sexta-feira, 2 de abril de 2010

Um silêncio barulhento


Se o silêncio de Hermínio Loureiro já era discutível, porque uma renúncia mal explicada só podia dar em interpretações e especulações desnecessárias, a opção de falar às pinguinhas é indiscutivelmente infeliz. Hermínio Loureiro quebrou o silêncio para desmentir uma versão que corria sobre a renúncia, mas voltou a não acrescentar nenhuma. Ironicamente, sob o pretexto de deixar a época acabar com tranquilidade, esta espécie de desminto-mas-não-me-explico é bem capaz de ser uma via mais desestabilizadora. E mais ainda: mesmo que daqui a umas semanas as coisas estejam calmas (improvável, mas um cenário como outro qualquer), Hermínio Loureiro - está prometido - voltará a desenterrar o assunto com a tal verdade adiada sobre as razões da renúncia. É uma pena que neste caso não faça lei aquela máxima dos casamentos: quem tiver alguma coisa a dizer que fale agora ou que se cale para sempre.

Hugo Sousa n'OJOGO

PS - Os sublinhados são meus

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