quarta-feira, 30 de agosto de 2017

"Coação são conversas e informações passadas ao Benfica"

O director de comunicação e informação do FC Porto, Francisco J. Marques reage ao comunicado do Benfica após o empate encarnado com o Rio Ave
"O Benfica pode falar à vontade, mas o FC Porto não fez coacção: comparou lances do jogo de Braga, do jogo com o Estoril e de Vila do Conde, todos arbitrados por Hugo Miguel", afirmou Francisco J. Marques, director de comunicação e de informação do FC Porto. Comentando o comunicado do Benfica, publicado no site do clube ao início da madrugada de domingo - depois do empate encarnado com o Rio Ave -, o director portista prosseguiu: "Quando falamos de coacção, convém termos a noção do que estamos a falar. Isso é o que o Benfica faz aos árbitros. Fazer coacção é obter informações sobre a vida íntima e privada dos árbitros. E o Benfica faz isso. Não revelámos quem para preservar a identidade e intimidade, mas foi entregue à PJ, que está a investigar. Não somos nós que estamos a ser investigados, é o Benfica, por monitorizar SMS do presidente da FPF. Porque se faz isso? Coacção são conversas e informações passadas pelo Nuno Cabral ao Benfica, a Paulo Gonçalves e Luís Filipe Vieira. É o que o Ferreira Nunes fez durante muito tempo sobre os árbitros ao serviço de quem se sabe. Exemplos de coacção há muitos e todos ligados ao Benfica. Acusar o FC Porto é ridículo", afirmou no programa Universo Porto, transmitido no Porto Canal.
"Nós só queremos que aos 18 competidores sejam dadas as mesmas condições. Convém não esquecer que foi o presidente do Benfica que quis dar cabo da nota a um árbitro e que essa foi a maior descida de sempre de uma nota. Isso aconteceu depois de Luís Filipe Vieira ter dito que 'temos de lhe dar cabo da nota'", concluiu Francisco J. Marques.
"Se Vasco Santos não vê o lance de Eliseu é incompetente e não pode arbitrar"
O director de comunicação e informação do FC Porto, apontou o dedo ao videoárbitro do Benfica-Belenenses, em que ocorreu o lance entre Eliseu e Diogo Viana.
O director de informação e comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, classificou Vasco Santos de "incompetente", esta terça-feira, depois de o Conselho de Disciplina (CD) ter arquivado a queixa do Sporting contra Eliseu, referente ao lance com Diogo Viana, no Benfica-Belenenses da terceira jornada da I Liga.
"Se o árbitro Vasco Santos, coordenado em tempos por Adão Mendes, não consegue avaliar o lance de Eliseu, é demasiada incompetência. É um lance tão evidente, tão visível, que nenhuma equipa se pode sentir tranquila. Acho que é incompetência absoluta evidente. Não pode arbitrar jogos. Se ele não vê aquilo, como é que vê algum tipo de lance? O árbitro de campo não viu, pronto, lamenta. Todos nós compreendemos isso. O videoárbitro, se não vê é por manifesta incompetência. Se não viu este lance, não presta", afirmou o dirigente dos azuis e brancos, colocando em xeque a credibilidade do futebol português: "O que há de pensar um adepto inglês que esteja em Portugal e vê na televisão a entrada do Eliseu e, depois, sabe que o jogador foi ilibado? Apetece atirar-se ao chão a rir. No futebol português não se tiram consequências. Parece-me que é bem pior o que o Eliseu fez do que outras coisas que são alvo do CD. É gravíssimo que não tenha sido castigado. Na justiça desportiva em Portugal, dois mais dois não são quatro. Qualquer jogador das 18 equipas do campeonato devia ter tratamento igual. Infelizmente, há uma equipa que não tem um tratamento desigual", acrescentou Francisco J. Marques, vaticinando o fim dos casos de flagrante delito.
"Acabaram os casos de flagrante delito. Se este caso evidente não pode ser julgado, se o CD se acha capaz de se sobrepor ao próprio Conselho de Arbitragem [CA], que se presume que entenda... O CA assumiu que tinha sido uma má decisão e que o Eliseu devia ter sido expulso. Para que é que servem os casos de flagrante delito?", questionou, prosseguindo, com ironia: "Quem primeiro veio com esta argumentação foi o treinador Rui Vitória, um emérito jurista e advogado. Isto é um incentivo à violência. Não só no caso do Eliseu. Uma profusão de casos ligados ao Benfica, que se sentem à vontade para jogar acima das regras, utilizando uma conduta inapropriada", rematou o director de comunicação e informação do FC Porto.
Francisco J. Marques insiste na ideia de que o Conselho de Disciplina foi benevolente para com o defesa do Benfica. "O Conselho de Disciplina, que é sempre tão avesso a abrir procedimentos disciplinares, abriu um ao árbitro Jorge Sousa e castigou-o rapidamente. Esse caso foi posterior ao do Eliseu. Eles agiram primeiro em relação ao de domingo. O caso do Jorge Sousa foi por palavras e do Eliseu por violência. O que é isto? Que brincadeira é esta? Isto não é fazer justiça. Costuma dizer-se que a justiça é cega, surda e muda e neste caso foi mesmo. É incompreensível que um ato daqueles seja criticado e condenado pelo CA e ilibado pelo CD", concluiu.

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