"A pequenez do futebol português tem de acabar"
No programa "Universo Porto da Bancada" desta terça-feira, Francisco J. Marques considerou que o jogo no Bessa, frente ao Boavista, foi "uma batalha" e comentou a expulsão de Sérgio Conceição.
"Há que saber lidar com as vitória do F. C. Poro. O Sérgio Conceição referiu-se à "batalha do Bessa" e é verdade. Foi uma batalha, um jogo com excessiva agressividade que vão além das leis e que teve a benevolência do Hugo Miguel. O Boavista tentou que não houvesse jogo. Nos primeiros 15 minutos, só se jogaram cinco. Ao todo, só se jogou uma parte. A pequenez do futebol português tem de acabar. As armas a que as equipas recorrem não podem ser o anti-jogo. O campeonato português é o campeonato Europeu com menos tempo útil de jogo. Tem de se cuidar do nosso campeonato, tem de haver mais tempo útil", disse o director de comunicação dos azuis e brancos.
O director de comunicação do FC Porto comentou ainda a expulsão de Sérgio Conceição devido aos festejos do técnico após o golo da vitória do F. C. Porto frente ao Boavista, já nos descontos.
"O Sérgio Conceição festejou uma forma exuberante, como é normal num golo destes, e por causa disso foi expulso. A perplexidade que se tem é quando se compara com o comportamento que que o Jorge Simão teve durante o jogo, em que até ultrapassou a área técnica. O comportamento do Sérgio Conceição e do Jorge Simão foram muito diferentes. Querem fazer disto uma coisa maior do que ela é e querem colocar o carimbo de arruaceiro ao Sérgio Conceição", disse o director de comunicação, acrescentando:
"Todos nós nos lembramos do regime de exceção que durante anos protegeu o Jorge Jesus. O Sérgio Conceição também tem uma forma intensa de viver o jogo. É um treinador que merece respeito. Se temos de entender os excessos de Jorge Simão, que queria fazer a substituição e não conseguiu, porquê julgar o Sérgio Conceição? A regra tem de ser igual para todos".
Para Francisco J. Marques o treinador do FC Porto foi até feliz na forma como, na rede social Twitter, abordou a expulsão: "O Sérgio Conceição acertou no termo utilizado, porque o jogo do Bessa foi mesmo uma batalha desde que começo até que terminou, devido à excessiva agressividade dos jogadores do Boavista, que contou com a complacência do árbitro", disse antes de destacar a questão do tempo útil de jogo. "Esteve sempre parado, muitas faltas sem serem sancionadas, lances que deviam ser amarelo, como aconteceu numa falta sobre Marega e Herrera. O Boavista tentou que não houvesse jogo. Nos primeiros 15 minutos jogaram-se cinco e meio. O tempo útil de jogo foram 45 minutos e 27 segundos. Esta mentalidade no futebol português tem de acabar", disse antes de concluir.
"Há aqui outra coisa surpreendente. O Boavista tem um razoável plantel e está numa classificação abaixo do que era expectável, muito porque ao longo do campeonato tem sido uma equipa bastante macia; falta-lhe agressividade. Vem jogar com o FC Porto, com uns níveis de agressividade... Se o Boavista tivesse metade desta agressividade, de certeza que não estava nos lugares de despromoção. Acho que isto é mais do que o efeito do dérbi. Tem
de ser mais do que o efeito do dérbi... E por aqui me fico.", finalizou Francisco J. Marques.
Quanto ao caso e-Toupeira, Francisco J. Marquês mantém a confiança na justiça portuguesa.
"No debate instrutório, a defesa do Benfica disse que não havia nada, que o Benfica não tinha culpa de nada. Já o Procurador do Ministério Público pediu que todos fossem a julgamento. Teremos de esperar pelo dia 13 pela decisão da juíza Ana Peres, que, seja ela qual for, não impede que todo o país já tenha percebido qual é o modus operandi do Benfica nestas coisas. Há muita gente próxima ao Benfica que tenta dizer que isto não tem nada que ver com futebol, mas isto só tem que ver com futebol. Só se procura aceder a processos para benefício do futebol do Benfica. Agora só temos de esperar pouco mais de uma semana e vamos esperar, como sempre, confiando na justiça".
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