente ao Desportivo de Chaves.
Manter o nível
«Em relação ao segundo lugar tudo pode acontecer. Temos a obrigação de ganhar os jogos que restam da Liga e a final da Taça. Temos de jogar com os mesmos níveis de empenho e qualidade dos últimos cinco ou seis jogos.»
Nova estrutura
«Não entrámos tão bem como em outros jogos, mas, conforme o tempo foi correndo, houve uma adaptação a uma nova estrutura e a equipa foi subindo de produção. Fez o golo com justiça e a partir daí foi totalmente superior, controlando o Vitória de Guimarães, a bola e o espaço. Fomos melhores na segunda parte do que na primeira.»
Luta pelo título de melhor marcador
«Todos os jogadores de futebol têm projectos individuais. Compete-nos gerir essas questões, dentro do colectivo da equipa. Sempre que os jogadores puderem ajudar o Falcao a marcar vão fazê-lo, mas antes disso é importante que a equipa ganhe e marque golos.»

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Orlando Sá começa a despontar, a mostrar o seu talento para a prática do futebol

À atenção dos responsáveis pelo futebol.
Foi com grande satisfação que no último jogo com o Rio Ave (meia final da Taça de Portugal), notei a evolução do Orlando Sá, o qual começa a justificar a sua contratação pelo FC Porto e a dar razão a quem o sugeriu aos Dragões! Afinal o Orlando tem qualidade, é talentoso. É rápido, tem técnica e é bem dotado fisicamente. Só precisa de ganhar ritmo e entrosamento com os colegas da equipa.


PS - Addy e Valeri
Outros dois elementos do plantel que demonstraram ter qualidade! Addy com larga margem de progressão! Valeri teve pormenores de excelente técnica, tal como o Orlando só precisam de ganhar ritmo, entrosamento com os colegas da equipa e auto-confiança no seu valor.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Taça de Portugal meias-finais - FC Porto 4 Rio Ave 0

14/04/2010 - Após uma primeira parte (exasperante) jogada ao ralenti pela equipa Azul e Branca, sucedeu uma segunda parte jogada em bom ritmo, já muito próximo da velocidade de cruzeiro.
Destaques: Addy, um jovem com larga margem de progressão e Orlando Sá um avançado que demonstra ter boa técnica, ser rápido a executar, enfim um dianteiro que com um pouco mais de ritmo e experiência poderá vir a ser muito importante na equipa dos Dragões!


FINAL DA TAÇA CONFIRMADA COM GOLOS DE BANDEIRA
O FC Porto «carimbou» o passaporte para a sua 27.ª presença numa final da Taça de Portugal, ao bater o Rio Ave, na segunda mão da meia-final, por 4-0. Depois de terem vencido no terreno do adversário por 3-1, os Dragões quiseram sublinhar a diferença de qualidade entre as duas equipas, garantindo que esta seria uma eliminatória «sem espinhas». Mas, acima de tudo, o encontro desta quarta-feira valeu pela beleza dos tentos apontados por Belluschi, Guarín, Ruben Micael e Falcao.
Apesar dos dois golos de vantagem trazidos de Vila do Conde, o FC Porto entrou no jogo com uma postura dominadora, não proporcionando ao adversário qualquer expectativa dum volte-face «milagroso». Aos 12 minutos, Bruno Alves deixou o aviso, com um cabeceamento por cima da baliza, após canto cobrado por Valeri. O primeiro grande momento surgiu oito minutos depois: Belluschi cobrou um livre directo em jeito de «folha seca», com a bola a sobrevoar a barreira e Carlos a ficar pregado ao relvado.
Até ao intervalo, a equipa do FC Porto teve várias oportunidades para dilatar a vantagem, a mais flagrante das quais foi uma grande penalidade desperdiçada por Farías, que Carlos defendeu com mérito, aos 33 minutos. Orlando Sá também esteve, em duas ocasiões, perto de marcar. Do outro lado, refira-se uma excelente defesa de Beto, com um golpe de rins que conseguiu evitar que um cabeceamento traiçoeiro de Ricardo Chaves resultasse em golo, aos 38 minutos.
Com 1-0 ao intervalo, poderia esperar-se uma etapa complementar com poucos motivos de interesse, mas, face à beleza dos golos portistas, por certo que os espectadores não deram o seu tempo por mal empregue. O ataque portista ganhou novo fôlego com as entradas de Hulk e Falcao, mas seria Guarín a fazer o 2-0, na primeira vez em que tocou na bola. O colombiano ajeitou com o pé esquerdo e largou uma «bomba» com o pé direito, aos 79 minutos.
Mas o festival de bom futebol não se ficou por aqui. Aos 86 minutos, Hulk rompeu na direita e o ressalto foi parar aos pés de Ruben Micael, que, à entrada da área, colocou a bola no ângulo da baliza de Carlos. O guardião ainda ficaria uma última vez no jogo sem reacção: dois minutos depois dos 90, Valeri executou um cruzamento perfeito na esquerda, a que Falcao (quem mais?) correspondeu com um cabeceamento eficaz. Pode não ter sido o tento mais espectacular da noite, mas valeu pela sua simplicidade. Em Maio, a final da Taça será por certo um momento de grande festa, com FC Porto e Desportivo de Chaves a partilharem um encontro de sabor nortenho.
FICHA DE JOGO - Taça de Portugal, VII eliminatória, segunda-mão

Estádio do Dragão, no Porto
Árbitro: Hugo Miguel (Lisboa) - Assistentes: Ricardo Santos e Hernâni Fernandes Quarto árbitro: Luís Estrela


FC PORTO: Beto; Fucile, Maicon, Bruno Alves e Addy; Fernando, Belluschi, Valeri e Ruben Micael; Farías e Orlando SáSubstituições: Farías por Falcao (63m), Orlando Sá por Hulk (63m) e Fernando por Guarín (79m)Não utilizados: Nuno, Alvaro Pereira, Nuno André Coelho e Tomás CostaTreinador: Jesualdo Ferreira

RIO AVE: Carlos; Zé Gomes, André Vilas Boas, Fábio Faria e Sílvio; Wires, Ricardo Chaves e Adriano; Bruno Gama, Nélson Oliveira e SidneiSubstituições: Adriano por Tarantini (46m), Sidnei por Evandro (68m) e Ricardo Chaves por Tiago Terroso (84m)Não utilizados: Mora, Gaspar, Bruno Fogaça e ChidiTreinador: Carlos Brito

Ao intervalo: 1-0Marcadores: Belluschi (20m), Guarín (79m), Ruben Micael (86m) e Falcao (92m)Disciplina: cartão amarelo para Fucile (52m)
JESUALDO FERREIRA: «PODÍAMOS TER FEITO MAIS GOLOS»
A vitória convincente sobre o Rio Ave, Por isso, Jesualdo Ferreira preferiu acentuar o desempenho dos jogadores, sublinhando o seu crescimento. Falou de quatro golos bonitos e, na qualidade de transmontano, mostrou-se agradado por disputar uma final inédita frente ao Desportivo de Chaves.Inédito
«É uma final inédita, que queremos ganhar. Fica aqui um acento de simpatia e de parabéns ao Desportivo de Chaves, que, no seu percurso, eliminou duas equipas da Liga, aos flavienses e ao nordeste transmontano.
Fechar a ganhar
«Nós, FC Porto, habituados a ganhar, queremos conquistar títulos. Não me parece que seja um jogo de grau de dificuldade menor por se tratar do Desportivo de Chaves e queremos encerrar a época com a conquista de mais um título.»
Quatro golos bonitos
«Na primeira parte, faltou-nos algum jogo exterior para podermos ser mais agressivos, mas as alterações acrescentaram mais eficácia. Fizemos quatro golos bonitos, podíamos ter feito outros.»
Bons momentos
«Defendemos bem e a vitória por números claros expressa aquilo que foi o jogo. Creio que tivemos momentos bons. Fica o registo de bons apontamentos de jogadores que têm jogado pouco.»
Jogadores a crescer
«O FC Porto vem de uma séria de vitórias, a jogar bem, marcando muitos golos e pretendemos continuar assim. Para nós, todos os jogos são para ganhar. Há uma série de jogadores que cresceram muito e a equipa beneficia com isso.»

terça-feira, 13 de abril de 2010

Possível sucessão de Pinto da Costa

Prezados consócios do FC Porto!

Relativamente à possível sucessão de Pinto da Costa, digo o seguinte:
1)De todos os notáveis que andam a pavonear-se pelo Clube não vejo nenhum com pedalada para substituir com vantagem o Jorge Nuno.
Porque para isso seria preciso ter um Pedroto à mão a servir de Mestre e a mexer os cordelinhos.


2)Mesmo que não se concorde com alguns aspectos da gestão da actual SAD... e sou dos que não esquece que :
Gostaria portanto de fazer uma ou duas ressalvas, porque ele não está totalmente isento de culpas.
No ano do Trapattoni os lampeões foram campeões porque ele nessa altura se envolveu com a pseudo-escritora e devido ao facto descurou os interesses do Clube.
E por causa desse "affaire" o que os portistas têm sofrido, meu Deus!
Actualmente, e segundo uma certa Comunicação Social ele com 72 anos, anda envolvido com uma mocinha de 23. É claro que não tenho nada com a vida particular do homem, porem parece-me que pelo menos em atenção à posição que ocupa dentro do Clube, o Pinto da Costa devia procurar ser mais discreto e não dar aso a falatórios pouco edificantes...é que esta situação cheira-me a "deja vu". Não será por acaso que também esta época estamos a ter uma prestação menos conseguida.


3)Depois é evidente que quem quiser ser candidato à presidência do FCP nunca o poderá fazer contra Pinto da Costa. Poderá sim revelar novas ideias mas sem animosidade, antes pelo contrário, exaltando os feitos conseguidos por ele até agora, e que até é justo salientar, sugerindo entretanto novas ideias e ter um projecto aglutinador das vontades dos sócios. Claro que quem quiser candidatar-se terá primeiro de conseguir rodear-se dumas dezenas de apoiantes e aproveitar as Assembleias para Aprovação do Relatório de Contas da época para dar a conhecer esse eventual projecto e tentar convencer a maioria dos sócios presentes de que esse tal projecto é o melhor para o Clube, não esquecendo que o Futebol é a modalidade principal. A que aglutina mais sócios e a que dá mais dinheiro e projecção (prestígio) ao Clube.
FC PORTO SEMPRE E ACIMA DE TUDO

PS - Benfica rouba junior ao Braga
Um empresário FIFA devidamente autorizado pelo Paraíba conversou pessoalmente com Rui Costa e apresentou o preço do jogador. O director-desportivo dos encarnados mostrou-se agradado, até porque além de ele próprio já conhecer o jogador, sabe que Jorge Jesus também aprecia muito as suas qualidades. Aliás, foi ele que o chamou pela primeira vez aos seniores, onde o manteve a treinar de forma regular até ao final da época passada. O problema para o Benfica é precisamente o mesmo do Braga: o preço. O Paraíba pede 300 mil euros por uma percentagem maioritária do craque que ainda ontem voltou a trabalhar com a equipa principal. O Braga quer adquirir a totalidade, ou quase, e Rui Costa ficou de expor a situação à SAD, uma vez que não é política do clube negociar juniores por tão alto valor.
Guilherme passa assim a ter outras soluções no mercado português. E o Braga um adversário de peso. Na época passada, o Benfica "roubou" o também júnior Jean.

PS 1 - Actualidade: quando a táctica adversária não agrada à Comunicação Social benfiquista
Carlos Carvalhal pode gabar-se de até aqui ter sido o único técnico a trazer pontos da Luz nesta temporada de Liga Sagres. Aconteceu à primeira jornada, quando o bracarense orientava o Marítimo, que esteve a ganhar na Luz por 1-0 até ao minuto 87, quando Weldon fez o empate final. Acusado de ter colocado um autocarro lá atrás, o treinador dos leões recordou o encontro com humor... e uma ponta de ironia. "Nessa altura joguei com um autocarro de dois andares. É engraçado, porque nunca tinha visto um autocarro fazer golos. Esse fez um e o Marítimo esteve a vencer até perto do fim. Claro que sabíamos da valia do Benfica e não era expectável que procurássemos desenfreadamente o 2-0. Mas atenção que joguei com três avançados, Manu, Baba e Kanu e durante o jogo troquei dois avançados por outros dois..."

segunda-feira, 12 de abril de 2010

3 ideias sobre Farias para contrariar - Carlos Azenha, Treinador


1 | Os golos até sugerem o contrário, mas diz-se que é melhor como suplente do que como titular. É assim?

Tenho alguma dificuldade em partilhar dessa ideia. Farías é um ponta-de-lança especial e precisa de jogar para ter ritmo, como qualquer outro. Acontece que as primeiras opções no FC Porto tiveram sempre um rendimento extraordinário: primeiro o Lisandro, que foi até o melhor marcador, e agora o Falcao, que está em vias de o poder ser. Farías tem de ser especial, e psicologicamente forte, para estar sempre pronto a entrar e ajudar, e não é só com os golos que o faz.


2 | Não fez muitos jogos consecutivos como titular. Isso será porque só joga na área e condiciona a estratégia dos treinadores?

Falcao também joga praticamente na área. A única diferença que vejo entre os dois é que talvez o Falcao seja melhor a segurar a bola; a esperar pelos companheiros e a rodar. Mas um e outro são, essencialmente, jogadores de área. Não é por aí; Farías não condiciona nada. É um profissional excelente e útil na estratégia de qualquer treinador. Como já disse, o rendimento do Lisandro e do Falcao é que explicam, em grande parte, essa falta de continuidade.


3 | A postura tranquila de Farías não poderá, de alguma forma, ser confundida com conformismo?

Nada disso. Aliás, lembro-me de que tivemos algumas situações em que ele esperava jogar e mostrava, de alguma forma, a sua revolta por isso não acontecer. Fazia-o lutando e treinando com grande dignidade, sem polémicas. Ele respeitava sempre as opções do treinador, mesmo que nem sempre concordasse com elas. A postura dele, nos treinos e nos jogos, contribui, e muito, para o bom rendimento apresentado pelos outros.



Tecla (Hugo Sousa)

Jesualdo admira muito Farías, diz que é do melhor que já viu, mas, no histórico de utilização das três épocas que trabalharam juntos, a verdade é que o argentino soma pouco mais do que os minutos acumulados por Falcao só este ano (3551 contra 3084). Visto assim, mesmo com lesões pelo meio, o que disse o treinador é capaz de parecer estranho. E é. Por outro lado, ninguém pode acusar Jesualdo de ter preferido soluções menos convincentes: Lisandro foi sempre inquestionável; Falcao é o achado do ano. Mais: ambos têm em comum uma regularidade que atrapalha qualquer concorrente. Azar de Tecla, mas com a certeza, apesar das dúvidas iniciais, de que essa fatalidade é argumento suficiente para nunca o condenar ao lote de contratações falhadas. Farías é um bom suplente? É. Farías é um bom titular? Não sabemos ao certo, porque só fez uma série de sete jogos consecutivos nessa condição, e logo na primeira época. Depois disso, nunca fez mais do que dois jogos seguidos no onze. Diz-se que o futebol actual não se faz com avançados que "só" sabem fazer golos. Mas, cá entre nós, isso é uma estupidez com ar de tese científica.

N'OJOGO

domingo, 11 de abril de 2010

Vitória à tangente Rio Ave 0 FC Porto 1

Apesar da vitória não me agradou a exibição da equipa Azul e Branca, a praticar um futebol desgarrado, lento e muito denunciado. Não! Não reconheço nesta equipa a equipa com estofo de campeão que ganhou os três últimos campeonatos. Sinceramente! A jogar assim não vamos lá!
Gostaria de colocar ao Jesualdo Ferreira a seguinte pergunta: se pensa que é a jogar desta maneira que espera ganhar proximamente ao Benfica no Dragão quando eles nos visitarem?! A mim não me parece que o consigámos, a não ser que até lá muita coisa mude de figura.


10/04/2010
SE HÁ HULK, HÁ GOLO!
Em Vila do Conde, a vitória portista foi assim. Não se conclua, porém, que faltou brilho, até porque houve Hulk. E, se há Hulk, há golo. Desta vez, servido da marca de pontapé de canto, à medida da cabeça de Farías.
O que restou do encontro foi um veemente desmentido do equilíbrio inicial e a prova de que a vantagem poderia ter ido além da margem mínima, como demonstram, além das oportunidades, todos os dados estatísticos: do número de ataques (31 contra 51) à quantidade de cantos (5 contra 12), o FC Porto saiu sempre por cima. O desfecho é, portanto, mais do que merecido.
Um caprichoso cruzamento dos calendários da Liga e da Taça promoveu os adversários à condição de velhos conhecidos, razão pela qual o jogo não chegou a conhecer preâmbulos, nem reservou grandes segredos. A aproximação às balizas foi, por isso, automática, conseguida aos primeir
os minutos, mas incapaz de mexer com o resultado, apesar de ameaças frequentes e da exploração de um diversificado leque de alternativas.
O golo, fruto duma evolução crescente, surgiu da cabeça de Farias, cinco minutos depois da entrada em cena do argentino, já para lá de uma grande penalidade ignorada pela equipa de arbitragem, e uma fracção de segundo depois de nova assistência de Hulk, teleguiada desde a marca de canto, que, num gesto tão simples quantro preciso, voltou a ficar intimamente ligado à vitória portista e a cobrir de vergonha os especialistas que correram a catalogar o brasileiro como o jogador da Liga com mais perdas de bola.
FICHA DE JOGO
Liga, 26ª jorn
ada
Sábado, 10 de Abril de 2010
Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde
Árbitro: Vasco Santos (Porto)
Assistentes: Tomás Santos e Paulo Vieira
4º Árbitro: Jorge Sousa
RIO AVE: Carlos; Zé Gomes, Gaspar, Jefferson e Sílvio; André Vilas Boas «cap», Wires e Adriano; Bruno Gama, Nelson Oliveira e Sidnei
Substituições: Wires por Vítor Gomes (71m), Nélson Oliveira por Bruno Fogaça (71m) e Jefferson por Fábio Faria (74m)
Não utilizados: Mora, Evandro, Chidi e Tarantini
Treinador: Carlos BritoFC PORTO: Helton; Miguel Lopes, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Fernando, Tomás Costa, Raul Meireles e Rúben Micael; Hulk e Falcao
Substituições: Tomás Costa por Farias (60m); Rúben Micael por Belluschi (69m)
Não utilizados: Beto, Valeri, Fucile, Maicon e Orlando Sá
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 0-0
Marcador: Farias (65m)
Disciplina: cartão amarelo a Miguel Lopes (24m), André Villas Boas (41m), Sílvio (51m), Rúben Micael (52m)



RIO AVE-FC PORTO, 0-1: DECLARAÇÕES JESUALDO FERREIRA
Em jeito de resumo, Jesualdo Ferreira destacou as dificuldades criadas pelo adversário e o acerto do triunfo do FC Porto.«Neste momento o nosso objectivo é ganhar todos os jogos. Não dependemos de nós, mas a nossa obrigação é continuar a ganhar e a fazer bons jogos. Hoje foi mais difícil que no jogo da Taça. O Rio Ave apresentou uma equipa mais fechada e mais motivada. Dificultou-nos a vida na primeira parte. Mas, mesmo assim, em dois ou três lances podíamos ter feito golo; o Rio Ave também teve oportunidades. Na segunda parte o FC Porto foi claramente mais pressionante e acabou por ganhar bem.»